30 novembro 2011

||| O CARRO DO MINISTRO



O Contra, sem saber bem porquê, simpatiza com o ministro da Segurança Social, já desde que ele era líder da bancada do CDS.  E achou interessante a sua «aparatosa» chegada ao Palácio de Belém, no dia da tomada de posse.  De scooter, uma vespa. Espantou-se, por isso, ao vê-lo agora acusado de andar num carro de 86 mil euros. Foi um choque!
Independentemente da manipulação que os jornalistas (esses grandes artistas, lembrem-se só de alguns bem perto de nós!) tenham feito sobre o facto, uma verdade é... verdade: os políticos têm de perceber a revolta das pessoas.
Vamos por partes: se o Governo anterior tinha encomendado um carro deste custo, este Governo tinha naturalmente de o recusar.
Um governo que todos os dias anuncia cortes e hoje aprovou o orçamento que aprovou, não pode ter um ministro a andar em carros de 86 mil euros. Tenham lá paciência!
Não é que tenham de ir de scooter, não exageremos, mas um carro destes, deste preço e deste luxo, é um abuso e um insulto aos portugueses.
Outra parte: a situação em que o país se encontra, implica e torna urgente uma nova cultura de serviço público. Mas não é este serviço que o ministro da Segurança Social exemplifica, mesmo que explique, como explicou, que o carro tinha sido encomendado pelo governo de José Sócrates. Bastava-lhe recusar a viatura e algo se haveria de acertar com o vendedor.
Aqueloutra parte: se o país está pré-falido, não pode pagar salários e se todos os dias se aumentam os impostos, não é curial que vejamos ministros a passearem-se em viaturas de 86 mil euros.
A desculpa de invocar Sócrates, já não pega.
Sócrates já foi julgado, pelas asneiras que fez. E fez muitas! 

29 novembro 2011

||| AS AUTORIDADES POLÍTICAS LOCAIS...


O que os consultórios médicos têm de melhor é a oportunidade de se lerem revistas e jornais antigos. Às vezes, reencontrando-se notícias que já nos aliviaram o dia, ou o castigaram. Hoje, foi dia de dentista, coisa que detesto, mas também de encontrar um Diário de Aveiro de há uma semana, que me fez saber que as freguesias de Aradas, Glória e Vera Cruz, todas de Aveiro, são contra as fusões que o governo decretou sem ouvir ninguém.
Isto vem a propósito da eventual fusão de Óis com não sei que freguesia? Com Travassô? Com Espinhel? Com a Gocha? 
O Contra já aqui comentou a questão, mas a reflexão ficou-se pelo blogue, por meia dúzia de comentários e, quanto ao mais..., cala-te boca.
A autoridade política local, que foi eleita para defender o povo e os interesses da freguesia, pouco diz e o que diz é a admitir a extinção de freguesias. Bonita autoridade.
Quanto à oposição, moita carrasco..., como nem mora em Óis, terá mais que fazer e esquecido os interesses da freguesia e o sagrado dever de defender os seus interesses.
É a favor ou contra a extinção e/ou a fusão?
Não se sabe. Nem se sabe se se virá a saber.
O presidente da Junta ao menos disse o que quis e o que sabe, embora apoucasse os nossos interesses e identidade da freguesia.
É caso para dizer que, com política desta, não vai Óis a lado nenhum. 

28 novembro 2011

||| O BENEFÍCIO DA DÍVIDA...


A alma do Contra emparvece: Portugal vai pagar cerca de 35 mil milhões de euros em juros e comissões pelo empréstimo da “troika”. O de 78 mil milhões.
O quê?! 35 mil milhões pelo empréstimo de 78 mil milhões?
Exactamente, sem tirar nem pôr.
O Contra pôs-se a fazer contas e concluiu o óbvio: 35 mil milhões é 45% de 75 mil milhões.
Quase metade.
Certo?
Infelizmente está certo. Mas foi isso mesmo que o imponderado Sócrates negociou com a troika e o vaidoso Passos assumiu em nome do Estado Português - como ele costuma dizer, todo inchado!
O Contra tem por hábito dar o benefício da dúvida, quando tem... dúvidas!
Mas este dramático caso é... caso para dizer que a troika, aos portugueses, deu foi o benefício da... dívida.
E ganha meio por meio, levando-nos à falência.

27 novembro 2011

||| DEDOS APONTADOS E MÃOS PARA UMAS BOFETADAS

Estar na terra e saber de novidades (desculpem lá o aparente pleonasmo) é simpático: a gente senta-se, ouve, e mesmo que a conversa não seja connosco, sabem-se coisas. Serão fiabéis? Não todas, de todo.
A visa ensinou o Contra: quando se trata, em Óis, de beliscar terceiros, afia-se o bico e diz-se-diz-se, ai não sabe isto, ai não sabe aquilo, mas nunca se fala de nomes, ficando tudo embrulhado em segredos.
A notícia de que há gente a comer à conta do Estado (logo, à conta de nós...), não é propriamente novidade. Que essa gente não faz nenhum e recebe subsídios e ajudas alimentares e outras, também não é coisa nova.
Novidade, para o Contra, é a indignação que alastra entre gente da nossa, inesperadamente preocupada com o futuro da governação, ate já citando nomes e soluções.
A questão governativa é recorrente, numa comunidade posta em hasta pública.
O Contra espantou-se com uma octogenária observação sobre a dita governação: «Tu achas que o povo dá algum crédito a essa gente que por aí anda?».
Eh pá: a malta d´Óis anda sabida p´ra caraças!!!
E que delícia foi ouvir o par de «octos« e dois jovens (talvez trintões!!!) a falar de economia, dizendo verdades que a gente conhece mas sem dar por elas, embora frias como punhais. Disse um deles que todos nós colaboramos com o engano com que nos enganam.
O Contra gostou de ouvir as ideias e apreciou a forma da sua expressão. Afinal, em Óis há massa crítica. Pensa-se e até se fala alto. A  governação que se cuide.
Ao exame público já não escapa. Há dedos que lhe apontam defeitos. Mãos dispostas a dar-lhes umas bofetadas, ai se pudessem! Ó gente, ponham-se a pau!!!

26 novembro 2011

||| TROIKA ANDA A XINGAR OS PORTUGUESES...


Os portugueses já se começavam a habituar a ver aterrar na Portela três homens que por cá vinham com a missão de humilhar os portugueses. 
A Troika! 
E, valha a verdade, tal tem conseguido com esmero e distinção e sem nos passar grande cartão. Agora, vão deixar de aterrar, pois já procuraram e encontraram escritório em Lisboa. Fica-lhe mais fácil e mais à mão xingar o governo e a carteira dos portugueses.
Isto, porém, é uma humilhação para todos nós.
Eles não vêm verificar as contas, coisa nenhuma!
Para tal, na era dos computadores e tal coisa como a net, bastar-lhe-ia, de lá de onde eles vêm, consultar tais contas e enquanto o diabo esfregava um ou dois olhos. Eles vêm cá é para humilhar os portugueses, falar na tv e deixar dito, e dito com todas as letras, que quem manda em Portugal são eles.
A humilhação, direi, será até maior que a sofrida diante dos ingleses e do seu famigerado ultimato.
E alguém, do governo ou da oposição, barafusta?

É o barafustas!
O governo amocha e estende-lhe a passadeira. As oposições resmungam só para a fotografia e a comunicação social ver; e esta quer é um boneco para encher o telejornal, o noticiário da rádio ou mais uma página do jornal.
O Portugal de 2011, infelizmente, não tem ninguém - ninguénzinho, mesmo!!!... - capaz de se opor a esta afronta. Não tem quem o defenda. Estamos cada vez mais vulgares!

25 novembro 2011

||| UNS BONS PARES DE ESTALOS...


O Contra escutou hoje, na hora do almoço, uns anormaiszinhos a considerar, com ar de muito sábios e gente madura da vida, que as IPSS's são maioritáriamente da Igreja Católica e, por isso, o Estado, ao ajudá-las, está a ajudar a evangelização do catolicismo!
Esta teoria, diz o Contra, é verdadeiramente cabotina.
As IPSS´s não são todas da Igreja, mas todas auuxiliam quem mais precisam. E até quem não precisa! Mais: são instrumentos de apoio à família. E mais: substitutem o Estado em muitas das suas obrigações.
Ademais, o Estado anda a mingar-lhe os apoios, em nome da crise - o que, e Deus queira que o Contra se engane, vai acelerar a dita crise e a tumultuação social do país.
Aliás, ainda que fossem maioritariamente católicas (e não são), o que teria isso a ver com o papel social que assumem no dia-a-dia? Ajudando e substituindo a família, da creche aos seniores?
Os senhores enfarpelados da mesa do lado são ignorantes. O Contra não sabe se têm filhos ou pais idosos, ou quaisquer outros familiares que precisem de apoio de uma IPSS. Mas reparou que tinham cara suficiente para levar uns bons pares de estalos.
O leitor do Contra, que é inteligente, poderá, a propósito, pôr-se a perguntar: o que seria de Óis da Ribeira, hoje, se não existisse a Arcor?

24 novembro 2011

||| GREVES E LIXO !!!...


O Contra abriu o dia de hoje a ver/ouvir notícias sobre a greve dita geral. Notícias, por exemplo, de piquetes grevistas que tentavam impedir não grevistas de assumirem o seu posto de trabalho. isto é: os grevistas não respeitam quem trabalha. Ora, a greve é um direito, claro que é, mas não pode nunca ser uma imposição. Em nome da mesma lei.
Pelo dia fora, em viagem, o Contra ouviu falar de cocktail molotov em três Serviços de Finanças lisboetas. E ouviu o cantarolar de slogans contra tudo o que cheira a governo, troika, fmi e por aí! 
Já a chegar a casa, a tsf dá conta da invasão da escadaria da Assembleia da República e dos atropelos e bastonadas que por lá se bateram. Acabei de ver as imagens na tv.
Ora bolas!...

O que o Contra entendeu, com o devido respeito, é que as manifestações grevistas são essencialmente dos trabalhadores do sector público - que, agora, como qualquer português, também sentem a crise nos bolos. Já ia sendo tempo de, para algumas coisas, não haver portugueses de primeira e de segunda.
Estavam mal habituados.
Os trabalhadores do sector privado já há muito que suportam o peso da crise e pagam do seu trabalho as desmesuras dos desgovernos que nos larapiam os bolsos.
Ouço mais tv e José Rodrigues dos Santos anuncia que uma agência de ratting carimbou Portugal como lixo. Nem de propósito, logo no dia da greve dita geral: L-I-X-O!!!!
Os sindicatos deveriam repensar o que decidem, aparentemente em nome do interesse dos trabalhadores que os seguem de forma arrebanhada.
A greve dita geral leva-os aonde? E em nome de que deusa sacrificam os seus filiados desta maneira? Terão eles, mesmo, consciência da tragédia que se vive nas ruas e nas casas de Portugal? Ou estão a pensar, apenas, no próximo slogan para atrair trabalhadores para o seu próximo gáudio de dirigentes eternos das centrais sindicais?

23 novembro 2011

||| NÃO HÁ DINHEIRO, FECHAM-SE AS PORTAS...


O Contra apreciou a decisão do Secretário de Estado da Cultura: demitir o director do Teatro Nacional D. Maria, que se armou em carapau de corrida porque, por causa das medidas de austeridade, lhe cortaram o orçamento.
E, assim, já não podia brincar às programações.
O que Diogo Infante, o tal director, tinha a fazer era, no tempo das vacas menos gordas que se passa, fazer obra com o que tem. Isso é que era avaria de gajo competente. E não comportar-se como menino mimado e birrento, a quem  tiraram a chupeta - neste caso, a massa para ele desbaratar com a tal programação, que ele mesmo programou, para gastar o dinheiro que lhe davam e dando tachos aos amigos.
Foi demitido, caso arrumado.
Outro virá.
O surpreendente nisto tudo é a coragem do Secretário de Estado da Cultura, que não se pôs de cócoras a estes pequenos ditadores instalados na área da cultura, que agem como querem, gastando o dinheiro que lhe dão, pois quanto a arranjá-lo, tá quieto.

Portugal inteiro sabe dos dramáticos constrangimentos financeiros que o país atravessa, com muita gente (centenas de milhares de portugueses...) a reclamarem pão para a boca.
O Contra, logo por isso, acha perfeitamente normal que o orçamento para a cultura seja limitado. Não querendo fazer populismo barato, diríamos até que mais vale ter pão para a boca que palmas para o palco.
Outras governações assim parecido fazem: cortam, cortam, cortam..., sem buscar receitas, ou procurar alternativas.
Sem trabalhar para justificar e honrar o lugar.
Vão pelo mais fácil: não há cego, não se toca viola.
Pelo mais dramático: não há dinheiro, fecham-se as portas.
A história e os valores institucionais não contam para alguns governadores.

22 novembro 2011

||| A TUNA, AS CORDAS, A PERCUSSÃO E OS SOPROS...

Tudo o que é informação da zona (jornais, facebooks e blogues) fala da Tuna de Óis da Ribeira e o Contra, que de música nem a escala sabe - sabendo, porém, silabar e cantarolar o básico dó-ré-mi-fá-sol-lá-si... - presta aqui homenagem aos seus dirigentes, instrumentistas e colaboradores.
Não deve ser coisa fácil manter viva a chama da cultura, como a Tuna faz, por modesta que seja. A mesma Tuna de que o Contra já ouviu tanta coisa e a ela viradas tantas espingardas. Tantas ironias e desatinos, tanto mau-dizer.
O Contra aprecia a Tuna, sem dela conhecer muitos pormenores. Mas diz por onde anda que «na minha terra há uma Tuna». Perguntam-me que instrumentos de cordas tem. E o Contra não sabe dizer. Como no sábado a vimos passar, garbosa e afinada, quis saber mais da Tuna. Falaram-me de muita coisa que eu não entendi, mas forçaram-me uma nota (e não é musical): que a Tuna está muito melhor. Mas não tem cordas!
Cordas?! Quais cordas?
Fui saber quais. Pois bem, leio que uma Tuna é um grupo musical de instrumentos de cordas. E dão-me o exemplo das tunas universitárias. 
Ora, a Tuna de Óis não tem cordas.
Só instrumentos de sopro e de percussão.
Bom e isto e bom ou é mau?
O Contra não sabe responder. Mas tem orgulho de dizer que «a minha terra tem uma Tuna fundada em 1897!».

21 novembro 2011

||| ENTRAR NOS BOLSOS DOS CIDADÃOS...


O tempo de almoço de ontem deu para falar de muita coisa, do futebol à política, à agricultura que fechou portas e ao comer que temos de importar, da vida da família (como vai este e aquele; olha, fulano de tal já faleceu e fulana divorciou-se...) e à crise que se vive e nos queima esperanças.
Também da crise, que de há uns tempos a esta parte nos aflige, por causa dos sucessivos cortes na receita das famílias.

O Contra anda por esse mundo fora e, sem pretender tirar conclusões redutoras sobre a situação que conduziu a tamanha e trágica situação como a que os portugueses vivem, vislumbra algumas fissuras na estrutura deste notável edifício argumentativo da governação - que tudo intui e conclui para nos ferrar as garras nos bolsos.
Se quem quer que seja, através da reorganização e racionalização da área de governação que tutela, chegar à conclusão que pode cortar na despesa aqui ou acolá, não o deverá fazer? O Contra acha que sim.
A governação deve fazê-lo, desde que não seja posta em causa a qualidade dos serviços e os postos de trabalho, o prestígio e história da instituição que se governa.
A governação deve renegociar contratos ou reafectar de efectivos e meios, desde que isso signifique a majoração de serviços? Pois claro.
Mas não pode, indiscriminadamente, entrar nos bolsos dos concidadãos.

20 novembro 2011

||| A ASSUNÇÃO E A INSTITUIÇÃO...


A gente lê e quase nem acredita: a sra. presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, recebe 7.255 euros de pensão por dez anos de trabalho como juíza do Tribunal Constitucional. E reformou-se aos seus joviais 42 anos.
É inacreditável.
E escandaloso.
O Contra confessa que até nutre simpatia pela presidente. Mas só até hoje! Afinal, ela não é mais DO que uma entre tantos outros que esportulam os dinheiros do Estado e nos levaram à falência. E reformou-se, aos 42 anos, numa idade em que, qualquer dia, muitos portugueses ainda nem terão o primeiro emprego. Por este andar. 

Assunção Esteves reformou-se com essa idadezinha e tem ocupado cargos políticos, acumulando os respectivos ordenados com a pensão.
Agora, por causa crise, foi obrigada a optar e optou pela pensão. Pudera!!! Mas continua a receber ajudas de custo como presidente, coisa na ordem dos dois mil euros.

Quando por Óis se ouve dizer que a governação quer ser ressarcida dos custos de transporte e de telefone, dirá o Contra que isso não passam de trocos. E já agora, porque não reclamarem direito a reforma antecipada? Se a presidente tem e não se sabe o que fez pelo país, estes ao menos sempre estão a tentar fazer alguma coisa. E o Contra até diz mais: deveriam receber ordenado e horas extras.

19 novembro 2011

||| RECIBOS VERDES E RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO...



A ida a Óis deu para, hoje, reparar no garbo da nossa Tuna que marchava e tocava na rua do Cabo e, em almoço de rojões, falar da vida.
Uma familiar, a quem a vida não tem sorrido sempre bem, contou que está a recibos verdes e sem grande fé em melhores dias, pois a empresa onde trabalha atravessa dificuldades.
Isto é que dói.

Disse também que já foi avisada da taxa de IVA que terá de suportar do seu bolso e do IRS que também terá de liquidar, quando for. O marido, com emprego certo mas ordenado baixo, vai dando para aguentar o barco, mas lá nos disseram ambos que se acabaram os almocinhos que às vezes faziam no restaurante e nada da tradicional ida ao cinema e que os miúdos não vão, tão cedo, ter roupas novas e muito menos telemóveis e os outros dos pequenos luxos que foram aburguesando as famílias portuguesas.
O Contra sabe bem o que isso é, pois também faz ginástica para aguentar o orçamento e a conta da ZON já foi extinta. Acabaram as Sport TV´s e a pantomilha de canais com que nos iludem o entusiasmo e ludibriam a carteira.
O que mais custa ver, à familiar, é que tem de fazer x kms. para ir trabalhar a recibos verdes, cumprir horários de trabalho, comer da lancheira embrulhada em toalhas grossas, na mala que pendura mo ombro e toda a gente pensa que são coisas de mulher. São de mulher, mas são de estômago. E nesta vida, 5 dias por semana, passar por gente que come do rendimento mínimo, do rendimento social de inserção (ou lá o que é) e fica por casa de papo para o ar, entre uma ida à pastelaria para o galão e o pastel, ou a sandes de fiambre, e um passeio pelas ruas, a gozar a vida sem fazer nenhum. E disse nomes.
O que é que queres, minha querida?
É Portugal.
E reza para que possas continuar a passar recibos verdes.

18 novembro 2011

||| INFORMAÇÃO E BICHARADA...

A gente lê as notícias e conclui, sem qualquer dificuldade, que é grave o momento informativo nacional: ouvem-se e nunca sabe se estamos a ouvir a verdade.
Somos diariamente violentados por um jornalismo impune, que alarvemente subjuga os valores e a própria notícia.
A salvaguarda da liberdade de expressão remeteu-nos para uma tendência de total impunidade: a auto-regulação é um mito e o bom-senso definitivamente não resulta em parangonas, a racionalidade é má para a notícia. Não vende.  
Num regime cujas instituições hipotecaram o poder pela urgência de um prato de lentilhas, o jornalismo que vigora completa e reafirma o mais negro diagnóstico: estamos de facto entregues à bicharada. 
No país, na região, localmente.
Onde é que já se ouviu isto?
E porque se diz isto?
Porque falta informação correcta e os mistérios e as decisões de interesse público continuam escondidas do... público. Imaginem!

17 novembro 2011

||| VANTAGENS PÚBLICAS, PROBLEMAS PRIVADOS...

A já muito banalizada discussão sobre o que vai acontecer aos portugueses, por causa da troika e dos cortes com que o governo nos esvazia os bolsos, é um tanto distorcida e até absurda. Não são só os funcionários públicos que perdem, são também os privados. E muito.
Já dando de barato o que lhes vai acontecer (aos privados!, e ninguém sabe bem o que será, mas não será bom...), precisemo-nos no que mais de imediato poderá acontecer: o privado paga sempre. O privado não é tão protegido como o púbico.
O empregado público não vive sem o privado.
Mas o privado dispensa muito bem o público.

O privado trabalha e produz.
O público, não produz. Faz tarefas burocráticas e cobra impostos.

O problema dos funcionários públicos é que são assalariados de um patrão chamado Estado, patrão que está em muito maus lençóis e a um passo de dar o passo em frente para o buraco da falência. É por isso que lhes saca os dois subsídios - o de Natal e o de férias.
Os funcionários públicos não são funcionários porque são cidadãos, mas, sim, porque são empregados do Estado. Sempre podem deixar de ser e sair. Mas não saem. É o sais.
Assim vista a coisa, os funcionários públicos até parecem iguais aos outros cidadãos. Mas não são: são cidadãos de primeira, tem ordenado certo, horas de entrada e saída certas. E como são muitos - 500 000, 600 000, 700 000?!, quem sabe?! - têm grande capacidade de mobilização. E nem conhcem o patrão, portanto que se lixe o patrão e o trabalho.
De quem nós nunca nos lembramos é dos reformados. A sua situação é que é frágil e complexa. E lamentável. Levam tareia na pensão e não têm como reclamar.

16 novembro 2011

||| FAÇAMOS CONTAS...


Imaginem que, para vender um produto, se têm  de fazer 704 quilómetros por mês. Cada quilómetro, segundo a tabela da função pública, custa 0,36 cêntimos de euro - 72$50 na moeda antiga. Isto é: 5 100$00 mensais.
Acrescentemos a isto o custo de duas pessoas, as diariamente necessárias para a entrega deste produto. Arredondando contas e com a bondade de dividir esse custo por 30 dias (embora contem, na prática, apenas 22!), diremos que, ambas, custam 40 euros por... dia. 
Voltemos atrás: temos 25 euros de viagens e somamos-lhe 80 de pessoal. Já são 105 euros. Demos de barato os outros custos (seguro, desvalorização da viatura, pneus, oficina...).
Fixemos-nos nos 105 euros. Ou 21 000$00.
A contrapartida para este custo é... 50 euros. Ou 10 000$00. É essa a receita da "venda" do produto.
Facilmente se compreende que este negócio dá prejuízo.
Este é o fornecedor A. O que fornece o serviço e cobra 50 euros, ou dez contos. E perde 55€!!! Ou 11 000$00. Por um único produto.
Vejamos isto de outra forma:
- Um outro fornecedor - o fornecedor B!  -, não tem de fazer os tais 704 quilómetros (necessitando das mesmas duas pessoas) debita 85 euros.
Pensemos claro: O fornecedor B vende o produto por 17 000$00, sem ter de fazer 704 quilómetros por mês.
Sem fazer os 704 quilómetros por mês, cobra mais 35 euros (ou 7 000$00).
Pode ser que haja aqui uma diferença de qualidade do produto.
Tenhamos a bondade de tal admitir.
Mas essa qualidade é controlada pelo mesmo organismo certificador.
Isto é: o Fornecedor B, relativamente ao mesmo produto, sem ter de se deslocar, com menos custos e a mesma qualidade, vende-o por 85 euros (17 000$00). 
O Fornecedor A, cobrando menos 35 euros (7 000$00), tem de fazer mais 704 quilómetros.
Quem é que sabe fazer contas? O A ou B?

15 novembro 2011

||| ARMAR AO PINGARELHO...


O país é como é, ponto final, parágrafo..., e a gente o que mais vê são uns senhores bem vestidos e com ar sério, que passam a vida a endrominar-nos e recusar-se a sair da teoria e dos bancos da escola para dar uma volta pela rua e perceber que a vida real é diferente, muito diferente mesmo, de um qualquer manual académico, ou de virtual  tese de mestrado, ou de doutoramento.
Não sabem o que é a vida, foram meninos mimados e criados na opulência, ou na média burguesia, e não sabem o que é andar a bater à porta do vizinho, para nos emprestar um raminho de salsa, ou uma mãochinha de sal. 
Há gente que se habituou a ver milhões e, chamada à realidade, só vêem tostões para o peso orçamental que têm de assumir, defender e garantir.
Contas, porém, são contas e, bem feitas, podem desnudar muitas opulentas ambições de fazer coisas, dar nas vistas, armar ao pingarelho.

E o que não falta por aí é gente a armar ao pingarelho!
O exercício de orçamentar, sendo um acto previsional, deve, todavia, ter o mínimo de virtude e de realismo. Não se pode contar, a orçamentar, com o o ovo no dito cujo da galinha.
Quando se chegar a 2013, quem por cá andar para fazer as contas, se calhar vai ter de desorçamentar. E arranjar receitas - que, digo eu, ou muito me engano ou serão muito inferiores àquilo que esperavam os orçamentadores. Seja por defeito de avaliação, seja por incapacidade de criar riqueza - ou receita. Ou mais-valias, ou mais «artigos» para venda. Com lucro.
O que o Contra acha, modestamente, é que não se pode ir para a universidade sem passar pelo secundário. E pelo primário. E o primário, meus amigos, é essencial. Seja na escola, na catequese, na profissão, na política, no Estado ou na vida associativa.

14 novembro 2011

||| EM NOME DA CRISE...


Gerir é fazer opções, criar receitas e riqueza, dar trabalho, assegurar estabilidade e bem-estar. Não é gastar o que se tem e, pronto, aviada a receita, vamos lá embora e quem ficar que se amanhe. Onde é qe todos estamos a ver isto?
Quem gasta o que tem, sem procurar melhorar as finanças que gere, para poder qualificar serviços e produtosme sustentar o orçamento, é demissionário.
Demissionário é quem não assume as suas responsabilidades.
Quem alija responsabilidades e, sem margem criativa para gerar produto financeiro, reduz e "mata" serviços.
Vivemos em tempo de crise e fazer opções é especialmente relevante. A partir dos nossos gastos e gestos pessoais podemos, à nossa escala, influenciar a roda da fortuna e, ao mesmo tempo, dar-nos alentos que contrariem a amargura prevalecente em redor.
O governo é disso um mau exemplo. Porque nada disso faz.
Gere sem produzir riqueza.
Gere sem gerar!
Gere a cobrar impostos. 

A governação assume que conseguirá que a receita cresça mas impõe, na prática, o empobrecimento colectivo.
Em troca de um virtual regresso ao equílibrio das contas, a governação propõe perdas de rendimento e uma série de medidas que passam pela redução da qualidade e dos serviços.
Isto, em nome da crise e do acordo com a troika.
E quem os mandasse dar uma volta?

13 novembro 2011

||| GOLPE DE ESTADO...

O impiedoso líder das FP25, o herói de Abril Otelo Saraiva de Carvalho, acabou de anunciar a probabilidade de um golpe de Estado militar.  Ná há duda!!! Ele disse mesmo um golpe militar!!!, com as palavras e as letras todas.
O homem, que já no antanho de herói passou a vilão, costuma ter umas tiradas meio histriónicas e acho que já ninguém o leva a sério. Ninguém, é como quem diz, pois ainda houve uns srs. jornalistas (lá estão eles, os jornalistas...) que se deram ao cuidado de ir ouvir a profunda reflexão do ex-chefe militar.

O que se passa no país, realmente, requer uma reflexão. Mas não um golpe de Estado.
Na verdade, um governo que faz aprovar no parlamento um orçamento com medidas que todos sabem serem inconstitucionais, merece bem ser corrido, por indecente e má figura. O que na verdade o governo está a fazer, isso sim, é um golpe no estado a que o país chegou.
O que importa reflectir, também, é sobre se há golpes de Estado mais democráticos e legais do que outros - com ou sem armas. Mas com este governo e esta oposição, com estes jornalistas e esta maluqueira toda que tomou conta do país, nunca se sabe o que pode acontecer. Quem semeia tempestades e roubos à carteira dos cidadãos, sempre pode apanhar com um golpe pela tromba! Seja lá o golpe que for!!!

12 novembro 2011

||| O CONTRA GOSTAVA DE SER MOSCA...

O Contra gostava de ter sido mosca, na noite de ontem, para pousar no cantinho da mesa de um restaurante e saber que verbos e advérbios usaram dois ex-altos dirigentes da Arcor, numa reunião ajantarada - tal qual como em outros velhos tempos!!!
Os gestos eram fogosos, fazendo intermitências com ares visivelmente graves e alguns silêncios.
O Contra tem a certeza de que o assunto era a actualidade da Arcor. Provavelmente, a última assembleia geral, na qual tanto se «falou» e, quiçá, tão pouco se terá dito sobre a verdade associativa.
O Contra não se surpreende com a preocupação destes dois altos ex-dirigentes, ambos com obra feita na Arcor. Ambos pessoas com obra a falar por eles, sem precisarem de pôr gravata ou usar os bicos dos pés para serem vistos. Ambos pessoas que não andam por aí envoltos no pó e na lama da intriga e da golpada. 
O Contra não se surpreende e quer acreditar que, depois de um período de nojo, nos dois altos ex-dirigentes se esteja a fermentar a consciência do que pode acontecer.
O Contra gostava de ter sido mosca, mas não é.
Mas deixa aqui o registo de um momento que pode ser de resgate. Antes que a "coisa" estoure!

11 novembro 2011

||| AS CASAS DA DEMOCRACIA...


Nada melhor, estando em Lisboa e com um tempinho solto, que dar uma saltadela à Assembleia da República, para ver como funciona, com polemizam e se ofendem os nossos eleitos e queridos representantes do povo.
Lá entrei, não sem umas apalpadelas e uma  apitadela da segurança, por causa do corta-unhas e do telelé.
Devo confessar que foi uma estopada, estar por lá aquele um pouco mais de uma hora a ouvir tão profusa e, diria, quase promísqua troca de argumentos e patetices!

Vá lá saber-se porquê, lembrei-me de outra casa democrática, onde se questiona tudo e não se chumba nada e a governação, de ouvido mouco, faz mesmo que não ouve e nem ouve nem diz nada que se aproveite. Vejam lá como há coisas tão iguais, por esse Portugal fora.
Vim de volta e, no carro, já pela tarde dentro e a chover a bom chover, deixei-me a ouvir uns srs. comentadores, muito sábios, calhando comentarem precisamente uma parte que eu ouvi, com estes ouvidinhos que a terra há-de comer.
Pois não é que eles, sábios como são, ouviram, afinal, coisas que eu não ouvi? Isto é: eu percebi uma coisa e eles vieram o tempo deles a explicar-me que eu tinha ouvido outra.
E lá me voltei eu a confundir com outras casas de democracia, com outro governo e outra gente!
Ele, há coincidências!

10 novembro 2011

||| VOTAR NA CONTINUIDADE DO QUE SE CONTESTA...


O Contra acha estranho, muito estranho, que numa terra onde tanto se discute em cafés e tertúlias, tanta gente se acobarde na hora da verdade e faça mais do mesmo, quando, com o peso do seu voto, poderia mudar alguma coisa.
Seja o que for.
Para melhor.
Ou para pior.
Dá-se o caso, continuadamente, de se fazerem campanhas quase de porta a porta ou nos cabeceiros da lavoura e, depois, na hora das decisões, quando é preciso mostrar o que se vale e o que se pensa, toda a minha gente vote na continuidade do que imediatamente antes criticaram, questionaram e ridicularizaram.
Isto é tudo estranho.
Os cidadãos (ou cidadãs) de sucesso não são os que mais agitam mentalidades, ou falcatruam ideias e/ou falsificam teorias, mas os que sabem construir. Não os que demitem, ou se demitem de responsabilidades. São os que agitam, polemizam e apresentam propostas.
Seja na política, no que Óis não é o melhor exemplo!
Seja no que for, desde que seja de Óis!

09 novembro 2011

||| A INFORMAÇÃO A QUE TEMOS DIREITO...



O Contra costuma ler o Público e admirou-se de ler, e citamos, que «o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, chamou “mentiroso” ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa conversa privada com o Presidente norte-americano, Barak Obama, que acabou por ser ouvida por jornalistas».
O Contra acha isto inacreditával.

Então, os srs. os jornalistas escrevem que a conversa é privada e publicam-na? Até onde se pode chegar na impunidade desse amplo "dever de informação", que, nas mais das vezes, só diz o que bem entende? Será esse o exemplo que segue o nosso jornalista, que foi tão soft no que escreveu sobre uma assembleia que há dias por aí se realizou? Nem uma mentirazinha, ao menos uma por aí se disse? Foi tudo assim tão civilizado e esclarecedor?
Se calhar!
Ora bolas para tal tipo de informação! É a informação a que temos direito, demasiado oficiosa. Por estas e outras...

08 novembro 2011

||| MOSTREM LÁ DO QUE SÃO CAPAZES...


A malta da instituição lá se juntou em noite fria, para aquecer as orelhas à governação. E foram 4 horas 4!, as do tempo de cocidelas de orelhas, com bitaites à mistura, muito arrebites e faz-de-contas, meias palavras e meias verdades.
Sempre foi assim!
O programa de acção, lido de ponta a ponta, aponta tudo de bom para o caminho que se faz caminhando. Uma dificuldade aqui, outra  acoli? Sim, é certo, mas nada que, na óptica governativa, não se resolva, cortando onde a faca se amanteigar, procurando «a inflexão do crescimento das despesas». Bué de fixe!
A previsão de despesa e receita aponta para os 480 000 euros, não faltando boas razões para que a governação prove do que é capaz - agora que, pela primeira vez, vai executar um programa de acção e um orçamento da sua responsabilidade.
O deste ano é de outra gente!
Pela frente, entre outros berbicachos, tem a melindrosa questão da canoagem - que, pelo que se ouviu dizer (e até porque estamos em altura de fiéis defuntos...), é bem capaz de ter os dias contados e já estar em agonia vegetativa.
Só há canoagem, se houver dinheiro!
Isto é salomónico! E desresponsabilizante!
E se não houver dinheiro suficiente para as valências sociais?
Fecha-se a instituição?
E quem paga o enterro?
Deus nos livre!
O Contra deseja que tudo corra como o programa de acção inspira. Mostrem lá do que são capazes, agora que já não têm, para desculpa, a capa de um programa de acção feito por outros.

04 novembro 2011

||| AMEM-SE!!!...

O Contra tem clientes simpáticos, que por aqui dão a sua vasta sabedoria à corda. Mas também tem outros que, como todos os que insultam e se apresentam anonimamente para "tudo deitar abaixo", têm alguma dificuldade em entender que isto é um blog.
Um blog, e falamos do Contra, não tem de ser um confessionário, ou uma faculdade aberta para todo e qualquer desvario. Tem de ser espaço de compreensão e entendimento, ainda que necessáriamente dono e feitor de massa crítica.
Por isso, nós mesmos, os do Contra, aqui falamos de coração aberto e a tirar o chapéu a quem, pelos outros, dá o melhor que tem. Ou a, o mais cirurgicamente que podemos, criar fontes de discussão e de análise das coisas da nossa terra.
Tal facto, obviamente, não nos dispensa do dever de crítica e da oportunidade de opinião - que também às vezes nos dói, pois somos d´Óis e das suas coisas e gente gostamos.
Vem este talho de foice porque, momentos antes deste em que o Contra aqui posta, apagámos mais um saco de comentários impublicáveis, bombardeando pessoas e não esclarecendo nada.

E como hoje é sexta-feira, por aqui nos ficamos.
O Contra volta na terça, pois um casamento nos chama a bem longe do nosso adro. E isso, o casamento, é sobejamente mais sério que as brincadeiras que às vezes por aqui praticamos. 
A propósito de casamento, ou de noivado, e para acabar: amem-se mais! Amem mais a instituição que tanto discutem.

03 novembro 2011

||| OS VOOS DA EUROPA...

A força da Europa está não sei onde, nem em quem ou no quê. A risível Grécia espatifa-se e espatifa-nos a carteira e a paciência. O presidente Fernando Henrique Cardoso (quem levou o Brasil ao que hoje é) veio falar da Europa, dizendo que não tem estadistas, mas só políticos e políticos... medíocres. O que, afinal, o Contra aqui tem dito.
A Europa é isto: uma terra de apalpanços. É apalpar, apalpar terreno para ver o que vai dar o dia de amanhã! O nosso Coelho não sabe que Passos dar e só abre a boca para dizer bitaites e nos entrar nos bolsos. O homem das finanças bem arrependido deve estar de ter deixado o luxuoso gabinete de Bruxelas, para se vir meter o buraco que meteu e no qual nos enterra.


Por essa Europa fora:

 a) O primeiro-ministro espanhol vai-se embora dentro de semanas; e deve estar mortinho por ir.
b) O primeiro-ministro italiano está por um fio, não devendo chegar ao Natal; quem sabe?
c) A primeira-ministra dinamarquesa, coitada da senhora, assumiu funções há muito pouco tempo e ainda amda a conhecer os cantos à casa.
d) O mais que esperado primeiro-ministro belga ainda não assumiu funções, mais de um ano depois das eleições; vejam lá: na terra capital da Europa, nem lá se entendem para formar governo.
e) O primeiro-ministro holandês não sabe se consegue manter a coligação, podendo estar iminente a queda.
f) O presidente francês perde nas sondagens, a torto e a direito e para o candidato socialista; pode estar em vésperas de dar o fora.
g) O primeiro-ministro grego talvez não se aguente mais duas semanas, tão perdido anda o homem, com a sua própria a tragédia.
h) O primeiro-ministro luxemburguês já só pensa na reforma e nas mordomias que o esperam, certamente bem mais doces que os azedos governos por onde e com quem se mexe.
i) A primeira-ministra eslovaca demitiu-se há poucas semanas.
j) O primeiro-ministro finlandês esgota-se a tentar gerir a sua coligação e não sabe para que lado se virar.
j) A chanceler alemã perde votos em cada eleição estadual que se realiza e não tardará a dar o berro na federal.
m) O primeiro-ministro inglês sobrevive, nem se sabe bem como.

E o que é que isto tudo tem a ver connosco, que somos de Óis? Olhem, nada! Façamos por esquecer.
Que voos podem ambicionar esta medíocre gente? Não sei.
Sei é que estamos todos lixados!

02 novembro 2011

||| FOME?!





Garantem-me que há fome pelas bandas d´Óis.  O Contra não sabe o que dizer e se acreditar.
O dia de ontem foi de romagem e oração e de conversa com a família e amigos - que me apontaram alguns casos, menos visíveis e surpreendentes. Pelo menos, para mim!
Não posso, nem quero, transformá-los numa tragédia. Quero acreditar que esta fome de que se fala será mais a de mesa farta de guloseimas e manjares mais caros. Pão e caldo, certamente não faltarão. Em Óis, tal coisa só poderá acontecer por pura malandrice.
Dizem-me também, todavia, que há gente com o rendimento mínimo que se alimenta de galões e pastéis, sendo todos os dias vista no multibanco.
Mas quem mo diz também acrescenta que não lhes falta o telemóvel de última geração e boa roupa para trajar. Num tempo de crise, como é que vão ser os próximos tempos?

01 novembro 2011

||| A NAÇÃO E A ÁGUA-BENTA...



Há muitas vozes levantadas contra a governação e a favor da alteração à constituição. São invocados motivos como a incapacidade para governar e as condicionantes que seriam impostas aos governos seguintes, pelas «machadadas» que estarão a ser dadas em áreas sensíveis como a solidariedade, o desporto, a cultura, o recreio e a educação.
O Contra não sabe se é bem assim.

Uma governação, seja ela qual for, não deve sentir-se atada por nada, apenas porque não tem tesouraria que baste e lhe sobre, eventualmente, a falta de receita para os custos de gestão corrente.
Uma governação a sério não fica atada com nada.
Desata-se.
Tem de estabelecer prioridades.
Governar bem é tomar opções, decidir, agir. Um orçamento, maior ou menor, deve ser algo real e não uma utopia. É com base no que temos, não no que julgamos ou gostaríamos de ter, que a governação deve enquadrar as suas políticas.
E nunca, mas mesmo nunca, desvirtuar o sentido da nação que herda - descaracterizando-a, vulgarizando-a, traindo-a! Se o fizer, nem água-benta chegará para a absolvição!