30 setembro 2006

||| O ÓLEO DE FÍGADO DE BACALHAU QUE NOS DAVA SAÚDE E NÓS VOMITÁVAMOS E AS PROMESSAS ELEITORAIS DE HÁ PRECISAMENTE UM ANO

O óleo de fígado de bacalhau da nossa meninice era tomado à colherada no início do jantar. Destinava-se a evitar o raquitismo e diziam-nos que fazia os olhos bonitos. O que nós sofríamos e vomitávamos para não o tomar...
Anos depois, uma alma caridosa resolveu inventar uma forma menos violenta de estragar o jantar e o famoso óleo passou a ser comercializado em cápsulas. O óleo de fígado de bacalhau, em colher, tomava-se (lembro-me dissO e ainda tremo de medo...) de mão no nariz a suster a respiração e com imediata ingestão de três ou quatro colheradas de sopa. Puxa!...
Recordo pensar que aquilo era um truque maquiavélico da minha mãe, para que se não resmungasse com o creme de couve-flor e das pratadas de grelos com bacalhau. Eu não gostava de grelos, eram azedos...
Lembro-me do frasco da tal mezinha em cima do frigorífico a lembrar que o assalto que lhe fizéssemos (ao frigorífico) teria à noite vingança com cheiro pútrido e sabor pestilento. A malfeitoria estendia-se do Outono até ao Natal.
Tantos anos depois e já com a recordação do odor apagada, o que vem à memória são as promessas dos políticos em alturas eleitorais, tão dispensáveis e incumpridas como tão odioso era o tão detestável remédio que nos diziam que nos evitava males maiores. E que se evoca agora para justificar outros raquitismos que se preparam. Isto é: mais uma mão cheia de promessas eleitorais de há um ano, há precisamente um ano, que vão ficar no tinteiro!
E quem lhes enfiasse óleo de figado de bacalhau por aquele sítio acima!

29 setembro 2006

||| OS ASSUSTADORES NOMES QUE (NÃO) PODEM SER DADOS ÁS PESSOAS E FUTURO DA POLÍTICA E DOS POLÍTICOS LOCAIS

Portugal é um país tradicionalmente conservador mas está numa de arejamento. Sabe-se lá se por influência da presidência europeia de Durão barrosos... Mas nem sempre pelas boas razões.
Na verdade, a Direcção Geral de Registos e Notariado deve ter decidido tirar o cheiro a naftalina dos armários e não é que agora já aceita que os nossos papás e mamãs coloquem aos respectivos descendentes nomes como UMBELINA, ADIEL, ATILA, GILDáSIO e MIQUEIAS?!!! Realmente...
Imaginem o que seria, dentro de duas gerações, os políticos cá da nossa praça ribeirense reunidos em majestática Assembleia de Freguesia: o sr. engenheiro Adiel ou o sr. arquitecto Gildásio, a presidente. E o Presidente da Junta Miqueias. Sim, o sr. dr. Miqueias como presidente da Junta de Freguesia de Òis da Ribeira seria mesmo o meu favorito. Com o secretário Umbelino e a tesoureira Átila.
Como diria o Neca «Cão», seria ... de «malhão!...»

28 setembro 2006

||| O APARECIMENTO DE NOVOS JORNAIS NACIONAIS E A IMPRENSA DE ÓIS DA RIBEIRA

A propósito do aparecimento de novos títulos, a concorrência e o "esticar" das audiências (dos jornais, não dos blogues), chamaram-me à atenção para o que João Marcelino, director do Correio da Manhã, escreveu na edição da semana passada da Sábado: "Quando as empresas jornalísticas são criativas, os nomes inspiram confiança e sobretudo a informação é de qualidade, as pessoas interessam-se e aderem. Nunca se leu tanto em Portugal, entre jornais e revistas, e isso pode ser demonstrado com números. A crise existe? Existe, claro. Mas nos títulos do costume, desculpada por palavras mágicas como 'mercado' e por razões que só um cego não vê".
Uma reflexão que, confesso, me tinha escapado, mas que aqui deixo na véspera de mais um fim de semana de "guerra" entre o Expresso e o Sol. Para já, ambos garantem querer manter os 410 mil exemplares de tiragem que somam juntos. Impressionante! Quantos sobrarão?
Ao cair destas coisas nacionais, lembro-me da imprensa local, que passa, que me lembre, já por três mortes e três ressurreições. Vamos pelas mortes
- A do «Luz e Esperança», do padre Fonseca, do qual guardo a infinita recordação de lá ter visto pela primeira vez o meu nome num jornal, por causa de um baptizado!
- A «Ponte», do padre Júlio Granjeia - que também já lá vai, que Deus haja! Acho que numa certa altura também era de Recardães e Barrô.
Eram ambos jornais da paróquia de Óis e de Travassô.
- «Jornal da Arcor», que teve quatro séries, quatro mortes e três ressurreições!
Vivam os blogues de Óis da Ribeira!

27 setembro 2006

||| OS RIBEIRENSES QUE EMIGRAM Á PROCURA DO MELHOR E UM DIA HÃO-DE VOLTAR

A questão da fuga de cérebros toca directamente a muitos ribeirenses porque, muitos tiveram de sair de Óis da Ribeira em busca de outras oportunidades.
Quando concluem os seus cursos prosseguem o desejo de trabalhar e têm de sair, á procura de respostas para as suas habilitações e anseios. Sabemos que há médicos e engenheiros e outras profissões que demandam Portugal e o estrangeiro para (sobre)viver.
Mas não é fácil... as saudades apertam frequentemente, às vezes relativamente a coisas pequenas como os lânguidos almoços de domingo, uns copos no Pires ou no Pôr do Sol, ou o calor do fim do dia nos quentes dias de Agosto. Que se matam algumas vezes, muitas vezes, olhando à distância, mas é difícil explicar o apego que temos a Óis da Ribeira, mas ele existe e é por isso que tenho quase a certeza que um dia voltarão todos (ou quase todos).
Óis da Ribeira tem mudado, embora ainda prevaleçam "poços" de subdesenvolvimento, geridos por pessoas que vivem do estatuto, da chico-espertice e dos esquemas, muitas outras áreas progridem diariamente para igualar os melhores padrões nacionais. Bem sei que a nossa tão ribeirense tendência para a autocrítica por vezes obscurece a capacidade de ver a luz ao fundo do túnel, mas há coisas que vão no rumo certo.
Há cerca de dois anos lembro-me de ter visto a primeira conferência que Manuel Castells deu na Gulbenkian, em Lisboa. Na altura ele abordou a questão da fuga de cérebros em Espanha, porque, enquanto consultor do Governo espanhol, tinham-lhe pedido que os ajudasse a implementar uma estratégia que estancasse a "sangria". A resposta dele foi: não façam nada! Quando estes "cérebros" voltarem a casa de férias tratem-nos bem e eles um dia voltarão, nessa altura com outros hábitos, outra qualificações e, muito importante, outros contactos. Nessa altura a Espanha terá então o seu retorno.

É o que poderá acontecer com os ribeirense que estão fora. Mostrem-lhe a nossa Óis da Ribeira, como ela é, formosa, em vias de desenvolvimento, po exemplo a nossa Óis da Ribeira com respostas sociais para todas as gerações.
Não vale a pena sofrerermos com a partida dos que nos estão próximos. As saudades que irão sentir já serão sofrimento suficiente. Os que agora emigram vão crescer, desenvolver-se pessoal e profissionalmente, abrir os olhos e os horizontes e um dia voltarão. Ou melhor, um dia poderão volta...

26 setembro 2006

||| O MUNDO VIRTUAL DA GOVERNAÇÃO E AS PASSEATAS SOCIAIS DA RAPAZIADA

Os trabalhadores pedem aumento de salários e de pensões, as empresas pedem impostos mais baixos e de repente é a UE a pedir ajuda militar para um conflito, o que envolve gastar uma verba que não estava prevista e ainda é preciso pensar no défice, que não pode ultrapassar o limite imposto pelos 25...
Mas haverá dinheiro para tudo?
Cansado de tanta exigência, o ministro das Finanças francês resolveu dar aos cidadãos uma oportunidade de fazer e gerir o Orçamento de Estado, isto é, ser ministro das Finanças durante uma legislatura, sempre submetido às críticas internas e externas e ao acompanhamento dos media.
Claro que este cargo está apenas disponível no
mundo virtual, mas já é uma boa amostra do desafio que se impõe ao verdadeiro responsável pelas finanças públicas de um país. Experimente fazer isso e depois diga-nos como é que em Óis a malta se pode governar com o dinheiro que a Junta tem, ainda por cima com os custos da política social das excursões e os encargos com o pessoal.

25 setembro 2006

||| OS CATÓLICOS DE ÓIS DA RIBEIRA VERIAM COM BONS OLHOS UM TEMPLO DE OUTRA RELIGIÃO NO NOSSO TERRITÓRIO?!

«(...) De acordo com o Islão político, a construção em Roma da maior mesquita da Europa é um símbolo do respeito e do diálogo entre civilizações. No entanto, a construção de igrejas na Arábia Saudita é banida por lei. Neste peculiar universo, a reciprocidade é uma ideia Ocidental que serve apenas para justificar a agressão, o imperialismo, a exploração e a ocupação.
No Islão político, a liberdade é um conceito local e a tolerância um valor de sentido único.
+++
Era a mesma coisa, aqui em Ois da Ribeira, sim senhora, faz-se outra igreja da Católica Apostólica Romama mas impedir-se-ia a construção de um templo ou local de culto de uma qualquer outra religião. E se tivesse que ser, se a qusiessem impôr, resolvia-se a coisa á pedrada, a tiro ou à bomba.

24 setembro 2006

||| VALHA-(N)OS DEUS!

O padre Carreira das Neves leu a palestra do Papa Bento XVI, que inflamou algumas secções da "rua árabe" , que não a leram, nem jamais a lerão. E considerou-a "um documento notável", desde logo por "estabelecer pontes epistemológicas entre a Fé a Razão".
O próprio Papa acentuou, sem deixar dúvidas: "Não agir de acordo com a razão é contrário à natureza de Deus".
Notável. Lamentavelmente, a palestra incendiou os ânimos dos islamitas radicais, que mal ouvem falar em razão puxam logo da pistola. É com esta gente que queima efígies do Papa em público que alguns clérigos cá do burgo gostariam de estabelecer um "diálogo inter-religioso" - entre eles o padre Neves, que num artigo no Expresso lança esta douta sentença: "O Papa não foi feliz". Separar violência e fé, como Bento XVI defendeu na universidade alemã de Ratisbona, terá sido "um acidente académico perigoso para a ideologia muçulmana dos nossos dias".
Carreira das Neves não pensa assim. E acha até que a vandalização de igrejas na Palestina e o lançamento de cruzadas de morte contra Bento XVI constituem respostas "de acordo com a crítica do imperador bizantino" Manuel II, que o Papa citou em Ratisbona. E que crítica é essa, feita em 1391 pelo imperador a um interlocutor persa de fé islâmica? "Mostra-me o que é que Maomé trouxe de novo. Apenas encontrarás coisas más e desumanas, como a sua directiva de espalhar com a espada a fé que pregava."
Horror! O Papa não devia ter beliscado, mesmo recorrendo à linguagem metafórica, esta relação entre proselitismo e actos violentos... Chegado aqui, apetece-me subscrever Clara Ferreira Alves, numa insuspeita tirada machista no Eixo do Mal: "Chega de baixar as calças!"
É um argumento um bocado prosaico, reconheço. Mas depois de ver o padre Neves fazer coro com os radicais islâmicos nas críticas ao Papa Ratzinger, também não me ocorre nenhum mais expressivo que este. Às vezes penso que a Síndroma de Estocolmo não afecta só aqueles que são fisicamente prisioneiros, mas também os que se encontram espiritualmente sequestrados. Valha-lhes Deus. Ou valha-nos a nós!
O que pensará disto tudo o nosso padre Júlio?

23 setembro 2006

||| OS PORTUGUESES A PAGAR IMPOSTOS ESTÃO COM0 QUE METIDOS NUMA CAMISA DE SETE VARAS, É PAGAR A DOBRAR E CALAR!

Os portugueses vivem oprimidos sob o jugo duma feroz ditadura fiscal. Desde que se levantam até que se deitam- e até mesmo quando dormem - os cidadãos alimentam essa sanguessuga insaciável que é o fisco!
Pagamos IRS, porque ganhamos dinheiro; pagamos o IVA, porque o gastamos; oneram-nos com contribuições pelo que temos, e até pelo que não temos. Abundam por cá os casos de dupla tributação e de impostos em cascata.

Bizarria suprema, os portugueses pagam ainda impostos, até… pelo facto de pagar impostos.

Esta situação é anacrónica e ocorre em múltiplas situações, na alegre inconsciência do dia-a-dia. Quando um cidadão abastece o seu automóvel, por exemplo, paga o preço do combustível, acrescido do imposto sobre produtos petrolíferos; e, sobre essa soma, ainda o imposto sobre o valor acrescentado. Este último, para além de incidir sobre o preço base do combustível, recai assim, e em acumulação, sobre o valor do imposto sobre produtos petrolíferos.
Feitas as contas, a carga fiscal é bem superior ao preço de base do produto e há aqui uma inadmissível sobreposição de impostos num mesmo acto jurídico. (...)». mas que país é este, que terra é esta, que gente é esta?

22 setembro 2006

||| NÃO GOSTO DE VER O PAPA A PEDIR DESCULPAS A UNS FANÁTICOS... DE VER O OCIDENTE DE CÓCORAS E DE ALGUMAS COISAS QUE "ASSUCEDEM" EM ÓIS DA RIBEIRA

Não gosto de ver o Ocidente de cócoras, não gosto de ver o Papa pedir desculpa por alegadamente ter ofendido uns quantos fanáticos que se ofenderam, à boa maneira dos fanáticos, com o que só é ofensivo para mentes doentes.
Não gosto de ver alguma esquerda folclórica e pedante a aproveitar-se, de forma soez, da situação.
Não gosto de ver alguma direita pedante e folclórica a aproveitar-se, de forma soez e oportunística, dos erros de alguma esquerda. Até porque são todos iguais!
Não gosto de ver o Ocidente de cócoras perante uns palermas fanáticos.
Não gosto desta estúpida atitude de má consciência que aos poucos nos fomos impondo.
Não gosto de ver toda esta gente fazer o jogo dos falcões da guerra americanos.
Não gosto de ver um fanático venezuelano receber, em discurso laudatório, um fanático iraniano numa tentativa de afrontar um fanático americano.
Não gosto, pronto… e, deste modo, como menos.

Já percebem porque é que não gosto de muitas coisas que "assucedem" em Óis?

21 setembro 2006

||| A NET DE ÓIS DA RIBEIRA, OU A FALTA DE TEMA QUANDO NÃO HÁ NADA PARA SE DIZER


A Blogosfera está cheia de caras de gente bonita, sites e blogues, tal qual em Óis da Ribeira. Dos sete referenciados, e nos quais nos incluímos, salienta-se o anonimato e estranha-se que, entre os nomes dos autores não apareçam alguns de quem todos temos a ideia de quem são.
Há um nome referência da net ribeirense, falemos assim, porque é nome internacional, o Padre Júlio Granjeia e o seu site pessoal e o site da paróquia que é igual, sendo ele o pivot essencial desta causa. É assaz interessante a permanente modernização e actualização do(s) site(s), se bem que no restrito campo da Igreja. Fui leitor frequente das suas crónicas, que também apresentava na rádio. Porque é que acabou com elas?
Sites propriamente ditos, são os de Luís Neves - agora a "copiar" o velho truque do D´Ois Por Três, editando as notícias de Óis publicadas na imprensa. É um site atraente e agilizado.
O da Tuna Musical falha, quanto a nós num ponto que é controverso: a verdadeira idade de Tuna. Deveria pôr esse ponto á discussão. E poderia, por exemplo, editar apontamentos ligeiros sobre as suas actuações. Seria uma atracção. A recente recriação beneficiou-o bastante.
O da Arcor, como alguém já por aí disse, perdeu o gás e era curiosamente há uns tempos para trás provavelmente o mais dinâmico de Óis. É pena que depois da nova lavagem de cara, e está muito mais interessante, deixe completamente de interessar por falta de actualizações.
Quanto ao da escola primária notei que foi recentemente acrescentado de trabalhos das crianças do último ano lectivo.
++++ Insuficiência evidente de todos os sites, é a ausencia de comentários nos respectivos livros de visita, já vão longe os tempos da Arcor. Onde é que essa malta anda?
++++ Os blogues, virtuosos e defeituosos são os melhores animadores do mundo webnet de Óis. De nós não vamos falar, mas é bem interessante o D´Ois Por Três - permanentemente actualizado e variado, com permanente actualidade local com a nacional, até internacional. Se virtude tem, é o da variedade de estilos, talvez por ser feio por mais de uma pessoa. A propósito, já pensei que fossem uma série de pessoas, umas mais católicas que outras, mas... também não vou dizer quem somos nós, o Contra d´Óis. Pudera!... Arriverdeci...

20 setembro 2006

||| EDITAIS, POSTURAS, ACTAS E DELIBERAÇÕES DA JUNTA DE FREGUESIA NA INTERNET


O Diário da República electrónico passou a ser, a partir de Julho, de acesso livre universal e gratuito. Boa malha!
A INCM refugiava-se até aí, num pequeno truque legal para cobrar serviços. Os conteúdos (que lhe não pertenciam, porque eram das entidades que os produziam) eram de livre e gratuita distribuição, mas a imagem do Diário da República era propriedade da INCM. Dito de outra forma, até mesmo as fotocópias e imagens publicadas que retratassem o DR eram ilegais, caso não tivessem sido objecto de autorização expressa.
Agora, por uma nota da Presidência do Conselho de Ministros da semana passada, ficamos a saber que foram acrescentados serviços gratuitos à consulta do Diário da República Electrónico e outras novas funcionalidades destinadas a assinantes (serviços pagos).É verdade que os serviços de valor acrescentado são essencialmente dirigidos a determinadas classes profissionais e por isso devem fazer-se pagar. No entanto, incluir entre esses serviços as pesquisas boleanas e em linguagem natural, resulta em absurdo uma vez que são exactamente essas as funcionalidades que melhor servem o cidadão comum.
As tecnologias da Informação disponibilizam uma quantidade infinda de informação que, se não tiverem associados mecanismos simples de pesquisa (como são os motores de busca) resultam em pouca utilidade. (mesmo considerando as que a DIGESTO fornece).
Imagine-se a Internet a funcionar sem os Google, Sapo, Altavista, ou qualquer outro motor de pesquisa.A Inovação e a Simplificação só se atingem com medidas úteis. E agora, para acabar, esta singela pergunta: porque é que a Junta de Freguesia não publica os seus editais e posturas, actas da própria JFOR e da Assembleia de Freguesia?
A JFOR tem um site, tem sala de internet, tem computadores, só não o fará se não quiser.

19 setembro 2006

||| GUERRA SANTA DO PAPA BENTO E OS CRUZADOS CONTRA OS AYOTOLLAH DO ISLÃO

Um dia depois de o Papa Bento XVI ter tentado acalmar a revolta do mundo muçulmano contra o seu discurso sobre o Islão, os ânimos continuavam ontem extremamente exaltados, com a al-Qaeda do Iraque a ameaçar com uma guerra santa (jihad) contra os «adoradores da cruz» e Irão a acusar o Papa de alinhar na «cruzada dos EUA contra o Islão».
«O adorador da cruz [Bento XVI] e o Ocidente serão derrotados como acontece no Iraque, Afeganistão e Tchetchénia. Vamos quebrar a cruz e derramar o vinho... Alá ajudará os muçulmanos a reconquistar Roma. Que Alá permita que os degolemos e faça dos seus descendentes e do seu dinheiro a recompensa dos mujahedines», afirma um comunicado do Conselho da Shura Mujahedine, organização que reúne vários grupos terroristas iraquianos, incluindo o ramo local da al-Qaeda, num comunicado colocado na internet, avança o «Correio da Manhã».
Já o líder espiritual do Irão, ayatollah Ali Khamenei, condenou as palavras do Papa e considerou-as como «mais um elo da cruzada iniciada pelo americano Bush contra o Islão». «O Grande Satã [EUA] está metido nisto», afirmou Khamenei, juntando-se a um coro global de protestos no mundo islâmico que promete continuar, apesar das tentativas de Bento XVI em assegurar que as suas palavras foram mal interpretadas.
Numa tentativa de debelar a crise antes que a mesma atinja proporções incontroláveis, o Vaticano decidiu enviar os seus núncios (embaixadores) numa ofensiva diplomática junto dos países islâmicos para tentar clarificar o sentido das palavras do Sumo Pontífice.
Refira-se que, apesar das violentas reacções no mundo muçulmano, a visita do Sumo Pontífice à Turquia, prevista de 28 a 30 de Novembro, não foi cancelada.
As manifestações sucedem-se e, ontem, o líder da União Mundial de Ulemas Islâmicos, Yussef al-Qaradaui, pediu a todos os muçulmanos para expressarem a sua fúria contra Bento XVI num «dia de raiva» agendado para a próxima sexta-feira.

Deus nos livre cápor Óis destes «islões», talibãs, ayatollahs e outros que tais. Bastam os que já temos.

18 setembro 2006

||| A CORRUPÇÃO NACIONAL E A SENHORA DONA MINISTRA DA EDUCAÇÃO QUE TEMOS

Agora que tanto se fala de corrupção (até houve uma manifestação de indignação porque faltaram 7.000 euros à PGR para fazer uma sondagem de opinião necessário para concluir um estudo relativo ao tema), talvez seja a altura para perguntar se não se combate a corrupção por falta de meios por inércia ou porque os grandes beneficiários têm poder suficiente para transformar o combate à corrupção num mero exercício de propaganda para “inglês ver”.
Para nos confrontarmos com situações duvidosas nem é necessário grandes investigações ou estudos de opinião conduzidos por conhecidos sociólogos, procuradores ou fiscalistas da praça, basta ler os jornais ou o relatório de actividades da IGF.
E agora vou ouvir as calinadas das sra. Ministra da Deseducação! E as facadas que anda a dar no orçamentodos professores, dos pais e das autarquias!

17 setembro 2006

||| AS ALTERAÇÕES AO FINANACIAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL E OS QUE DELE BENEFICIAM E NÓS CONHECEMOS

Marques Mendes pretende que, nas alterações a realizar na Segurança Social, uma parte das suas actuais receitas seja transferidas para o sistema financeiro e assegura que desta forma se alcança a sustentabilidade do sistema. Independentemente da posição que possa ter sobre esta questão apetece-me dizer a Marques Mendes: explica-me como se eu tivesse quatro anos.
Pessoalmente até sou aberto a alternativas ao actual sistema, mas não aceito as pressões que estão a ser feitas sobre o Governo e que conta com o envolvimento de toda a artilharia pesada que os bancos e seguradoras têm na comunicação social. Cá por mim que Marques Mendes está mais preocupado com o financiamento do PSD do que da Segurança Social.
E quem é que se lembra dos que por aqui beneficiam e abusam das regalias da mesma Segurança Social, cada vez mais tesa e com as tetas murchas de tanto ser sugadas?

16 setembro 2006

||| O CIDADÃO SÓ DEVE SER OBRIGADO A PAGAR IMPOSTOS JUSTOS, NUNCA MAS MESMO NUNCA OS INJUSTOS!

Os grupos políticos no poder, em qualquer país e seja qual for a sua cor política, usam apresentar o contribuinte sob as piores luzes: o mau contribuinte (e deixa-se entender que são quase todos) é o que não paga impostos, os discute, tenta fugir-lhes, exporta capitais, etc.
Para o combater, criam-se penas criminais e administrativas pesadíssimas; presumem-se rendimentos e riqueza; sujeita-se a inspecções demoradas e humilhantes. Criando bodes expiatórios para explicar as dificuldades financeiras do Estado, desviando as atenções da (má) gestão das despesas.
O bom contribuinte seria aquele que deixa o Estado pesquisar todos os seus bens, tributá-los como quer, segundo as necessidades do Estado, e paga os impostos pelo máximo. Sucede que o que não paga todos os impostos que o Estado quer, não é necessariamente um mau cidadão. O cidadão só é obrigado a pagar impostos justos, não os injustos.

15 setembro 2006

||| AS CHORUDAS REFORMAS ANTECIPADAS E COMPRADAS E A FALÊNCIA DA SEGURANÇA SOCIAL QUE NÓS PAGAMOS!

Se há instrumento profundamente injusto neste país é a Segurança Social e, em particular, o regime dos funcionários públicos, injusto e penalizador das novas gerações que cada vez pagam mais a troco de expectativas cada vez menores.
Vivemos num país onde o grande objectivo de uma boa parte dos cidadãos tem por principal objectivo chegarem a velhos, para beneficiar da pensão de reforma e deixarem de trabalhar. O grande objectivo de muitos portugueses não é o sucesso no emprego, a melhor promoção dos trabalhadores portugueses é a reforma.
Desde há muitos anos que a Segurança Social tem sido um instrumento para as grandes conquistas eleitorais, quem não se lembra de um famoso aumento das pensões de reforma que deu a primeira maioria absoluta a Cavaco Silva, precisamente aquele que agora é Presidente da República e defende um pacto para este sector? Nesse tempo Cavaco decidiu um aumento de pensões que até apanhou o ministro do Trabalho de surpresa (nesse tempo o ministro era Mira Amaral, o famoso pensionista da CGD), agora defende pactos, enfim, salva o secretismo.Não deixas de ser curioso que à medida que aumenta a riqueza as novas gerações contribuem cada vez mais para a Segurança Social e de ano para ano são-lhe reduzidas as expectativas. Têm que pagar as asneiras e oportunismos dos que os antecederam.
No caso da Administração a bandalhice chegou a ponto de milhares de funcionários se terem reformado com pouco mais de 50 anos e a receber pensões correspondentes ao topo das carreiras, tudo isso graças a truques como a compra de tempo de serviço porque terão trabalhado uns anos sem terem descontado, o que em boa parte dos casos foi mentira.
Quanto descontou um funcionário e quanto vai receber ao longo da vida no caso de se ter aposentado como director-geral, subdirector-geral ou director de serviços? Não há qualquer relação entre o que descontaram e o que o Estado lhes vai pagar, aliás, na maioria dos casos vão receber mais em pensões do que receberam m vencimentos.
Estamos perante uma profunda injustiça social e inte-geracional . Até porque só os que estão no activo estão sujeitos não só a suportar as asneiras do passado como à perda de direitos. Ainda que esta opinião não seja politicamente correcta é a verdade, as novas geraçõs vão ter que suportar os abusos e asneiras das gerações anteriores, numa lógica de que quem parte e reparte ou é estúpido ou não tem arte.
Na actual Segurança Social deixou de haver o conceito de solidariedade, o que se pede às novas gerações não é solidariedade, é o pagamento dos abusos passados. Tenho dito!

13 setembro 2006

||| O PREÇO DOS LIVROS ESCOLARES E A FORMA HABILIDOSA COMO ALGUNS LIVREIROS QUEREM ENCHER O BOLSO Á CONTA DO ZÉ POVINHO PAGANTE

João Paulo Guerra fala-nos de uma vigarice de que quase todos os que têm filhos em idade escolar estão, neste momento, a sofrer as consequências. É o que acontece cá por casa...
Escreve ele:
«(...) Determinadas livrarias só vendem certos manuais escolares em “pacote”, que inclui para além do manual um caderno de exercícios, não solicitado pelo docente nem pretendido pelo comprador, e que encarece o custo do manual. E a quem proteste e pretenda adquirir única e exclusivamente o manual, a livraria alega que o editor só lhe fornece a mercadoria em “pacotes”. Num caso concreto, um manual com o preço de capa de 8 euros fica, em “pacote”, devidamente embalado em celofane envolvendo o manual, um caderno de exercícios e mais um opúsculo, “generosamente” apresentado a título de “oferta”, por 15 euros.
E é com esta e outras “habilidades” que alguns contornam a disposição de manter os manuais escolares aos preços praticados nos anos anteriores ou com ligeiros aumentos muito abaixo da taxa da inflação. Com uma agravante: os editores que praticam este tipo de “habilidades”, para além de violarem as “boas práticas comerciais”, exercem uma verdadeira chantagem em torno de uma necessidade elementar dos estudantes e das famílias. No caso referido, não há volta a dar-lhe: ou manuais em “pacote” ou nada.»
*
Nós nem comentamos. Mas pagamos!

12 setembro 2006

||| A PACTOCRACIA DO CAVAQUISMO ENTALADA NA GARGANTA DO SUPER-DOTADO SÓCRATES

Cavaco Silva introduziu um novo modelo de sistema político, no início desta legislatura Portugal vivia em democracia, passados dois apeadeiros do roteiro cavaquista o país foi parar a uma pactocracia onde o parlamento vive animado para discutir decisões menores, já que nas questões fundamentais impõe-se a salvação da Pátria, e por salvação da Pátria entende-se adoptar as posições de um partido que governou mal e de forma incompetente e cujas propostas os portugueses rejeitaram nas urnas, atribuindo-lhe menos de 30% dos votos.
Na pactocracia não há debate público, os assuntos são discutidos em segredo e os eleitores levam com as decisões como se fossem crianças a comer a sopa com receio da vinda do lobo mau, não existe Programa de Governo mesmo que tenha sido aprovado no parlamento, as prioridades e as medidas mais importantes são definidas por alguém sem competências executivas e que quando concorreu à eleição não fez sufragar nenhum programa de governo.
A pactocracia de Cavaco Silva parte do pressuposto de que o funcionamento regular da democracia leva a resultados piores do que o desejáveis, a pactocracia é a negação da democracia, assenta numa visão paternalista desta e no reconhecimento das vantagens do corporativismo.
O exercício do poder com base em pactos e envolvendo os partidos que Cavaco Silva entende deverem participar significa a exclusão de muitos portugueses da decisão política, os eleitores dos partidos excluídos nem governam nem criticam pois tudo se faz em segredo para que não ocorram as perturbações típicas da democracia.
Em ÓIS DA RIBEIRA não há Cavaco, mas há militantes do dito cujo. E só não pactocracia porque os partidos desapareceram e agora a luta política com o poder instalado é feita por independentes. Estou certo, ou estou errado?!

11 setembro 2006

||| O NOVO ANO LECTIVO E O BURRO DE MATO QUE CARREGAVA LIVROS, NÃO SABIA FAZER CONTAS E ERA DOUTOR!

Começou mais um ano lectivo e todos sabemos que os recursos são escassos, que o frio vai fazer sentir-se nos dias de Inverno, que a funcionária auxiliar não vai estar quando faltar o giz, que o computador não tem net e que a proibição de despesas que o governo costuma decretar lá para Outubro, por causa do maldito, défice vai impedir de fazer tudo o que se tinha previsto realizar.
Também sabemos que os horários do infantário dos miúdos não foram feitos a pensar no seu, que o ministério da Educação vai adoptar medidas que o farão sentir frustrado, que as autarquias consideram mais importante a inauguração de mais uma rotunda do que a qualidade do ensino no concelho, que as empresas que um dia irão empregar os seus alunos consideram que a sua formação é coisa que não lhes diz respeito.
Sabemos também que mais do que da qualidade das instalações, da temperatura das salas de aulas, das políticas educativas ou dos recursos materiais de que dispõe, é do trabalho dos professores que em grande medida depende o sucesso escolar dos alunos.
Por isso, eles que ensinem mais e reivindiquem menos, que façam tudo o que poderem para assegurar o sucesso do ano lectivo; não ponham os miúdos a somar 2+2=3!
Não ponham é os nossos filhos feitos burros carregados de computadores. Isto é: uns quaisquer senhores doutores carregados de livros!

10 setembro 2006

||| O PATETA, O CÃO PLUTO, FILHO DA CADELA PLUTA, E O PENINHA ... QUE NÓS TEMOS DISTO



O Pateta é um cão pobretanas. O Mickey é um rato que se dá ares de burguês. O Pluto é um cão. O Pateta é amigo do Mickey. O Mickey é dono do Pluto. Portanto, o Pateta, que é cão, é amigo de um rato que, por sua vez, é dono de um outro cão, o Pluto.
O Pateta não tem consciência de classe. Quem não tem consciência de classe é pateta e gosta de se dar com ratos. Gosto, cada vez mais, do Peninha.
Isto não vos lembrar ninguém d´Ois?

09 setembro 2006

||| PACTO ENTRE POLÍTICOS DE ÓIS E A NOVA TABELA DE PREÇOS DAS MERCEARIAS

Sócrates não deve ter a noção do que é um parlamento ao convidar os partidos excluídos do pacto secreto para a justiça a associarem-se ao debate nacional. Na verdade a ter havido um debate semelhante ao que seria normal num parlamento esse debate terá sucedido nas discussões secretas, em público vamos assistir a debates próprios de uma Assembleia Nacional.
Que Sócrates faça pactos secretos com um partido da oposição, isso é lá com ele, mas que venha gozar com os outros partidos com aquele ar seráfico que todos lhe conhecemos, já é um abuso. E falta de respeito pela malta dos pequenos partidos.
Imaginemos em Óis o Pires propor um pacto ao PS! Quer dizer, ao Bloco de Esquerda, ao seráfico Aníbal Saraiva! Ainda acabavam por chegar a algum pacto sobre a tabela de preços da mercearia!

08 setembro 2006

||| O NOSSO SANTO ADRIÃO ESQUECIDO E A RESPONSABILIDADE DE QUEM DEVIA FAZER E NÃO FAZ

Santo Adrião é o padroeiro da terra e nós também não queremos deixar de assinalar o facto, até porque nunca assisti a uma festa em sua honra. E como toda a gente fala do acontecimento, pois cá o registamos - rebuscando notícia e foto do site do padre Júlio.
Também somos dos que não concordamos que em Óis se tenham abandonado todas as festividades, sejam elas religiosas ou sejam pagãs. Lembro-me que o S. Sebastião era a festa da malta que ia para a tropa. E do SantoAntónio, que provocou um engarrafamento de trânsito em Óis. Havia também a Senhora de Fátima e a festa da pateira. De Santo Adrião não me lembro e então é maré para parabenizar a Paróquia.

07 setembro 2006

||| AQUELAS COISAS DO MUNDO DA BOLA, OS APITOS DOS ÁRBITROS E QUEM MANDAVA ERAM OS LOUREIROS - PAI E FILHO!

Está na moda falar nas roubalhadas da bola! E já que se fala em mafia aqui está um dos padrinhos do futebol português. Parece que o Sr. Major e o seu rebento andaram é que decidiam quais os árbitros que iriam apitar os jogos do Boavista. Nunca saberemos até onde vaio o polvo do "Apito Dourado", o que sabemos é que alguma gente nunca irá parar à prisão. Quanto ao Major tem tido várias acusações ao longo da vida nunca foram provadas, é assim sempre!
Valentim e o filhote João Loureiro escolhiam, por diversas vezes, os árbitros para os jogos do Boavista a contar para a época 2003/2004. As escutas telefónicas do processo "Apito Dourado" demonstram que quer o presidente da Liga de Clubes (que é o pai) quer o líder do Boavista (que é o filho) faziam chegar aos árbitros escolhidos a mensagem da promoção na carreira a troco de uma "boa" arbitragem. Estávamos todos muito longe de imaginar uma coisa destas. nem acreditamos.

06 setembro 2006

||| A POLÍTICA DOS PORTUGUESES E AS DUPLAS MEDIDAS COM OS CAMARADOS DOS ESTRANGEIROS

A rapaziada das FARC-EP, que anda aos tiros na Colômbia, sabe-se lá para quê, veio dar uma passeata à Festa do Avante. O que não seria pecado nenhum se não fosse exactamente isso, ser malta dos tiros. Talvez por isso a malta do PCP taç negou.
Mas, afinal, sempre estavam lá IIO BrainstormZ solicitava, aqui, imagens do balcão das FARC. Hoje, o Secretário-Geral do PCP confirmou a presença de elementos das FARC na Festa do Avante.Os dois pesos e duas medidas do PCP em matéria de política externa são evidentes. Será que o PCP desconhece quais as formas de actuar e como se financiam as FARC? Concordam com elas? Caso contrário, como podem dizer-se solidários? E o que têm a dizer sobre os mais de 3.000 detidos, entre os quais a candidata à presidência colombiana, Ingrid Betancourt? Acerca destes pontos, silêncio total.

05 setembro 2006

||| A JUSTIÇA E A BASTILHA - PARTE II / OU COMO O MAPA JUDICIÁRIO PORTUGUÊS PRECISA DE SER PROFUNDAMENTE ALTERADO


Nem de propósito, depois do post que aqui publicamos ontem (A Justiça e a Bastilha), hoje, a imprensa dá conta de um possível e eventual acordo de regime, entre os dois maiores partidos portugueses (PS e PSD), com vista a uma profunda reforma da Justiça (clique aqui).
Entre as matérias a merecer reforma conta-se o Código Penal e o Código do Processo Penal, onde há condições para um acordo fácil. Espera-se que, essa facilidade, não sirva para piorar mas sim para melhorar aqueles códigos e que dessa melhoria resulte mais justiça e menos laxismo.
Ficamos, no entanto, a aguardar, com expectativa, outra revisão necessária e urgente: a aprovação do novo mapa judiciário. E nesta matéria, vamo-nos deixar de coisas. O mapa judiciário precisa de ser profundamente alterado. Não é admissível a existência de tribunais onde os processos andem a passo de lesma e outros que passem a vida às moscas. Aqui, também, é necessária concentração para introduzir qualidade e eficiência.
Se a reforma for séria, os chamados tribunais de paróquia (a Lei chama-lhes de Comarca) terão de fechar. Nada justifica a existência de um tribunal em Tabuaço, em Armamar ou Mesão Frio. Mais vale ter um bom tribunal de círculo a funcionar que 10 ou 20 tribunais de comarca a morrer de tédio e incompetência. Como a justiça também passa por pessoas que não fique esquecida a conveniente formação de magistrados e técnicos judiciais. A sua qualidade é vital para que a reforma não fique manca.
A propósito vem o propósito de perguntar em que modas vai a história do futuro tribunal (novo?) de Águeda?!

04 setembro 2006

||| A TOMADA DA BASTILHA E A JUSTIÇA // OU A CORRUPÇÃO À MODA DE PORTUGAL


Um dos problemas com que as democracias modernas se debatem (e nesta matéria, muito especialmente Portugal), é o problema da Justiça. A sua credibilidade, só, a muito custo, a conseguimos colocar na linha de água, isto é, no ponto zero. Mas dentro desta, se nos limitarmos ao Ministério Público, então não há salvação possível. O afogamento é evidente. Basta olhar para o lado e ver a vergonha que foi e é o tratamento dado a alguns dos casos mais mediáticos.
“Casa Pia”, “Apito Dourado”, Valentim Loureiro, Isaltino Morais, Fátima Felgueiras e tantos outros - como otros que já trouxeram Águeda nas parangonas dos jornais e televisões. Hoje, o “Público” online dá-nos conta de mais um arquivamento de um processo de Fátima Felgueiras. O mesmo Ministério Público que alimentou “linchamentos” na praça pública, arquiva agora, sem mais, um dos processos do dossier Felgueiras (clique aqui).
Em simultâneo, o mesmo jornal dá-nos, igualmente, conta de mais uma diatribe de Valentim Loureiro (clique aqui).
Se a tradição se cumprir é mais um processo para arquivar.Isto bateu no fundo. Ou a justiça se regenera rapidamente e encontra formas civilizadas de se submeter ao escrutínio democrático ou, um dia destes, o povo invade a Bastilha. Depois não se lamentem que em 1789, a Bastilha, estava cheia de presos de delito comum. As revoluções não marcam dia e hora e fazem-se, sempre, com o coração. E, como se sabe, o coração é cego. Cego e surdo e mudo!

02 setembro 2006

||| O PCP JÁ NÃO É O QUE ERA, OU É O QUE É?!

Decididamente a tradição já não é o que era. Agora até o velho Partido Comunista e o seu secretário geral cederam ao lema "uma imagem vale mais do que mil palavras".
A foto de Jerónimo de Sousa a trabalhar na festa do Avante é disso mesmo o melhor exemplo.
Mas perguntanos nós: isto não será caso de exploração de trabalho infantil? Claro que não é. Mas também não podemos abusar dos velhinhos! Já imaginaram aqui os nossos secretários gerais dos partidos e os seus quartos-secretários de forquilha na mão a limpar o lixo das valetas cá da terra?
Era cá uma risota!...

01 setembro 2006

||| AS CORRIDAS NA AUTO-ESTRADA E A BAIXA DAS EMISSÕES DO DIÓXIDO DE CARBONO

O Governo quer reduzir a velocidade de 120 para 118 Kms/hora e diminuir o número de dias de serviço dos táxis. Objectivo é baixar emissões de dióxido de carbono.
Esta é boa! Mas alguém tem alguma dúvida de que o limite de 120kms/h das auto-estradas portuguesas, ao contrário do que o Código da Estrada diz, não é a velocidade máxima de circulação mas sim a velocidade mínima !Têm dúvidas? Então experimentem ir para uma auto-estrada portuguesa qualquer e experimentem manter-se sempre a 120kms/h. Logo verão como são ultrapassados, contínuamente, por tudo o que é viatura e só muito excepcionalmente é que se verão forçados a proceder a uma ultrapassagem!
Reduzir a velocidade máxima de 120kms/h para 118kms/hora? Dois quilómetros?. Só para rir! Mesmo que a velocidade máxima fosse respeitada (E NÃO É!!!) como é que se espera que os condutores sejam capazes de controlar a diferença de 2kms/h entre 118kms/h e 120kms/h? Estamos num país de faz-de-conta!!! E de governantes danados para a brincadeira.