31 dezembro 2011

||| BOM ANO NOVO DE 2012!!!!

O Contra vem aqui hoje, antes um bocadinho das badaladas do novo ano, para desejar que todos os ribeirenses sejam felizes em 2012. Que se pratique mais o amor e menos a intriga e a raiva; se cultive mais o dar de mãos que os distanciamentos. Que os cidadãos assumam a cidadania e não suscitem divisões. O Contra é a favor de isso tudo e o muito mais que pode fazer-nos mais felizes!

29 dezembro 2011

||| NATAL DOS ALMOÇOS...

A moda dos jantares de Natal das empresas, escolas, repartições, etc., passou para almoço. Assim aconteceu este ano e juntaram-se 20 e tal pessoas de diversas idades e feitios para a paparoca, que foi rematada com o tradicional bolo-rei e espumante. Nada de mais.
Acabado o almoço e com a dispensa de trabalho da parte da tarde (trabalhámos até à uma e meia), ficámos por ali, armados em meio-tolinhos e a fazer de conta que o almoço de Natal estava muito agradável. 
A média de idades do grupo, sei lá, andava aí pelos 30 e poucos anos. Quase com nada para dizer uns aos outros. Assim, não surpreendeu  que metade do grupo se pusesse a tirar fotografias entre si, tipo apanhados, para depois de botarem a gargalhar feitos tolinhos, e a outra metade agarrada aos telemóveis a jogar. Sobraram os mais vélhitos (o chefe saiu mais cedo) até que se chatearam e se puseram falar de futebol (eles) e das revistas do social (elas). «No meu tempo não havia almoços de Natal, só em casa à noite de consoar», disse uma das companheiras, já a compor a prega da saia e levantar o dito cujo para se pôr na alheta. Foi assim o Natal dos que durante um ano de trabalho quase não se vêem.

26 dezembro 2011

||| MENSAGEM DE NATAL...



As mensagens de Natal são uma moda nacional - ele é o presidente Cavaco, ele é o 1º. Coelho, ele é o cardeal... -, todos eles a dizerem das suas ideias e intenções para 2012. 
O Contra ouviu e interrogou-se: então não há mensagens de Natal em Óis? Nem o presidente Pires, nem o presidente Gomes?
Ao primeiro, toda a gente reconhece a dificuldade de mensajar. Ele é mais para executar as mensagens soarianas e celestinianas. Quanto ao segundo, não se sabe. O homem entra na instituição que lhe puseram na mãos, de borla e a seco, e nem se lhe conhece a voz. 
Razão porque o Contra vem mensajar.
Assim e humildemente pedindo desculpas pelos seus pecados, aqui o Contra desde já os expia. E começa pelo da preguiça que nos levou a deixar de postar como até aqui. É preguiça e é cansaço.
Depois, desculpa por não ter o condão e a varinha, para informar quanto devia e gostaria. Mas o Contra tem as suas dificuldades e despotenciou-se, quiçá influenciado pela instituição. Ou pelo corte dos feriados nacionais e do meio subsídio de Natal.
Dito isto, lembremos que o país está uma desgraça, está tudo uma calamidade, e os pilantras dos portugueses - e dos ribeirenses, claro - não compreendem este governo, que trabalha que se mata para nos servir - das 5 da manhã até quando calhar. Ora se o ministério trabalha desde a cinco da manhã, porque é que nós também não podemos? Claro que todos os portugueses, e todos os ribeirenses, o podem fazer.
Sem mensagens presidenciais, os ribeirenses sentir-se-ão órfãos.
Assim sendo, o Contra mensaja e promete estar disponível para todos os sacrifícios, para que a Junta possa ter dinheiro para os balneários da pateira e a instituição o suficiente para o que gere correntemente. E, quem sabe, se para fazer andar o projecto do lar.
O Contra vai pedir ao patrão para, em 2012, deixar trabalhar mais horas, para pagar mais impostos. E aceita receber apenas o rendimento mínimo, sem direito a subsídios e com corte do que o governo bem entender. Até comerá menos, para não engordar. Quem precisa de engordar são os porcos. 

23 dezembro 2011

||| CHINESICES!!!



Estamos em época de Natal, por isso ninguém leva a mal ver um governo de direita vender a jóia da coroa à China, que por acaso é um país comunista e já nos pôs a andar de Macau, com uma mão atrás das costas.
A situação não deixa de ser inusitada e curiosa: um governo, vamos, vá lá, chamar-lhe liberal, um governo que nos esportula tudo o que pode, agora, despreocupadamente, alija as suas responsabilidades num bem público tão relevante com é a energia eléctrica e vende o que lhe sobra de uma empresa pública portuguesa a uma empresa pública... chinesa. Não deixa de ter piada.
Realmente, é um gozo danado ver os representantes do capitalismo ocidental que se aproveitam da crise para forçar Portugal a vender-lhes o país ao preço da uva mijona ficarem, agora, a ver os chineses se aproveitarem do seu oportunismo e ganharem o concurso. Será a isto que se chama chinesice! 
O que dirá Merkel a Passos? Puxar-lhe-á as orelhas?

22 dezembro 2011

||| A CRISE E OS INTERESSES INSTITUCIONAIS...




Andam por aí uns génios, uns sábios, a dizer imbecibilidades a torto a direito. E têm quem lhes bata palmas.
Há poucos dias, o 1º. ministro disse aquela palermice dos professores emigrarem e bateram-lhe que nem cegos. Mas também houve quem o defendesse. E quem viesse dizer que o que ele disse faz algum sentido. Há gente para tudo.
A governação institucional local, a braços com a crise que justifica todas as incompetências e asneiras, retirou regalias ao pessoal e, a outro, mandou-o embora. Cortou, e corta, a torto e a direito. Porque não sabe fazer o mais sábio: criar riqueza e aumentar receitas. Diminuindo despesas com equilíbrio e sem fragilizar  que herdaram.
É velha a história: as crises são alturas de oportunidade. E esta não está a ser.
Há meses, o governador geral proclamava aos ventos que ia potenciar a instituição. Conhecem-se os resultados da tonitroante afirmação aos jornais.
E sabe-se também como, jornalisticamente, o padrinho o promoveu e o tornou pessoa pública. Pois ninguém conhecia - e/ou conhece... - tão presidencial figura. 
O resultado é o que se vê e o que não se sabe, pelo medo de se dizer.
Óis tem um belo exemplo, e bem recente, de como a crise criou oportunidades: há 10 anos, em pleno «governo da tanga», o do actual presidente da União Europeu (Durão Barroso), olhou para a frente e construiu o centro social. 
A crise da «governo de tanga» deu-lhe coragem e competência para unir os não-unidos, angariar meios, criar riqueza, arranjar perto de milhão e meio de euros (julga o Contra, tendo em conta o que se disse na altura e depois), comprar terrenos e viaturas, concluir o hangar e construir os balneários do polidesportivo, deixar saldo de mais de uma centena de milhares de euros, aumentar o quadro de pessoal e sei lá o que mais.
Isto vem a propósito da crise e das imbecibilidades
Num momento da dita e das sobreditas, quando o país parece ir pelo cano abaixo e a governação se deixa atar de mãos, importante seria que todos tivéssemos a humildade de reconhecer limitações e, de outro lado, a capacidade de gerar união.
Talvez um primeiro-ministro possa dizer imbecibilidades como essa de os portugueses emigrarem. É lá com ele e com seu retrato. Mas quem governa de perto, quem o faz lado-a-lado com as pessoas e com elas (deve) partilha(r) as dificuldades e o desespero que leveda nas famílias, não se pode dar ao luxo cometer imbecibilidades e desleixar os interesses institucionais. 

15 dezembro 2011

||| O DEPUTADO CALOTEIRO...


O país acordou hoje com o fantasmagórico chorrilho de asneiras proferidas por um deputado do PS, por acaso do distrito de Aveiro (a cuja comissão política distrital preside), dizendo, entre outras barbaridades, que Portugal não deve pagar a dívida.
Que temos uma bomba atómica na mão: não pagar e, com isso, «deixar as pernas dos banqueiros alemães a tremer».

Isto, dito por um políticozeco como este, pode até parecer uma brincadeira. Mas foi a sério que o rapazinho falou, muito senhor de si e da sua autoridade. debitando um chorrilho de alarvidades de que devia ter vergonha. E é ele vice-presidente da bancada socialista da Assembleia da República.
Então, é assim: ou estamos todos a endoidar, ou somos um país de caloteiros.
O homenzinho chama-se Pedro Nuno Santos, é um viçoso deputado de S. João da Madeira e falava em  Castelo de Paiva, numa festa de Natal.
O Contra abismou-se, mas o que vale é que a Europa, o mundo, Portugal, a França e a Alemanha não querem saber coisa nenhuma das palermices que diz o senhor vice-presidente de bancada do PS. Deus lhe perdõe e que não endoide.
É verdade que todos os partidos políticos têm as suas cavalgaduras a escoicinhar parvoíces. É verdade. Mas ao menos deviam redimir-se do chorrilho destas suas excrescências. Deveriam ter vergonha.

14 dezembro 2011

||| OS BLUFFS E OS BONS PADRINHOS...

A leitura da nossa imprensa da manhã deixa-me quase sempre irritada, principalmente pelo deprimente número de notícias de acidentes, mortes, agressões, assaltos, violações e tribunais, aumento de impostos e das recessões que nos comem o que ganhamos a trabalhar.
Outra coisa que me impressiona, e impressiona negativamente, é  a superficialidade com que se titulam as notícias, o que muitas vezes as transforma e imprecisas,  confusas e manipuladoras. A gente lê o título e vai ver a notícia e conclui que pouco ou nada tem a ver uma coisa com a outra.
A leitura matinal que faço, confesso, é sempre apressada, entre o café ou o chá com torradas da manhã. Pouco é mais que os títulos. Os mesmos títulos que nos ludibriam. Se os aprofundar, isto é, se ler a notícia como deve ser, logo desatino com as imprecisões, mistificações e inverdades que encontro.

A quem está fora de Óis, interessa, obviamente, saber o que se passa em Óis.
Pois bem, se lermos as notícias da terra na imprensa regional, parece que por Óis vai tudo na paz dos anjos!
O que dá para concluir que é preciso é ter padrinhos. E dos bons. E se forem jornalistas, tanto melhor. Têm o poder de não destapar a nudez da incompetência e da asneira, do oportunismo, do carreirismo, das injustiças, dos bluffs que por Óis crescem como cogumelos. E é para os bluffs que a coisa está a correr.
É velha a história: quem quer bons padrinhos, arranja-os.

09 dezembro 2011

||| OS MENTIROSOS E OS COXOS...



O país, e o mundo, vivem tempos de mentira!! Nem precisa o coxo de correr muito, para achar o mais mentiroso!E ele há cada um...
A governação mente com os dentes todos da boca!
O debate político não é mais que um jogo de mentiras e habilidades verbais, de paleio fiado, irresponsabilidade e leviandade. O país mergulha nas maiores injustiças sociais que há memória e a governação, recorrentemente, não faz mais, na prática, que destruir a classe média e aumentar a pobreza e as desigualdades.
A respeitabilidade das instituições navega em mar de lama.
O país precisa de ajuda.
A governação precisa de ajuda.
As instituições precisam de ajuda!
Quando se perde quem apoia!
Quando foge quem auxiliava a crescer e desenvolver!
Quando a família institucional se torna mais curta!
Quando a governação não sabe (ou não é capaz de) desapertar as mãos e desamarrar os problemas!
Quando os novos fascismos espartilham o futuro, porque condicionam o presente, algo vai mal na governação! Seja qual for.
A governação, uma boa governação,  não é incompatível com a solidariedade e a boa gestão. Não precisa é de mentiras para impor soluções, ou explicar decisões.
Uma governação, porém não vai longe, quando pretende legitimar os seus actos na mentira. Isso não é uma governação, é uma cambada de mentirosos! E esses apanham-se mais depressa que um coxo! Sejam eles doutores, engenheiros, trolhas ou pescadores. Sejam o que forem!

08 dezembro 2011

||| AS DÍVIDAS NÃO SÃO PARA PAGAR..


O Contra não resistiu e vem blogar e falar de Sócrates, esse inimitável ex-líder da governação que, em Paris, não se coibiu de arregimentar os seus apaniguados para colar o PS a um irresponsável voto negativo ao Orçamento de Estado e, agora, despudoradamente e, a falar num colóquio (ou lá o que foi), elogiou a caloteirice como pilar da política governamental. Meu Deus!!!
Sócrates, imaginem, disse, e disse sem papas na língua e sem gaguejar, que “pagar a dívida é ideia de criança”, que foi isso que ele aprendeu. Não surpreende, por isso, que nos seus 6 anos de governação tenha mais que duplicado a dívida pública - que passou dos 83 mil para cerca de 170 mil milhões - e lançou Portugal nesta miséria em que vamos crescendo e sofrendo, levando Portugal para a bancarrota e obrigando o povo aos sacrifícios a que todos estamos (e estaremos) obrigados a fazer.
O falar leviano e caloteiro que Sócrates exibiu - o Contra já viu o vídeo, veja aqui - , condiz bem com o despudor que já revelara quando uma vez afirmou que  “digam o que disserem, mas ainda está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice”. Ganda lata!
Aqui chegados, e em vésperas de Natal, rezemos e olhemos para o que se torna prioritário acorrer: à pobreza das pessoas, à falência das pessoas, das famílias e das empresas.  Olhar para os que não frequentam casas de luxo ou vernissages, se transportam em carros de grande cilindrada. Para quem não tem dinheiro para a sopa, ou dar um presente ao filho. Os que vivem envergonhados do mundo, na pobreza verdadeira e na solidão humilhante.
Há demasiados portugueses em sofrimento - porventura, também ribeirenses, quem sabe?!... -  e é tempo de se atender à realidade e acudir às pessoas, às famílias, às empresas, às instituições. Essa é a mais genuína fórmula partilhar o amor e sermos solidários.

01 dezembro 2011

||| NÃO CUSTA CHEGAR AO GOVERNO, CUSTA É GOVERNAR...


O Contra não faz ideia do que poderá salvar o país e a governação. Uma governação na qual o principal entretém vem a ser os ministros e secretários de Estado andarem a desdizerem-se uns aos outros.
O Contra não faz ideia de qual poderá ser a alternativa a este poder, mas sabe, todos sabemos, que Portugal chegou a um ponto desgraçado, em que o Estado asfixia os cidadãos e as empresas, aumenta a carga fiscal de forma verdadeiramente suicidária e, mesmo assim, não consegue amortizar dívida nenhuma.
O que o Contra sabe - e sabe por experiência própria - é que o país, as empresas e as famílais estão a empobrecer cada vez mais.

Cada vez mais teve menos ponta por onde se lhe pegue.
Há 371 anos, uma mão-cheia de patriotas abotoou a Duquesa de Mântua e atirou pela janela o traidor Miguel de Vasconcelos.

Hoje, será o último dia que, em feriado nacional, se comemora essa data de heróis - pois o governo, na sua febre extintora, quer acabar com feriados e este será um dos que vai de vela.
Parece simtomático: é a própria governação que não quer festejar a restauração da independência. Já não a temos? Se calhar!
Há governações que se deveriam demitir.
Como diz o outro, não custa chegar ao governo, custa é governar. E a carapuça serve a quem a enfiar.

30 novembro 2011

||| O CARRO DO MINISTRO



O Contra, sem saber bem porquê, simpatiza com o ministro da Segurança Social, já desde que ele era líder da bancada do CDS.  E achou interessante a sua «aparatosa» chegada ao Palácio de Belém, no dia da tomada de posse.  De scooter, uma vespa. Espantou-se, por isso, ao vê-lo agora acusado de andar num carro de 86 mil euros. Foi um choque!
Independentemente da manipulação que os jornalistas (esses grandes artistas, lembrem-se só de alguns bem perto de nós!) tenham feito sobre o facto, uma verdade é... verdade: os políticos têm de perceber a revolta das pessoas.
Vamos por partes: se o Governo anterior tinha encomendado um carro deste custo, este Governo tinha naturalmente de o recusar.
Um governo que todos os dias anuncia cortes e hoje aprovou o orçamento que aprovou, não pode ter um ministro a andar em carros de 86 mil euros. Tenham lá paciência!
Não é que tenham de ir de scooter, não exageremos, mas um carro destes, deste preço e deste luxo, é um abuso e um insulto aos portugueses.
Outra parte: a situação em que o país se encontra, implica e torna urgente uma nova cultura de serviço público. Mas não é este serviço que o ministro da Segurança Social exemplifica, mesmo que explique, como explicou, que o carro tinha sido encomendado pelo governo de José Sócrates. Bastava-lhe recusar a viatura e algo se haveria de acertar com o vendedor.
Aqueloutra parte: se o país está pré-falido, não pode pagar salários e se todos os dias se aumentam os impostos, não é curial que vejamos ministros a passearem-se em viaturas de 86 mil euros.
A desculpa de invocar Sócrates, já não pega.
Sócrates já foi julgado, pelas asneiras que fez. E fez muitas! 

29 novembro 2011

||| AS AUTORIDADES POLÍTICAS LOCAIS...


O que os consultórios médicos têm de melhor é a oportunidade de se lerem revistas e jornais antigos. Às vezes, reencontrando-se notícias que já nos aliviaram o dia, ou o castigaram. Hoje, foi dia de dentista, coisa que detesto, mas também de encontrar um Diário de Aveiro de há uma semana, que me fez saber que as freguesias de Aradas, Glória e Vera Cruz, todas de Aveiro, são contra as fusões que o governo decretou sem ouvir ninguém.
Isto vem a propósito da eventual fusão de Óis com não sei que freguesia? Com Travassô? Com Espinhel? Com a Gocha? 
O Contra já aqui comentou a questão, mas a reflexão ficou-se pelo blogue, por meia dúzia de comentários e, quanto ao mais..., cala-te boca.
A autoridade política local, que foi eleita para defender o povo e os interesses da freguesia, pouco diz e o que diz é a admitir a extinção de freguesias. Bonita autoridade.
Quanto à oposição, moita carrasco..., como nem mora em Óis, terá mais que fazer e esquecido os interesses da freguesia e o sagrado dever de defender os seus interesses.
É a favor ou contra a extinção e/ou a fusão?
Não se sabe. Nem se sabe se se virá a saber.
O presidente da Junta ao menos disse o que quis e o que sabe, embora apoucasse os nossos interesses e identidade da freguesia.
É caso para dizer que, com política desta, não vai Óis a lado nenhum. 

28 novembro 2011

||| O BENEFÍCIO DA DÍVIDA...


A alma do Contra emparvece: Portugal vai pagar cerca de 35 mil milhões de euros em juros e comissões pelo empréstimo da “troika”. O de 78 mil milhões.
O quê?! 35 mil milhões pelo empréstimo de 78 mil milhões?
Exactamente, sem tirar nem pôr.
O Contra pôs-se a fazer contas e concluiu o óbvio: 35 mil milhões é 45% de 75 mil milhões.
Quase metade.
Certo?
Infelizmente está certo. Mas foi isso mesmo que o imponderado Sócrates negociou com a troika e o vaidoso Passos assumiu em nome do Estado Português - como ele costuma dizer, todo inchado!
O Contra tem por hábito dar o benefício da dúvida, quando tem... dúvidas!
Mas este dramático caso é... caso para dizer que a troika, aos portugueses, deu foi o benefício da... dívida.
E ganha meio por meio, levando-nos à falência.

27 novembro 2011

||| DEDOS APONTADOS E MÃOS PARA UMAS BOFETADAS

Estar na terra e saber de novidades (desculpem lá o aparente pleonasmo) é simpático: a gente senta-se, ouve, e mesmo que a conversa não seja connosco, sabem-se coisas. Serão fiabéis? Não todas, de todo.
A visa ensinou o Contra: quando se trata, em Óis, de beliscar terceiros, afia-se o bico e diz-se-diz-se, ai não sabe isto, ai não sabe aquilo, mas nunca se fala de nomes, ficando tudo embrulhado em segredos.
A notícia de que há gente a comer à conta do Estado (logo, à conta de nós...), não é propriamente novidade. Que essa gente não faz nenhum e recebe subsídios e ajudas alimentares e outras, também não é coisa nova.
Novidade, para o Contra, é a indignação que alastra entre gente da nossa, inesperadamente preocupada com o futuro da governação, ate já citando nomes e soluções.
A questão governativa é recorrente, numa comunidade posta em hasta pública.
O Contra espantou-se com uma octogenária observação sobre a dita governação: «Tu achas que o povo dá algum crédito a essa gente que por aí anda?».
Eh pá: a malta d´Óis anda sabida p´ra caraças!!!
E que delícia foi ouvir o par de «octos« e dois jovens (talvez trintões!!!) a falar de economia, dizendo verdades que a gente conhece mas sem dar por elas, embora frias como punhais. Disse um deles que todos nós colaboramos com o engano com que nos enganam.
O Contra gostou de ouvir as ideias e apreciou a forma da sua expressão. Afinal, em Óis há massa crítica. Pensa-se e até se fala alto. A  governação que se cuide.
Ao exame público já não escapa. Há dedos que lhe apontam defeitos. Mãos dispostas a dar-lhes umas bofetadas, ai se pudessem! Ó gente, ponham-se a pau!!!

26 novembro 2011

||| TROIKA ANDA A XINGAR OS PORTUGUESES...


Os portugueses já se começavam a habituar a ver aterrar na Portela três homens que por cá vinham com a missão de humilhar os portugueses. 
A Troika! 
E, valha a verdade, tal tem conseguido com esmero e distinção e sem nos passar grande cartão. Agora, vão deixar de aterrar, pois já procuraram e encontraram escritório em Lisboa. Fica-lhe mais fácil e mais à mão xingar o governo e a carteira dos portugueses.
Isto, porém, é uma humilhação para todos nós.
Eles não vêm verificar as contas, coisa nenhuma!
Para tal, na era dos computadores e tal coisa como a net, bastar-lhe-ia, de lá de onde eles vêm, consultar tais contas e enquanto o diabo esfregava um ou dois olhos. Eles vêm cá é para humilhar os portugueses, falar na tv e deixar dito, e dito com todas as letras, que quem manda em Portugal são eles.
A humilhação, direi, será até maior que a sofrida diante dos ingleses e do seu famigerado ultimato.
E alguém, do governo ou da oposição, barafusta?

É o barafustas!
O governo amocha e estende-lhe a passadeira. As oposições resmungam só para a fotografia e a comunicação social ver; e esta quer é um boneco para encher o telejornal, o noticiário da rádio ou mais uma página do jornal.
O Portugal de 2011, infelizmente, não tem ninguém - ninguénzinho, mesmo!!!... - capaz de se opor a esta afronta. Não tem quem o defenda. Estamos cada vez mais vulgares!

25 novembro 2011

||| UNS BONS PARES DE ESTALOS...


O Contra escutou hoje, na hora do almoço, uns anormaiszinhos a considerar, com ar de muito sábios e gente madura da vida, que as IPSS's são maioritáriamente da Igreja Católica e, por isso, o Estado, ao ajudá-las, está a ajudar a evangelização do catolicismo!
Esta teoria, diz o Contra, é verdadeiramente cabotina.
As IPSS´s não são todas da Igreja, mas todas auuxiliam quem mais precisam. E até quem não precisa! Mais: são instrumentos de apoio à família. E mais: substitutem o Estado em muitas das suas obrigações.
Ademais, o Estado anda a mingar-lhe os apoios, em nome da crise - o que, e Deus queira que o Contra se engane, vai acelerar a dita crise e a tumultuação social do país.
Aliás, ainda que fossem maioritariamente católicas (e não são), o que teria isso a ver com o papel social que assumem no dia-a-dia? Ajudando e substituindo a família, da creche aos seniores?
Os senhores enfarpelados da mesa do lado são ignorantes. O Contra não sabe se têm filhos ou pais idosos, ou quaisquer outros familiares que precisem de apoio de uma IPSS. Mas reparou que tinham cara suficiente para levar uns bons pares de estalos.
O leitor do Contra, que é inteligente, poderá, a propósito, pôr-se a perguntar: o que seria de Óis da Ribeira, hoje, se não existisse a Arcor?

24 novembro 2011

||| GREVES E LIXO !!!...


O Contra abriu o dia de hoje a ver/ouvir notícias sobre a greve dita geral. Notícias, por exemplo, de piquetes grevistas que tentavam impedir não grevistas de assumirem o seu posto de trabalho. isto é: os grevistas não respeitam quem trabalha. Ora, a greve é um direito, claro que é, mas não pode nunca ser uma imposição. Em nome da mesma lei.
Pelo dia fora, em viagem, o Contra ouviu falar de cocktail molotov em três Serviços de Finanças lisboetas. E ouviu o cantarolar de slogans contra tudo o que cheira a governo, troika, fmi e por aí! 
Já a chegar a casa, a tsf dá conta da invasão da escadaria da Assembleia da República e dos atropelos e bastonadas que por lá se bateram. Acabei de ver as imagens na tv.
Ora bolas!...

O que o Contra entendeu, com o devido respeito, é que as manifestações grevistas são essencialmente dos trabalhadores do sector público - que, agora, como qualquer português, também sentem a crise nos bolos. Já ia sendo tempo de, para algumas coisas, não haver portugueses de primeira e de segunda.
Estavam mal habituados.
Os trabalhadores do sector privado já há muito que suportam o peso da crise e pagam do seu trabalho as desmesuras dos desgovernos que nos larapiam os bolsos.
Ouço mais tv e José Rodrigues dos Santos anuncia que uma agência de ratting carimbou Portugal como lixo. Nem de propósito, logo no dia da greve dita geral: L-I-X-O!!!!
Os sindicatos deveriam repensar o que decidem, aparentemente em nome do interesse dos trabalhadores que os seguem de forma arrebanhada.
A greve dita geral leva-os aonde? E em nome de que deusa sacrificam os seus filiados desta maneira? Terão eles, mesmo, consciência da tragédia que se vive nas ruas e nas casas de Portugal? Ou estão a pensar, apenas, no próximo slogan para atrair trabalhadores para o seu próximo gáudio de dirigentes eternos das centrais sindicais?

23 novembro 2011

||| NÃO HÁ DINHEIRO, FECHAM-SE AS PORTAS...


O Contra apreciou a decisão do Secretário de Estado da Cultura: demitir o director do Teatro Nacional D. Maria, que se armou em carapau de corrida porque, por causa das medidas de austeridade, lhe cortaram o orçamento.
E, assim, já não podia brincar às programações.
O que Diogo Infante, o tal director, tinha a fazer era, no tempo das vacas menos gordas que se passa, fazer obra com o que tem. Isso é que era avaria de gajo competente. E não comportar-se como menino mimado e birrento, a quem  tiraram a chupeta - neste caso, a massa para ele desbaratar com a tal programação, que ele mesmo programou, para gastar o dinheiro que lhe davam e dando tachos aos amigos.
Foi demitido, caso arrumado.
Outro virá.
O surpreendente nisto tudo é a coragem do Secretário de Estado da Cultura, que não se pôs de cócoras a estes pequenos ditadores instalados na área da cultura, que agem como querem, gastando o dinheiro que lhe dão, pois quanto a arranjá-lo, tá quieto.

Portugal inteiro sabe dos dramáticos constrangimentos financeiros que o país atravessa, com muita gente (centenas de milhares de portugueses...) a reclamarem pão para a boca.
O Contra, logo por isso, acha perfeitamente normal que o orçamento para a cultura seja limitado. Não querendo fazer populismo barato, diríamos até que mais vale ter pão para a boca que palmas para o palco.
Outras governações assim parecido fazem: cortam, cortam, cortam..., sem buscar receitas, ou procurar alternativas.
Sem trabalhar para justificar e honrar o lugar.
Vão pelo mais fácil: não há cego, não se toca viola.
Pelo mais dramático: não há dinheiro, fecham-se as portas.
A história e os valores institucionais não contam para alguns governadores.

22 novembro 2011

||| A TUNA, AS CORDAS, A PERCUSSÃO E OS SOPROS...

Tudo o que é informação da zona (jornais, facebooks e blogues) fala da Tuna de Óis da Ribeira e o Contra, que de música nem a escala sabe - sabendo, porém, silabar e cantarolar o básico dó-ré-mi-fá-sol-lá-si... - presta aqui homenagem aos seus dirigentes, instrumentistas e colaboradores.
Não deve ser coisa fácil manter viva a chama da cultura, como a Tuna faz, por modesta que seja. A mesma Tuna de que o Contra já ouviu tanta coisa e a ela viradas tantas espingardas. Tantas ironias e desatinos, tanto mau-dizer.
O Contra aprecia a Tuna, sem dela conhecer muitos pormenores. Mas diz por onde anda que «na minha terra há uma Tuna». Perguntam-me que instrumentos de cordas tem. E o Contra não sabe dizer. Como no sábado a vimos passar, garbosa e afinada, quis saber mais da Tuna. Falaram-me de muita coisa que eu não entendi, mas forçaram-me uma nota (e não é musical): que a Tuna está muito melhor. Mas não tem cordas!
Cordas?! Quais cordas?
Fui saber quais. Pois bem, leio que uma Tuna é um grupo musical de instrumentos de cordas. E dão-me o exemplo das tunas universitárias. 
Ora, a Tuna de Óis não tem cordas.
Só instrumentos de sopro e de percussão.
Bom e isto e bom ou é mau?
O Contra não sabe responder. Mas tem orgulho de dizer que «a minha terra tem uma Tuna fundada em 1897!».

21 novembro 2011

||| ENTRAR NOS BOLSOS DOS CIDADÃOS...


O tempo de almoço de ontem deu para falar de muita coisa, do futebol à política, à agricultura que fechou portas e ao comer que temos de importar, da vida da família (como vai este e aquele; olha, fulano de tal já faleceu e fulana divorciou-se...) e à crise que se vive e nos queima esperanças.
Também da crise, que de há uns tempos a esta parte nos aflige, por causa dos sucessivos cortes na receita das famílias.

O Contra anda por esse mundo fora e, sem pretender tirar conclusões redutoras sobre a situação que conduziu a tamanha e trágica situação como a que os portugueses vivem, vislumbra algumas fissuras na estrutura deste notável edifício argumentativo da governação - que tudo intui e conclui para nos ferrar as garras nos bolsos.
Se quem quer que seja, através da reorganização e racionalização da área de governação que tutela, chegar à conclusão que pode cortar na despesa aqui ou acolá, não o deverá fazer? O Contra acha que sim.
A governação deve fazê-lo, desde que não seja posta em causa a qualidade dos serviços e os postos de trabalho, o prestígio e história da instituição que se governa.
A governação deve renegociar contratos ou reafectar de efectivos e meios, desde que isso signifique a majoração de serviços? Pois claro.
Mas não pode, indiscriminadamente, entrar nos bolsos dos concidadãos.

20 novembro 2011

||| A ASSUNÇÃO E A INSTITUIÇÃO...


A gente lê e quase nem acredita: a sra. presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, recebe 7.255 euros de pensão por dez anos de trabalho como juíza do Tribunal Constitucional. E reformou-se aos seus joviais 42 anos.
É inacreditável.
E escandaloso.
O Contra confessa que até nutre simpatia pela presidente. Mas só até hoje! Afinal, ela não é mais DO que uma entre tantos outros que esportulam os dinheiros do Estado e nos levaram à falência. E reformou-se, aos 42 anos, numa idade em que, qualquer dia, muitos portugueses ainda nem terão o primeiro emprego. Por este andar. 

Assunção Esteves reformou-se com essa idadezinha e tem ocupado cargos políticos, acumulando os respectivos ordenados com a pensão.
Agora, por causa crise, foi obrigada a optar e optou pela pensão. Pudera!!! Mas continua a receber ajudas de custo como presidente, coisa na ordem dos dois mil euros.

Quando por Óis se ouve dizer que a governação quer ser ressarcida dos custos de transporte e de telefone, dirá o Contra que isso não passam de trocos. E já agora, porque não reclamarem direito a reforma antecipada? Se a presidente tem e não se sabe o que fez pelo país, estes ao menos sempre estão a tentar fazer alguma coisa. E o Contra até diz mais: deveriam receber ordenado e horas extras.

19 novembro 2011

||| RECIBOS VERDES E RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO...



A ida a Óis deu para, hoje, reparar no garbo da nossa Tuna que marchava e tocava na rua do Cabo e, em almoço de rojões, falar da vida.
Uma familiar, a quem a vida não tem sorrido sempre bem, contou que está a recibos verdes e sem grande fé em melhores dias, pois a empresa onde trabalha atravessa dificuldades.
Isto é que dói.

Disse também que já foi avisada da taxa de IVA que terá de suportar do seu bolso e do IRS que também terá de liquidar, quando for. O marido, com emprego certo mas ordenado baixo, vai dando para aguentar o barco, mas lá nos disseram ambos que se acabaram os almocinhos que às vezes faziam no restaurante e nada da tradicional ida ao cinema e que os miúdos não vão, tão cedo, ter roupas novas e muito menos telemóveis e os outros dos pequenos luxos que foram aburguesando as famílias portuguesas.
O Contra sabe bem o que isso é, pois também faz ginástica para aguentar o orçamento e a conta da ZON já foi extinta. Acabaram as Sport TV´s e a pantomilha de canais com que nos iludem o entusiasmo e ludibriam a carteira.
O que mais custa ver, à familiar, é que tem de fazer x kms. para ir trabalhar a recibos verdes, cumprir horários de trabalho, comer da lancheira embrulhada em toalhas grossas, na mala que pendura mo ombro e toda a gente pensa que são coisas de mulher. São de mulher, mas são de estômago. E nesta vida, 5 dias por semana, passar por gente que come do rendimento mínimo, do rendimento social de inserção (ou lá o que é) e fica por casa de papo para o ar, entre uma ida à pastelaria para o galão e o pastel, ou a sandes de fiambre, e um passeio pelas ruas, a gozar a vida sem fazer nenhum. E disse nomes.
O que é que queres, minha querida?
É Portugal.
E reza para que possas continuar a passar recibos verdes.

18 novembro 2011

||| INFORMAÇÃO E BICHARADA...

A gente lê as notícias e conclui, sem qualquer dificuldade, que é grave o momento informativo nacional: ouvem-se e nunca sabe se estamos a ouvir a verdade.
Somos diariamente violentados por um jornalismo impune, que alarvemente subjuga os valores e a própria notícia.
A salvaguarda da liberdade de expressão remeteu-nos para uma tendência de total impunidade: a auto-regulação é um mito e o bom-senso definitivamente não resulta em parangonas, a racionalidade é má para a notícia. Não vende.  
Num regime cujas instituições hipotecaram o poder pela urgência de um prato de lentilhas, o jornalismo que vigora completa e reafirma o mais negro diagnóstico: estamos de facto entregues à bicharada. 
No país, na região, localmente.
Onde é que já se ouviu isto?
E porque se diz isto?
Porque falta informação correcta e os mistérios e as decisões de interesse público continuam escondidas do... público. Imaginem!

17 novembro 2011

||| VANTAGENS PÚBLICAS, PROBLEMAS PRIVADOS...

A já muito banalizada discussão sobre o que vai acontecer aos portugueses, por causa da troika e dos cortes com que o governo nos esvazia os bolsos, é um tanto distorcida e até absurda. Não são só os funcionários públicos que perdem, são também os privados. E muito.
Já dando de barato o que lhes vai acontecer (aos privados!, e ninguém sabe bem o que será, mas não será bom...), precisemo-nos no que mais de imediato poderá acontecer: o privado paga sempre. O privado não é tão protegido como o púbico.
O empregado público não vive sem o privado.
Mas o privado dispensa muito bem o público.

O privado trabalha e produz.
O público, não produz. Faz tarefas burocráticas e cobra impostos.

O problema dos funcionários públicos é que são assalariados de um patrão chamado Estado, patrão que está em muito maus lençóis e a um passo de dar o passo em frente para o buraco da falência. É por isso que lhes saca os dois subsídios - o de Natal e o de férias.
Os funcionários públicos não são funcionários porque são cidadãos, mas, sim, porque são empregados do Estado. Sempre podem deixar de ser e sair. Mas não saem. É o sais.
Assim vista a coisa, os funcionários públicos até parecem iguais aos outros cidadãos. Mas não são: são cidadãos de primeira, tem ordenado certo, horas de entrada e saída certas. E como são muitos - 500 000, 600 000, 700 000?!, quem sabe?! - têm grande capacidade de mobilização. E nem conhcem o patrão, portanto que se lixe o patrão e o trabalho.
De quem nós nunca nos lembramos é dos reformados. A sua situação é que é frágil e complexa. E lamentável. Levam tareia na pensão e não têm como reclamar.

16 novembro 2011

||| FAÇAMOS CONTAS...


Imaginem que, para vender um produto, se têm  de fazer 704 quilómetros por mês. Cada quilómetro, segundo a tabela da função pública, custa 0,36 cêntimos de euro - 72$50 na moeda antiga. Isto é: 5 100$00 mensais.
Acrescentemos a isto o custo de duas pessoas, as diariamente necessárias para a entrega deste produto. Arredondando contas e com a bondade de dividir esse custo por 30 dias (embora contem, na prática, apenas 22!), diremos que, ambas, custam 40 euros por... dia. 
Voltemos atrás: temos 25 euros de viagens e somamos-lhe 80 de pessoal. Já são 105 euros. Demos de barato os outros custos (seguro, desvalorização da viatura, pneus, oficina...).
Fixemos-nos nos 105 euros. Ou 21 000$00.
A contrapartida para este custo é... 50 euros. Ou 10 000$00. É essa a receita da "venda" do produto.
Facilmente se compreende que este negócio dá prejuízo.
Este é o fornecedor A. O que fornece o serviço e cobra 50 euros, ou dez contos. E perde 55€!!! Ou 11 000$00. Por um único produto.
Vejamos isto de outra forma:
- Um outro fornecedor - o fornecedor B!  -, não tem de fazer os tais 704 quilómetros (necessitando das mesmas duas pessoas) debita 85 euros.
Pensemos claro: O fornecedor B vende o produto por 17 000$00, sem ter de fazer 704 quilómetros por mês.
Sem fazer os 704 quilómetros por mês, cobra mais 35 euros (ou 7 000$00).
Pode ser que haja aqui uma diferença de qualidade do produto.
Tenhamos a bondade de tal admitir.
Mas essa qualidade é controlada pelo mesmo organismo certificador.
Isto é: o Fornecedor B, relativamente ao mesmo produto, sem ter de se deslocar, com menos custos e a mesma qualidade, vende-o por 85 euros (17 000$00). 
O Fornecedor A, cobrando menos 35 euros (7 000$00), tem de fazer mais 704 quilómetros.
Quem é que sabe fazer contas? O A ou B?

15 novembro 2011

||| ARMAR AO PINGARELHO...


O país é como é, ponto final, parágrafo..., e a gente o que mais vê são uns senhores bem vestidos e com ar sério, que passam a vida a endrominar-nos e recusar-se a sair da teoria e dos bancos da escola para dar uma volta pela rua e perceber que a vida real é diferente, muito diferente mesmo, de um qualquer manual académico, ou de virtual  tese de mestrado, ou de doutoramento.
Não sabem o que é a vida, foram meninos mimados e criados na opulência, ou na média burguesia, e não sabem o que é andar a bater à porta do vizinho, para nos emprestar um raminho de salsa, ou uma mãochinha de sal. 
Há gente que se habituou a ver milhões e, chamada à realidade, só vêem tostões para o peso orçamental que têm de assumir, defender e garantir.
Contas, porém, são contas e, bem feitas, podem desnudar muitas opulentas ambições de fazer coisas, dar nas vistas, armar ao pingarelho.

E o que não falta por aí é gente a armar ao pingarelho!
O exercício de orçamentar, sendo um acto previsional, deve, todavia, ter o mínimo de virtude e de realismo. Não se pode contar, a orçamentar, com o o ovo no dito cujo da galinha.
Quando se chegar a 2013, quem por cá andar para fazer as contas, se calhar vai ter de desorçamentar. E arranjar receitas - que, digo eu, ou muito me engano ou serão muito inferiores àquilo que esperavam os orçamentadores. Seja por defeito de avaliação, seja por incapacidade de criar riqueza - ou receita. Ou mais-valias, ou mais «artigos» para venda. Com lucro.
O que o Contra acha, modestamente, é que não se pode ir para a universidade sem passar pelo secundário. E pelo primário. E o primário, meus amigos, é essencial. Seja na escola, na catequese, na profissão, na política, no Estado ou na vida associativa.

14 novembro 2011

||| EM NOME DA CRISE...


Gerir é fazer opções, criar receitas e riqueza, dar trabalho, assegurar estabilidade e bem-estar. Não é gastar o que se tem e, pronto, aviada a receita, vamos lá embora e quem ficar que se amanhe. Onde é qe todos estamos a ver isto?
Quem gasta o que tem, sem procurar melhorar as finanças que gere, para poder qualificar serviços e produtosme sustentar o orçamento, é demissionário.
Demissionário é quem não assume as suas responsabilidades.
Quem alija responsabilidades e, sem margem criativa para gerar produto financeiro, reduz e "mata" serviços.
Vivemos em tempo de crise e fazer opções é especialmente relevante. A partir dos nossos gastos e gestos pessoais podemos, à nossa escala, influenciar a roda da fortuna e, ao mesmo tempo, dar-nos alentos que contrariem a amargura prevalecente em redor.
O governo é disso um mau exemplo. Porque nada disso faz.
Gere sem produzir riqueza.
Gere sem gerar!
Gere a cobrar impostos. 

A governação assume que conseguirá que a receita cresça mas impõe, na prática, o empobrecimento colectivo.
Em troca de um virtual regresso ao equílibrio das contas, a governação propõe perdas de rendimento e uma série de medidas que passam pela redução da qualidade e dos serviços.
Isto, em nome da crise e do acordo com a troika.
E quem os mandasse dar uma volta?

13 novembro 2011

||| GOLPE DE ESTADO...

O impiedoso líder das FP25, o herói de Abril Otelo Saraiva de Carvalho, acabou de anunciar a probabilidade de um golpe de Estado militar.  Ná há duda!!! Ele disse mesmo um golpe militar!!!, com as palavras e as letras todas.
O homem, que já no antanho de herói passou a vilão, costuma ter umas tiradas meio histriónicas e acho que já ninguém o leva a sério. Ninguém, é como quem diz, pois ainda houve uns srs. jornalistas (lá estão eles, os jornalistas...) que se deram ao cuidado de ir ouvir a profunda reflexão do ex-chefe militar.

O que se passa no país, realmente, requer uma reflexão. Mas não um golpe de Estado.
Na verdade, um governo que faz aprovar no parlamento um orçamento com medidas que todos sabem serem inconstitucionais, merece bem ser corrido, por indecente e má figura. O que na verdade o governo está a fazer, isso sim, é um golpe no estado a que o país chegou.
O que importa reflectir, também, é sobre se há golpes de Estado mais democráticos e legais do que outros - com ou sem armas. Mas com este governo e esta oposição, com estes jornalistas e esta maluqueira toda que tomou conta do país, nunca se sabe o que pode acontecer. Quem semeia tempestades e roubos à carteira dos cidadãos, sempre pode apanhar com um golpe pela tromba! Seja lá o golpe que for!!!

12 novembro 2011

||| O CONTRA GOSTAVA DE SER MOSCA...

O Contra gostava de ter sido mosca, na noite de ontem, para pousar no cantinho da mesa de um restaurante e saber que verbos e advérbios usaram dois ex-altos dirigentes da Arcor, numa reunião ajantarada - tal qual como em outros velhos tempos!!!
Os gestos eram fogosos, fazendo intermitências com ares visivelmente graves e alguns silêncios.
O Contra tem a certeza de que o assunto era a actualidade da Arcor. Provavelmente, a última assembleia geral, na qual tanto se «falou» e, quiçá, tão pouco se terá dito sobre a verdade associativa.
O Contra não se surpreende com a preocupação destes dois altos ex-dirigentes, ambos com obra feita na Arcor. Ambos pessoas com obra a falar por eles, sem precisarem de pôr gravata ou usar os bicos dos pés para serem vistos. Ambos pessoas que não andam por aí envoltos no pó e na lama da intriga e da golpada. 
O Contra não se surpreende e quer acreditar que, depois de um período de nojo, nos dois altos ex-dirigentes se esteja a fermentar a consciência do que pode acontecer.
O Contra gostava de ter sido mosca, mas não é.
Mas deixa aqui o registo de um momento que pode ser de resgate. Antes que a "coisa" estoure!

11 novembro 2011

||| AS CASAS DA DEMOCRACIA...


Nada melhor, estando em Lisboa e com um tempinho solto, que dar uma saltadela à Assembleia da República, para ver como funciona, com polemizam e se ofendem os nossos eleitos e queridos representantes do povo.
Lá entrei, não sem umas apalpadelas e uma  apitadela da segurança, por causa do corta-unhas e do telelé.
Devo confessar que foi uma estopada, estar por lá aquele um pouco mais de uma hora a ouvir tão profusa e, diria, quase promísqua troca de argumentos e patetices!

Vá lá saber-se porquê, lembrei-me de outra casa democrática, onde se questiona tudo e não se chumba nada e a governação, de ouvido mouco, faz mesmo que não ouve e nem ouve nem diz nada que se aproveite. Vejam lá como há coisas tão iguais, por esse Portugal fora.
Vim de volta e, no carro, já pela tarde dentro e a chover a bom chover, deixei-me a ouvir uns srs. comentadores, muito sábios, calhando comentarem precisamente uma parte que eu ouvi, com estes ouvidinhos que a terra há-de comer.
Pois não é que eles, sábios como são, ouviram, afinal, coisas que eu não ouvi? Isto é: eu percebi uma coisa e eles vieram o tempo deles a explicar-me que eu tinha ouvido outra.
E lá me voltei eu a confundir com outras casas de democracia, com outro governo e outra gente!
Ele, há coincidências!

10 novembro 2011

||| VOTAR NA CONTINUIDADE DO QUE SE CONTESTA...


O Contra acha estranho, muito estranho, que numa terra onde tanto se discute em cafés e tertúlias, tanta gente se acobarde na hora da verdade e faça mais do mesmo, quando, com o peso do seu voto, poderia mudar alguma coisa.
Seja o que for.
Para melhor.
Ou para pior.
Dá-se o caso, continuadamente, de se fazerem campanhas quase de porta a porta ou nos cabeceiros da lavoura e, depois, na hora das decisões, quando é preciso mostrar o que se vale e o que se pensa, toda a minha gente vote na continuidade do que imediatamente antes criticaram, questionaram e ridicularizaram.
Isto é tudo estranho.
Os cidadãos (ou cidadãs) de sucesso não são os que mais agitam mentalidades, ou falcatruam ideias e/ou falsificam teorias, mas os que sabem construir. Não os que demitem, ou se demitem de responsabilidades. São os que agitam, polemizam e apresentam propostas.
Seja na política, no que Óis não é o melhor exemplo!
Seja no que for, desde que seja de Óis!

09 novembro 2011

||| A INFORMAÇÃO A QUE TEMOS DIREITO...



O Contra costuma ler o Público e admirou-se de ler, e citamos, que «o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, chamou “mentiroso” ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa conversa privada com o Presidente norte-americano, Barak Obama, que acabou por ser ouvida por jornalistas».
O Contra acha isto inacreditával.

Então, os srs. os jornalistas escrevem que a conversa é privada e publicam-na? Até onde se pode chegar na impunidade desse amplo "dever de informação", que, nas mais das vezes, só diz o que bem entende? Será esse o exemplo que segue o nosso jornalista, que foi tão soft no que escreveu sobre uma assembleia que há dias por aí se realizou? Nem uma mentirazinha, ao menos uma por aí se disse? Foi tudo assim tão civilizado e esclarecedor?
Se calhar!
Ora bolas para tal tipo de informação! É a informação a que temos direito, demasiado oficiosa. Por estas e outras...

08 novembro 2011

||| MOSTREM LÁ DO QUE SÃO CAPAZES...


A malta da instituição lá se juntou em noite fria, para aquecer as orelhas à governação. E foram 4 horas 4!, as do tempo de cocidelas de orelhas, com bitaites à mistura, muito arrebites e faz-de-contas, meias palavras e meias verdades.
Sempre foi assim!
O programa de acção, lido de ponta a ponta, aponta tudo de bom para o caminho que se faz caminhando. Uma dificuldade aqui, outra  acoli? Sim, é certo, mas nada que, na óptica governativa, não se resolva, cortando onde a faca se amanteigar, procurando «a inflexão do crescimento das despesas». Bué de fixe!
A previsão de despesa e receita aponta para os 480 000 euros, não faltando boas razões para que a governação prove do que é capaz - agora que, pela primeira vez, vai executar um programa de acção e um orçamento da sua responsabilidade.
O deste ano é de outra gente!
Pela frente, entre outros berbicachos, tem a melindrosa questão da canoagem - que, pelo que se ouviu dizer (e até porque estamos em altura de fiéis defuntos...), é bem capaz de ter os dias contados e já estar em agonia vegetativa.
Só há canoagem, se houver dinheiro!
Isto é salomónico! E desresponsabilizante!
E se não houver dinheiro suficiente para as valências sociais?
Fecha-se a instituição?
E quem paga o enterro?
Deus nos livre!
O Contra deseja que tudo corra como o programa de acção inspira. Mostrem lá do que são capazes, agora que já não têm, para desculpa, a capa de um programa de acção feito por outros.