29 fevereiro 2008

||| ASSIM NÃO VAMOS LÁ!!!...


Há daquelas expressões populares que nos ficam de ouvido e nos sabem sempre a gelado de chocolate, no verão. «Assim não vamos lá» é uma delas e tanto quanto sei é como a saudade portuguesa, não tem correspondência em nenhuma outra língua. É um exclusivo nacional, quer na forma como no conteúdo. Todos nós sabemos que «assim não vamos lá».
E se o «assim» é fácil de explicar e entender, porque basicamente se estende a tudo o que possamos fazer enquanto portugueses, já o «ir lá» se reveste de um sentido inexplicável que, na minha opinião, contribui para que de facto nunca lá cheguemos. E vamos lá, aonde? E como e com quê?
Sabemos que o país está a correr mal e que se as coisas continuarem «assim, não vamos lá». A situação não é nova e assim não temos ido lá há alguns séculos. Convém no entanto perceber esta obsessão portuguesa em «ir lá». Porque raio havemos de «ir lá»? E onde fica isso? Ninguém sabe. E o problema reside exactamente nisso: andamos meio perdidos há séculos porque assim não vamos lá, mas não fazemos a mínima ideia onde é que lá fica. Sabemos apenas que não é assim que lá chegamos.
A verdadeira questão que devemos colocar não é saber onde é que é lá. Esse lugar estranho onde teimamos em nunca chegar, por uma razão ou outra. A questão fundamental consiste em saber por que diabo havemos de ir lá e não podemos ficar exactamente aqui.
Sabem o que vos digo, ó vocemecês d´Óis? Olhem, assim não vamos lá!!!

28 fevereiro 2008

||| AS SALAS DE ESPERA!!!


A doença da cria mais nova cá de casa, levou-me hoje à sala de espera do SAP. Sala de espera é um conceito curioso. Porque é exactamente aquilo que o nome indica: a malta vai para uma sala e... espera. Pois...
Espera até que nos venham chamar. Não tem nada a ver com as salas de estar - nas quais podemos sempre optar por não estar, muito embora elas continuem a ser designadas por sala de estar. Nas salas de espera não há hipótese. Temos mesmo que esperar, caso contrário estas não fazem sentido.
Gosto das salas de espera. Gosto de passar lá eternidades. São uma verdadeira fonte de inspiração.Se estou à espera de uma consulta médica na sala de espera costumo olhar para a malta que espera comigo e imaginar que tipo de doenças eles terão.
A experiência é muito mais rica dependendo da especialidade médica em questão: se estou no dentista olho para o gajo à minha frente e imagino o estado putrefacto das suas gengivas. Se estou no dermatologista imagino que o tipo deve passar umas noites tramadas a coçar-se que nem um animal. Se estou no oftalmologista consigo topá-lo a fazer um esforço para ler, incompreensivelmente por falta de visão, um relatório que determina que ele e toda a sua equipa serão despedidos no próximo mês.
As salas de espera das empresas também são altamente produtivas: nelas vejo a secretária que não tira os olhos do patrão; o escriturário que tem fantasias sexuais com um marcador luminoso; o paquete excitado com a executiva; a executiva a querer dar para quem passa. Enfim, um verdadeiro ecossistema de javardice impronunciável.
Mas é nas salas de espera da Função Pública que a coisa atinge o nível do nirvana: não se passa nada. Nada mesmo. Até se tem alguma dificuldade em perceber se aqueles seres atrás do balcão têm funções respiratórias.

É a sala de espera em todo o seu esplendor!!! Até que nos chamem pelo nome ou pelo número da senha!!!

27 fevereiro 2008

||| BATATAS ÀS RODELAS NA TESTA, MODERNICES MÉDICAS E A MINHA AVÓ!!!


O dia de hoje foi uma carga de trabalhos, comigo a meio caminho entre o Dr. House e o Twilight Zone, porque a cria mais nova cá de casa se encheu de febre e andou aos gritos na cama, vermelha e ferver de temperatura. Lá fui eu a correr para o médico.
Tomou o Brufen há quatro horas, engoliu agora mesmo o Benuron. Mas o que acabou de vez com a alucinação foram as rodelas de batata na testa, que tiveram outra vantagem: lembrarem-me da minha avó. Lembrei-me dela e de como tratava de mim quando eu própria alucinava na minha criancice, ia minha mãe para o campo, na carroça da vaca turina. Não me perguntem, mas isto há coisas na nossa cabeça que não têm explicação.
Apesar de não acreditar em nada que seja sobrenatural, quero acreditar que a minha avó que já lá vai por certo, lá de cima, me imagina, me vê a pôr rodelas de batata na cabeça da cria bisneta que mal conheceu. E que, com aquela bondade celestial, se sorrirá com a sabedoria transmitida. Bem pode sorrir. Aprendi, na verdade, muito com ela.
Lá para as três da manhã vou cortar mais umas batatas. Ao menos não apodrecem ali no cesto. Ou irei aplicar mais Neurom e Brufen???
Pais sofrem!!!

26 fevereiro 2008

||| O FISCO BATEU À PORTA ERRADA!!!


Ontem, recebi uma notificação das Finanças, para me apresentar urgentemente lá no balcão do bairro fiscal, onde se pagam os impostos, se espera nas filas, renovam os documentos e tiram certidões, actualizam as moradas na papelada que o Estado obriga a que tenhamos sempre em dia.
Não descansei enquanto lá não fui e fui hoje, lá ficando à espera de atendimento - feito tanso. Na verdade, há sempre quem passe à frente, aldrabe as Finanças, nunca seja encontrado nas moradas porque nunca as actualizou. E o Estado incentiva alegremente este espírito, com uma espécie de concurso de temática variada.
Hoje: multas perdoadas a quem não as pagou. Amnhã,a multa prescreve! Mas seria uma multa que eu tinha para pagar? E multa de quê?
Ocorreu-me aquela história dos carros, registados em nome de uns e conduzidos por outros. Um qualquer carro vendido de que não se entregou papelada numa qualquer Direcção-Geral extinta; ou então pagar uma multa e dar baixa do carro na mesma Direcção Geral extinta. Seria?
Por ali fiquei uma hora e quarenta, a ler A Bola e a fazer as palavras cruzadas do Público. Quando chamaram pelo meu nome, chegámos a uma conclusão brilhante: o meu nome era o nome de outra pessoa. Igualzinho!
Só não sei como a notificação chegou a minha casa, ao meu número de porta, da minha rua! Serviços do Estado, diria alguém!!. A minha sorte foi que o meu número fiscal era mesmo o meu!

25 fevereiro 2008

||| O TEMPORAL NUM PAÍS ENTUPIDO !!!...


Bastaram umas chuvadas e algum vento para que as situações de desespero ocorressem um pouco por todo o país. Com mortes à mistura!
Habitações inundadas, restaurantes destruídos, vias públicas bloqueadas, pequenos negócios destruídos, são o resultado de umas chuvadas, nada que se tenha assemelhado a um verdadeiro temporal e muito aquém daquilo que poderia dar lugar a cheias. É um sinal claro de que somos um país entupido e as entidades públicas e em particular as autarquias apostam mais nas inaugurações do que na manutenção do que existe.
A inauguração de novos equipamentos oferece maiores benefícios eleitorais do que a manutenção dos existentes, os próprios cidadãos estão mais disponíveis para bloquear uma estrada para que não se acabe com uma SCUT do que para melhorar as escolas ou outras infra-estruturas públicas.
No caso particular de Óis da Ribeira, felizmente, para além de algum susto que de vez em quando apanhem os moradores da rua do Viveiro, com a água da cheia a morder-lhes os calcanhares, não há novidade de qualquer acidente - dizem-me só que os ramos de algumas árvores foram partidos, que uma motorizada estacionada na rua «voou» uns metros arrastada e que umas poucas telhas andaram voar. Melhor sorte tiveram os cantoneiros de serviço, por consequência do mau tempo, já que as enxuradas limparam as valetas e já não terão de dobrar a coluna para rapar o lixo e as ervas criadas de meses. Os donos das valetas se quiserem que rapem a lama que ficou à porta.

24 fevereiro 2008

||| O TEATRO, A MÚSICA E A CULTURA DE ÓIS DA RIBEIRA!



Ao domingo de manhã, ainda para mais pouco convidativo a sair de casa, aproveita-se para algum trabalho e quando o almoço já chama, acaba-se por espreitar antes de desligar, qual voyeurismo chantilly (aquilo que é dispensável e nocivo) o que corre na blogolândia ribeirinha.
De todas as ribeiradas que se escrevem por aí nos sites e nos blogues, por vezes também escreve uma ou outra coisa pertinente, e julgo ter sido relevante saber que há teatro em Óis da Ribeira. Foi há dias o grupo da Arcor, agora foi o de Fátima - que suponho ser freguesia de Aveiro e não a do milagre de Nossa Senhora.
Este é um pormenor que não é assim tão insignificante por Óis ser uma das freguesias de Águeda onde o teatro é coisa que se faz desde bem antigamente, eu não sei desde quando, e se mantém. E esté e que é o pormenor.
Óis da Ribeira acaba por ser uma das freguesias de Águeda com mais actividades culturais, o teatro da Arcor, as marchas populares, a Tuna, etecétera, etecétera, etecétera. Quantas tunas há no concelho de Águeda? E quantos grupos de teatro?! Mas há em Óis!
A gente, mais por vício que outra coisa, sempre diz mal das nossas coisas, aligeirando o bom que elas tem para frisar e elogiar valores externos e estranhos, mas devíamos pensar melhor no que somos e valemos!!!
Seríamos mais felizes!!!

23 fevereiro 2008

||| AS NOVAS MULHERES..




Hoje, enquanto pingolava lá fora, dei comigo a pensar a nossa forma de vida actual. Suscita-me curiosidade, por exemplo, ver casais de quarentas, eles de cabelo grisalho, a desfilar charme, sabedoria, um olhar semicerrado, um sorriso só com um canto da boca, bem vestidos, com o dinheiro que os anos de carreira já lhes permite comprar; e depois elas.
Elas quase todas gordas, redondas, imensas, enrugadas, com ar de quem pariu vários cachopos e deixou de ser mulher para passar a ser só mãe. Todos conhecemos gente assim... Elas com camisolões grandes para esconder o que não é escondível. Peitos enormes, rabos maiores ainda, vários pneus pelo meio.
Uns, uns gatos, elas umas fisicamente empobrecidas. Feitas velhinhas por antecipação, enrugadas e com tintas manhosas a esconder os brancos. O pescoço cheio de peles penduradas. Um ar de desmazelo, borbotos por todo o lado.
Entristece-me que as mulheres, muitas mulheres se deixem estragar assim. E que depois se surpreendam por eles começarem a olhar por cima do ombro. E é por isso que amiga minha pousou a agulha e a linha de coser as baínhas da casa e passou a correr cerca de 23 quilómetros na passadeira do ginásio. Encontrei-a há bocado no cemitério e disse-me que não se quer transformar numa matrona casada com o charmoso. Juro que isto não é comigo!

22 fevereiro 2008

||| EXPIAÇÃO - O FILME, OS AFECTOS E O SENTIMENTO


A vida, nos últimas semans, tem-me levado para fora da região. Nalguns casos revisitando sítios de que tenho saudades. O caso, hoje, do Porto.

Tenho dias em que trabalho oito/nove/dez horas de enfiada, sem distração para os olhos, membros, o estômago ou a mente. Como se fosse uma verdadeira unidade em movimento.
Ao fim. olhamos o caminho de casa, entre a fome e o cansaço, silenciosamente a agendar as tarefas para amanhã.
Hoje, no Porto, fazendo do banco de um jardim a almofada para uma espera do destino onde ia, ouvi falar de um filme, a duas adolescente bem combinadas que seguiam na Praça Velazquez. Entusiasmei-me e fui ver.
Ir ao cinema, infelizmente, não me é possível como gostaria e hoje, ao ver Atonement (Expiação), ocorreu-me como há 20 anos para trás, vendo cinema à semana, a semana tinha uma significação diferente. Não é festa. Não é erudição. É às vezes somente o mero conforto da cadeira face ao grande plano e a privacidade da sala escura.
Hoje, contudo, e apesar do cansaço ou talvez por conta dele, não fui indiferente, e o filme aparentemente banal atingiu-me com total e inexplicada emoção. No final, comovi-me e queria comover-me.
Sentado, sendo todo corpo de um dia que me pesava ainda, o filme tocou-me porque não vendia ideias. O filme gritou-me porque do martelar da máquina de escrever da narradora, soava uma constante e quente vontade. Emoções e afectos sentidos, à maneira de Óis! Não é?!

21 fevereiro 2008

||| OS MELHORES DE ÓIS DA RIBEIRA E O CONSUMISMO!!!


Hoje, o que já não em acontecia há muito, muito tempo, fui almoçar a um restaurante de leitão de Águeda. Nas Almas da Areosa! E dei-me a falar com um antigo companheiro da Marques de Castilho, que eu não via vai para 15 anos!!!
Fiquei admirado com o que ele sabe da actualidade de Óis da Ribeira, por exemplo falando-me de Ângela Raquel Santos, uma conterrânea nossa que eu não conheço e que foi a melhor aluna da Escola Secundária Marques de Castilho. A minha escola!
Depois, evoluímos para o actual momento consumista, muito maior que antigamente e que eu, cá para nós, tenho andado a observar. Por exemplo, a pensar nos empregados dos supermercados das grandes superfícies. Imagino-os, antes do fecho diário, com um carrinho, a pôr nos seus lugares centenas de produtos que a clientela vai abandonando negligente e compulsivamente aqui e acolá. O que levará alguém a abandonar embalagens de carne na secção dos cereais, sabonetes junto aos congelados ou casacos de criança no corredor dos doces? Que força oculta impele a clientela a deixar prateleiras caóticas?
O produto lá do fundo é melhor? Que razões impede aquela gente a não apanhar do chão o que deixam cair? Possivelmente, haverá em tudo isto alguma mesquinha vingança (eu pago, tu arrumas...), uma arrogância mal educada por tudo o que seja alheio às paredes das assoalhadas onde vivem, o sabor da impunidade (ninguém nos está a ver...) ou a preguiça não assumida? Vendo bem, nem é preciso ir tão longe.
Basta sair à rua e está lá isto tudo.
Ontem, no corredor dos detergentes, uma conterrânea das que botam cartola em dias de festa, filha de político local não eleito e dono de prosa muito televisiva, deixou aberta uma embalagem de amaciador da roupa que lhe caiu do carrinho. Olhou, não viu ninguém e voltou a pô-la na prateleira. E é quem?! É mesmo de Óis!!! Parabéns à Ângela Santos,a tal que eu não conheço e é a melhor aluna da minha escola! EStas é que são boas!!!

20 fevereiro 2008

||| O NOSSO TEMPO E OS NOSSOS OSSOS!!!...


Há conversas que aborrecem solenemente, como aquela do «no meu tempo...». Chateia o paternalismo enternecedor de quem já viveu mais tempo que nós e que, por isso, acha que sabe infinitamente mais do que nós.
Para já há aqui um equívoco temporal e existencial: aparentemente acham que estão noutro tempo que não o nosso. O que me parece preocupante. Afinal o que é isso do «tempo deles»? Mas o que me chateia mais é a interpretação que fazem daquele que convencionaram ser «o seu tempo»: no seu tempo era tudo mais difícil, o que os torna nuns heroizinhos noutro tempo que não o deles; no seu tempo, os jovens eram mais cultos e interventivos; os políticos mais idealistas e menos corruptos; os funcionários públicos mais trabalhadores; os professores mais severos e eficazes; os pais mais responsáveis; as crianças menos gordas; os impostos mais baixos; o clima mais ameno; o buraco do ozono menor; o custo de vida mais acessível; o poder de compra mais elevado; era tudo melhor!
Ora isto aborrece-me. Principalmente porque «no meu tempo» eu esperava que estes tipos que invocam a torto e a direito «o seu tempo» tivessem feito algo de mais útil para tornar «o nosso tempo» numa coisa aprazível e divertida. Que é o que me proponho fazer até ao fim do «meu tempo». Sobra-me é esta dúvida: serei capaz, em tempo útil?

19 fevereiro 2008

||| OS PATOS DA PATEIRA!!!



O pato (de pateira) é uma ave é de um porte imponente, majestoso e elegante. É uma emblemática figura, adoptada por reis, como Luís II da Baviera, ou dando nome a obras musicais clássicas, não deixa indiferente ninguém que o observe. Mas não se cheguem perto...!
Será por esta beleza de ave aquática que chamam pateira ao nosso ribeiro - onde a Raínha D. Amélia, mulher do Rei D. Carlos, veio em passeio numa qualquer data entre finais do século XIX e princípios do século XX? Deixando-se embriagar pela sua beleza, antes de partir para o Buçaco, ou Coimbra? Será?
Terá sido por isso que o ano passado a Junta de Freguesia, ou lá quem foi, criou o patódromo da pateira, engaiolado numa rede que ninguém tirou em tempo e se se encheu de jacintos!
E os patos? Desaparecerem, fugiram, foram roubados, abandonados, esquecidos.
Mas para que é que alguma gente tem ideias e as lança ao ar e à água e depois as esquece. E esquece os patos. Olhem se D. Amélia descia à terra e dava um salto ao ribeiro!!!

18 fevereiro 2008

||| OS TIPOS DE MEMÓRIAS DE ÓIS DA RIBEIRA


Há três tipos de memória: a de curta duração, a de média duração e a de longa duração.
Com o avançar da idade a memória vai-se deteriorando, normalmente da mais curta para a mais longa: quem é que não conhece alguém de idade que já não se lembra de nos ter contado algo ainda há pouco tempo, mas que se lembra da história (antiga) com uma clareza impressionante? Para hoje, e como um pequeno teste, aqui ficam três perguntas: se falharem a primeira, estão a entrar em estado de geriatria; se falharem a segunda, o caso é mais grave; e, se falharem a terceira, é porque ou eram surdos, ou não são velhos, nem um bocadinho.
Se falharem as três, provavelmente não deram por isso, porque já nem conseguiram ler isto. Hahahaha.
- Pergunta 1, memória de curta duração: Lembram-se de quando aqui se falou a última vez naquela história do Pólo Educativo, ou nunca mais ouviu falar? E aquela da habitação social na estrada do Surpel?
- Pergunta 2, memória de média duração: Lembram-se da última vez que foram cumpridas as promessas das eleições de 2001? Aquela da piscina na pateira?
- Pergunta 3, memória de loooooonga duração: Lembram-se do tempo em que posição e oposição estava de mãos dadas para desemvolver a terra? E mai' não digo. E diria para quê!

17 fevereiro 2008

||| KOSOVARES E RIBEIRARES!!!...


Hoje é dia de natal de um país novo, nascido das profundezas a guerra dos balcãs e de uma montanha de ódios de sempre. Não me importa muito, nem nada, que tal aconteça. Mas vê-se que os kosovares têm aspecto pelintra. Semi-esfomeados, vestem mal e não são nada formosos na catadura. À distância, não se sabe a que cheiram mas pressente-se que não sejam amigos de proporcionar olfacto de encantar.
Sobre se há povos lumpen encafuados na Europa, o Kosovo aí está para o exemplificar. E como são perigosos os kosovares. A quererem o mesmo que, por exemplo, os esbeltos, resolutos e produtivos eslovenos, gente de raça pura e educada, já com o euro a circular, quase arianos perfeitos. Logo para estragar a festa da presidência eslovena da União Europeia, em pleno mandato dos filhos mais bonitos da falecida Jugoslávia, é que os feios, porcos e perigosos kosovares se lembraram de quererem o mesmo que a Eslovénia conseguiu enquanto esfregava um olho, ainda se estava de luto pelo Tito e o Milosevic ensaiava planos para acabar com a raça dos kosovares.
Além de feios, porcos e perigosos, são atrevidos os kosovares. Assim, como não perceber o tanto nojo que circula por aí? Comparem com a política portuguesa! Desçam a Águeda e parem no apeadeiro político de Óis. Onde estão e o que fazem os kosovares riberinhos?!

16 fevereiro 2008

||| A CULTURA DEMOCRÁTICA EM... ÓIS DA RIBEIRA!




Cultura democrática, nem todos sabem o que é. Mesmo os que vivem na e da democracia. Ou mesmo alguns que se encaixam em partidos democráticos, ou neles orbitam, mas falham nas mais elementares apreciações quando, por exemplo, desvalorizam gente com rotulações, etiquetagens ou outros métodos, mesmo que próximos da sua cultura, hostilizando-os. Ou fazendo por fazer esquecer que a tolerância é o cerne da cultura democrática.
É por isso, e são esses, que utilizam argumentações do tipo ad homine, ou acusam os seus camaradas de vazio de propostas, muitas das vezes só por manifesta incapacidade de abertura ao plural - não descortinando, nas propostas políticas alheias, o eventual caminho meio andado para soluções das questões concretas.
Estou a teorizar, é verdade, nem quero personalizar, mas todos conhecemos casos típicos de falta de cultura democrática. A concepção de um plano (dado de barato que existe) tem de passar da mente de quem o arquitecta para o terreno mas através do debate e da comunicação - o que acontece nas nossas barbas.
A falta de cultura democrática é um ferrete de que esta gente nunca se consegue livrar. Vejamos o que acontece em Óis, onde os partidos morrem como tordos, nascem independentes fragilizados (sem máquina partidária), o poder cristaliza e de democracia se faz cultura de... batatas!

15 fevereiro 2008

||| O TRÂNSITO E A CAÇA ÀS MULTAS


A gente é da aldeia mas passa pela cidade e pelo mundo, olhando para o governo que continua a interferir prioritariamente nas normas sociais em detrimento das medidas de gestão económica e financeira que poderiam, por exemplo, diminuir o desemprego.
Os milhares de coimas aplicadas a pequenas contravenções (agora com a ajuda dos radares), é uma forma de criar mais uma fonte de rendimento para o orçamento de estado. Provado está que não baixa a sinistralidade ue, na verdade, tem outras causas bem conhecidas mas sempre escamoteadas como a deficiente sinalização e o estado das estradas e a forma como estão construídas.
Os senhores deputados são dos cidadãos que mais prevaricam nas estradas, sabendo estarem acima da lei, e resolverem facilmente qualquer tentativa de autuação. Estão sempre ao serviço da Nação e com pressa! Estes senhores deputados, salvaguardando as suas posições, não terão qualquer problema em aprovar a
nova lei que leva à cassação da carta do cidadão num abrir e fechar de olhos.
Não é necessário que seja um bêbado ou alucinado condutor para ficar sem carta. Veja o leitor quais são as infracções consideradas graves (clique no verde, atrás) e muito graves para chegar à conclusão que perder a carta é só uma questão de sorte/azar como quem joga na roleta.

14 fevereiro 2008

||| O DIA DOS NAMORADOS À MANEIRA D´OIS!!!


Hoje é Dia de Namorados e eu, que mal namorei - no sentido em que ainda não havia as liberdades de hoje... - recordo um dos dias mais emocionantes da minha paixão assolapada ao tempo e que me levou ao altar e aos dias de hoje.
Foi em Aveiro, no Cinema Avenida, a ver uma filme ao tempo muito premiado e apreciado por jovens adolescentes. Não me lembro do nome.
Ouvi o seguinte: “Amor verdadeiro? Se a Julieta foi estúpida ao ponto de, por amor, tomar uma droga e se deitar num mausoléu, mereceu tudo o que lhe aconteceu”. Foi mais ou menos assim.
A frase, proferida a rematar o filme, em jeito de moral da história e dita como se sentença fosse, despertou no meu rosto ao tempo, ainda meio imberbe, uma coradez envergonhada.
Hoje, olho para esse tempo e ao ver os namorados como eles são, ocorre-me que se por acaso um rapaz oferecesse ursinhos de peluche à miúda e lhe dissesse “I love you” no dia de S.Valentim, Dia dos Namorados, ela era bem capaz de lho esfregar na cara e ir «curtir» logo com outro.
I love you? Nem pó!!... Isso de pó, só se for de um outro!

13 fevereiro 2008

||| OS LICENCIADOS E OS DESEMPREGADOS


Mariano Gago esteve na TV a explicar os 65 mil licenciados no desemprego e os 150 mil que já saíram do país. Acabara de ouvir as queixas de vários licenciados condenados a salário mínimo trabalhando em supermercados e sapatarias para sobreviver e negou sempre as suas responsabilidades no beco em que meteu estes alunos (agora trabalhadores desmotivados e enganados).
Escudou-se na falta do levantamento do número de casos, que colocou em dúvida. Ao ministro qualquer pessoa poderia informar (mas ele já sabe...) que a criação de uma base de dados onde estes licenciados se poderiam inscrever, demoraria umas horas a criar na Net !Esta base de dados para compatibilizar as necessidades das empresas com o número de licenciados desempregados, deveria existir há muitos anos. Incompetência!
Não explicou como havendo centenas de formados em enfermagem, há falta de enfermeiros nos hospitais, e assiste impávido à contratação de enfermeiros espanhóis para os lugares. Fez de conta que não percebeu...
No fim da entrevista concluíu que teria de fechar cursos sem saída. Hellas ! Se incentivar o recrutamento de imigrantes licenciados para todas as necessidades, poderá até fechar de vez as universidades e poupar mais uns tostões ao governo para as suas mordomias!

12 fevereiro 2008

||| CARNAVAIS, AINDA!!!...


Nunca percebi muito bem porque é que tanta gente festeja o Carnaval em Portugal, para além do facto de não se trabalhar nesse dia. Até compreendo os que celebram o Carnaval todo o ano e passeiam os putos vestidos de marujo e de executivo - ou uma mistura dos dois - aos domingos nos shoppings (porque querem causar problemas mentais graves aos petizes quando eles se tornarem graúdos e tiverem noção das figuras que os pais os obrigaram a fazer). Mas, descontando estas excepções, existem várias coisas sobre o Carnaval português que estão para além dos limites da minha compreensão.
Comecemos pelas fantasias (adoro esta palavra). Alguém me explica de que é que serve andar vestido de Homem-Aranha se não se pode subir paredes nem sacar a Mary Jane? Ou fazer figuras ridículas mascarado de Super-Homem se voar com a Lois Lane nos braços (de preferência a Teri Hatcher de há uns anos atrás) não passa de um sonho impossível? Se juntarmos à equação a sensação de invencibilidade conferida pelas tradicionais quantidades industriais de álcool que se bebem neste dia, temos a receita para o desastre. É que bastam três copos de bagaço para nascer Kryptonite em cada esquina...
Há ainda aqueles que se mascaram de mulher e se comportam como gOstavam que elas fossem. Esqueçam. Dessas só a pagar. Depois temos a inevitável comparação com o Brasil. Eles têm bom tempo e a Juliana Paes. Nós temos frio, chuva e a Simara. Ah! E a competição pelo "Carnaval mais brasileiro de Portugal". Como se já não bastasse a guerra pelo restaurante/café "onde se fala mais português do Brasil em Portugal", a casa de alterne "mais baiana da Europa" e a clínica dentária "mais brasileira que o Brasil"! Ora bolas!!!

11 fevereiro 2008

||| O "INEM" EM ÓIS DA RIBEIRA!!!


Vi e ouvi, esta noite, na TV, que o presidente do INEM foi demitido, ou coisa que o valha!!! Foi posto na rua, como se diz em Óis. Eu sei que todos os que protestaram contra essa balbúrdia da saúde que últimamente tão mal tem tratado Portugal, todos tinham as suas razões.
Porventura, por razões que até quase nunca tinham a ver com a Saúde, propriamente dita, ou nem sequer com Correia de Campos. Mas estávamos todos contra!!! E muitas vezes, em Portugal, o importante é estar no contra.
Portugal, como todos sabemos, é um país onde todos vamos atrás da gritaria e das câmaras da televisão. Mas também há quem queira um mundo melhor e... o pretexto português mais óbvio mais óbvio era (e é) a Saúde.
Bom, alguém tinha de ser demitido e lá se foi Correia de Campos embora. Agora, foi a vez do presidente do INEM. Por pressão da oposição, porque se portou mal, foi incompetente, porque os privilegiados e os histéricos andaram aos gritos e Sócrates teve medo?
Não sei, ninguém vai alguma vez saber.
Por mim, que felizmente nunca entrei numa ambulância, quero é que não despeçam o INEM que anda na rua, a acudir os que precisam. Como ainda há dias aconteceu em Óis da Ribeira!

10 fevereiro 2008

||| ESTÁ AÍ O DIA DOS NAMORADOS!!!!


Pra mim o dia dos namorados
É um dia que tem que ser comemorado
Com muito amor, paz união e felicidade
O dia dos namorados pode ser comemorado
não só com a pessoa que você ama
mas com pessoas amigas, familiares e companheiras

O amor tem que ser verdadeiro
O amor é lindo como
Uma flor no jardim
Ela fica tão “lindim”...

Enfrenta todas as barreiras impostas
Pela vida como:
Doenças, distâncias, dificuldades, situações financeiras,
Diferença de idade, etc...
Tem gente que acha que o
Dia dos namorados se compra com
Presentes e coisas de valor
Mas se compra com a felicidade
E com o amor verdadeiro!!!

09 fevereiro 2008

||| SENTIDO DE HUMOR!!!...


Hoje, no café, ouvi falar de uma característica notável da espécie humana que é a capacidade de se rir de si própria e daquilo que a rodeia.
Chama-se a isso sentido de humor, e é um dos placebos mais eficazes da nossa existência: está cientificamente provado que uma boa gargalhada diária aumenta a longevidade, alivia tensões e torna-nos, nem que seja por instantes, pessoas mais felizes.
Existem vários tipos de humor, desde o mais básico ao mais requintado, mas o sentido de humor é algo transversal a todos os humores - quem o tem, esboçará pelo menos um leve sorriso quando confrontado com um dos vários géneros de humor.
Infelizmente há por aí muito mamífero baboso desprovido de sentido de humor. Lamentavelmente para eles que, por mais que se esforcem, vêem tudo à luz da sua realidade e personalidade limitada e desinteressante, sem uma única pontinha de humor. Este post é dedicado a eles, a esses seres merecedores de uma tribo de somalis que lhes animassem o dia.
Se algum de vocês está por aqui a ler isto, um conselho: riam-se!!! - Isto pode não ter piada nenhuma mas ao menos estão contribuir para aumentar a longevidade de alguém.

08 fevereiro 2008

||| CARNAVAL E QUARESMA!!!


Agora que se acabou o Carnaval entramos uns quantos dias na Quaresma, que tal reflectir?!!
A Quaresma, como todos sabemos, é tempo de empo de recolhimento e sacrifício, de jejum e abstinência. E de preparação para as festas e folares da Páscoa das nossas vidas.
Um dos nossos habituais leitores comentou azedamente um dos nosssos últimos posts e manifestamente aborrecido, também, por não terem podido assistir aos garndiosas festejos carnavalescos de Óis da Ribeira. Que pena!!
Eu não gosto muito das actividades da Terça-Feira-Gorda, a do Carnaval. Chateia-me!!!
Em tempo de introspecção acho eu que há é que evitar vaidades, roupas estapafúrdias, ter recato nas cores e nos adornos e principalmente, em país já antes navegado, a recomendação de que se coma peixe de boa qualidade, de preferência. E com gente bem despida!!!... Bem vestida, desculpem lá esta coisinha mal lavada e a saber a chocolate!!!

07 fevereiro 2008

||| A FELICIDADE E A QUALIDADE MENTAL


Qualquer um de nós está diariamente sujeito e essa monstruosidade que é encontar a caixa de correio cheia de papelada publicitária das cadeias de supermercados. Não costumo ligar-lhe muito, mas agora pelo carnaval, sem muita coisa para afzer (mini-férias!!!...) dei comigo a ler a mão cheia de panfletos que encontrei. Mais os do pára-brisas do carro.
Nada mais feliz!!!
Aquela papelada toda, muito colorida, dá-nos pistas para resolver todos os problemas. Mesmo os mais complicados.
Trabalho, amor, família, invejas" - o Professor Bambo tem solução para tudo, até para outros problemas "inexplicáveis". E há também a senhora Maria Duval, que com honra de página inteira documenta até com fotos o caso de duas famílias que através dela se livraram do infortúnio.
Uma cabeleireira a quem o negócio corria mal, e em vias de perder o marido, recuperou o êxito comercial (por via da falência dos que lhe faziam concorrência) e logo passados 15 dias o marido voltou para os braços dela, pedindo perdão. Ainda por cima, logo a seguir, ganhou o Euromilhões.
Uma jovem desempregada arranjou o trabalho com que sempre sonhou e ao mesmo tempo o noivo pediu-a em casamento.
Se falarmos de géneros alimentícios, é tudo mais barato. Mesmo tudo!!!
Com tanta fartura, fico a duvidar seriamente da minha qualidade mental! Como é nunca tinha reparado nesta felicidade toda?!

06 fevereiro 2008

||| CEPTICISMO E CRÍTICAS!!!


Escrevem-me amigos do blogue, em correio electrónico, dizendo que o blogue é muito céptico e crítico demais. Nós não temos essa ideia, bem pelo contrário. Temos até a consciência que falamos das coisas de Óis muito pela rama, apenas as citando meramente como factos nunca como argumento para o que quer que seja.
Isto vem a propósito de cosas que os nossos amigos queriam que nós aqui abordássemos e não abordamos. E não abordamos porque delas não temos conhecimento suficiente para emitir opinião abalizada. Por vezes dizem-me se eu não acho estranho isto ou aquilo que tenha acontecido? E porque não falo daquilo ou disto, ou de aqueloutro!! Digo sempre, mas mesmo sempre que não, não acho... até porque só passo meia dúzia dos 365 dias no ano em Óis e naturalmente não sei de muita coisa que se passa! Portanto!!!
Diz-me aqui ao lado a mais jovem figura cá do clã da casa que este ano é bissexto. Isso mesmo, tem 366 dias!!! Mais um dia de cepticismo e crítica?! Olhem que não, olhem que não!!!

05 fevereiro 2008

||| CARNAVAL DE ÓIS EM ÁGUEDA


As mini-férias estão a fazer-nos mal e como hoje ainda é dia de carnaval ninguém levará a mal que aqui recordenmos um carnaval de Óis que fomos descobrir no site da Arcor e a propósito do desfile que em 2006 fizeram em Águeda.
«ARCOR A DESFILAR ... E AS PESSOAS A ENCANTAR... Desfile de Carnaval… “Águeda… Ambiente e Segurança...”. Foi esta a temática que envolveu todo o desfile… Houve muitas ideias, muitas formas de as concretizar, mas continuamos a achar que as nossas crianças estavam lindas… continuamos a acreditar que elas foram capazes de encher os olhares de todos quantos as foram admirar às ruas de Águeda…
As nossas crianças embrenharam-se nos papéis de defensores da Natureza, caracterizados por vários motivos alusivos ao meio ambiente envolvente da Pateira - Creche; caracterizaram também a poluição da Pateira vestindo-se de jacintos e peixes já contaminados, alertando ainda para o que tanto se tem falado e escrito nos jornais sobre este problema (algumas crianças vestiram-se de jornal simbolizando os nossos jornais que tanto se têm empenhado em dar a conhecer este flagelo), mas que ainda não surtiu resultado em concreto – Jardim de Infância; e o A.T.L. caracterizou a nossa polícia e os sinais de trânsito, alertando para o que é viver em segurança em Óis da Ribeira.
O imaginário das crianças esteve em alta e todas se divertiram muito… os pais e amigos olhavam-nas embevecidos… E nós, educadoras e auxiliares procurámos entrar no imaginário delas e colocar-nos do seu tamanho, olhar com os seus olhos, viver as suas vivências, sorrir como só elas são capazes… E, quando a tarde já se ia… e as nuvens teimavam em afugentar todos para as suas casas com a ameaça permanente de deixarem cair todas as gotas que comportavam… a alegria delas foi ao rubro com a largada de dezenas de balões pelos céus de Águeda…
Os pequenos olhitos delas não paravam de olhar o céu… os sorrisos delas contagiaram todos e até qualquer adulto um pouco mas distraído…Foi um dia em cheio para as nossas crianças!
Vivam as crianças… e viva a ARCOR que lhes proporcionou mais este momento!

04 fevereiro 2008

||| AS MINI-FÉRIAS DE CARNAVAL E ÓIS DA RIBEIRA


Estas mini-férias de carnaval deram-me para ne ir lembrar de algumas coisas d´Ois da Ribeira. Coisas através das quais me lembro de tachos e da palavra "celebração" que acompanha a perpetuação da memória das mágoas da humanidade.

Não me consigo habituar a frases como: "Passam-se 100 anos do assassinato do Rei D. Carlos". Ou então: "A Arcor comemorou 29 anos". Ou ainda, num outro registo, "A Tuna fez não sei quantos anos". Mas ainda outra: «O PSD, em Óis da Ribeira, está no poder desde 1988». Já agora mais esta: "A oposição em Óis da Ribeira deixou de existir, faleceu, passou-se...».
Ensinaram-nos a contar histórias, contando a História. E assim ficamos a saber histórias muito curiosas, com personagens assaz interessantes. Que ficarão para a História. Histórias, cá por Óis da Ribeira, também há muitas: umas delas tem a ver com tachos. Não os de fazer a papinha boa e saborosa, bem codimentada. Mas aqueles que não indo ao lume da cozinha, cozinham alguns interesses mais ou menos preversos. Em Óis da Ribeira e, evidentemente, e em muitos lados.
O que é uma dor de alma. Uma mágoa. Uma tragédia!!! Uma tristeza. Mas é a vida!!! E a alegria de muitos!!!

03 fevereiro 2008

||| CHUVA E FRIO DE CARNAVAL!!!


Hoje, domingo de carnaval, esteve uma chuva desgraçada e um frio quase de rachar!!!Por isso msmo, ouço na TV que alguns desfiles de carnaval não se realizaram e que por isso se perderam umas dezenas de milhares de contos.
Por Óis, não há nenhuns prejuízos desses, graças a Deus... pois não se fazem desfiles de carnavais. E o engraçado é que não me lembro, assim de repente, de alguma vez isso ter acontecido em Óis.
Como choveu que Deus a deu e a estava um frio do caraças, soube-me muito bem sentarmo-me em frente da lareira, sentindo por companhia o crepitar da lenha e a visão do fogo a acenar-nos com as suas labaredas! Por isso, e porque está um frio de rachar, não se pode andar na rua, vem uma aragem de frio desgraçada, que nos greta as mãos e os beiços. Então, resolvi ir buscar umas achas, atear o lume e, depois, conversar com ele, o lume, oferecendo-lhe, agora e mais logo, uma e mais uma acha para que continue a tagarelar connosco... até que a conversa tarde! Depois, caminha que se faz tarde!
Olhem, o Sportem perdeu por um a zero com os azuis de Belém de Jesus!!! Terá sido milagre?!! Eu vou mas é dormir!!!

02 fevereiro 2008

||| OS AMBIENTALISTAS E A PATEIRA!!!


Se há um movimento mundial perfeitamente inconsequente é o Greenpeace.
Cá para nós, não passa de um grupo de malucos à procura de protagonismo radical e novas emoções. Assim do tipo, cá em Portugal, proliferam associações de ambientalistas, sempre muito preocupadas com os problemas dos outros e a que as televisões dão largos minutos de fama. Ora para defender um sapal considerado «monumento» ao ambiente, ou, como lá por Trás-os-Montes, por causa de uma ninhada de ratos. Ou uma qualquer ave que a gente nunca viu e nem sabe se existe.
Se esta malta estivesse realmente interessada em defender o ambiente, instalaria o seu quartel general em Ois e procuraria ajudar a defender a pateira - dos jacintos, da eutrofização, do mau ambiente, da morte lenta. Ora vão lá hoje ver o patódromo!!!
E isto não porque os ribeirenses - e todas as freguesias ribeirinhas - estraguem o seu próprio ambiente. Mas simplesmente porque este país tem mau ambiente.Aliás, o Estado português é o grande causador deste mau ambiente e, no entanto, não vejo nenhum membro do Greenpeace a dar azo à sua histeria de protagonismo numa qualquer repartição de finanças. A maioria das empresas portuguesas têm mau ambiente, mas não é por isso que vemos os tipos do Greenpeace a invadi-las com os seus destemidos barcos de borracha.
Tomando a pateira como exemplo, por onde andam as Quercus, as Águas Triangulares, todas essas associações ambientalistas?! Andam todos a ouvir falar em soluções de que ouvimos falar há dezenas de anos?!

01 fevereiro 2008

||| OS CAMALEÕES!!!...


Todos nós já ouvimos falar dos camaleões - aqueles que mudam de política como quem troca de peúgas. A propósito de como realmente mudar de opinião ou trocar de ideais pode ser um acto de maturação calculado, motivado por interesses mais ou menos abjectos.
Cada um de nós pode aceitar com naturalidade as mudanças de opinião nas metamorfoses críticas da maturidade na juventude, mas não é racional que uns quarentões mudem a sua alma ideológica numa idade tão jovem, fazendo, além do mais, petulância e espectáculo do seu “arrependimento tardio”.
Como sabemos que a mudança reflecte maturação e não um bajulador processo de “troca de casaca”? Como distinguimos uma renovação genuína de uma fraude? Não é fácil sabê-lo, mas existe uma forma clara de podermos determinar se quem muda de opinião o faz por cálculo ou por convicção: se aquele que altera as suas ideias obtém por isso, objectivamente, um benefício pessoal, profissional, económico ou político, seguramente estamos ante um farsante em todo o seu esplendor. Mudar tem de ser necessariamente difícil, dispendioso, como tudo o que é valioso e pode ser falsificado. Mas quando mudar de ideias acaba por ser uma coisa fácil, patrocinada, e quem muda de critério até é lisonjeado, então é porque a “cambalhota” não é mais do que uma “revolução” no sentido mais financeiro da palavra.
Coisa de camaleões? Não sei!!! Se calhar é mais mesmo de cifrões!!!