30 janeiro 2012

||| OS HOMENS PÚBLICOS FORAM VER O BENFICA..



O que se passa por Óis da Ribeira merecia um estudo sociológico: os políticos promovem uma reunião para analisar a extinção ou o casamento da freguesia com outra e não aparece ninguém. O Contra sabe que a proporção dos homens da mesa para o público foi quase igual à das escravas da instituição na almoçarada dos 33 anos: quatro ou cinco por um. Talvez 6!
Assim sendo - e nem a comunidade blogueira da terra debita uma linha sobre o assunto - isso quer dizer que  Óis da Ribeira está em regressão social e política.
A discussão proposta pela Assembleia de Freguesia, valha a verdade, era muito interessante. E extremamente louvável o intuito dos autarcas eleitos, que até deram um bom exemplo.
Mas quem é que os foi ouvir? 
Poucos! Quase nenhuns. Nem os famosos políticos e homens públicos locais. 
Por exemplo, ex-candidatos à Assembleia e Junta de Freguesia! Ex e futuros eleitos.
Por exemplo, os dirigentes associativos locais!
A forças vivas!!!!
Devia estar todos a ver o Benfica, coisa provavelmente muito mais interessante que observar o que, dentro de pouco tempo, pode acontecer à freguesia. 

28 janeiro 2012

||| À ESQUERDA E À DIREITA DO VERBO ARCORAR



Há governações que parecem cegas, bárbaras e pouco cultas. Não conhecem nem reconhecem. Apenas desconhecem. Cada acto (seu) é um acto de frustração, como frustrantes foram todas as direitas que nos governaram desde que o princípio foi princípio. 
Hoje falamos do princípio do verbo... arcorar.
Direitas na Arcor?
Hei, ó Contra, a gastroenterite está a provocar-te perturbações. 
Aqui, o Contra suscitou-se para uma análise (analítica, mas objectiva, digamos assim) de quem tem sido os governadores da instituição. 
Desde o princípio do verbo arcorar. 
E, quer se queira quer se não queira, inevitavelmente tem de falar do padrinho - já se sabendo que vão aparecer comentadores a criticar-nos, por  nos metermos com ele. E, então, o padrinho, é de direita ou de esquerda, do Benfica, do Sporting ou do Porto? Pois não sei e leva 9/10 anos de presidência arcoriana  (própria), mais os que mandou na sombra.
E os outros PD? São de direita ou de esquerda, seja lá isso o que for?
O sucessor, dos primórdios arcorianos, é o pê-esse Ferreira, o Armando, quem de tanto armar, desapareceu do mapa. Será de esquerda?
E José Maria Gomes? Pê-esse!
A seguir, e mais tarde, Sesnando Reis, do cê-dê-esse. Será SR de direita? É que apareceu mais tarde como independente por Requeixo e até criou uma equipa de canoagem com as sobras da Arcor.
José Melo, no intervalo, pê-esse? O Contra não conhece a cor.
Tavares, o António José, é pê-esse.
Fernando Reis, que lhe sucedeu, foi candidato do cê-dê-esse.   
Outro Tavares, o Agostinho, tomou o gosto de agora ser pê-esse, ora pê-esse-dê, ora outra vez pê-esse; é versátil!
Temos agora João Gomes, a versão quê? De direita, sem dúvidas.
Temos, então, uma maioria de esquerda nas presidenciais arcorianas: 4 pê-esses.
Uma gestão de direita: 2 cê-dê-esses.
Dois híbridos.
E uma direita radical.
Não deixa de ser interessante observar a coisa, por este ângulo- ainda que seja algo aleatório.
Aceitam-se comentários.



27 janeiro 2012

||| O SALÃO MEIO-CHEIO OU MEIO-VAZIO...

Uma mal-querida gastroenterite reteve o Contra em casa e o dia deu para navegar na net, embora já sem muito assunto para reflectir ou polemizar. Não parece, mas a frase idiota de Cavaco já lá vai e até a dos pastéis do Álvaro está morta de interesse. O Contra concentrou-se a net ribeirinha.
Uma despertou especial curiosidade: a página oficial da Arcor, sobre a grande efeméride de domingo. Apenas 3 linhas: 
«A Direção da ARCOR agradece penhoradamente a presença e os contributos de todos os que se juntaram a nós na comemoração de mais um ano de vida da Instituição. Bem hajam».
Ipsis verbis, tanti quanti...
O Contra achou pouco e procurou mais. 
- Blogue da canoagem: zero! O último post é de 24 de Dezembro de 2011, a, simpaticamente, desejar bom natal à malta!.
- Blogue do Grupo de Teatro: zero. O último post é de 12 de Julho de 2011, já lá vai meio ano e tal.
O Contra achou que eram zeros a mais e fez mais buscas, até chegar à página de facebook da paróquia. Aqui, sim há o verbo da palavra do padre Júlio e a beleza e rigor informativo das fotografias, mostrando um salão muito longe de cheio e com mesas meio-cheias. 
A Tuna, que não tem a dimensão social da Arcor, juntou 210 amigos (segundo a imprensa), no seu último aniversário. O da Arcor, no domingo passado, tinha quantas?!
Nem todos os actuais eleitos lá estavam, garantiu quem lá comensou. Se estivessem, com os respectivos consortes, seriam logo 44 pessoas. Se cada um levasse um casal de filhos, já seriam 88! Se cada funcionária levasse, o marido, eram mais 20 e tal (vêem-se 19 delas, numa das fotos do facebook da paróquia)! E se lá estivessem todos os membros do Grupo de Teatro e respectivo(a)s consortes, quantas mais seriam?! E os atletas e treinadores de canoagem??
E os utentes, os pais das crianças e os filhos dos idosos?!
O salão não chegaria para os convidados, mas estava meio-cheio. Parece aquela história do copo: meio-cheio, que é a versão optimista. Meio-vazio, que é a negativa. Ficamos na primeira versão, a mais optimista.

26 janeiro 2012

||| OS ALFINETES, OS ENVELOPES E AS PEVIDES...


O dia de hoje “deu em chuvoso”, como escreveu Álvaro de Campos. O tempo, por isso, ficou algo soturno, diria melancólico e até mesmo deprimente, o que deu ao Contra para ficar por casa e saber mais novas do histórico almoço da instituição.
Afinal, parece que não deu para os alfinetes e os senhores governadores ficaram um bocadinho desiludidos. Diríamos até que algo tristes. O povo é ingrato. Foi ingrato e parece não reconhecer a grande obra governamental.
Ao Contra, a propósito de tal desfeita da arraia miúda e já nem falando dos vips, que  nem lá puseram os pés, ocorre a desgraçada situação em que se encontra o Presidente Cavaco, coitado, que não tem vencimento que dê para os dele - os alfinetes.
E também aquele ministro dos Negócios Estrangeiros, cujo nome infelizmente não recordo e que, sobre o seu ministerial salário, terá dito que não chegava para os charutos.
Se os alfinetes já não dão para eles, muito menos para os charutos, como darão para a arraia miúda que semi-encheu o palácio da governamentalizada instituição?
O Contra falava de alfinetes e de dificuldades e, ora bem, todos as temos. O mês de Janeiro, por exemplo, está a ser uma desgraça pró Contra, com uma mão-cheia de contas para pagar e já sabendo que o ordenado não vai chegar. 
Sobre a instituição, o que parece certo é que os alfinetes não chegam pró popó. Pouco mais que para as rodas e os travões da frente, mais a embraiagem. Isto apesar de o padrinho ter sido visto a entregar um envelope e ter estado em pé de orelha com o austero, militarizado e introvertido e emproado 1º. ministro da governação. Teria pevides, o envelope? 

25 janeiro 2012

||| TRRRÉU-TÉU-TÉU, PARDAIS AO NINHO, POPÓ NOVO E RENOVÁVEIS ENERGIAS


Os briosos ribeirenses juntaram-se no adro da instituição, para apoiar a notabilíssima governação - que ali se plantou de fato domingueiro e açafate na mão, para receber a proverbial generosidade ribeirinha. 
A governação precisa de popó novo e nada melhor que a festa de anos, para pegar no ancinho e juntar as notas.
Os notáveis ribeirenses aparecerem todos, todos  em procissão, de opa vermelha e pegando nas varas do andor, que ali já estava decorado de muitos euros, seguros nas pétalas das flores com alfinetes. Eram notas de 5, eram notas de 10, de 20 e de 100, até duas de 500 euros ali estavam penduradas.
A fila de ex-presidentes apareceu de pedra de ouro pregada no nó da gravata e o pin do grande dia colado no bolso pequeno do casaco - do lado do coração. 
Tocou ao rancho e a arraia miúda logo apressou o passo e ocupou as mesas do fundo, saboreando croquetes e traganitos de chouriça e pão torrado, pitéus da casa, levados em bandejas pelas alvas e devotadas colaboradoras da agremiação presidida pelo grande e distante líder. Devotadas e devotas, pois.... o melhor é aguentar, não se vá perder o emprego, se a governação se aborrecer com elas.  Como já aconteceu.
Veio o caldo e o resto! E saboreou-se o banquete!
Aos trrrréu-téu-téu pardais ao ninho, oraram os senhores e a senhora da mesa em rectângulo, exponenciando e potenciando os valores da  instituição que, agora, com os açafates cheios de graveto, vai já não só comprar popó novo como também investir nas energias renováveis, sabe-se se lá se até também no céu e nas nuvens, ou num armazém de exportação de lagostins.
Todos eles foram brilhantes, todos talentosos e bem-falantes!
Os briosos ribeirenses, já então de barriguinha cheia e espantados e deslumbrados com tamanha sabedoria e já sabendo do dinheiro que era preciso dar pró popó novo, e agora também para a energia que vem do sol e do vento e da água, abriram e anafaram os envelopes pousados na mesa, ali expectantes, a desafiar a sua generosidade e a convidá-los a abrir a bolsa.
A receita da arraia miúda, já se sabe, é curta para a manga consumidora e a reforma mal dá para a farmácia. Mas a generosidade ribeirense multiplicou-se e, como sempre, os pobres mostraram ser capazes de dividir o pouco que têm.
A governação esfregou as mãos!!
A almoçarada foi um sucesso e até gabaram o corte do casaco do presidente e o rimmel discreto da vogal. Esteve linda a festa, pá!

19 janeiro 2012

||| OS PORTUGUESES JÁ QUEREM É MESMO UMA DITADURA...



O Contra não se surpreendeu muito ao ler que os portugueses estão cada vez mais descontentes com a democracia. E que pouco mais de 56% dos cidadãos inquiridos numa sondagem consideram ser este o melhor sistema político.
E ocorreu que ainda, há bem pouco tempo,  Salazar foi considerado o Português do Século XX, numa votação nacional.
Por outro lado, 15% já consideram que, nalgumas circunstâncias, um governo autoritário é preferível a um sistema democrático. A gente lê e parece que nem acredita.
 Já agora, preocupante é também o facto de quase um em cada seis inquiridos considerar  que um sistema autoritário poderá ser melhor em determinadas situações. Eh, pá!!!
Será que estes portugueses estavam a pensar nalguma democracia especial, em particular? A norte-coreana?!
Ou a lembrar-se da democrática governação ribeirense?

16 janeiro 2012

||| OS COLÓQUIOS E OS COMÍCIOS DA VIDA PÚBLICA...



O fim de semana esteve sobrecarregado e encontrei-me, sem dar por ela, numa reunião de gente jovem, outra mais madura e mesmo outra já mais avançada na idade, que surpreendentemente muito atenta, ouvia um orador a falar da história e as lendas da  freguesia.
O colóquio era do programa de aniversário de uma associação - porque é que em Óis as associações não organizam coisas destas? - e reparei como, à margem de todas as crises, há pessoas, dirigentes e associados, ou outras que nem por isso, interessada e continuadamente convictas, cheias de afazeres, mas partilhando-se por causas de interesse colectivo.
O Contra pôs-se a pensar  se estes salutares comportamentos seriam possíveis em Óis. Se calhar, não!  Há capacidades de criação de laços e de compromissos que são inatos, nascem com as pessoas, não se criam ou recriam pela vida fora. 
Quando o Contra se sentiu envolvido naquela roda de vizinhos e de amigos, pôs-se a pensar se isso seria possível em Óis. Talvez! Talvez! Mas que haja lembrança, a coisa mais parecida que me lembra em Óis são os comícios. E esses são para dizer mal da concorrência, botar abaixo a adversário. Não são para promover o futuro.


14 janeiro 2012

||| O ANO QUE ESTAMOS A VIVER...


O Contra já há algum tempo que não ia a um restaurante e foi hoje. Tinha apenas um cliente. E não entrou mais nenhum, depois de nós.
Os restaurantes, vim depois a saber, atravessam uma fase difícil e estão a fechar. O pequeno comércio esse, coitado, vai fechando as portas e basta ir à net para ver que encerram aos milhares.  Nos dois casos, porque a classe média deixou de ter poder de compra, não pode consumir e está a adoptar os hábitos da classe operária dos anos 60, indo de marmita para os empregos ou almoçando apenas um bolo e um copo de leite.
Os meus tios, hoje em Óis, deram-me conta que os aflige a probabilidade de um dos meus primos ir perder o emprego, porque a empresa onde trabalha já entrou em lay-off. E que há famílias em Óis com imensas dificuldades.
O país está envolto em medo e revolta, parece uma panela de pressão prestes a rebentar.
As tais agências de ratting atiraram o país para o lixo, seja lá isso o que for.
O governo mostra-se claramente incapaz de dobra o cabo das tormentas deixado por Sócrates - que hoje foi visto a almoçar em Lisboa com os amigos, no Solar dos Presuntos. À rica e à francesa.
Os portugueses nossos irmãos do Banco de Portugal já receberam o subsídio de férias - enquanto os funcionários públicos e os reformados vão ficar sem ele e sem o de Natal. Catroga vai ganhar o que vai e nos mercados, nas ruas, nas empresas, nas repartições, nos transportes públicos cada vez mais se ouve a voz doída de um povo revoltado, triste e teso que nem um carapau. 
O governo mostra dar passos gigantescos da incompetência para a irresponsabilidade e não sei bem se alguma vez vai ser capaz de enfrentar a cada vez mais explosiva realidade a que reduziu este país. 
Onde irá parar este país, esta terra e a nossa gente? 

10 janeiro 2012

||| OS MAÇONS E A EXTINÇÃO DA FREGUESIA D´ÓIS




O Contra já sabe que caiu mal a nossa ingénua referência a eventuais e virtuais maçons ribeirenses. À caixa do correio e à de comentários, chegaram reacções muito indignadas, como se de repente caísse o mundo, o carmo e a trindade sobre o espírito santo ético de alguns senhores e, quiçá, senhoras.
Assim, de repente, diria o Contra que, quase de chofre, os impolutos e honestíssimos comentadores descobriram que em Óis é tudo gente virgem em malandrices, influências e outras coisas que tais. Só que, todavia, reagiram ao nosso remansado falar sobre as coisas de Óis como verdadeiros ayatollahs em defesa da tal fé e de uma qualquer virgindade.
O Contra não é maçon, nem sabe bem o que isso é. E não se incomoda nada que quaisquer ribeirenses tal sejam. É lá com eles e com quem lá for à loja deles e lá (ou noutro sítio) ponha o avental maçónico.
Num país como o nosso, onde há lojas para tudo, para traficar de tudo e engendrar tudo o que mais interesse aos mais poderosos, como não haver maçons ribeirenses?
 E como há-de o Contra por tal coisa se incomodar? 
Incomoda e até aflige é que esses tais poderes não se liguem e façam a terra d´Óis mais forte e influente, por exemplo na discussão do latente problema da anexação/extinção da freguesia. Aí é que eu os queria ver!


07 janeiro 2012

||| A MAÇONARIA RIBEIRENSE...





O país não pode passar uma semana sem futebol, que logo tem de inventar uma coisa para se distrair. Desta vez, lembraram-se da maçonaria - seja lá isso o que for. 
O Contra, que não é maçon, não lhe prestou grande detalhe de atenção mas foi tal a insistência nas tv´s que resolveu ler sobre o assunto. E do que leu, para alguma coisa saber, concluiu que as maçonarias portuguesas nada têm a ver com a origem histórica, jacobina, iluminista e republicana dos maçons verdadeiros. Não passarão, segundo li, de meros biombos para o tráfico de influência.  Portanto, coisa para deixar dúvidas.
Não sei porquê, mas associei maçonaria a Óis?
Haverá maçons em Óis?
Se pensar que as lojas de maçons são lugares onde se pratica o tráfico de influências e o "uma mão lava a outra", diria que sim. Há  gente por Óis que, para estar no palanque e fomentar intrigas, até lava as duas e as enxuga no avental maçónico. 
Se pensar que há pessoas influentes, ou poderes paralelos que interferem com as hierarquias oficiais, também em Óis me parece isso existir. É sabido o que influencia a palavra de uns (poucos) senhores. E aqui resisto à tentação de citar quaisquer padrinhos, ou alguns afilhados menos ortodoxos - daqueles que não se comprometem com os poderes (visíveis), mas os influenciam e são soberanos no seu próprio poder (oculto). E sendo maçons, se forem..., nunca se sabe que outros poderes subjugarão.
Acha o Contra, por isso e muito  mais, que não será tão infantil e abstracta a probabilidade de, embora disfarçada, haver maçonaria na terra. Só que não andam de avental e penduricalhos ao peito. Vestem-se como nós, mas não são como nós. 

04 janeiro 2012

||| O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO...





O Contra é contra o acordo ortográfico e não o vai praticar, continuando a usar a velha grafia portuguesa - a que aprendeu na escola e continuou pela vida fora.
O Contra não toma esta decisão por mero capricho cultural, sequer de protesto ou convicção. A atitude justifica-se unicamente porque aprendemos a escrever desta maneira e dela não queremos sair, pelo menos até que isso pague imposto.
O Contra adopta esta opção ortográfica, por convicção e por acreditar que este facto é insusceptível de lesar quaisquer interesses nacionais ou locais.
Em Ois, por exemplo, é um facto (facto leva cê) que faz falta executar o projecto do lar. O projecto, de facto, é uma acção, ou acto, que deveria levar a actual direcção associativa a tentar evitar tal decepção ao colectivo ribeirense, sem excepção ou ferimento de susceptibilidades. É objectivo que directamente deveria injectar de optimismo quem o adoptasse e seleccionasse como excepção à actual abulia associativa. 
Um projecto que baptizasse a nossa gente de fé num pacto colectivo e na concepção de que o futuro está no passado
As regras concepcionais do novo acordo são quase desconhecidas ao Contra, que tem imensa preguiça em aprendê-las e não as recepciona, por opção. 
Haja ou não projecto para o lar.

03 janeiro 2012

||| UMA COMUNIDADE BEM INFORMADA É A QUE LÊ JORNAIS...





O Contra não dispensa a leitura do blogue OIS DA RIBEIRA, onde encontra pedaços da nossa história antiga e actual. O padrinho é mestre nessa arte.
Ontem, por exemplo, ficámos a saber que há 10 anos foi distribuído o Jornal da Arcor, de porta em porta e enviado pelo correio. Era o caso do Contra, que o recebia pelos CTT e o devorava com gosto. Mas o jornal desapareceu, logo após o fim do mandato dele (supomos), já lá vai uma meia dúzia de anos.
O último fim de semana deu também para ficar a saber que os jornais cada vez mais perdem mais leitores. O JN, por exemplo, chegou a vender mais de 120.000 por dia e agora não passa dos 78.000. É o Correio da Manhã que lidera, vendendo 124.000.
Os chamados jornais de referência, esses então estão uma desgraça: o Público vende 26.000, o DN apenas 17 mil e o «i» menos de 5 mil. No sector dos económicos, o Diário Económico não chega aos 5 mil e o Jornal de Negócios aos 3,5 mil. Isto tudo, segundo a Marktest - que faz as audiências.
Quer isto dizer que os portugueses deixaram de ler?
Discussões à parte e medindo a coisa pela tigela de Óis, talvez não surpreenda: sem informação (e da boa) os leitores não querem saber de jornais. E sem jornais não há opinião pública informada e bem formada.

Será por isso que a Arcor deixou de publicar o seu jornal, editando um boletim que a comunidade não conhece e que deve ser feito e lido apenas para quem o escreve?
Por estas e por outras é que o padrinho fez a obra que fez, durante a sua governação: mostrou a instituição, não a escondeu de ninguém. Mandava-a para a nossa casa, embrulhada no jornal, para que a sentíssemos nossa. Agora, parece que é só de alguns, que se calhar também não a conhecem.
* NOTA: Por favor, não venham dizer que estamos contra o padrinho. Não é nada disso. Citamo-lo como elogio e é merecido.