28 março 2013

||| A GOVERNAÇÃO E A COBRANÇA DE IMPOSTOS



A governação fez o que aparentemente julgava que lhe competia: propôs um aumento de impostos. Uma boa governação, uma governação que se preze, aumenta impostos. Ponto final! E fá-lo, supostamente, para melhor servir a comunidade. 
Uma governação ao jeito da nossa, não ouve o povo e a sua sabedoria nem não cuida do mais social, apenas impõe a sua vontade. Impõe a sua duvidosa perspicácia. Ou tenta impôr.
Proposto o aumento de impostos, foi a coisa a votos e os senhores senadores acharam melhor que não, que não podia ser, pois os tempos vão maus, o país está na bancarrota, de tanga, e precisa é de uma comissão liquidatária, não de quem saque massa aos concidadãos.
Não quer o Contra dizer que a governação não presta para nada. Presta. Mas começar a governar com o desejo de tributar impostos, convenhamos que não é a melhor maneira de socializar a governação.

26 março 2013

||| ESTES SENHORES QUE QUEREM SER DA GOVERNAÇÃO...



O dia passou-se depressa, numa visita à família e uma rápida passagem por uma loja dos chineses; já em casa, apressa-se o jantar e, enquanto escalda fervedura na panela, dá-se uma saltadela ao google. E o que é que se lê, o que é? Que «Seguro escreve à troica a explicar porque pretende derrubar o governo». Sem tirar, nem pôr, como se pode ler.
Diz o bom pachá do camarada Seguro que os srs. troicanos podem estar sossegadinhos que ele, Seguro, vai cumprir tudo o que está no famigerado memorando. Quer isto dizer, por outras palavras, que o mesmo homem que quer derrubar o governo e já lhe aponta a espada de uma moção de censura, irá (no governo e se lá chegar) fazer a mesmíssima figura do Passos Coelho.
Isto é, estamos fritos.
E que necessidade teve Seguro de explicar aos srs. de troica? Que figura fez ele? É uma tristeza termos esta gente que quer governar.

24 março 2013

||| A LIMITAÇÃO DE MANDATOS E A LEI ELEITORAL



O Contra acha que a lei de limitação de mandatos nunca deveria ter visto a luz do dia e muito menos nas autarquias! O que deveria existir, isso sim, era um rigoroso “controlo da qualidade” dos mandatos dos autarcas, em termos de promessas cumpridas, ou cumpríveis dentro da legalidade, honestidade e trabalho feito.
Não cumpriam x% do que prometeram e, pronto, iam de vela. E há formas simples de fazer essa fiscalização.
Os mandatos deveriam ser ilimitados, mas sempre sujeitos à intervenção democrática das populações, que os avaliariam - nem que fosse apenas nos votos eleitorais. E não pelos seus partidos - que lhes dão ou tiram a confiança, O Contra não acha também que os lugares de pessoas eleitas em listas de partidos políticos, passadas as eleições, devam passar a “pertencer” a essas pessoas e não ao partido que deu a cara pelo programa e arrostou com todas as tarefas que levaram até à eleição, como hoje acontece. Nem em autarquias, nem no Parlamento. Isto, assim, até parece confuso.
A verdade é que, seja como for, vamos continuar a viver uma democracia em que os direitos políticos de um cidadão ficam reféns de um “da” ou de um “de”... ou da disposição momentânea de um qualquer juiz e da sua pessoal interpretação de uma lei que, já que existe (e, repito, não deveria existir!)... deveria, pelo menos, ser clara. 
Uma lei que trata com pretensa igualdade aquilo que não é igual, nºao é uma lei justa. Um político que serve, não pode ser tratado como o outro que se serve! E, por ser serve, não presta.
O mal pior é que, com esta lei injusta da limitação dos mandatos, muitos bons eleitos terão de ir borda-fora.

21 março 2013

||| A GOVERNAÇÃO E A FALTA DE OPOSIÇÃO...


Portugal aderiu a uma Europa que não esta, na qual há uma Alemanha e um grupo de colónias - sendo umas de primeira, outras de segunda e outras de terceira e por aí fora. Portugal, nem se sabe bem onde está.
O que se sabe é que cada vez mais está na hora de os portugueses tomarem uma atitude que os defenda da incompetência que grassa ma governação, sem que se vislumbre alternativa credível, capaz, competente, audaz, corajosa e patriota.
O país, só porque tem esta governação, não pode continuar a aceitar a sua desintegração como sociedade solidária, debilitada por cada vez mais impostos e cada vez menos regalias sociais. A governação não pode continuar autista e golpista, a debitar contribuições e fragilizando o povo, que empobrece.
A governação tem de abrir os olhos e ser portuguesa. E ter uma oposição à altura, não sendo este o caso.

20 março 2013

|||| SALAZAR DE ONTEM E GASPAR DE HOJE...



O país vai no que vai e são inevitáveis as comparações entre Salazar e Gaspar, dois ministros das finanças em alturas diferentes, mas ambas aflitivas.
A comparação não beneficia nada o actual. Realmente, para além das óbvias diferenças culturais e intelectuais, Salazar era inteligente e bem mais culto que Gaspar. E não só, pois há uma outra grande diferença entre os dois ministros das Finanças: Salazar em momento algum deixou de colocar o interesse nacional à frente do das potências estrangeiras.
Tenho dito. São estes pormenores que fazem as grandes diferenças, entre os grandes e os pequenos homens, os grandes e os pequenos países.

18 março 2013

||| UM PORTUGAL SEM ESPERANÇAS...




O país está sem esperança e do Chipre chegam-nos notícias trágicas: a corrida aos depósitos bancários e o aviso de morte para as poupanças de quem as tem. Não tardará que tal chegue a Portugal. Não duvidemos.
O Portugal dos coelhos, dos seguros e dos portas, dos jerónimos e dos semedos, não vai longe. Não há esperança que nasça, que raie. As esperanças perderam-se entre tralha e o lixo tóxico e político em que resmungamos, sempre a encaixar e a aguentar as esfaqueadelas de quem supostamente nos governa.
Portugal e os portugueses não podem esperar algo de bom da Europa dos Barrosos e dos partidos. Nada há a expectativar de um PSD sem nível, de um PS de falhados, de um CDS de órfãos, do PC ou de um Bloco que vivem num outro mundo.
Chegámos a isto, que é radical e perigoso e irrespirável e desconfortável e é sobretudo arriscado. Falta falar na Constituição, que nos propagandearam das mais avançadas e progressistas do mundo, dando garantias e mais garantias? Mas cadé, onde estão elas?

15 março 2013

||| O 1º. MINISTRO CONVIDA À VIGARICE...


Passos Coelho é o 1º. Ministro de Portugal! É, por via disso, é o principal culpado do que se passa no país. Para o bem (pouco...) e para o mail (muito).
Pois o nosso primeiro-ministro apelou hoje em Aveiro, à sociedade civil (disse ele, como se houvesse outra sociedade, que não seja civil), às empresas e às instituições que façam um uso "responsável" dos fundos estruturais, avisando que o Governo não pode ser "polícia" dessa utilização». 
Isto é inacreditável!
Ou o homem não está bom da cabeça, ou é literalmente irresponsável, incompente e leviano. Deus lhe perdõe, que os portugueses já não tem pachorra para isso. 
Um 1º. Ministro vir dizer uma coisa destas é a mesma coisa que confessar a sua visível inaptidão para o lugar. É a mesma coisa que dizer para se fazerem vigarices, pois o governo já nem se vai dar ao trabalho de fiscalizar. É tonto e irresponsável.

13 março 2013

||| TEMOS PAPA!!! PARA UMA NOVA IGREJA??!!!


Já temos Papa, Francisco I !
É Jorge Mário Bergoglio, 76 anos, argentino, jesuíta, arcebispo de Buenos Aires... e, dizem, um homem de profundas convicções progressistas. É o Papa Francisco!! O único assim chamado em toda a História da Igreja, um Papa que pede a benção antes de benzer, que se anuncia pastor e vê Roma como centro de evangelização e tem a escola formativa da exigente formação jesuíta.
Escolher o nome do pobre de Assis, deixa o Contra alegre e muito esperançoso e esperançado. Emocionado, consolado e feliz.
O nome escolhido, invoca a pobreza de S. Francisco de Assis, mas também, e não será por acaso, o missionarismo e a grande cultura científica de S. Francisco Xavier, o co-fundador da Companhia de Jesus, o padroeiro das Missões e grande apóstolo do Oriente.
O Contra tinha a convicção de que o novo Papa seria um não europeu e acreditava que fosse um brasileiro! Não é do país irmão, é lá «do fim do mundo», como ele disse do país onde o foram buscar - a Argentina.
A maior surpresa tem a ver com a sua origem jesuítica e o que o Contra d´Ele espera e deseja é que seja um Papa que se assuma contra os erros contemporâneos de uma Igreja embrulhada em escândalos. Um Papa contra o mundo de miséria e por uma Igreja voltada para todos. 

11 março 2013

||| O MAR ENCAPELADO DA GOVERNAÇÃO




O Contra, ontem, caiu acidentalmente no meio de uma animada conversa sobre a governação e, pese embora a profusão de palavras à volta do desporto, via-se à vista desarmada que o assunto principal andava à volta da política. A de lá e de cá, a de aquém e além-mar...
O Contra logo percebeu que a conversa não era propriamente sobre a militância partidária de cada um dos tertulianos, mas, isso, sim, das suas simpatias políticas e da cor e das características governo salvador, como este se faz passar na opinião pública. 
O Contra tem noção do quanto é inassumível o criticar por criticar, e não quer nessa tentação, mas concluiu, ao final da conversa, que há novos heróis, os do tudo e por tudo.
 Ai, ai, ai... se não fossem eles, lá se ia a nação pela ribança abaixo, era a morte e a tragédia, o drama - um drama sem palco, mas ao vivo.
A troika, entretanto, dilatou o prazo (ai tão bons rapazes que eles são...) e a gente, por ora mais sossegadita, vai esquecer porque ainda ontem tantos eram contra a governação e o que ela representa.
O melhor, no entanto, é esperar para ver e não nos pormos já a apontar dedos a quem, tão generosamente, tão heroicamente, se tirou da sua zona de conforto, para enfrentar os males encapelado da governação.

10 março 2013

||| A ESQUERDA E A DIREITA, TRABALHADORES E POVO


A governação é o que é - nada a fazer... - e quem a suporta e a contesta é a mesmíssima coisa: espelhos uns dos outros. Olhe-se o exemplo, o Bloco de Esquerda está à nora com cisões internas e dissidências e o PCP, qual abutre, começou a rondá-los num ápice, alegando-lhes que a inscrição no Bloco não incomoda nada os patrões.
E o PCP incomoda, ou já ninguém liga nada aos seus gargarejos revolucionários?
Tirar os patrões, esses reaccionários, exploradores e capitalistas, da zona de conforto é missão que muita gente aplaudiria. O Contra, também. O problema é que o PCP e as suas extensões (Os Verdes - e os vermelhos... -, a CGTP e quejandos) já não  incomoda tanto o patronato como julga e as preocupações sobram é para o povo desempregado e o mal pago.
A angústia, a depressão e as dúvidas existenciais são para a classe operária, mal representada por quem dela se faz representante: sindicatos e partidos de esquerda. É este o país que temos e temos de aguentar.

08 março 2013

||| UM CICLISTA ELÉCTRICO E COM ÁLCOOL A MAIS...


   
«A GNR de Águeda deteve um homem, de 42 anos, que conduzia uma bicicleta eléctrica carregado de álcool: com uma taxa de 4,41 gramas de álcool por litro de sangue. O que é obra.

A notícia tem o seu quê de insólito: era, afinal, um ciclista bêbado, como se diz em bom português. Não é dito onde foi que tal coisa aconteceu, pois apenas se fala numa rotunda da estrada nacional 333.
É caso para dizer que o ciclista ia de  carga a mais, ou a utilizar energias renováveis. De tal forma e feitio que não podemos deixar de soltar uma sonora gargalhada sobre tal acidente. Será que o homem ia com gás a mais?
A notícia foi recolhida AQUI

05 março 2013

||| AS ALTERNATIVAS DO TOZÉ...




Pronto, malta, calma... lá nos vão adiar o pagamento do calote e dos juros, mas não vamos folgar de vez as costas, nem fugir com o rabo à seringa. Vamos amochar e pronto e, sobre o assunto, nem quero ouvir mais nada na TV. Por cá, o Tozé Seguro, entretanto, apresentou na semana passada as propostas alternativas do seu PS (não sei se de todos os socialistas, dos costistas, dos alegristas, dos soaristas, dos socratistas e outros apêndices) que muito entusiasmaram tudo o que é papagaio que fala na televisão e nas rádios ou escreve nos jornais.

Mas quais propostas? 
O que o Tozé disse não passou adiante das habituais vacuidades pseudo-keynesianas sobre a «política de crescimento», blá-blá-blá..., obras para aqui e investimentos para acoli, tudo com o dinheiro dos contribuintes, como é óbvio.
E vai-se a ver e o que é? 
Pois nada mais nada menos quer 3 medidas para aumentar a despesa pública: exactamente as ditas obras, a suspensão dos cortes nos vencimentos públicos e pensões e o aumento do salário mínimo.
Chama-se isto ser exactamente igual ao Pedrito que anda a passo de coelho e ter  a inexplicável presunção de que este PS sabe governar.
Sabe o quê? Sabe nada... 

01 março 2013

||| A DEMOCRACIA DE ASSIS NÃO VALE 7 MILHÕES DE VOTOS...




O Contra achou um piadão ao deputado socialista Francisco Assis (que raio de nome para um político), quando escreveu, no Público, que a "Vitória de Beppe Grillo é uma poderosa manifestação de irracionalidade". Beppe Grillo, recordemos, é um italiano que, mas eleições lá da «bota» dele, acaba de ter 7 milhões de votos, o que não é coisa pouca. -  São mesmo 7 milhões, leram bem! O que é mais que o número de eleitores de Portugal inteiro e arredores.
Percebe-se bem que um politeco cá do bairro, como Francisco Assis (que até para António José Seguro pertdeu...), se impressione com Beppe Grillo. 
E porquê? Justamente porque, lá pela bela Itália, Beppe Grillo não chegou aos 7 milhões e votos por ter andado a lamber botas. Nem a fazer o que faz Assis e a esmagadora maioria dos políticos portugueses, que é andar por aí a correr, a dizer amen ao chefe do partido, a lançar perdigotos em tudo o que for sítio para botar faladura, achando o que o líder acha, repetindo o que ouve e lambendo botas, para que continuem nas listas em lugares elegíveis. Beppe Grillo conquistou 7 milhões de votos sem nenhuma base partidária e sem fazer anda disso.
O exemplo italiano, de resto, deveria ser seguido em outros lados, por ser caso de democracia evidente, sem a sombra e as garras dos monstros partidários que engajam os portugueses e os iludem.
Francisco de Assis (que raio de nome para ser político...) não entende isto e por isso mesmo e com grande descaramento é que chamou irracionais aos 7 milhões de italianos que votaram em Beppe Grillo.