17 maio 2013

||| DERRUBAR O GOVERNO PARA NOVA GOVERNAÇÃO


Quando Jorge Sampaio derrubou o governo de Santana Lopes, invocou que estava em perigo a democracia. Nunca se percebeu bem porquê, pois liderava um governo legítimo, eleito pelos portugueses e com toda a justificação constitucional. Na verdade, goste-se ou não se goste de Santana Lopes, não havia ponta de inconstitucionalidade no seu governo.
O Presidente da República não pensou assim e não agiu como tal, antes ditadorialmente: dissolveu o Parlamento, convocou eleições e o resultado deu no que deu, numa maioria absoluta para o PS e José Sócrates.
A esquerda, pelos vistos, quer repetir a história e, diante de um governo legitimamente eleito e com suporte parlamentar, o PS, quiçá recordando-se do paio que Sampaio lhe pôs na sandes, proclama a crise no regime e o perigo em que incorre a democracia, para pedir eleições antecipadas - coisa para que o actual PR não parece muito inclinado. Sem pudor e sem vergonhosa, a esquerda quer voltar ao poder através de mais um golpe palaciano, aposta tudo na desgraça do adversário para alcançar o poder de mão beijada. E, convém dizer, o Contra está longe de defender este governo que a democracia nos deu.
 A esquerda - o PS e os camaradas do PCP e do Bloco - gostam de apregoar a democracia e os socialistas até se fazem seus padroeiros. Ora, como se vê, a democracia é que tem sido padroeira da esquerda, protegida pela Constituição que invoca conforme melhor lhe dá jeito. São todos uns democratas do catano.


13 maio 2013

||| A PRAGA DOS SALÁRIOS EM ATRASO




A gente lê e nem acredita O inspector-geral do Trabalho  defende - e muito bem - a criminalização dos salários em atraso. E sabem o que diz o patrão da  Confederação do Comércio Português? Que não pode ser, porque isso "só serviria para acelerar o encerramento de empresas".
Isto é, o tal patrão acha que as empresas podem continuar a trabalhar sem pagar ordenados.
O Contra não entende bem (ou entende?), mas, afinal,... o que faz  aberta uma empresa que não paga os salários aos seus trabalhadores? 
Pode sobreviver?
E paga aos fornecedores?
E os impostos? 
Estes, pagará, pois não pagar impostos já é crime. Não é crime é não pagar aos trabalhadores. 
O trabalhador aguenta-se bem, não tem que pôr pão na mesa para a família e pagar os seus impostos, os estudos dos filhos, as despesas com a saúde e a habitação, essas mixuriquices todas. E muito menos receber a justa paga do seu trabalho.
Ele há cada um..
 

11 maio 2013

||| OS PASSOS DA GOVERNAÇÃO...




A governação é o que é e os portugueses continuam sujeitos a sucessivas rondas de porrada. Primeiro, foram os funcionários públicos, porque, na ideia de Gaspar e Passos, são eles os principais culpados de todos os males. Os políticos não tem culpa nenhuma do que se passa.
Os pensionistas são os novos culpados, porque, supostamente, são outro tanto culpados, nada produzem e nunca descontaram para os cofres do Estado e da Caixa Geral de Aposentações. Por isso, o camarada Gaspar quer financiar o ajustamento à sua custa (à dos funcionários públicos e dos reformados e pensionsistas).
O Estado, esse maldito, tem a faca e o queijo na mão: pode despedir sem pagar subsídio de desemprego e mandar para casa os seus funcionários sem qualquer indemnização, coisa que o mesmo Estado não autoriza, por lei, no sector privado, apesar, de por razão do neo-liberalismo vigente, penaliza a competitividade das empresas. 
É este o estado do Estado e da governação que temos.


09 maio 2013

||| AS ABDICAÇÕES DO SINDICALISTA CARLOS SILVA DA UGT...





A UGT mudou de presidente mas, como diria o ditado, não mudou de moleiro. O sr. Carlos Silva não fala menos que o antecessor (até fala mais) e perde-se no seu próprio  “emaranhado” de versões sobre o que ele próprio diz. Por exemplo, a propósito das declarações de Pedro Passos Coelho, sobre a possibilidade de o governo “abdicar” da nova taxa sobre as pensões.
A palavra “abdicar”, em primeiro lugar, não me parece bem aplicada e, no caso, soa até algo estranha. Na verdade, se um assaltante desistir (ou for impedido) de roubar a carteira a uma velhota indefesa, ou de tal for impedido, poder-se-á concluir que o ladrão abdicou da carteira?
A palavra, na boca de Carlos Silva, parece ainda mais deslocada, já que, como o ele próprio disse, Passos Coelho não está disposto a “abdicar” do roubo das pensões “coisíssima nenhuma” (como diria Vítor Gaspar). Ora. ao dizer isto, feiro papagaio falante, mais não faz Carlos Silva que ter perdido uma ocasião excelente para apresentar uma medida “alternativa”  este estado de coisas. Por exemplo, exigir a demissão deste governo - nunca abdicar dessa  exigência. A palavra abdicar nunca fica bem na boca de um dirigente sindical.

07 maio 2013

||| AS MUTÁVEIS OPINIÕES DOS COMENTADORES POLITICOS



O inefável Marques Mendes proclamou esta noite, na SICN, ser um grande fã de Passos Coelho, o seu 1º. Ministro, do seu partido e de Portugal. Disse tal baboseirada a propósito do que considerou ser  «o enorme sucesso» da emissão de dívida a 10 anos, a 6 e não sei quantos por cento.
O Contra tem ouvido, do mesmo MM, indisfarçáveis críticas a Passos Coelho. Toda a gente ouviu. Agora, surpreendentemente,  não lhe poupa elogios e destaca a sua coragem. Ele e outros comentadores.
Somos um país estranho, de estranhos governantes e estranhos comentadores políticos.
Quando o Governo mete água os pés pelas mãos, são os primeiros a criticar, com opiniões e ataques dos mais ferozes, às vezes até insolentes e mal-educados. Mas, quando surge novas de bons resultados, tal como hoje aconteceu, são lestos a virar o bico ao prego e a esquecer tudo o que criticaram, claramente pondo-se em bicos de pés para ficarem perto da governação.
É desta matéria que é feita a política portuguesa. A governação tem mais militantes que os que supomos.

03 maio 2013

||| A GRÂNDOLA E A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


Os trabalhos da Assembleia da República foram ontem momentaneamente interrompidos pela “Grândola”, cantada por aposentados, pensionistas e reformados da APRE, em sinal de protsto. Nenhum português normal, não político, deixará de ser solidário com estes espoliados que, como milhões de portugueses, lutam com dificuldades.
Inusitada foi a inclassificável desfaçatez da Presidente da Assembleia, que teve a distinta lata de criticar os manifestantes dizendo que o seu cantar «não ajuda à democracia o que os senhores estão a fazer».
O Contra, modestamente, pensava que o que não “ajuda a democracia”, entre tantas outras coisas conhecidas, é o facto de a descaradona doutora Assunção Esteves, como «recompensa» por uns escassos anos de trabalho, estar reformada desde os 42 anos de idade, recebendo milhares de euros mensais. Uma reforma tão choruda, que a fez prescindir do ordenado de Presidente da Assembleia da República! 
O Contra acha, senhora presidente da Assembleia da República, que o que não “ajuda a democracia” é que, aposentada desde tão “tenra” idade, não vá ter uma palavra de incómodo, quando presidir à votação do aumento da idade da reforma para os 66 anos para milhares e milhares de portugueses, há momentos anunciada pelo presidente do seu partido, Passos Coelho - por acaso 1º. ministro deste país de roubalheira e falta de vergonha.

01 maio 2013

DIA DO TRABALHADOR, O CARAÇAS...



Hoje foi dia do trabalhador, o 1º. de Maio, e, tanto quanto sabe o Contra, foi a primeira vez que, na história da democracia portuguesa, um primeiro-ministro foi o protagonista principal.

O Contra supunha que qualquer TV que se prezasse daria hoje atenção particular aos movimentos sindicais no 1.º de Maio, «desprezando» o governo que espezinha os trabalhadores, roubando-lhe o pão e o emprego.
Pois não. O que se viu foi o 1º. Ministro presenteiro e dramático, a dar a entender os próximos cortes dos vencimentos e o despedimento de funcionários públicos.
O Contra não é desse tempo, mas pelo que sabe nem Salazar ou Marcelo Caetano se atreveram a tal, nos seus 48 anos de governo e apesar de o regime de dizer corporativista. A encenação dos TSD, uma organização que serve para os militantes do PSD se instalarem na máquina do Estado não passou de mais um passo nesta caminhada de destruição dos trabalhadores em que o governo parece estar empenhado, servindo interesses estrangeiros e não os nossos.

DIA DO TRABALHADOR, O CARAÇAS...





Hoje foi dia do trabalhador, o 1º. de Maio, e, tanto quanto sabe o Contra, foi a primeira vez que, na história da democracia portuguesa, um primeiro-ministro foi o protagonista principal.
O Contra supunha que qualquer TV que se prezasse daria hoje atenção particular aos movimentos sindicais no 1.º de Maio, «desprezando» o governo que espezinha os trabalhadores, roubando-lhe o pão e o emprego.
Pois não. O que se viu foi o 1º. Ministro presenteiro e dramático, a dar a entender os próximos cortes dos vencimentos e o despedimento de funcionários públicos.
O Contra não é desse tempo, mas pelo que sabe nem Salazar ou Marcelo Caetano se atreveram a tal, nos seus 48 anos de governo e apesar de o regime de dizer corporativista. A encenação dos TSD, uma organização que serve para os militantes do PSD se instalarem na máquina do Estado não passou de mais um passo nesta caminhada de destruição dos trabalhadores em que o governo parece estar empenhado, servindo interesses estrangeiros e não os nossos.