31 maio 2010

||| A ÁGUA PÚLICA QUE SE DESPERDIÇA! E QUEM A PAGA?

Acordei esta manhã com o barulho dos bombeiros no prédio, a acudir à garagem colectiva que estava completamente inundada. Já lá estavam desde as cinco horas da manhã e eu sem dar por ela.
Estranhei a situação e perguntei do que se tinha passado e se não se devia ligar para a administração do condomínio e pedir explicações. Disseram-me que não e eu calei-me, pois nunca me vira em tais assados. Ou alagados, diria melhor.
A água que inundou a garagem, segundo ouvi dizer, foi de uma rotura na rede de água pública, que esteve toda a noite a deitar, até que alguém deu por ela. Então e os SMAS, ou a AdRA - como parece que se chama agora a distribuidora de água... - não intervieram? Afinal, são os fornecedores do serviço, era a sua água que se estava a perder. E alguém terá a de pagar.
Que não, que não sei quê, que se calhar nem sabe a esta hora (eram menos das oito da manhã...) que há a rotura e não sei o que mais.
Então, agora pergunto: onde vai parar o dinheirão que somos obrigados a pagar pela água que recebemos e, afinal, ao que parece, também a que não recebemos? Ninguem sabe dizer! Mas digo eu que se houver quem queira avançar com uma petição online para contestar o aumento dos preços da água - parece que mais um «aéreozito»... - estou a assinar em primeiro lugar.

28 maio 2010

||| AS TENTAÇÕES DE FALAR SOBRE A VIDA...

Há alturas há em que tenho a tentação de escrever sobre coisas superiores e partilhar convosco o sentido da vida. O objectivo final seria dividir a minha visão sobre o sistema social perfeito, no qual as jovens têm a permissão de ser jovens e aos velhos não é imposto um sistema de morte lenta e improdutiva.
Mas pressinto sempre que me falta bagagem para isso, pelo que me fico por falar da importância da natureza e do nosso efémero mas decisivo papel nela. Sobre o prolongamento da eternidade através da criação, ou do quão vã é a busca por coisas que só aumentam a nossa infelicidade. Apetece-me falar disto tudo e de mais alguma coisa.

Mass não é hoje esse dia. Talvez depois das férias.

27 maio 2010

||| ASNEIRAR COM O DINHEIRO DOS OUTROS




Uma inesperada indisposição arrumou-me ontem do blogue e estive a ler a imprensa. Quanto à local e a falar de Óis da Ribeira, lemos as lérias do costume no único jornal que ainda vai falando da terra.  Olhando a nacional, lá vêm os aeroportos, os TGV e os aumentos de o
impostos e cortes de regalias sociais.
A política local está para o político nacional como a fisga está para a catapulta: ambos arremessam projécteis, mas uns fazem mais porcaria que outros. É tudo uma questão de dimensão. Sempre foi assim e assim há-de ser sempre!
Asneirar com o dinheiros dos outros, dos contribuintes, é o que o governo faz em grande escala e uma característica tipicamente gloriosa de alguns lideres menores. À escala, um autarca típico não tem a capacidade intelectual nem financeira para dar cabo da economia do país, pois, como a própria designação implica, asneiram a um nível muito restrito. Mas, no geral e em boa verdade, tanto autarcas como políticos muitas vezes gastam o dinheiro dos contribuíntes em aleivosias disparatadas. Só que, caso dos políticos locais, são aleivosiazinhas, disparatezinhos, pequenos insuflares de egozinhos, coisas a que verdadeiramente já nem muitos ligam, mas não coisas que nos melhorem a vida. É uma espécie de Portugal dos Pequeninos da política.
Talvez se perceba, por esta e outras razões, porque em Óis continuamos com a rede de saneamento que temos, sem se saber quando a teremos completa.

25 maio 2010

||| IR A BANHOS PARA A PRAIA DA BARRA AINDA NÃO PAGA IMPOSTO...

Estes dias de calor fizeram-me lembrar as nossas antigas idas a banhos, na praia da Barra - onde passávamos um mesinho por ano, que era um luxo. Eram bem melhores e mais descontraídos esses tempos, nem nos incomadavam os impostos. Pagava o pai, pagava a mãe.
E como vou de férias para a semana, cuidei de me preparar para elas - encomendando uma viagem. Mas qual não foi o meu espanto que, a perguntar por ela, logo fui avisado de que ia ser taxada com os mais recentes impostos criados por essa abstracção incómoda, designada por Estado Português. Ou, Governo!
Ao somar o custo dos dois novos impostos reparei na percentagem que eram do custo do bilhete de avião - e considerei-os um exagero. É nestas pequenas coisas que se vê que o governo não anda muito longe do modus operandi de um arrastão, ou de um fogo que nos entra em casa. Uns e outros passam por nós de qualquer maneira, levam tudo o que podem rapidamente, e deixam-nos com aquele ar estupefacto do estilo «isto está mesmo a acontecer ou estou num filme de mau gosto?».
Contas feitas, desisti da viagem e acho que vou voltar a banhos para a praia da Barra. É que ir para lá, ainda não paga imposto e sempre se apanham umas banhocas de borla.

24 maio 2010

||| FUTEBOL MUNDIAL DE PORTUGAL...




Portugal acabou de empatar a zero com Cabo Verde e o seleccionador Carlos Queiroz considerou  que os objectivos para o encontro particular com Cabo Verde foram cumpridos, apesar do empate a zero e da lesão muscular de Tiago.(...)
Não perceno garnde coisa de futebol, mas se a selecção portuguesa tem o melhor e dos melhores jogadores do Mundo, se tem um staff técnico de tanta qualidade, como é que empata em casa com uma selecção que é das piores do mundo? É assim que querem chegar à final e serem campeões do mundo? Ainda vão aí por Óis fazer uma equipa e ganhar aos rapazes!
Já agora, leiam bem a bonecada..., que em piada.

22 maio 2010

||| O DESEMPREGO...

Pessoa minha amiga perdeu o emprego que tinha ia já para 21 anos. E todos sabemos que o desemprego subiu para os 10,6% e que o governo tomou a única medida a que está habilitado a fazer: aumentou os impostos.
E também sabemos que o preço da gasolina já está de novo nos 1,5 euros mas já ninguém reclama porque a subida desta vez foi gradual, que a crise pede o sacrifício de todos mas o governo continua a pagar «reformas» aos deputados que passam uma temporada na Assembleia da Republica a coçar as cadeiras.
Dito isto, esqueci-me do que aqui vinha hoje dizer. Voltem amanhã.
Talvez me lembre.

20 maio 2010

||| FAZER FUNERAIS EM VEZ DE DISCURSOS...

A leitura é um dos meus passatempos preferidos e foi numa delas que descobri que, uma qualquer investigação por aí feita, o maior medo de uma pessoa normal é ter de fazer um discurso público.
Pus-me a imaginar a fazer um discurso e querem acreditar que, só a pensar, transpirei pelos poros todos?
Vim googlar e dou nota de que o medo de discursar é até maior que o de morrer - que, pelas contas de quem as fez, aparece em terceiro lugar na lista.
Quererá isto dizer que num funeral a maior parte das pessoas preferiria estar no lugar do morto do que fazer a elegia fúnebre? Ou que o Pires preferes fazer funerais em vez de discursos?! Se calhar!!!

18 maio 2010

||| PARA O QUE É BASTA.... PAGAR IMPOSTOS

A gente ouve as notícias e cada vez mais se confunde: quem, afinal, manda no país?! Sócrates ou Passos Coelho? Ou os dois? Ou um, num dia par; o outro, no dia ímpar?! Eu não sei, mas também não me vou preocupar.
O que sei, porque já fiz as contas, é quanto vou inchar até ao final do ano, por causa dessa bodega do aumento de impostos. À conta da irresponsabilidade de quem faz que nos governa e anda, tão-só, em permanente propaganda! Para o que é, isto saber me basta! Até porque nada posso fazer contra! E mais sou do Contra.
e, para se ver melhor, deve ser ampliado, clicando sobre a imagem.

17 maio 2010

||| OS TRABALHOS MENORES E A GENTE FINA...

O ambiente de trabalho traz-nos, por vezes, surpresas interessantes. Como esta: há uns tempos tive uma colega moçambicana a estagiar nos meus ambientes. Era uma fulana nova, até atraente, e inteligente. Estava fora do seu país pela primeira vez e um dia, na conversa de café, confidenciou que uma das coisas que mais a impressionara em Portugal fôra ver brancos a descarregar o lixo, varrer as ruas e a servir á mesa. Para ela, essas coisas eram trabalhos menores.
Por lá, ao que me contou, seriam impensável ver um branco servir à mesa num restaurante ou a varrer o lixo. Certos trabalhos só seriam para os negros. Bom, se era assim, pois que fosse, ou seja.
Isto deu para olhar que, em Portugal, que passa por ser, e é, um dos países mais pobres da Europa, todos mais ou menos nos gostamos de armar ao fino e preferir engrossar a lista de desempregados, em vez de fazer os tais trabalhos considerados menores.

Fica por explicar, se alguém quiser, é porque raio é que um tipo que retira o lixo diariamente do nosso caixote, ou do contentor mais próximo da porta, é um trabalhador menor? E agora a piada de uma amiga: conheço muitos administradores de empresas que não só não limpam merda nenhuma, como ainda fazem mais merda e são considerados quadros superiores (?). É Portugal! Mas também somos outra gente! Gente fina! O que é outra coisa!

15 maio 2010

||| DOIS 1º.S. MINISTROS E DOIS PRESIDENTES DA JUNTA

Hoje, em Óis, dei-me conta que nem tudo vai mal na República Portuguesa. Afartazei-me à mesa, comendo do bom e do melhor e do que já nem me lembrava bem: os sabores da cozinha tradicional.
Comi bem e só não bebi melhor porque continuo teimosamente abstinente.
Falou-se muito da crise e do despesismo do governo no que diz respeito à função pública e aos tachos das empresas públicas e suas acessórias e assessorias. Eu, no lugar de Sócrates, coraria de vergonha, até porque, inevitavelmente, se falou do aumento de impostos para pagar essa tal crise, para a qual não contribuímos mas temos de pagar.
O que os meus sapientes convivas não entenderam, nem eu..., é como é possível o governo ter dois 1ºs. Ministros: o Sócrates e o Passos Coelho.
A melhor explicação que ouvi foi esta: é para dividir a crise por dois. E, digo eu..., para multiplicar as despesas, pois ninguém vai para 1º. ministro só para telefonar ao pai, a dizer que é.
Posta a coisa aí p´ra Óis, seria o mesma que termos dois presidentes de Junta: o Pires e a Carla. Deveria ser lindo, devia!

14 maio 2010

||| O SENTIDO PÚDICO DAS COISAS PÚBICAS


Vejam lá a ironia das coisa. Numa tarde de folga por causa da visita do Papa Bento XVI, redescobri a capa do livro da escola primária de meus pais. E agora soube que uma professora de Mirandela foi suspensa por ter posado nua para a Playboy portuguesa.
O livro deu-me a noção de como se faziam, de forma simples, os mestres da escrita, naquele tempo. Tempo quando as coisas pareciam ser mais fluentes, de leitura fácil, curta, sem palavras para além do palavrear corrente e sem leituras para lá daquilo que se quis escrever.

Agora, leio e não entendo o sentido púdico de algumas coisas: de certo, os alunos da escola que tenham visto a professora na Playboy não viram coisa a mais que o que todos os anos se vê nas praias: as raparigas de rabo e peitos ao léu e de pelinhos púbicos tapados.  Então, porquê este escabeche todo?! Só porque a professora tem um corpo de se ver e a vereadora lá da Câmara teve ciúmes? Foi por isso que a tirou das salas de aula e a pôs lá num esconderijo qualquer? Ora!!! Bolas!!! Ora bolas para o sentido púdicos das coisas púdicas!!!

13 maio 2010

||| IMPOSTOS AUMENTADOS...

O Governo PS e o maior partido da oposição (o PSD) acertaram hoje a maneira prática de nos meterem as mãos nos bolsos: aumentaram os impostos. Mais 1% no IRS, no IRC e no IVA.
Cada café que um português tomar, vai dar mais 3$00 a quem, com o nosso dinheiro, diz que governa o país. E desgoverna!
Governar assim, também o meu papagaio.
O cartoon é de http://henricartoon.blogs.sapo.pt/189955.html e para se ver melhor, deve ser ampliado, clicando sobre a imagem. 

12 maio 2010

||| ROUBAR FRUTA DA ÁRVORE DO VIZINHO...


Qualquer um de nós já, pelo menos uma vez,  roubou fruta da árvore do vizinho. E que gosto tem comer fruta directamente colhida na árvore! Não sei porquê, mas apetece sempre comer mais. Talvez porque os gestos simples são sempre os que mais conforto nos dão. Talvez por serem os mais naturais.
Vem isto a propósito de hoje ter visto, sem querer, um adolescente a roubar fruta de um mini-mercado, não sei por ter fome ou se pelo mero prazer de roubar. E lembrei-me de quando íamos roubar fruta ao aido do vizinho. Era a melhor!
Velhos tempos!

11 maio 2010

||| O PAPA BENTO XVI

Tenho o maior respeito pelo Papa Bento XVI, mas a visita dele veio hojr, para mim, na pior altura - depois da charopada que foi a transmissão televisiva do futebol, no domingo. Hoje, desde que cheguei a casa, só dá... Bento XVI.
Isto pode parecer uma crítica, mas não é. Na verdade, os portugueses são assim: piedosos, generosos, pacientes, reverentes e veneradores. E aqui o digo, para que fique: não despreguei olho desde que cheguei, entre os vapores da cozinha, o saborear da ceia, a leitura do dia e a obrigação de blogar.  E não é que continuo de orelha guiada com o sentido para a televisão, está a ele na varanda da Nunciatura, a falar com os jovens?!!!
O post de hoje é de homenagem a Bento XVI! Que ele nos abençõe!

10 maio 2010

||| O VÍCIO DA BOLA...

O futebol é um fenómeno que sempre me intrigou, não entendendo muito bem porque é que os portugueses gostam tanto de ver aqueles rapazes aos pontapés na bola. Mas admito que  se há milhões a bater audiências, sou eu que estou a marcar o passo errado.
Ainda agora, depois da maratona de bola que se gramou ontem nas TVs, não se me fez luz  sobre as razões e emoções dos que fazem coro para justificar a vitória de uns e a derrota de outros. Fico, porém, a entender melhor que a bola é um entretém de milhões de viciados no jogo do empurra e um desporto que tem por regra não assumir culpas próprias e remeter para os outros as suas próprias incapacidades e constrangimentos.
Um destes dias ainda vou à bola, ao vivo!

09 maio 2010

|| FUTEBOL A MAIS, PARA ENGANAR GENTE SEM PÃO!!!

O futebol não é coisa que me interesse muito, mas vejo de vez em quando, como hoje... - quando todas as televisões a que tenho acesso (nenhuma por cabo) não dava outra coisa que não fosse a vitória do Benfica no campeonato. Salvou-se a RTP2. 

Compreendo que a vitória benfiquista entusiasme os  adeptos e estes tenham plena liberdade de manifestar a sua alegria e o seu orgulho. Compreendo que o facto de dezenas de milhares de portugueses saírem à rua seja notícia e mereça reportagem e entrevistas, embora se faça sempre a mesma bacoquice de perguntas.
O que não compreendo nem aceito é que a televisão pública gaste horas e horas com as comemorações da vitória de um clube de futebol, seja ele qual for. Ontem, foi demais. Portugal não é o Benfica, como o norte não é o Porto.
Aquele excesso da RTP não me parece, no entanto, inocente. Bem sei que somos feitos de sentimentos e de afectos e que a nossa própria racionalidade e inteligência é mais emocional do que julgaríamos. Mas uma televisão pública não pode ser cúmplice de uma estratégia de circo sem pão. De enganar tolos! E o que fizeram as outras, o que fizeram?! Pois, bem (mal!), imitaram!

08 maio 2010

||| OS LIVROS DAS MINHAS IDADES...

Os primeiros livros da minha vida foram na extrema infância, ainda nem sabia ler, porque me fizeram perceber que eram uma coisa fascinante. Curiosamente, nem eram livros infantis, pois lá por casa não havia coisas dessas, nem sei até se livros.
Onde eu me consolava era na casa a minha prima, pois o pai dela era (e é) dados às literaturas e tinha livros aos montes, embora também não fosse muito dado a bebezices e não tinha, como meus pais, pachorra nenhuma para andar a contar histórias da carochinha, de fadas ou similares.
La por casa dele abundavam clássicos, basicamente romances/novelas bucólicas, românticas e/ou moralistas, coisas uma criança podia sem conspurcar a mente com impropriedades. Foi a minha fase do básico, que me arregalava os olhos.

A segunda fase foi a da descoberta da fantasia, a de leituras do Noddy, Walt Disney, Tintin, Julio Verne, Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Carl Sagan. E, o que para mim foi uma grande descoberta, um livro que, vejam lá, falava de Óis da Ribeira. E que pena tenho eu de não o ter.
A terceira foi a mais chata, na escola, com a obrigação de interpretar o que lia nas Viagens da minha Terra de Almeida Garrett; do Alexandre Herculano; do Eça, li até Camões e Oliveira Martins. Ganhei-lhe o gosto, até hoje. E não perco livro que possa comprar (estão caros...). E leio tudo o que aparece ela frente. Até blogues!!! Ih, ih, ih, ih...

07 maio 2010

||| FAÇAS BEM OU FAÇAS MAL..

Não sei se já repararam que todos os provérbios populares conhecidos foram escritos (ou ditos) antes de nós termos nascido. Realmente, tenho a certeza de que ninguém se lembra de um provérbio popular, um sequer, criado este ano ou no ano passado.
Isto vale o que vale, é verdade, nem é nada preocupante por aí além. Mas será que o povo ficou estúpido e deixou de «proverbiar»? Será que a culpa é inteiramente  dos outros?
Foi a pensar neste actual deserto de sabedoria popular que achei alguns provérbios mais recentes, gostando em especial de um, dedicado aos actuais gestores públicos: «Faças bem ou faças mal, terás sempre salário e reforma genial».
Está bem apanhado e prova que a sabedoria contemporânea afinal não morreu.

05 maio 2010

||| INQUIRIÇÕES...

Fez-se moda na Assembleia da República ver um grupo de senhores deputados a inquirir uns senhores que lá são chamados para falar do tal negócio da TVI. Ligar a televisão e assistir a deputados que parecem ter errado na profissão e se fazem interrogadores é coisa que chega a incomodar.
E dá para pensar que, asfinal, não votámos para eleger deputados mas polícias de investigação, ou advogados ou juízes.

Ver até enjoar estas chamadas comissões de inquérito a, dizem, apurar a responsabilidades políticas até dá em azia.  E fico na dúvida se valerá a pena o trabalho de escolher, nas urnas e em voto secreto, interrogadores que não são policiais, nem juízes, para lhes pagar por inútil trabalho o dinheiro que deveria ser gasto em profissionais policiais ou judiciais especializados. Fazendo-se eles passar por isso, sendo, afinal, meros deputados. Perceberam alguma coisa disto? Nem eu!

04 maio 2010

||| MULHERES A ESPREITAR O SOL DA PRIMAVERA...

O sol já abriu com cara de verão, estejamos nós embora ainda na primavera e de manhã. Mas já apetece vestir uma camisa de manga curta, para amulatar os braços e vivermos a sensação de estarmos de férias. Ou ir ao bar do Nélson tomar um café, ou beber um refrigerante, para dois dedos de conversa
Acontece é que não é bem assim. Isto é, não estamos de férias e os braços estão branquinhos, ainda sopra uma aragenzinha fresca, às vezes até um vento bravo, de tal que eu nem sei como é que as miúdas começaram já a vestir roupa de cavas, a mostrar os ombros e os acimas dos joelhos.
A propósito, ouvi hoje uma bocarra do caneco, quando passava numa esplanada. «Bonitas pernas... a que horas abrem?», chafurdou um marmanjo.
Não era para mim, mas deu-me cá uma ciumeira! E lá ia a cachopa, altiva, de óculos verdes e a dar à anca! Nem olhou pró gajo!

03 maio 2010

||| TOMAR CAFÉ...

Acho que isto acontece mais ou menos com todos nós: estamos com uns amigos e conhecemos uma pessoa que é amiga de amigo, que tem uma conversa engraçada, culta, até com sentido de humor e por estas ou outras razões, logo procuramos privar com ela?! E como é que fazemos? Convidamo-la para um café!
Na verdade, podemos até nem tomar café, mas convidamos sempre para um café. Já repararam?
Os portugueses, realmente, são muito adeptos das relações sociais acompanhadas com café. Ou de um copo! Fecham-se negócios, marcam-se encontros de amigos e até... o começo dos engates. Digo eu, de que...
Ir tomar café com alguém do sexo oposto mais ou menos quer sempre quer dizer que a relação está a evoluir. Um café a dois permite aquelas conversas de reconhecimento, é uma prospecção de terreno. Fala-se de tudo e mais alguma coisa, tiram-se nabos da púcara, provoca-se, enfim é o aperitivo óptimo. Aprofunda-se o conhecimento e recolhem-se pistas para o passo que se vai dar a seguir.
Tomar café não demora o tempo de engolir a pequena quantidade de líquido que repousa no fundo da chávena, é bem mais que isso. Pode ser doce ou amargo, escuro e forte ou macio e descafeínado, com açúcar ou adoçante, com oui sem bagaço... mas é sempre uma boa opção.
Se estiver a correr bem, pede-se outra coisa e marca-se outro. A correr mal desmarca-se e parte-se para outra coisa com a desculpa: «É pá, tenho de ir embora. E logo agora que a conversa tava tão boa!...».

02 maio 2010

||| A GERAÇÃO DO RASQUIDO...


Antigamente, chumbava-se por faltas, na escola. Agora, ao que sei, há faltas mas já não há «chumbos» ou, sequer «retenções» - um palavrão estranho para quem não passa de ano, não por saber menos que os outros mas por não ir às aulas. Ser cábula...
Não fui estudante exemplar, nesse capítulo, e lá dei as minhas faltas - quase sempre até ao limite... - mas, alto lá, o baile logo parava quando ficava próximo desse limite. Agora, o eduquês que se passeia nas escolas quer acabar com os "chumbos por faltas", substituindo-os por "medidas de diferenciação pedagógica com o objectivo de promover aprendizagens que não tenham sido realizadas em virtude da falta de assiduidade".
Eu, francamente, leio isto e não entendo nada.
Dizem-me, porém, que agora os senhores e as senhoras estudantes podem faltam quando e quanto quiserem para além do limite - se é que o há... - e, depois, em vez de chumbarem pela sua cabulagem, vão ter os professores e as escolas a dar-lhe lições à pressa e a correr para não os "reter".
Alguém, há uns anos, chamou de geração rasca á que, ao tempo, crescia neste país. E a esta, de estudantes que passam sem saber e nem vão às aulas? Vamos chamar-lhe geração do rasquido? Ora bolas!!

01 maio 2010

||| LIXE-SE TUDO!!!!

Anda por aí muito boa gente preocupada com a política e os problemas económicos do país, o estado da nação e a corrupção pública e privada, as desigualdades sociais, a moral e os bons costumes, a estabilidade profissional e a adequada gestão financeira. 
Há outra gente que não liga a nada disso e cujos dilemas, conversas e pensamentos giram sempre em torno da razão, da lógica, do sentido prático e da justiça, debruçando tão-só sobre o que julgam que é importante. Podemdo não ser.

Há, depois, gente como eu, que acha que é um desperdício de tempo conversar sobre essas coisas, que não podemos de modo nenhum resolver. Que se lixe, pois... o país, mesmo que falido, ou lá o que é!