31 janeiro 2014

||| OS «PÊS» DOS PRESIDENTES



De um Presidente com um P grande espera-se que o seja de todos os que o elegem. Um presidente com um P grande não o(b)ra contra os eleitores, não os trata como imbecis. Não os trata como se vagueasse na vida política e, como se estivesse nela, tivesse o direito de vagabundear ofensas à comunidade.

Um Presidente com P grande não o(b)ra a criar distâncias nem confunde relações de amizade ou partidárias com a sua intervenção como Presidente.  Não os manda para o beco do silêncio, com a mordaça de não poderem ter opinião.
Mas há presidentes com um p pequeno e que, governando de forma peculiar, acham e o(b)ram que não podem os (seus) eleitores falar fora de casa do que se passa dentro da que governa, à sua maneira.
Há presidentes de P grande e presidentes de p pequeno.
Há governações de estilo menor, que hostilizam a inteligência, que desprezam a opinião, são canhestras, odeiam o direito de outros pensarem de forma diferente.

21 janeiro 2014

||| OS PEQUENOS PODERES DAS PEQUENAS TERRAS...



O Contra recebeu vários comentários a enxofrar o que aqui escrevemos sobre o domicílio da União de Freguesias. Caiu mal a nossa ingénua referência ao que os eleitos do povo votaram na Assembleia de Freguesia.
Chegaram reacções muito indignadas, como se de repente caísse o mundo, o carmo e a trindade sobre o espírito santo ético de alguns senhores e, quiçá, senhoras. O mais engraçado e surpreendente é que os mais indignados comentários foram de gente que se assinou como ribeirense.
O Contra surpreendeu-se porque lhe parecia (e parece) que domiciliar a União em Óis seria decisão do agrado de todos os ribeirenses. Afinal, não é!

Afinal, conclui-se que alguns impolutos comentadores descobriram que Óis deveria era vergar as costas às ditaduras! Há, afinal, gente que se porta como verdadeiros ayatollahs, em defesa de interesses externos às causas do colectivo que os elegeu. Traindo-o!
Sobra pensar que, afinal, numa terra como a nossa, onde há opinião para tudo (graças a Deus) e se trafica de tudo e engendra tudo o que mais interessa aos mais poderosos, os mais pequenos ainda reagem ao pisar de calos dos senhores dos poderes.
O que aflige, no meio disto tudo, é que esses tais poderes locais não se liguem e façam a terra d´Óis mais forte e influente. Por exemplo, recorda o Contra, na discussão em tempo devido do latente problema da agregação das freguesias. Aí é que O Contra os queria ver!

12 janeiro 2014

||| A DEMOCRACIA TAMBÉM SE JOGA COM CARTAS E TRUNFOS





O caso do domicílio autárquico da União de Freguesias de Travassóis  enranhosou vária gente, que não contava com semelhante audácia: a de os ribeirenses porem a jogo o que eles mesmos (os colonizadores) davam por contado e indiscutido. E indiscutível! Mas a vida é assim: às vezes o vencedor antecipado perde o jogo. Cada um joga as suas cartas e alguém tem de perder, depende muitas vezes dos trunfos e de como se joga.

Uma curiosa epístola chegou, entretanto, às bandas do Contra, já com dias, mas só hoje a vimos. Teoriza, o(a) autoria da epístola, sobre  as diferenças entre Óis e Travassô, numa balança que pende toda para um lado, o de Travassô. Inteirinha.
O que lhe falta em generosidade, solidariedade, simpatia e decência, foge-lhe em lealdade, prática democrática e respeito pela arma do povo, que é o voto! E pelas minorias, sejam quais forem.
A versão democrática de algumas senhoras e alguns  senhores é vesga, recauchutada, não reconhece a existência da moral e das maiorias. Assim como das minorias que se agigantam.
 Óis da Ribeira e Travassô não são existências de direita ou de esquerda, do PS ou do PSD:  são territórios, comunidades, pessoas  que valem como ideias e como ideias apenas se podem analisar. 
O Contra não faz diferença alguma entre pessoas de esquerda e de direita, do PS ou do PSD, de Travassô ou de Óis.  Mas não é difícil, neste caso do domicílio autárquico, concluir como o velho adágio:  quanto mais conheço os homens, mais gosto dos cães.
O Contra conclui que quanto mais e melhor conhecemos algumas pessoas, mais se confirma como são complexas e contraditórias, irredutíveis nas suas convicções políticas, mesmo que sejam irracionais. Nem é que sejam más pessoas, maus amigos, maus vizinhos, maus colegas. Mas inequivocamente são maus políticos - enquanto entendermos política como serviço público e de causas.

08 janeiro 2014

|||| A PAUTA SUBSIDIANTE DA UNIÃO DE FREGUESIAS...





A leitura atenta dos jornais faz-nos saber de coisas curiosas. Como a de a Junta da União do sr. Martins ter passado um cheque de 2000 euros à banda da sua terra, pela altura do concerto de Natal. Isto, quando, uns dias antes e como se sabe, ter engraxado o presidente da Tuna de Óis e agora seu colega do executivo com um trompete pelos anos da instituição, comprado na loja dos chineses por  uns 600 eurecos.

Certamente, a União mede os cheques pela medida do território, desde que seja maior o da presidência e seus compadres políticos. E assim distribui o dinheiro que é de todos nós, à medida de conveniências que custam a entender.
Aqueles que ainda acreditam em certa política e defendem a igualdade como solução para os problemas do mundo, não compreenderão este défice de democracia subsidiante. Nem devem ter percebido muito bem como chegámos a este estado de injustiça distributiva.
A pauta é melhor para uns que para outros.


01 janeiro 2014

||| UMA TERRA DE GENTE PACATA E COITADINHOS?




O ano 2013 que ontem acabou poderia ter sido mais generoso para os ribeirenses. Pensa o Contra de que... poderia ser, sim senhor!

- IDENTIDADE: Óis da Ribeira perdeu identidade política e administrativa, soçobrando a uma lei anti-constitucional que os senhores juízes do Tribunal Constitucional deixaram passar. Quiçá, porque não se metia com os seus salários. Como sobra, Óis da Ribeira deixou de governar o seu território e depende de eleitos externos que, como já provaram na última Assembleia de Freguesia, querem esmagar Óis. Basta ler os jornais. 
- HONRA 1: As questiúnculas políticas do poder local alargado e agregado feriram a honorabilidade dos seus actores e envergonharam quem os candidatou e quem os elegeu. 
- HONRA 2: Sabe-se agora que para se ter algum minúsculo e marginal poder, se vende o patriotismo e às malvas se mandam  os valores nucleares de quem, por serviço às causas e à comunidade, não deveria ser remunerado, de que forma seja.
- SEDE. A sede da União foi aprovada para Óis da Ribeira mas os valores democráticos do voto estão a ser enxovalhados por quem não aceita a democracia - a não ser que esta aprove o que lhe interessa. E só neste caso. É espantoso como a pequenez de uns politicozecos que por aí andam ressabiados não perde a oportunidade para querer impor a sua ... ditadura e não aceita a razão do voto.
- GOVERNAÇÃO: O governo eleito pela democracia não aceita  votações feitas aos olhos de toda a gente. Quer subvertê-la, mudá-la, castigá-la! Age em entrelinhas, de forma bárbara e retrógrada, numa já indisfarçada forma de crescente dominante colonização. 
- ACTUALIDADE:  Óis da Ribeira, que já foi vila e sede de concelho e freguesia de identidade própria, de fronteiras definidas e seculares, perdeu identidade por um ilícito e várias cobardias. Perdeu e o espantoso é que nem a população, nem os políticos, nem os comentadores, nem os jornalistas, ninguém se fez de peito feito para combater o novo colonialismo.
- FUTURO: O Contra acha que este inexplicável abúlia e falta de auto-estima tem de ser combatida com seriedade e coragem. Para não parecermos, todos, uma terra de gente pacata e de coitadinhos.