31 março 2012

||| QUERES F(ER)IADO? TOMA!!!


A crise que por aí vai, leva o povo a precisar de ser mais criativo para vencer! Pudera! A tal tanto obriga e isso mesmo defende e propõe a actual governação. É desenrascar, desenrascar...
Alguns feriados vão deixar de tal ser para a classe trabalhadora, dois civis e dois religiosos. Outros trabalhadores, vão perder outro.
É a cruz que têm! E se quiserem beijar a outra, na segunda-feira da dita, olhem, metam férias, metam .. férias. Queriam f(er)iado de borla, não? Tomem!!! Também, para que querem a páscoa à 2ª-feira?! Mudem o dia, já que não podem mudar de governo.

28 março 2012

||| O DESTINO E A GOVERNAÇÃO, OU GOVERNAR POR GOVERNAR...

A pretexto da crise, vão-se inventando desculpas para não pagar, para cortar na casaca de segundos, para desdenhar de terceiros, para não fazer, para não ter objectivos, para se gerir à correnteza e sempre com a estafada explicação de que não se pode ir mais além, porque, porque e  porque... há a crise.
É a isto que se chama a tal falta de capacidade, ou de moral e ética dirigente.
A este governo pode-se atirar uma pedra: diz que não faz mais porque há compromissos do governo anterior. E não faz mesmo.
É a falsa razão e o falso moralismo. 
Falso por não ser moral nem ético invocar erros ou passos de outrém, para se justificar inércia própria, incompetência e falta de golpe de asa.
A governação cumpre um caminho igual, apobretado e cinzento, porque não sabe fazer melhor e é mais fácil justificar-se com o lapso alheio. Sabe fazer contas, o que qualquer contabilista faz. Ou qualquer merceeiro de bairro.
A governação faz por ser moralista, exemplificando-se e ampliando-se na velha tradição portuguesa do "olha para o que eu digo e não para o que faço". Depois, e por isso, é o que se sabe: é uma avenida aberta para o empobrecimento, para a desertificação e o pouco, ou o pouquinho mais que nada, para a falta de esperança e fé no futuro.
A governação tem coisas e faz coisas que nos tiram do sério e fazem lembrar as beatas que circulam pelas sacristias, com um olho na caixa das esmolas e outro na sotaina do padre, a cheirar o aroma do incenso. E da mirra. E mirram as causas colectivas.
Quem deambular pelos caminhos da governação, bem sabe que a qualidade do que faz (ou não faz) e do que diz (ou não diz) e do que outorga em representação do colectivo, é muito mais, e vale muito mais, que o que qualquer governador valha. Dele se desconfie do título académico, ou se tenha certezas da bestialidade ou da sabedoria.

Os moralistas, os isentos e os cinzentos, bem sabem o que sabem e preferem, para não terem de se esforçar. Navegam pelos mares de outros navegadores e quando o tsumani aparece, concentram elaboradas justificações para o naufrágio, remetendo-as para o destino, a sorte ou o acaso, ou para a vontade divina, como se o futuro não fosse consequência dos seus próprios actos e o seu não determinismo não resultasse da abstenção de o contrariar.
Há governações assim: governam por governar. 

26 março 2012

||| TRABALHAR GRATUITAMENTE E À BORLA...

O Contra não resiste à narrativa evocativa de um domingo de verão na Feira de Março, entre farturas, bifanas e carrosséis, coisa que não lhe acontecia vai para anos e onde a casualidade deu para engendrar ironias.
Assim, respaldado em cadeira de plástico e com o cheiro da broa com chouriço e das farturas a endrominar o meio ambiente, a mais com o barulho brutal da feira, o Contra deu-se de ouvidos feitos para uma conversa de ribeirenses, a traulitar sobre a assembleia geral da instituição. 
Não deram pelo Contra, que estava de costas e em mesa com gente da cidade, pelo que se ouviu tudo, com as orelhas que a terra há-de comer. E começa o Contra, nesta confissão de rua que é o blogue, por não resistir - é assim mesmo, não resistir... -, a partilhar convosco uma perplexidade: os senhores dirigentes trabalham «gratuitamente e à borla».
Ora isso não se faz, é injusto, deviam ser pagos com ordenado equivalente a ministro. Ou, vamos lá, ao menos a secretário de Estado, com direito a viatura, motoristas e cartão de crédito, viagens aéreas em 1ª. classe, secretárias, chefe de gabinete, subsídio de residência, de alimentação e deslocação, telemóvel, ipod, ipad, iphone, pc pessoal e as mordomias a que se tem direito, para além de antecipação de reforma. Pelo menos três aninhos de antecipação, por cada um de mandato.
A conversa dos empertigados ribeirenses estava a dar para a paródia, assim parecia (tal era tom irónico usado para com as fidalgas figuras) e o Contra até pensou, por momentos, que, afinal, a rapaziada e suas consortes estavam era a gozar com a história, quando um deles se deu a cuidados de explicar, tim-tim-por-tim, que não senhor, por quem és, foi mesmo assim que foi dito, tal e qual, era o que faltava, vê lá tu uma coisa destas, agora a modos que a mandarem o barro à parede, para serem remunerados, pode lá ser!...
O Contra, que já confessou perplexidade, perplexo fica por se verificar que a magna assembleia não trata de tão melindroso caso. 
Em fim de conversa, o que se lamenta é que ande gente a trabalhar «gratuitamente e à borla». Não é justo, alterem lá a constituição, ninguém pode andar nestas coisas de graça e a seco. Gratuitamente e à borla é que nunca! Fáxafor...

24 março 2012

|| CONTAS APROVADAS MAS SEM PAPÉIS ANTECIPADOS...

O Contra informou mal no último post, quando anunciou que as contas da Arcor estavam disponíveis na secretaria desde o dia 19. Era o que estava (e está) no site oficial da associação, mas não foi isso que aconteceu, pois as secretárias, afinal, tinham ordem para não dar os documentos.
E não deram.
Quem quisesse que os lesse lá.
Tal estranheza palpitou nos trabalhos de ontem, presididos por Diamantino Correia (na foto, à direita), mas o seráfico presidente João Gomes (à esquerda) pouco se importou com o incómodo e deu ordem à rodagem do power-point para explicar a proeza de apresentar saldo positivo num ano de crise. 
Que é proeza e excelente! 
Excelente, entendamos, o saldo positivo! Não a recusa em fornecer os documentos.
Sobre estes, não se entende muito bem porque anunciou que os iria disponibilizar, se a ideia não era tal. O que é desconcertante.

As contas, e isto é que é o mais importante, foram positivas um pouquinho mais de 380 euros e justificadas no habitual emaranhado de números que só os especialistas sabem ler. E foram aprovadas, com um voto contra, 14 a favor e dois abandonos da assembleia.
Salvé!

22 março 2012

||| CONTAS DA ARCOR...

Amanhã é dia de assembleia de contas da Arcor e o que se pode dizer desde já é que, pela primeira vez nos últimos anos, os documentos estão disponíveis antes da reunião - o que permitirá aos associados apreciar os números e deles extrair as conclusões contabilísticas e reais que as fundamentam.
Os documentos foram disponibilizados pela direcção no dia 19, na secretaria, e há a convicção generalizada, face aos cortes efectuados, que as contas sejam positivas. Mal seria que não fossem, depois da (de)caracterização dada aos serviços internos da instituição, em crédito do elenco directivo liderado pelo inspector João Gomes.
O Contra lembra-se que os dois últimos exercícios foram deficitários e que foram essas duas razões fundamentais para a «exoneração» da última direcção. A severidade inspectiva do actual presidente já deixou marcas, para o bem e para o mal, pelo que vamos aguardar para ver. Por favor, ponham lá uns eurozitos de superavit, para não desiludirem a malta arcoriana.

19 março 2012

||| DISCUTIR ÓIS !!!...



A blogosfera, como todos sabemos, alimenta quotidianamente um enorme manancial de opiniões, de todo o tipo e feitio. A de Óis não foge à regra.
 Estes dias de molho que a médica e Deus me deram deu-me para andar a vadiar pela blogosfera d´Óis e essencialmente aqui no Contra. O que concluo é simples e quase tenebroso: os anos passam (o Contra está a poucos dias dos seus 6 anos) e damo-nos conta de algumas contradições.
Não é coisa que preocupe muito. Afinal, só os burros não mudam de opinião.
O possível perigo é que alguém descubra as nossas eventuais debilidades e contradições políticas, as nossas inconsequências programáticas, as nossas posições menos felizes ou qualquer pescadinha de rabo na boca, ou cão preso por ter rabo, ou não ter.
A situação não é a mais simpática, mas também não é preocupante.
Ao Contra sabe bem, agora, divagar sobre o que divagou estes quase 6 anos de blogosfera. Um facto lamentavelmente facto incontestável é o de várias matérias locais do interesse público se manterem actuais.
Sabe menos bem, por outro lado, constatar que o bom que produzimos foi (é) liminarmente esquecido (até por nós) e desagrada a evidente tendência para preservar o medíocre e o desprezível, ao lado de outra tendência que persiste varrer o que nela se produziu de sublime, de elevado e de íntegro.
O Contra, mais ou menos consciente dos perigos que espreitam, aceita que o sacrifiquem à pérfida leviandade dos tempos que correm e nele (no Contra) celebrem aquilo de que aqui falámos, quando não gostaram do que nós escrevemos.
O blogue compreende bem que, para muitos, não cumpriu muito daquilo de mais nobre a que se propôs: discutir Óis!

18 março 2012

|||| EXTINÇÃO OU NÃO EXTINÇÃO DA FREGUESIA

Essa coisa das freguesias não ata nem desata, apesar as divinas inspirações e dissertações do ministro Relvas - que se afirma não regionalista, mas afinal quer regionalizar. A coisa não anda  nem desanda, que é como quem diz nem o pai chega nem a gente almoça.
Ontem à noite, fiquei à conversa com a vizinhança e foi-me dada uma explicação para esta sonolência toda: os autarcas em exercício não se mexem porque querem ficar na história como os últimos presidentes. As oposições não se mexem porque não querem ser acusados de culpas!
Assim fica (fica?) explicada a sonolência ribeirense em relação ao processo, embora seja justo lembrar que organizaram uma palestra sobre o assunto - a que foram meia dúzia de pessoas e nem sequer todos os eleitos da freguesia.
O Pires-presidente quer ficar na história como o último cacique.
A Carla-candidata não quer que seja nas mãos dela que a freguesia se extingue
Será esta explicação racional? Será por isso que nenhum mexe os calcanhares? Se calhar, não é e, então, desculpem lá, foi o Contra a fazer confusão. Não liguem.

14 março 2012

||| ISTO JÁ NÃO VAI LÁ COM REZAS...



O Contra é católico, apostólico e romano, isto é, ribeirense. E nesta qualidade invoca o Bispo de Beja como exemplo, para lho seguir e rezarmos para que chova e, em Óis, se tomem as decisões que não se tomam. E como isto é questão de chuva, pois façamos chover no molhado e insistamos na rede de saneamento que não se conclui, no pólo educativo que se foi, nas estradas esburacadas, no tal balneário da pateira que não se faz e traz amuados os imitáveis Pires, presidente da Junta, e o vereador Jorge Almeida.
A crer no Bispo, e devemos crer no representante de Deus na Terra, "há muitas semanas que a terra não recebe umas pingas de chuva" porque os crentes "não se fazem ouvir e a maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas".
O honorável Bispo disse também que noutros tempos já se teriam levantado súplicas ao Céu a implorar a graça da chuva", mas que agora, "algumas pessoas ainda falam da ajuda de S. Pedro, mas com pouca convicção".
O Contra apela à convicção e fé dos ribeirenses, para que rezem, se vistam de opa em procissão ou vão até a Fátima, a pé, para que Deus nos ajude nesta cruz de fazer Óis uma terra melhor.
Isto é que, se calhar, já não vai lá com rezas!

12 março 2012

||| OS MILHÕES DA PONTE..





Os portugueses estão cada vez mais empurrados para a miséria mas ficou a saber-se nos telejornais que nos vão debitando notícias, que o governo Passos Coelho acaba de dar uma gorjeta de quatro milhões de euros à Lusoponte - uma empresa que. como se sabe, tem beneficiado de benfeitorias públicas desde que foi criada.
Os portugueses estão cada vez mais tesos mas, porque assim quis Passos Coelho & Cia, teve de pagar a passagem na ponte 25 de Abril em Agosto, se por lá passou. Não teria, pois, a Lusoponte a receber qualquer compensação. Não entendeu assim o secretário de Estado dos Transportes e toca de lhe mandar os 4 milhões - 800 000 contos.
Num país decente, o secretário de Estado era posto na rua e a Lusoponte devolveria a massa. Mas nada disso aconteceu e apareceram, em vez disso, umas esfarrapadas desculpas, que mais não serviram que para tentar iludir a questão.
Um governo normal reflectiria sobre isto e disto tiraria consequências.
Mas a questão real é que, neste país, os incompetentes são protegidos e acima dos interesses do país está a imagem do governo. O Contra não entende muito bem é o que andam a fazer as oposições, para além das larachas do costume e para entreter a malta.

06 março 2012

||| OS PANHONHAS...



A palhaçada em que se transformou a fusão, extinção ou seja lá o que for das freguesias não passa, salvo melhor opinião, de uma habilidade para distrair os mais... distraídos. As questões de fundo são esquecidas. Por exemplo, o que pode acontecer a uma pequena freguesia como Óis? Essa, é a questão.
Questão elementar!
Outro dia, a assembleia de freguesia, meritoriamente, organizou um colóquio na Junta, pouco frequentado e menos esclarecedor, do que sabe pelo que dele transpirou. Falaram uns senhores e ficou tudo caladinho. Saiu disso alguma moção, alguma posição? Não se sabe e, a existir, certamente a imprensa daria notícia.
Os senhores autarcas de Óis - e nem, todos os eleitos estiveram na tal sessão de esclarecimento - deram o seu trabalho como feito, arrumaram a sua responsabilidades num cantinho e foram tratar da vida deles. 
O Contra não conhece suficientemente a lei, mas interroga-se sobre o que pode acontecer quando, derretida a freguesia, fique ela sem a Junta. E sem escola - quando, já por razões de saúde, tem de ir a Travassô, a Águeda ou a Recardães. Isto é, vai gradualmente perdendo o que tem. Como não vai ter o famoso pólo educativo, que tão prometido foi. Como a própria paróquia já é um «anexo» de Travassô. Como a escola já é do agrupamento de... Fermentelos.
O que é que vai sobrar?
A ideia que ressalta apatia é de que, todos juntos, não passamos de uns panhonhas, para quem está tudo bem.
O passado histórico da freguesia que já foi sede de concelho e teve foral manuelino, isso não existe. Fomos terra de referência! Mas já não somos e sorrimos a olhar para a identidade que se perde! 



03 março 2012

||| O MILAGRE DA CHUVA E OUTROS (DESEJADOS) MILAGRES...



Choveu!!! Milagre!!! Tanto os portugueses, e os ribeirenses, rezaram e se ajoelharam a S. Pedro, que o conhecido milagreiro da chuva deixou de ser surdo como as portas, às portas do céu e, sendo especialista em questões pluviométricas, pôs-se a fazer chover!!
Assim feito, brindou-nos com uma valente carga de água, durante todo o dia e de que eu fui vítima ingénua, molhando roupa e sapatos, já que desprevenidamente deixei o guarda-chuva em casa. 
Aqui entra outra coisa local: se houve o milagre da chuva, porque não há-de haver o da conclusão da rede de saneamento, e da da água, e o do pólo educativo, e o das estradas sem buracos, e dos tais balneários da pateira. Ou o que quer que seja que seja do interesse da comunidade, por exemplo o lar de idosos, a sede da tuna, as valetas limpas, as casas abandonadas pintadas e recuperadas.
O melhor, para concretizar tal missão, é combinar uma novena por todas as capelinhas, ou rezar uma dúzia de via-sacras, para ver se o milagre acontece.