Os portugueses andam a perder demasiado tempo com notícias da política e do (mau) estado do país, com o que se diz que se faz e diz no parlamento, com os comentadores de televisões, rádios e jornais, os ditotes de Marcelo, a crise e as ingenuidades de Seguro, as cassetes de Jerónimo e a inimitável e divertida direcção bicéfala do Bloco. O Contra acha que deviam dar mais atenção a questões muito mais importantes para os cidadãos e não ao faz-de-conta com que a torto e a direito se opina sobre a novela mexicana em que está transformada a nossa vida.
A propósito, bem se sabe que é muito mais divertido ver novelas, e ainda para mais a Gabriela, do que enfiar a cabeça nos problemas, com olhos de ver e à séria e não andar a iludir os portugueses com paleio barato e sem apresentar alternativas. Se apresentassem, a malta ainda podia ir na conversa. Na de Guterres, por exemplo, que com aquele se angelical ar de beato, veio agora confessar pecados dos seus 6 anos governo, embora não dissesse quais deles ou se propusesse pagar tais erros. 
Mas não, com o mesmo ar beato mais deixou transparecer a sua ambição presidencial, e de estar a adorar ver o circo a arder, que a de pagar as asneiras que fez - por exemplo doando ao país parte do seu chorudo ordenado de comissário dos refugiados. Mas quanto a essa, está quieto, em regalias de ex-1º. ministro não se mexe.