O mesmo PS que iniciou o ciclo infernal dos défices orçamentais, mantendo os preços dos combustíveis à custa da receita fiscal, é o PS que agora conta com os impostos sobre os combustíveis para ajeitar as suas contas. Num curto prazo de três anos o partido do governo adopta medidas contraditórias nos domínios das políticas orçamentais e energéticas.
Se não restam dúvidas de que Sócrates tem uma política para as contas públicas, não restam também grandes dúvidas de que quanto à energia são muito poucas as ideias.
Ainda assim fui optimista e decidi visitar a página da Direcção-Geral da Energia, a página é tão pobre que mais valia substituir o que lá está pela fotografia da bilha. Encontrei rastos de um balanço energético mas nada mais.
Procurei no Programa do Governo e encontrei um ponto dedicado ao tema com princípios que poderiam indiciar uma política energética, ainda que seja evidente que o governo está mais preocupado com as estruturas empresariais do sector, do que em reflectir sobre a nossa dependência energética.
As medidas previstas não vão além do superficial ou mesmo infantil.
Passado um ano de governo teremos que concluir que, eólicas à parte, parece que a grande medida adoptada para o sector foi a nomeação de Fernando Gomes para a administração da GALP. As medidas no âmbito no âmbito das energias renováveis são tão importantes quanto evidentes, mas não resolvem a nossa dependência energética, e mesmo aceitando os mecanismos de mercado os governos não estão dispensados de reflectir sobre estratégias para o futuro. E não basta falar em energia eólica ou de bio-massa, seria de esperar que outras políticas, da industrial e tecnológica à tributação de veículos, e não só, tivessem como pressuposto uma estratégia no plano energético. Seriam de esperar medidas de poupança e eficácia, e o que se tem visto é muito pouco.
Não basta confiar no mercado, como se fossemos grandes produtores, e ficar a olhar para as cotações do crude, rezando para que não subam mais, ou desejando que o Irão faças as pazes com o Ocidente ao mesmo tempo que o ministro dos Negócios Estrangeiros adopta a pose de galo da Índia. Um pequeno exemplo, o que fez ou tenciona o governo para reduzir o consumo energético da Administração Pública? Setecentos mil funcionários e muitos milhares de edifícios sem qualquer gestão no domínio dos consumos de energia, significam demasiados desperdícios para que nada se faça.
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