30 maio 2009

||| UM BOM COPO DE VINHO!!!


Há bebidas que eu adoro, as bebidas são um dos prazeres da vida.

Ver abrir uma garrafa e observar o despejar para os copos, vazando-a com cuidado, ver-lhe a cor, a lágrima, cheirá-lo, vertê-lo no copo, olhar de novo para ele, degustá-lo, comentá-lo com os presentes e continuar a bebericá-lo moderada e calmamente, é das coisas mais bonitas que conheço!

Juntemos-lhe um bocadinho de bom queijo, com broa! Ou uns figos secos, um bocadinho de chouriço ou presunto! E mais um copo! E outro!!!

As conversas fluem como as cerejas, são estimuladas, as ideias são catapultadas, os olhares trocam-se com mais brilho e menos pudor... tudo ele alimenta. Não há mehor que um copo de vinho. Que pena não poder eu beber tanto quanto me apetecia!

28 maio 2009

||| CONVERSA MOLE DE TODOS OS DIAS...




Não sou a pessoa com mais jeito para a chamada conversa mole e, se querem saber, tenho até verdadeira admiração quem conseguem manter uma conversa sem dizer absolutamente nada de interessante. Só para encher chouriços, como se costuma dizer!
A conversa é para se ter olhos nos olhos. Não consigo conversar decentemente com alguém que não consigo olhar direitinho nos olhos. Isso, da outra parte, até pode ser uma manifestação de timidez, mas não deixa de me enervar ver aqueles olhos a passear por todo o lado, só para evitarem os meus. E os que falam sem olhar nos olhos e a rabiscar uma folha de papel parecendo que o raciocínio se desenvolve à proporção da quantidade de tinta que vai jorrando para o papel?! Esses, então, meus amigos, ainda me chateiam mais.

27 maio 2009

||| O ACORDEÃO DA MÚSICA POPULAR E O IMPOSTO EUROPEU

O som do acordeon cai-me lindamente no ouvido. Gosto! O som lembra-me imediatamente os grupos folclóricos e a alegria que as suas cantigas populares atraíam. Ou as danças e contradanças de grupos de rua que eu tanto gostava de ver, quando meu avô me levava por Espinhel, Casal de Álvaro, Travassô e Crastovães, até na Mourisca.
Aquela música de que tanto gosto! Ahhh, também me faz lembrar o "Fabuleaux déstin d'Amélie"... e claro a melodiosa e harmónica canção francesa dos anos 50, que aprendi a ouvir na escola e lá por casa, era eu adolescente!
Onde é que vai essa alegria, neste país onde um candidato às Europeias até já se lembrou de lançar um imposto... europeu! Ora se este tipo fosse para o diabo que o carregue, mais o imposto que propõe!

25 maio 2009

||| A CEIFEIRA DA PATEIRA VAI PARA ESPOSENDE E LEIRIA


A famosa ceifeira aquática chegou à pateira há uns dois anos e pouco e foi muito feérica a propaganda oficial, a partir do interessado e prestativo gabinete de comunicação da Câmara Municipal de Águeda
. A notícia também de espalhou pelos blogues da terra e era ver as romarias de gente queriam ir ver "aquela máquina"! Parabéns!!!
Nós também felicitámos quem cumpriu a promessa!!! O dever deles, afinal, era esse mesmo: cumprir! Fazem falta na política os cumpridores de promessas!!! Parabéns, pois, à Câmara Municipal, que prometeu e cumpriu!!! E mais parabéns ainda porque agora, segundo a propaganda oficial, há outras Câmaras (Esposende e Leiria?) quererem importar a ceifeira!! Lá vem divisas!!!

23 maio 2009

||| AS PROMESSAS E AS IDAS A FÁTIMA A PÉ!...

A minha raíz religiosa é cristã e católica, mas sempre me impressionou ouvir as histórias de sofrimento das pessoas de Óis que iam a Fátima a pé! Eu nunca faria isso e não creio menos em Deus que essa gente que se sujeita(va) a esse sacrifício.
Aliás, tenho para mim que - e Deus me perdõe... - uma promessa não é mais que a institucionalização da cunha ao nível da religião. Isto é: «Ouve lá o Deus Meu, ou um Santo devotado, se me fizeres este favor, eu pago-te indo a Fátima a pé!».
Não concordo com isso.
Atrevo-me mesmo a dizer que as igrejas, ou quaisquer outras organizações, que de uma forma ou de outra fomentam esta prática, não estão a prestar um bom serviço aos seus fiéis. Isso devia ser discutido muito seriamente. Um Deus que se deixa(sse) «corromper», assim, não teria qualquer sentido. Acredito noutro Deus!

21 maio 2009

||| OS CACHOS ROUBADOS NO RABUSCO!...


Sou do (bom) tempo em que íamos aos cachos, aos trincadeiras, os João Paulo e os Maria João, os bical, brancos e tintos. E era uma formidável aventura, já depois da vindima, irmos todos ao rabusco, a roubar o que sobrava nas latadas. Que delícia!!!
Ainda hoje, se calhar por influência disso, umas boas uvas são a minha melhor sobremesa. Uma vez, tivemos de saltar por cima de latadas e erva a nascer, numa terra dos serrados, porque apareceu o dono ao fundo do cabeceiro!
E não nos livrámos de um ralhete daqueles..., por que o homem conheceu-nos, denuncionou-nos e não falhou a acusação lá em casa!
Hoje, quando às vezes passo a pé por essas terras onde roubava uvas, sinto saudades! E havia as do remoínho e dos adouros, por onde íamos às tardes de domingo! E como nós gostávamos de as ir comendo pela tarde fora, depenicando uma agora e outra mais tarde! Como devem imaginar, não desperdicei hoje a oportunidade de as trazer para a mesa! Foi um luxo que me encheu as medidas da gulodice!

18 maio 2009

||| SOCIEDADE ABERTA E DESCONFIADA AO MESMO TEMPO...

Não é novidade para ninguém que vivemos numa sociedade aberta, na qual, dizemos nós, deveria prevalecer a confiança e o estímulo da amizade - que é chave de muitos sucessos, como todos sabemos!
Porém, ou estamos enganados ou, afinal, vivemos num outro tipo social, que é ficcionalmente aberto e onde todo a gente desconfia de toda a gente.
Pessoalmente, gostava mais de que a versão real fosse a primeira, mas ou muito nos enganamos ou estamos é mesmo e decididamente a enveredar por uma insuspeita sociedade da suspeição! Será que há engano nesta suspeição?! Queria acreditar que sim!

16 maio 2009

||| NASCER NO TEMPO DO TUDO FEITO...

Sou do tempo, o actual, em que tudo se compra tudo feito. Vai-se ao Continente ou ao Feira Nova, ao Fórum ou ao Glicínias. Mas na verdade o tudo feito também é feito por... alguém. Olhem, reparem nas meias que calçamos no inverno, para aquecer os pés.
Ainda hoje uso umas velhas meias dadas por minha avó, que mos aquecem, quando me esfriam e são um consolo. Meias de lã que ela dobava nas intermináveis noites de inverno, quando ver televisão era só até ao telejornal, porque ao outro dia tinha de ir para a escola, enquanto os mais velhos ficaram a falar na cozinha, à lareira e a ver novelas brasileiras.

15 maio 2009

||| OS DIAS EM SÓ NOS SAEM DUQUES!!!


Há dias em que só nos saem duques, costumamos dizer quando as coisas não nos correm bem!
Ontem e hoje só me saíram duques!! Logo pela manhã, ontem, o meu habitual gasolineiro borrou a escrita toda e atirou-me gasolina para dentro do carro. Ao fim da tarde, hoje, uma promessa de instalação de uma antea parabólica no prédio nao foi cumprida.
A história de só nos saírem duques, que nós pensamos que é uma carta reservada aos outros, também nos calha a nós! Mas se olharmos bem, do nosso tempop em que jogávamos ao burro, as 52 cartas do baralho têm quatro duques - que necessariamente têm que sair a alguém.
Porque é que pensamos que as «desgraças» acontecem sempre aos outros? Pronto, para mim fiquei a saber que também calha a nós. Como se viu!

14 maio 2009

||| O FIO DA MEADA E AS CURVAS DA VIDA!!!

Apanhar o fio à meada é das coisas menos fáceis do mundo, principalmente quando não conseguimos ver alguma coisa, na frente dos nossos olhos. Ou porque estamos algo receosos de qualquer situação, ou porque temos algum pecadilho a esconder!
Finalmente, ou também, porque não conhecmos o caminho para onde queremos ir.
Por todas estas coisas, e outras, é sempre importante descobrir o fio à meada, para que não fiquemos com a sensação de termos um novelo na garganta! E sejamos apanhados em qualquer curva da vida!!
Saber onde estamos, como estamos ali e porque ali estamos... já é quase sermos semi-deuses! Apanhar os fios das meadas da vida é um acto verdadeiramente heróico!

12 maio 2009

||| DROGAS? CALA-TE BOCA!!!...

Um comentador curioso veio aqui perguntar a que tipo de drogas nos referíamos há dias!! E citou o álcool, o tabaco, derivados de cânhamo de canabis e do ópio, como uma droga. Perguntou se a cocaína, o ecstasy e quantos comprimidos não são uma droga!!
E então, vai daí, acha que devemos aqui especificar e esclarecer as diferenças! Suspeitosamente, fala que seria um bom serviço público, para que de uma vez por todas a sociedade tivesse um real conhecimento de causa.
Acontecem aqui duas coisas: por um lado, eu não sei explicar isso! Por outro, sei quem faz a pergunta e, sabendo, sei que não precisa da resposta!
Digo apenas que seja qual for a droga, a dispenso! E Óis da Ribeira deve dispensá-la!

10 maio 2009

||| OS DIVÓRCIOS E AS DROGAS...


Recebi um mail provocador: que eu não tenho nada a ver com os divórcios dos outros e para me cuidar com o meu, que eu não faço ideia do que passa debaixo dos telhados dos outros e que devo, por isso, estar de boca calada.
Bom, eu de boca calada ando e tenho cuidado com o meu divórcio, por isso não tenho divórcio! Entendo que um casal que não se entenda, se entenda divorciar. Mas não entendo que o façam de forma aligeirada e precoce! A senhora de quem eu falava no post de ontem, já não tem existência terrena, Deus me livre de vir aqui falar de pessoas do dia-a-dia, e fiquei a saber hoje que, afinal, a conhecia bem das missas - que a senhora religiosamente frequentava.
Outra coisa: aqui não se hostiliza ninguém! E muito menos por essa razão.
Mas hostilizo o tráfico e consumo de drogas que me dizem ser praticado a olho nu em Óis da Ribeira! Outra vez?! Foi o que eu perguntei quando me disseram e sorriram-me como resposta.
Desses, divorcio-me já!!!

09 maio 2009

||| DIVÓRCIOS...


Nasci e cresci num tempo em que casar era para toda a vida: um divórcio era um escândalo e divorciado nem enterro católico tinha! Divorciados de Óis, só conhecia uma senhora, do que eu ouvia lá por casa. E se não era ostracizada pela sociedade ribeirense, eu acho que não era, mesmo assim era apontada a dedo. Eu mal a conheci.
Actualmente, os divórcios ou separações, o viver maritalmente, tudo isso é coisa como figos; é aos montes!
Estas coisas são pessoais, mas quase em atrevo a dizer que deveriam ser proibidas pela Constituição. Porque nos desgosta e porque dá cabo de qualquer esperança de que o nosso próprio casamento/relação amorosa venha a resultar.
É o nosso próprio envolvimento emocional que está em causa. Sim, porque nós também lá estivemos. Com os separados que conhecemos... Nos primeiros tempos do namoro. Nas viagens apaixonadas, nas festas, no dia em que se decidiu casar. Nós vimos fotos do casamento e não contivemos uma lagrimazita comovida, aprovámos o vestido, tão lindo, dissemos mal das pindéricas das convidadas. Nós recebemos com alegria a notícia do primeiro filho, gostámos de saber que era um menino, e a seguir uma menina, e regozijámo-nos com tanta felicidade partilhada. E depois, em troca, o que recebemos? Desgostos. Desgostos atrás de desgostos. Gente casada há 15 anos que se separa, gente casada há 25 anos que se separa, gente, enfim, que dá cabo de nós.

07 maio 2009

||| QUEM É QUE CONSTRUIU O CENTRO SOCIAL E A SEDE DA JUNTA DE FREGUESIA?

Leio os jornais de hoje e não sei o que dizer: um diz que a Câmara Municipal do PSD é que construiu a sede da Junta de Freguesia e o centro social da Arcor. Nas palavras de Bruno Reis, que é o presidente da JSD, o filhote do partido laranja.
Fui ver o outro jornal e, moita carrasco, não diz lá nada disso.
Reparo melhor e vejo que terá saído um comunicado da JSD sobre uma visita a Óis da Ribeira, para um encontro de trabalho com a Junta de Freguesia. O palavreado é o mesmo, a foto é a mesma. Comunicado aproveitado por ambos os jornais, tanto quanto parece.
Olho melhor e reparo que o jornal do anterior presidente da Arcor - como as pessoas tem nome, lembro que é Celestino Viegas, por acaso o director-adjunto - foi o que censurou a informação. Vejo o outro e noto que a correspondente local é vogal da direcção da Arcor - a dra. Carla Tavares.
Qual dos dois fala verdade? Foi ou não foi a Câmara Municipal do PSD que construiu o centro social e a sede da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira?
Um dos dois jornais falta à verdade.
Convinha que isso ficasse esclarecido!

05 maio 2009

||| QUE EMENTA POLÍTICA TEREMOS ESTE ANO EM ÓIS DA RIBEIRA?!


A política, nos dias de hoje, vive muito das parangonas, pouco de ideias e menos de obras. Mais do «venha a nós o vosso reino» e do seja feita a nossa vontade, assim nos comícios como nas urnas dos votos.

A propaganda agressiva suplantou a divulgação de ideias e projectos, é como a publicidade enganosa. O que mais vende, hoje, não é o partido e o pensamento ou a ideia política, mas o candidato e a forma como este é apresentado. Como vem embrulhado.
Ontem, dei na net com um cartaz das eleições autárquicas de Óis, em 2005 - por acaso do PSD, mas podia ser de outro qualquer. Não é o nosso caso de querer chatear, mas num mundo perto da perfeição, o que estaria sempre em causa e primeira seriam os valores das ideias, a discussão. Como isso não existe, vivemos um bocado do qUe nos impingem e nós mesmos não discutimos - porque nem estamos para nos chatear.

Olhei para este cartaz, que não me lembra ter visto em 2005, e apetece-me perguntar que prato político vamos ter este ano, em Óis. Qual será? Que ementa teremos?

Cartaz do blogue Autárquicas em Cartaz.

03 maio 2009

||| O MEU (NÃO) DIA DA MÃE EM ÓIS DA RIBEIRA

Andaram obras cá por casa, umas paredes com rachadelas e meio-sujas, um problema no telhado, enfim.... uma porcaria de fim-se-semana mais comprido.
E não foi só para mim. Foi também para o pintor, o rapaz que andou lá por cima do telhado (e eu com medo que ele caísse...) e para o senhor do papel da parede, que passaram o fim-de-semana enfiados lá em casa, atafulhados e a assobiar, para disfarçar! E foi também, já me esquecia, para o homem das electricidades.
Um fim de semana para esquecer e que me fez perder a oportunidade de ir a Óis, para dar um beijo e uma prenda a minha mãe - hoje, que é o Dia da Mãe!
Ela perdoa-me, vou lá no sábado!
Beijinho, mãe! Que me geraste e puseste neste mundo, me acarinhaste e me ensinaste tantas coisas! Ainda hoje, quando não sei, olha lá ó mãe, como é que é?!

02 maio 2009

||| OS LIXADOS DA VIDA E OUTRAS COISAS QUE TAL

Se há tema para falar é o da tal pandemia, mas como já ontem falámos dela, não falamos hoje. Hoje vamos falar da crise da economia nacional - que é coisa de quem ninguém fala. E muito menos da crise de Óis da Ribeira.
Realmente, quanto à crise nacional, a de Óis fica para outras núpcias, os economistas vêem-se em palpos de aranha para entender a coisa. Ficam mesmo de cabelos em pé, como se costuma dizer. Os políticos, esses, coitados, que até ganham mal, reúnem-se e deixam-se fotografar juntos, falam de confiança em público mas, em privado, desapertam do nó da gravata e limpam o suor da testa. Não têm soluções.
Os governos gerem empréstimos milionários para salvar os bancos. Os ricos tornam-se humildes e deixam de pensar (no momento) que o automóvel que compraram o ano passado já está ultrapassado. O resto do mundo aperta o cinto para aguentar o temporal. Os afortunados que ainda têm emprego rezam ao seu deus mais amigo para que os ajude a não perdê-lo.
Lixados da vida, mas lixados mesmo, estão os que já ficaram sem emprego, sem casa e sem um qualquer deus que os ajude a pagar as contas do apartamento e da prestação do carrro, os livros, a roupa e a farmácia dos filhos.

01 maio 2009

||| A MULHER QUE NOS AJUDA LÁ EM CASA!!!

Quando a vida melhorou um bocadinho, arranjámos uma senhora para, umas horas por semana, ajudar cá em casa, na limpeza e nos arrumos, lavar e passar a roupa a ferro. Às vezes, também levar as crianças à escola. E, tanto quanto possível, adiantar a comidinha!
É verdade que a dona Cecília trabalha, trabalha, trabalha, mas às vezes mete-me uma raiva desgraçada. Então, quando vem com os azeites, ninguém a atura, faz o que quer e lhe apetece, não liga nenhuma parece, uma desvairada enunca fica satisfeita, porque, acho eu, o caos em que a casa fica em muitos finas de semana, peturba-a e obriga-a mais trabalho.
Já várias vezes ameaçou que se vai embora. E a verdade é que, à cautela, procurei no jornal mulheres que se ofereçam para esse tipo de serviço.
Recebi dias, no meu trabalho, e chumbei ambas: uma, de unhas excessivamente cuidadas; outra, digamos que mal encarada, quase boçal e a pedir 5,5 euros por hora e inscrição na caixa.
Fiz as minhas contas e a solução é esta: vou ter de continuar a aturar a D. Cecília!