30 setembro 2011

||| O PADRINHO !


Fala-se muito em O Padrinho? E quem é e o que faz O Padrinho? Qual a  profissão, o meio social, o talento, o capital de sabedoria, o empreendedorismo? Qual a competência, o currículo, o que significa para Óis? O que fez e não fez? O que deveria ter feito? É santo de altar, ou tem pecados e defeitos, como todos os humanos e mortais? Por que se fala em O Padrinho e nunca se diz o nome dele?
O Contra ouve muito falarem muito do padrinho! Tem em remissa expressões dos mais velhos, os mais sabedores, sobre O Padrinho.  Admirando-o. E de alguns mais novos, quase o ignorando.
Mas, afinal, o homem come alguém?
O Contra, do que sabe de O Padrinho, aponta-lhe como das piores “qualidades” aquela do infinito gozo com que se debruça sobre as coisas, os problemas e as pessoas que lhe caem no desdém. E o Contra, sobre isto, acha horrível.
O Contra acha que o Padrinho prestou um dos piores serviços à causa ribeirense quando decidiu libertar-se do peso da governação associativa. Devia continuá-la, mesmo que o fizesse da forma quase ditatorial com que exerceu os seus dois mandatos. Os mandatos do centro social, que deixou feito e com o saldo que deixou. Penalizou Óis, não se lhe pode perdoar.
O Contra pensa que uma das piores “qualidades” de O Padrinho é que, por comparação em cada confronto directo, todos quando lhe sucederam (e antecederam) pareçam valer infinitamente menos do que valem, na verdade. É uma factualidade excessiva, desumana e desigual. 
O Contra detesta a forma como, diria que injustamente, o Padrinho adquire “estatura” dimensional acima do vulgar e do normal. E odeia a maneira implacável e fácil com que O Padrinho «trata» quem se lhe opõe, ainda por cima fazendo-o com delicadeza e um sorriso, e uma serenidade que, infelizmente, confunde muita gente e muita gente esmaga.
O Padrinho é uma espécie de fantasma vivo e em carne e osso, que paira sobre a realidade histórica do movimento associativo ribeirense.
O Contra sabe que o Padrinho poderá ir assumir a governação de outra IPSS. E, nesta, já não se fala noutra coisa, já se pergunta quem é, como é, como age, como decide, como trabalha e qual é o humor mais vulgar de O Padrinho.
O Contra é contra esta possibilidade.
O Contra não perdoará a O Padrinho que cometa o pecado de o fazer.

29 setembro 2011

||| HILARIANTE!...


O Contra não resiste à tentação de editar um comentário que, como muitos outros, ficaria no tinteiro da respectiva caixa, não fosse a sua graça:
«O Contra fala da governação, fala, fala, fala... mas não diz tudo, pois não disse por exemplo que a governação foi vítima de uma grande armadilha. Isto porque, sabendo toda a gente como ia ser difícil governar a casa, devido às dificuldades que toda a gente adivinhava, puseram-se ao fresco e trataram de iludir uns incautos que andavam á procura de protagonismo e que caíram na esparrela.
O resultado está á vista pois com menos receitas e sem capacidade para as angariar, cortam em tudo, como faz a governação do país.
Vão ver que não tardarão a aparecer os salvadores do costume, para pegarem na governação depois do trabalho dos patinhos feios (os actuais governantes), que vão ficar para a história como os maus da fita e não entenderam armadilha em que caíram. Deviam era ter ido à bruxa, para saberem no que se metiam».

Hilariante, no mínimo!
E valendo o que vale.

28 setembro 2011

||| A GOVERNAÇÃO E OS PODERES ASSOCIATIVOS


Ao Contra tem chegado muitos comentários sobre a governação associativa, com qualificativos pouco civilizados e ainda menos respeitadores. Falam em autoridade, debandadas, cortes radicais, perda de identidade, blá-blá-blá, pardais ao ninho! O Contra nem vai repetir.
O Contra até pode compreender interrogações e dúvidas, críticas, insatisfações e desilusões. E compreende! Mas não aceita o que diz-que-diz -que que tanto amaldiçoa alguns aspectos da vida pública ribeirense.
O Contra acredita que boa parte das pessoas que tão gratuitamente fala e opina não tem ideia sequer próxima do que é a gestão associativa, para mais em período de vacas magras. Não sabe o que é cumprir um plano de actvidades feito por outrém - como é o caso. E nem sabe (o Contra) se tal plano está a ser cumprido. É julgamento que se fará, ou não, em assembleia própria e por quem deve, os associados.
O Contra tem opinião sobre a governação associativa. Mas não fará juízos públicos.
O Contra, para quem não se recorda, lembra que tal governação pode ser fiscalizada, pela assembleia e pelo conselho fiscal. São os órgãos próprios. O resto é diz-que-diz-que!

A verdade histórica é que esta governação é a que foi possível, pois os grandes nomes do movimento associativo tiraram-se da chuva e das balas. E não terá sido inocentemente.
Por outro lado, como sabemos, a governação foi eleita e tem legitimidade estatutária para agir e decidir. Só os dois órgãos sociais estatutários a julgarão. 
Mitificar o nome deste associado, ou aquele, como por Óis se costuma fazer, é tempo perdido. Só é governo quem se candidata e é eleito. E não há padrinhos, afilhados ou parentes, não há gurus que façam o que quer que seja, pois não estão onde deviam. E sabe-se, no que confere à governação associativa, que não quiseram estar. E porquê? Só eles saberão, é verdade, mas não custa adivinhar que anteviam as consequências de anteriores anos governativos e da crise que o país atravessa.

27 setembro 2011

||| LÁ SE VAI A JUNTA DE FREGUESIA...

Pronto, a coisa está preta, lá se vai a Junta de Freguesia de Óis! O documento ontem tornado público pelo Ministério dos Assuntos Parlamentares não deixa quaisquer dúvidas: Óis enquadra-se numa Área Principalmente Rural (APR) com menos de 1000 habitantes, está a menos de 10 quilómetros de Águeda, vai de vela, tendo de se juntar a outra. Será a Espinhel? Será a Travassô? Não sei.
Não sei também o número de moradores destas duas freguesias, nem conheço suficientemente a proposta de lei e esta, certamente, vai ser muito discutida nos próximos tempos. Retenho, no entanto, alguns dados:
1 - Há 4 259 freguesias no país.
2 - Há 13 697 eleitos (e todos a custar massa ao Estado).
3 - Há 189 presidentes de Junta a tempo inteiro.
4 - Há 240 a meio tempo.

Óis, como se sabe, não tem autarcas a tempo inteiro, mas a JF custa algum dinheiro, é lógico.
1 - O presidente ganha mensalmente 274,7 euros - ou 54 940$00 (+ ou -).
2 - O secretário fica-se pelos 219,82 (ou 43 974$00).
3 - O tesoureiro, idem.

Isto quer dizer que, por mês, o executivo custa 714,22 euros (ou seja, 142 844$00, mais coisa menos coisa, pela moeda antiga).
Por ano, mais ou menos 1 714 contos!
Já agora fiquem a saber que cada eleito da Assembleia de Freguesia recebe 13,74 euros por cada sessão em que participa. Vezes 7, são 98,18 euros em cada uma.
Bem que podiam convocar uma, para analisar a situação decorrente da ideia do Governo!
O dados foram retirados do site da DGAL.

26 setembro 2011

||| A EXTINÇÃO DA FREGUESIA DE ÓIS DA RIBEIRA

O Governo sentou-se hoje à mesa, mexeu uns papéis, traçou a perna e decidiu mandar extinguir e juntar municípios e freguesias.
O próprio Passos Coelho admite, porém e como como lhe ouvi dizer mesmo agora na TV, que não é pelas autarquias que o rato vai ao queijo do orçamento. Isto é, estamos de tanga mas não é por causa dos nossos queridos e estimados autarcas. É por outras razões.
Não se entende, por isso, que se apresse tanto a matar a identidade de municípios e freguesias que a têm já desde 1834 - a data da última grande reforma administrativa de Portugal. Então, Óis da Ribeira passou de cavalo para burro: de sede de concelho paa freguesia. Agora, muito provavelmente, até a albarda do burro vai perder.
O presidente da Junta de Freguesia, em declarações de há poucos meses, já admitia a redução do número de freguesias. Releiam o recorte do jornal. Portanto, Óis, como freguesia, vai para o galheiro - pois nem o próprio presidente a defende.
Também não se conhece posição da oposição. nem um bitaite, um bitaitezinho sequer! Isto é, quem os ribeirenses elegeram, pensa como pensa e diz como (não) diz.
Por mim, lamento que a capacidade intrínseca do poder local, seja assim esfolada do pé para a mão. Afinal, é a democracia mais próxima do povo, a quem o povo pode recorrer mais facilmente. O poder mais íntimo. Isto é: Portugal vai ser menos decmocrático e os pequenos partidos vão desaparecer do mapa!
Agora e quanto a nós, o diabo que escolha: Óis da Ribeira de Espinhel, ou Óis da Ribeira de Travassô?
Ver AQUI

25 setembro 2011

||| O INSOFISMÁVEL VALOR DE ÓIS DA RIBEIRA

A paróquia laica ribeirense tem assistido, desde que me conheço, a uma sempre controversa e sinuosa construção associativa, seja na Arcor (que é  expressão máxima de tal movimento, local) quer da Tuna.
Numa e outra, não faltam intrigas e mal-querenças!
A Tuna, verdade se diga, foge um bocadinho ao figurino paradigmático: faz cultura e vende-a! Já foi de muitos músicos ribeirenses e vários maestros, agora é um bocadinho de gente a tocar e a dirigir vinda de para lá das fronteiras. Estamos num mundo global, é certo, mas também não tanto.
A Arcor, sobre a qual se reinvindica muito, se comenta muito e se critica outro tanto, parece às vezes demasiado ingénua, embora se trate de uma organização profissional e, sem dúvida, o maior empregador da freguesia.
A Arcor, com as suas virtudes e defeitos, tem um passado próximo que a guindou a planos de referência e admiração. Foi com orgulho que, na semana que passou e num auditório onde falava um dirigente nacional, foi apontado o seu exemplo de coragem e capacidade construtora, referindo-se o político que assim falava, do PCP, ao milagre social da nossa pequenina freguesia.
Arrepiaram-se-me os cabelos!
Quase sempre, infelizmente, desdenhamos do que temos próximo, do que nos é mais querido, duvidamos do que vale o nosso colectivo. Não fazemos a nossa terra raínha de si mesma.
O que às vezes parece é que os ribeirenses sofrem da endémica mania de ignorar ou desprezar o que valem.
Cobrar esse fado exclusivamente aos actuais líderes, parece-me no mínimo injusto. Exagerado, quiçá! Mas isso é, por natureza, problema que cabe aos (des)iludidos resolver, adequando as suas expectativas à insofismável realidade que é a nossa terra.

24 setembro 2011

||| PALAVRAS PARA QUÊ?

Palavras para quê? É o blogue a dar notícias da canoagem, 5 dias depois e contra ventos e marés! Falou, está dito! Dizendo pouco!
Pronto, não se fala mais nisso.
Clicar para ampliar as imagens

23 setembro 2011

||| OS TRONOS DO PODER E O BOTA-ABAIXO...

A vida tem-me feito muitas interrogações e não sendo eu como Cavaco Silva - pois tenho muitas dúvidas e às vezes engano-me... - sou, porém e por princípio, contra leis que condicionem a liberdade de escolha dos cidadãos.
Se há eleições, sejam elas de natureza política, sejam do que forem, os eleitos devem cumprir os seus mandatos - a não ser que tenham feito  asneira grossa.
Esta razão justifica que, por exemplo, e também, seja contra a limitação de mandatos e não vejo com bons olhos que se criem movimentos que pretendam derrubar, por isto ou por aquilo e às vezes por nada (apenas por birrice...), quem legitimamente foi eleito e legitimamente exerce os cargos a que se candidatou.
O Contra considera que quem assim pensa - quem pensa no derrube puro e simples, seja de que eleito for!... - pensa mal e não é democrata. Faz politiquice estapafúrdia e sem qualquer tipo de valor.
O eleitor, seja na política, na academia ou na escola, na associação de classe, empresarial ou desportiva, cooperativa ou em qualquer outro movimento associativo, tem o direito a decidir se os candidatos são bons ou são maus. Por isso, os escolhe.
Os elege.
Ou não os escolhe e não elege.
Por isso, elegendo, os deve deixar acabar mandatos.
Isto, a finalizar, para dizer que o Contra não alinha com os senhores que se acham com direito de botar abaixo quem ontem sentaram nos tronos do poder.
Bom fim de semana.

22 setembro 2011

||| A DESCOBERTA DA PÓLVORA E DOS FULMIMANTES...

A pólvora foi descoberta pelos chineses, aí por entre os 275 e os 250 AC. É dos livros, mas, com a chico-espertice que todos reconhecemos à gente lusa, aparecem às vezes uns gurus, com estudos, planos e conclusões que querem comprovar que, afinal, nem sequer os fulminantes estão descobertos.
O guru, ou esses gurus, descobrem tudo e têm sempre soluções para tudo, mas não as têm quando deviam e precisavam! E para o que era preciso.
Quando as podiam e deviam ter.
Quando as deviam, tomar, por ser sua obrigação.
Os gurus surgem profeticamente e com olhar seráfico, a quererem endrominar a sociedade, fazendo bacocos os outros, ridicularizando os outros, acusando os outros de culpas que nunca querem assacar como deles. Que algumas têm!
Anda-se assim, então, numa espécie de jogo das escondidas e como que a fazer queixa à sra. professora dos meninos que se portam mal.
Os gurus até podem diabolizar terceiros, para desculpabilizar culpas próprias! O diabo é que não têm espelho, não se olham de alto a baixo e não se acham com vício ou defeito - vício e defeito que, afinal e para eles, só estão nos outros.
Estes gurus nunca têm culpa!
Os culpados são sempre os outros!
É neste contexto e assim que, de repente, a "grande descoberta" da pólvora se banaliza ante a iminência da crise social, de desigualdades obscenas, de falta de diálogo, de diminuta ou inexistente coesão social, como a que é revelada por uns "graves" senhores, na sua maior parte já corresponsáveis pelos males que subitamente «descobriram».
Merecerá isto alguma especial atenção dos habituais comentadores, de politólogos ou sociológos e derivados? Ou mais vale chamar já os bombeiros para acudirem ao fogo?!

21 setembro 2011

||| OS CASOS DO DIA, VISTOS PELO CONTRA...


- QUANTAS MADEIRAS HÁ POR AÍ? O Procurador Geral da República mandou abrir um inquérito ao que se passou na Madeira. A medida parece-me acertada e atempada e só me resta uma dúvida: e o que se passou de norte a sul do continente em empresas públicas e municipais, em PPP, em Câmaras, institutos e fundações? A Madeira será um “caso isolado”?

- TGV QUÊ? O TGV avança, ou não avança? Avança uma linha, que não é de alta velocidade e será de mercadorias, ou uma linha de outra coisa qualquer? Quiçá, de passageiros, porventura do sei lá do quê. E alguém sabe? O nosso 1º. ministro, ontem na TV, gaguejou umas coisas que me deixaram dúvidas: o TGV foi suspenso? Vamos fazer quatro linhas? Três linhas? Duas linhas? Uma linha? Uma linha só com uma via? Ou nada?
Será que o Governo é capaz de dizer, de uma vez por todas, qual é coisa em que está a pensar fazer?

- CRIME SEM VÍRGULA: Diz o Sol on-line que Rosalina Ribeiro, a amiga de Tomé Feiteira que apareceu morta no Brasil, se encontrou com o advogado Duarte Lima pelas 20 horas do dia 7 de Dezembro se 2009.
«A mulher veio mais tarde a aparecer morta com dois tiros no município de Saquarema (...)», diz o Sol.

Será que alguém me sabe dizer em que zona do corpo fica o município de Saquarema? E por que raio não usamos vírgulas, tanto mais que ainda não temos de pagar imposto sobre elas?

-  ABSTINÊNCIAS E RESSURREIÇÕES. O lado oculto é uma espécie de patinho feio das causas e das coisas ribeirenses. Patinho feio, escondido e embuçado. Pus-me a espreitar por tudo quanto é lado a história de uma famosa reunião e, se fosse a dar crédito aos comentários chegados à caixa do correio desta casa, ai Jesus... que o mundo iria acabar já. Insurrecção, suspeição, até o burlesco e a ofensa, seriam adjectivos a pregar no post do Contra, o d´ontem ou o d´hoje.
Mas leio a imprensa regional, a escrita e a digital, e só a do suspeito do costume (o padrinho) fala do assunto. E é muito soft. Pffff...., muito soft mesmo! Não se passou, afinal, nada de especial. Só mais umas abstinências de custos e umas ressurreições de receitas. Receitas a todo o custo, a martelo e a escopro. E assim se faz jornalismo! O que é bom é ter bons padrinhos!

20 setembro 2011

||| UM EMBUSTE COLOSSAL E FRAUDULENTO...

O costume de quem manda e falha é justificar as suas incompetências e aldrabices, atribuindo-as a outros, ou, então, assumindo-as como um acto de legítima defesa.
É o costume e pouco há fazer sobre isso.
Assistimos agora a essa palhaçada, mais uma!, com que o sr. da Madeira brinda o país e questionamo-nos de como foi possível ter enganado toda a gente - mesmo sabendo que,  mais dia menos dia, seria apanhado, pois a  dívida piramidal era alimentadas por juros  altíssimos, que outra coisa não faziam se não subir, subir, subir!!!, a dívida.
Passos Coelho encontrou um desvio colossal, disse ele, mas nunca o explicou bem, nem se deu ao trabalho de explicar as execuções orçamentais que determinou aos portugueses, para pagarem mais impostos - directos e indirectos. Ainda hoje me dei com o preço da gasolina (um imposto indirecto), a passar do euro e meio e ocorre-me sorrir quando um companheiro de trabalho, bem mais velho que eu, me diz que no 25 de Abril de 1974 custava 0,025/0,0275 euros, qualquer coisa na ordem dos 5$00/5$50. Nem dá para acreditar.
Em outros sítios também há cortes e aumentos.
Não sei as causas exactas, mas é possível antecipar as consequências! E não serão boas!
Esta é a razão porque, em muitas coisas e casas, continua a falhar o senso decisório, a massa crítica, a capacidade de criar riqueza.
Um bom governo não a pode criar, limitando-se, penas, a aumentar impostos. Tem de pensar e agir naquela área que se chama economia.
Em outros lados, governar bem também não será apenas limitar o mandato ao corte de serviços e ao aumento dos seus custos.
É algo mais!
É preciso audácia e competência, solidariedade e criatividade, multiplicação de sinergias e dinâmicas, talento e braço dado ao capital humano que nos rodeia. A não ser assim, tudo não passará de um embuste. Um embuste colossal e fraudulento.

19 setembro 2011

||| UMA CRISE É... O INÍCIO DE QUALQUER COISA!

A gesta que o Hino Nacional nos (en)canta, orgulha-nos dos nossos antepassados, mas não nos orgulha do Portugal de hoje. O problema dos portugueses, o nosso principal problema, não está na incapacidade de grandes feitos e de gestos nobres, está na falta de feitos médios, feitos por gente média.
Aos portugueses, ou aos ribeirenses, para serem mesmo grandes falta massa crítica na intervenção média, na cidadania média, na iniciativa empresarial média, no pensar médio, no agir médio.
Vejamos que não é só devido às gerações de fome e ao saque de impostos que Portugal, em pleno século XXI, se mantém endemicamente pobre. É também porque temos a mania das grandezas, nos contradizemos e tropeçamos todos dias para nos rendermos à inércia da maledicência de café.

Há dias, num grupo de amigos, eu disse um lugar-comum ao qual deveríamos porventura dar mais atenção: para cumprirmos o nosso ideal não é obrigatório sermos todos grandes empresários ou executivos de topo. O que falta ao português médio é deixar-se de lamúrias e meter mãos à obra, com coragem, arte e engenho. Porque uma crise é, por natureza, o fim de qualquer coisa e o início de uma nova, que por definição comporta sempre oportunidades inexploradas. Ou não será assim?

18 setembro 2011

||| A PARÁBOLA DO SENHOR DA VINHA!!!!


O senhor da quinta, naquele tempo, passava largos tempos fora e, para ordenar os seus servos, falava em parábolas: «Em verdade, verdade vos digo, que o reino dos Céus pode comparar-se aos dirigentes, que aceitaram fazer os trabalhos da vinha! E a ela se amanham  e a trabalham, deles sendo os reinos dos céus!».
Dirigindo-se a um deles, lhe disse: «Quero que da quinta sejas capataz!».
E assim foi!
Por vezes, o senhor descia à vinha e falava aos servos, e sabendo-se ouvido e adorado por eles, com eles acertou o plano. O capataz capitanearia, ele dirigiria, ele ordenaria! E assim mandou os trabalhadores para a vinha.
Eles que trabalhassem! Para isso lhes pagava.
E eles foram!
Um dia, saía ele do solar da quinta, ia a meio aquela amanhã, e viu que outros trabalhadores estavam na praça, ociosos e sem nada a fazer. Olhou-os e, em tom seráfico, lhes disse: «Ide!!!... Ide também vós para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo. As contas, as faremos no fim».
Os servos foram.
O sol do meio-dia batia a pino e encontrou ele outros homens, sem nada a fazer. Então, sabendo-se precisado de mais ajuda, que o dinheiro já não podia pagar tudo, perguntou-lhes: «Porque estais parados, porque não colaborais comigo! Ide, voluntários, colaborai e vosso será o elogio que eu vos farei! Vosso será o reino ds céus!»..
E eles foram.
Ao fim a sesta, outros homens e mulheres encontrou ele parados e também lhes falou: «Porque não colaborais e aqui vos deixais ficar, o dia todo sem ajudar ninguém? Voluntariai-vos e ide. A quinta bem precisa de amigos e voluntários!».
Elas e eles disseram: «Pois!!! Ninguém nos convidou».
«E ficais aí, todo o dia sem colaborar?», perguntou o senhor da quinta.
Eles responderam-lhe: «Ninguém nos contratou! Porque havemos de colaborar ou ser voluntários?».
Insistiu o senhor: «Ide, ide... e voluntariai-vos também vós para a minha vinha. Colaborai e vossos serão o reino do meus agradecimentos e os céus da nossa homenagem».
Não foram, nem os homens nem as mulheres que por ali estavam, ociosos mas não voluntários.
Ao fim do dia, o dono da vinha disse ao capataz: «Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário devido e contratado».
Vieram os que mais tarde entraram e receberam. Receberam tanto quanto os que primeiro foram contratados!
Estranharam os servos: «Trabalhámos mais, senhor, e dás-nos a mesma paga que deste a quem menos trabalhou?».
O senhor fez-lhes ouvidos de mercador e sussurrou segredos ao capataz.
Nada entendendo, desconfiados e sentindo-se humilhados, os servos murmuravam contra o senhor: «Quem trabalha merece a justa paga!...», assim proclamavam.
Mas, atalhando-lhe a palavra, o capataz lhes disse: «Em verdade, verdade vos digo, que voluntários sois vós também e melhor paga não podeis ter que a da generosidade e bondade de Deus e a admiração dos homens da quinta. Que Deus vos pague!!!».
Os servos, nada entendendo do falar do encarregado, murmuraram impropérios contra o senhor: «Explorais-nos, senhor!!! Não é essa a palavra e a bondade que proclamasteis à vossa chegada. Fomos enganados, vosso será o calor das chamas de inverno!».
E foram embora!

17 setembro 2011

||| SECESSÃO DA CANOAGEM É IRRACIONAL E CONTRA OS INTERESSES LOCAIS


O movimento criado em volta da eventual criação de um novo clube de canoagem é irracional, "anti-constitucional» e anti-movimento associativo. É uma secessão condenada ao insucesso.
- Irracional, porque se já não é possível ter um clube, muito mais difícil será ter dois!
- «Anti-constitucional», porque fere os princípios da unidade. Vejamos o que o Governo está a fazer: a acabar com instituições, a fundi-las, não a secessioná-las.
- Anti-associativo, porque lesa os interesses do clube existente, fraciona o movimento associativo local e não vai aglutinar quaisquer mais-valias para o novo.
Os exemplos ligados a Óis são vários.
Sem sair do clube de canoagem, lembremos:
-  O CCA, que foi criado com atletas e dirigentes da Arcor. O clube acabou.
- O GAOR, grupo de teatro criado em 2004. A coisa acabou mal, ainda antes do final da época artística.
Curiosamente, os secessionários desse tempo são agora os patrões da Secção de Teatro da Arcor, depois de terem assinado a cédula de nascimento (contra a actividade artística e cultural da Arcor) e a certidão de óbito do efémero, fugaz e meteórico grupo teatral.
O que parece ser necessário, nestes tempos de crise que se atravessam, é ter juízo. Mais juízo!!! Muito mais juízo, menos clubes e menos secessões. E mais respeito pelo movimento associativo. Penso eu de que!
E o que é que dirão a isto os fundadores da canoagem da Arcor? Os antigos dirigentes? Os antigos atletas? Os antigos campeões?

16 setembro 2011

||| REENTRADAS...


Segunda-feira passada, fiz a minha rentrée num serviço de voluntariado que me agrada particularmente. Mas a conversa não vem aqui por isso, mas pelo facto de nunca ter entendido muito bem porque se chama rentrée ao que, na prática, é voltar a fazer o mesmo do mesmo.
A tal rantrei (chamemos-lhe assim) dá-se normalmente por volta do nono mês de todos os anos - cá está, em Setembro... - e determina a altura em que voltamos a reentrar nesse ano. Ora para haver uma reentrada, deverá ter existido algures uma saída qualquer, e é exactamente aqui que as coisas se complicam: ninguém me consegue explicar como é que saiu para voltar a entrar no mesmo ano. A minha inteligência não chega lá.
Posto isto, salvo todos aqueles que este ano não tiveram reentrada mas, mesmo assim, tiveram de assistir à dos outros. Isto é, de um momento para o outro ver um grupo de gente mais ou menos simpática a reentrar no ano, como se não houvesse tivesse havido nada antes, nem se future o amanhã, venha lá ele de onde vier e com que doenças, ou virtudes. Olhem, são modas.

15 setembro 2011

||| A EXTINÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS

O nosso 1º. primeiro tem muito a mania de citar números ao rigor, ou ao pormenor da unidade. Ontem, por exemplo, anunciou que vão ser extintas 1712 chefias. Podiam ser 1700, ou 1710, mas não: foram 1712. E 162 entidades públicas! Pronto, podia dizer 160, era um número mais redondo, mas serão (?) 1612.
Não disse quais (ou eu não ouvi), nem quando. Porque talvez não saiba.
A ideia, vista à primeira, parece boa: a extinção de tantas chefias, deve resultar em poupança. A extinção das entidades públicas, deve emagrecer o quadro de pessoal do Estado. Embora eu não saiba para onde vai toda aquela gente que por lá ganha avida, mesmo que não faça nadinha de nada.
O problema vai ser se, extinguindo as tais 1712 chefias, essas chefias não vão ficar depois com equivalência remuneratória. O que será mesma coisa em termos de custos e não a mesma em termos de responsabilidades.
E quanto a entidades a acabar: será o Conselho de Ministros uma delas?
Veja lá, se isso se mete na cabeça da sra. Merkel! 

14 setembro 2011

||| AS MULHERES QUE FUMAM!!!...


Houve uma lei de Sócrates que aplaudi de pé e de sorriso largado de orelha a orelha: a lei do tabaco. A proibição de fumar em locais públicos.
O combate ao fumo, para além da lei, já conquistara espaço alargado na comunicação social, procurando e conseguindo consciencializar a população relativamente aos seus malefícios, pois só há malefícios no cigarro.
Foi graças a acções como estas, e também ao que de bem se pregou e ensinou nas escolas e nas famílias, que a actual geração de adolescentes e jovens sabe que fumar não é uma boa ideia.
É, de resto e provavelmente, a primeira geração a crescer sem as propagandas empolgantes do cigarro, que infestavam os comerciais da rádio e da TV e as revistas e jornais, com cenas espectaculares e sempre associadas ao fumo.
Por mim, aplaudo a indicação, nos maços de cigarros, de que o TABACO MATA.
E lembro que a propaganda, no tempo em que se podia fazer publicidade das marcas, normalmente associava virilidade e masculinidade ao cigarro (o cowboy da Marlboro que o diga, lembram-se?), assim como ao charme e à elegância feminina (quem não se lembra da marca Monserrate, o cigarro das mulheres)?
Eram modas.
Modas que também se associavam aos sucessos das divas de Hollywood e que o(a)s jovens tanto gostavam de imitar.
Mas tudo isso era tudo mentira!
Falando de mulheres, que são agora quem mais fuma - muito mais que os homens, se não me engano! - as mulheres não têm mais charme por fumarem.
Não são mais desejadas por fumarem!
Não são melhores namoradas e mulheres por terem o vício!
Não são melhores mães por expelirem bolinhas de fumo!
Não beijam melhor por fumarem esta ou qualquer outra marca de tabaco! 
Correm, isso sim, é mais riscos de contrairem um cancro.
Vem isto a propósito de, um dia destes e debaixo das beiras de um local público, ter reparado num grupo de mulheres a fumar.
A fumar às escondidas, furtando-se do seu local de trabalho, afastando-se dos olhos que as condenariam, comportando-se como fugidas da lei e dando maus exemplos a quem, perto delas, é delas companhia no dia-a-dia.
Confesso que não gostei!
Achei mal!
Estas meninas, do meu ponto de vista, deveriam ser chamadas à realidade do espaço de que se escondem para fumar! E não deveriam dar estes exemplos!

13 setembro 2011

||| AS MOSCAS...

As moscas, são as... moscas! Não digam mal delas, das moscas! São chatas, impertinentes, picam (ou mordem?), eu sei disso, mas a verdade é que sem elas a matéria orgânica decompor-se-ia muito mais lentamente e seria insuportável aquele passeio tão agradável pelo campo!
Já pensaram que o idílico se poderia transformar em insustentável sem a presença delas?! Delas, das moscas! As chatas, as impertinentes, aquele bicho pestilento que nos pica a pele e suja a toalha, mas nos avisa quando vem chuva. Que zone e nos esfarela os nervos, incomoda e acorda, quando entra no quarto, pela janela aberta.
São as moscas, pá!!!
Chateiam, incomodam, mas são essenciais à humanidade.
As moscas d´Óis não deixam de ser iguais às outras: chatas, incomodativas, impertinentes, picam!

12 setembro 2011

||| O BIN LADEM E OS FILHOS DA MÃE...



As torres caíram há 10 anos e Bin Laden foi executado em Maio deste 2011. Demorou tempo?! Não sei! Nem sei bem se sou contra a execução deste homem que tantos ódios fez suscitar no mundo, pelas mortes, lutos e tragédias que espalhou, encharcando-as de sangue e de mortes.
Admito-me, todavia, ser radical no princípio absoluto de ser contra a pena de morte, embora reconheça que não senti pena nem piedade pelo seu desaparecimento. Às vezes temos estas dúvidas, estas duplicidades, somos bipolares.

Sabendo que não foi morto em acto de guerra, porque os aliados não estavam em guerra com o Paquistão, quero imaginar que alguém do comando de ataque terá dado cumprimento à morte do homem mais procurado do planeta, invocando o princípio da defesa.
Só que a morte do homem, ou do terrorista, não foi o fim do terrorismo, representando, tão-só, um ajuste de contas à maneira do velho western: "Wanted, dead or alive".
Espero que, ao menos, tenham pago a recompensa ao caçador de cabeças.
Bin Laden, ontem tão evocado pelas razões do 11 de Setembro, faz-me recuar na história de Portugal, até à altura de lembrar a estalada que D. Afonso deu na mãe - porventura o primeiro acto terrorista conhecido na história das democracias familiares.
Moda que passou ao núcleo local, ao regional, ao nacional e ao internacional. 
Sei que é uma maldade puxar destas conversas antigas, de mais de 900 anos, tantos quantos tem esta antiga e mui nobre terra de Óis da Ribeira.

Mas a vida é dura, está cada vez mais dura, e as emoções acarretam-nos mágoas e dores, pelo desfalecimento de coisas que nos são próximas, nas mãos de uns tecno-qualquer coisa que detêm o poder e abichanam o naco de soberania que vão deixando perder - muito por causa da incapacidade de gerir.
Esta gente, age com a mesma cegueira e frieza com que se executa uma pena de morte, com a mesma limpeza com que os gringos mandaram Saddam para a forca, limparam o sebo ao Bin  Laden e prepararam a desgraça de Kadhafi.
O mundo é muito filho da mãe!
O Bin foi-se, entretanto, mas deixou descendentes e seguidores.

Gente de rosto (quase) desconhecido!
Que (quase) ninguém vê!
Que ocupa cadeiras do poder e dá execução a decisões que sentenciam futuros.
Que mata!
Que espalha lutos.
O mundo, digamos, ainda não é totalmente um mundo de filhos-da-mãe, mas para lá caminha.
O Bin Laden ainda há-de ser levado aos altares.
Deixou seguidores! E imitadores!

11 setembro 2011

||| AS TORRES GÉMEAS E AS VÁRIAS FORMAS DE TERRORISMO



Há 10 anos, Óis dava alguns passos para erguer as suas torres gémeas - que são os blocos do centro social e da sede da Junta de Freguesia, as marcas mais evidentes da mais recente capacidade construtora ribeirense. 
Há 10 anos, as torres gémeas de Nova York foram atacadas e demolidas, o mesmo acontecendo ao Pentágono e só não foi de vela a Casa Branca porque uns corajosos passageiros do avião conseguiram controlar os terroristas e despedaçar a aeronave contra chão, morrendo todos. Foram gente de muita coragem.
Hoje comemoram-se 10 anos sobre o 11 de Setembro e eu não queria escrever sobre o 11 de Setembro, porque já tudo foi escrito e dito. Mas é o tema do dia - ou de há vários dias... Acresce que, passados dez anos e embora me lembre perfeitamente do que estava a fazer nesse dia, ainda não consigo compreender o que me impressionou tanto naquela sequência de acontecimentos: se a perda de vidas, se a violência do acto terrorista. Ou se quem construiu as torres.
O terrorismo contemporâneo tem muitas caras e ensinou-nos a não se esperar dele senão a mais absoluta desumanidade. É destruidor.
E há várias formas de terrorismo.
O propriamente dito.
O verbal.
O económico.
O financeiro.
O das armas.
O das palavras,
O da incompetência.
O terrorismo das ditaduras e das ditas-moles.
O da gestão familiar.
O da gestão das empresas.
O da gestão das instituições.
O da gestão dos afectos.
As dúvidas que me desassossegam a alma sobre o que distingue o que é do que parece ser, o ser terrorista ou não ser terrorista, é uma espécie de desconfiança «metódica» de tudo e todos - o que é corolário da impressão de que o terrorismo tem expressões pouco evidentes.
Isto porque, visto o caso de outra maneira, quem edificar torres que se abatem como castelos de cartas não é, talvez, menos «terrorista» (ou aterrorizante) do que quem lança contra elas um par de aviões.
Por este ponto de vista, terroristas também podem ser os ribeirenses responsáveis pelas suas torres gémeas - quiçá sujeitas a um qualquer terrorismo de onde menos se espera.
Deus nos livre.

10 setembro 2011

||| A CENSURA, NA VERSÃO DE POETA POPULAR RIBEIRENSE




O conhecido poeta popular Hercílio de Almeida inspirou-se e debitou no papel o que pensa sobre a actualidade.
Intitulou a nova obra como CENSURA e copiamo-la, da imagem anexa, para melhor ser lida. Quem nela bater com o rato, amplia-a e confere o que abaixo transcrevemos.
Assim:

CENSURA

Censurar, censurar censurar
É linguagem dos ditadores
Cuja meta é dominar
Nas suas leis de opressores

São de palavras mansinhas
Com correntes de censura
Têm atitudes mesquinhas
Com sorrisos de candura

Quando a treta é conhecida
E a censura sua arte
Ela será sempre vencida
Pelo Mundo, em toda a parte

No reino dos ditadores
A censurar oprimidos
Neste mundo de opressores
Eles serão todos vencidos!

Na vitória da liberdade
Sobre todas as censuras
Vem a conquista da verdade
Para todas as criaturas

Se somos todos iguais
E ao nascer somos ternura
No amor dos nossos pais
Então porque há censura...?

Hercílio de Almeida
5 de Setembro de 2011


Sei não, mas a quem dedicará o autor esta obra de poesia? Creio adivinhar, mas não digo, para não também eu não ser vítima da censura.

09 setembro 2011

||| O (DES)EQUILÍBRIO DAS TESOURARIAS



O nosso prezado ministro das Finanças deve ser bom em muita coisa, não duvido, mas não é bom a comunicar. Fala pouco e quando fala é só para nos anunciar impostos e cortes. 
A ministerial figura parece convencido de que as receitas aumentarão proporcionalmente à taxação que impõe às empresas e aos portugueses. Esquece que isso levará à quebra da economia, à evasão fiscal e à economia paralela.
Isto faz-me lembrar gente de mais perto que, para equilibrar a tesouraria, corta despesa aqui e aumenta débitos acolá, perspectivando aumentar receita, mas parecendo ignorar que, tal qual Portugal depende das exportações, também os clientes não pagarão, se não puderem pagar! Se não tiverem o dinheiro usurário que lhes exigem.
Ignora também, o se. ministro, que muitas empresas exportadoras não só serão penalizadas por uma eventual recessão internacional, como serão fortemente atingidas pela recessão interna. O que, inevitavelmente, vai gerar desemprego. E falta de capacidade dos portugueses, ou dos clientes, para pagar.
A ministerial figura despreza os números do aumento deste (desemprego) e não entende, com toda a sua sabedoria, que  as suas políticas destruirão os sectores tradicionais da economia e não avaliam o custo dos recursos humanos que fugirão do país para não se sujeitarem à pilhagem fiscal.
O ministro só entende que há... contribuintes. E que estes existem para... pagar. Não há empresas, a não ser as que pretende privatizar. Não há actividade económica, há apenas contribuintes a quem cobra impostos atrás de impostos. Noutros sítios, não há projectos, não há planos, não há estratégia para aumentar a riqueza: há aumentos de cortes e de mensalidades.
A receita económica ministerial é absolutamente primária e é a negação viva da política económica, pois revela um total desprezo pelo bem-estar dos cidadãos. Onde é que mais se vê isto, meu Deus!

08 setembro 2011

||| CANOAGEM DA ARCOR FORA DAS FINAIS DAS PAGAIADAS

A canoagem da Arcor anda a pagaiar menos bem. Ou menos bem parece, pois a formação não participou nos torneios de qualificação para as finais nacionais das 1ªs. Pagaiadas, que sábado se disputam em Águeda. Isto lê-se no jornal e é insuspeito, pois é o jornal apoiante da modalidade, o jornal de um ex-presidente, o jornal do padrinho do actual presidente. Portanto, podemos dizer que é a voz oficial da Arcor. Ou não?
A desculpa dada pelo responsável da canoagem, o vice-presidente Sérgio Almeida, vale o que vale. Vale por dizer que a equipa não se inscreveu na prova de Julho, em Águeda, porque o treinador se demitiu. Ora bolas!!! E era o treinador que ia correr? E qual é a responsabilidade da direcção nestas situações?
Diz também o vice-presidente que não foram a Salvaterra de Magos porque era muito longe, 200 quilómetros!!
Ora bem, a gente vai ao site oficial da Arcor e diz lá, quanto as provas de Águeda e Salvaterra que são "a definir". Já se viu o que a direcção definiu. E diz também, relativamente a 10 e 11 de Setembro: Finais Nacionais das 1ªs. Pagaiadas.
Por exclusão de partes, estava definido.
Era ir.
Só que se esqueceram de que os pequenos atletas tinham de disputar a qualificação.
O mais curioso, indo agora ao site da Federação Portuguesa de Canoagem, é que a Arcor, para Salvaterra de Magos, inscreveu os atletas Miguel Soares e Luís Santos. Talvez não se lembrando dos 200 quilómetros. Isso vi eu, com estes olhos que a terra há-de comer. Isto meramente para dizer que algo anda mal no reino local desta modalidade de água. E não é o Contra a metê-la!

07 setembro 2011

||| NO PRINCÍPIO, ERA UM BLOG...



Não sei há quantos anos há blogues e eu mesmo já perdi a noção do tempo deste. Mas tenho ideia de que muita coisa mudou, com o aparecimento dos blogs. Neste espaço virtual, é um facto, choveram descobertas magníficas e muitas coisas interessantes.
Por aqui achei, mesmo em relação a Óis, histórias que gostaria de ter contado e boas ideias, que eu gostaria de ter tido. Descobri muitas pessoas que podiam fazer parte da minha família, do núcleo das minhas preferências, da roda tertuliana e social onde gosto de me encontrar e questionar, debater, polemizar, apontar dedos e aceitar críticas.
O que também sei é que não é fácil ser blogger e ter tema quotidiano, impor um estilo, um ritmo, um sentido único, uma actualização diária na escrita e nas palavras. Menos fácil será acompanhar tudo e todos. Mesmo numa terra pequenina como Óis da Ribeira, onde até por ser mais pequena mais difícil será.
Por alguma razão, muitos bloges e sites nasceram e foram à vida.
Por nós, sendo quase impossível saber o que acontece in locco na passarelle social e colectiva ribeirense, temos muitas dificuldade em nos actualizar. Mas, mesmo assim, ainda vale a pena este esforço, embora falte ajuda.. Por isso, convidamos os ribeirenses a participarem neste blog. Mandem-no sugestões para o endereço contradois@hotmail.com.

06 setembro 2011

||| 58% DE NÃO PORTUGUESES EM PORTUGAL !!!


O sr. Presidente da República espantou-me hoje, ao falar do exagerado número de futebolistas estrangeiros a jogar nas equipas portuguesas.
58% na 1ª. Liga, disse ele, do alto da sua magistratura.
Seja lá o que for a tal liga de futebol, deixei-me eu ligar a Cavaco Silva, vendo-o e sentindo-o preocupado com problemas menores como, para mim, é o futebol.

Mesmo assim e realmente, parece-me que 58% de estrangeiros em qualquer profissão, seja lá qual ela for, é exagerado. Eu não estou a ver 58% de professores estrangeiros nas escolas, 58% de médicos dos hospitais e enfermeiros, padeiros, talhantes, pedreiros, empresários, dirigentes, padres, pescadores e pecadores, políticos!!! Era demais. Deixávamos de ser um país e uma pátria, seríamos uma terra de párias e apátridas
Onde é que a gente conhece uma coisa parecida a isto, quiçá mesmo nas nossas barbas?!

E imagine-se um país em que 58% dos políticos eram estrangeiros!! E um governo com 58% de não portugueses!

05 setembro 2011

||| ESTE GOVERNO NÃO VAI MAIL, NÃO!!!



Portugal não é, obviamente, o único país em crise neste mundo de Deus em que vivemos, mas é seguramente um dos mais divertidos, a começar por quem nos governa.
Anteontem, em Campo Maior e rodeado de flores, o nosso 1º. Ministro botou faladura sobre tumultos de rua, quando ainda nenhum é sabido. Isto é, levantou uma questão sem ela existir, como que se fazendo adivinho.
E porquê?
Será que já espera o caos nas ruas, na consequência da bondade das suas medidas legislativas criadoras de mais impostos? Medidas que ele, com aquele descaramento subtil disfarçado em cara de menino, nos impinge diariamente, através do seráfico ministro das Finanças?
O nosso 1º. das duas uma, ou é fanfarrão, ou está com medo.
Ou, pela terceira via, a mais provável, quer meter-nos medo, assim como quem diz que se nos pusermos com muitas cócegas, nos manda a polícia para cima, a carregar-nos de bastões e armas?
Não sei, mas este comportamento primo-ministerial não é nada normal. Até me parece ridículo.
O discurso de Passos Coelho, em boa verdade, faz lembrar outros tempos e outros regimes, em que, antes que houvesse marosca, a polícia tratava de «caçar» os putativos revoltosos mesmo antes de se revoltarem.
Para um govermo com dois mesitos de vida, a coisa não parece ir nada bem! Parece, não!

04 setembro 2011

||| OS PODERES CÍCLICOS...



Há ribeirenses que, não exercendo cargos políticos e públicos conhecidos, ciclicamente põem a cabeça de fora e dão as suas «ordens». Pensam eles que é assim e até se deslumbram com isso. E assim pensam também muitos outros. É-lhes difícil, a esses ribeirenses, aguentarem-se distantes do poder durante muito tempo e acabam por apoiar estes ou aqueles, se forem do seu agrado. E quando são.
Isso acontece ciclicamente.
Actualmente, quando seria muito expectável que pusessem a cabeça de fora para pôr em discussão algumas questões magnas da freguesia, estranhamente desaparecem do mapa, não se ouve falar deles, ficam quietos e mudos, nem uma palavra ou uma letra debitam sobre qualquer destes magnos assuntos.
Tive o cuidado de, nas últimas semanas, ter atenção ao que, por exemplo sobre os casos da extinção da freguesia e da não criação do pólo educativo, diria (melhor, escreveria...) um conhecido ribeirense, que é muito hábil a cacetar em quem lhe apetece e conhecido pleo mau feitio. Mas, nicles, nem uma palavra. Procurei em jornal e blogue, mas... nada, nem uma letra.  
Assim, sem massa crítica e coragem, não vamos lá e a cabeça não se desenterrará da areia.

03 setembro 2011

||| OS RIBEIRENSES UNIDOS E CONTRIBUINTES DA CAUSA PÚBLICA...


«Vamos imaginar que os Ribeirenses tinham a coragem e o bom senso de se unir, e cada um contribuir com o que pudesse para o bem estar da comunidade.
Vamos tentar dizer bem em vez de mal, não fazer críticas e comentários quando não se tem a certeza do que se está a dizer.
Vamos ajudar e incentivar os que estão a dar o seu melhor nos cargos que estão a ocupar graciosamente.
 Porque não havemos de usufruir dos serviços da nossa instituição e colaborar com ela em vez de pôr as nossas crianças e idosos noutras instuitições de outras terras vizinhas?
Vamos pensar positivo, afinal estamos todos no mesmo barco».

O leitor do Contra acaba de ler um comentário chegado hoje à nossa caixa de correio. Entre outros.

O Contra diz:

1 - Os ribeirenses sempre tiveram coragem e o bom-senso de se unirem, contribuindo para o bem-estar da comunidade, sempre que se sentiram bem liderados e para tal foram sensibilizados. Há vários e bons exemplos, bem conhecidos.
2 - Os ribeirenses gostam de criticar e de comentar, mas aceitam a crítica e o comentário. Não se fazem santos intocáveis de altares, nem vendilhões dos templos da vaidade e da soberba.
3 - Os ribeirenses ajudam e incentivam quem dá o seu melhor nos cargos que ocupam graciosamente. O povo de Óis é grato, mas não suporta a tirania, a imbecibilidade, a ignorância, a incompetência, a vaidade e o desleixo, quem se exalta com o acessório e se acobarda no essencial.  Pode demorar a entender isto, mas entende. E é justo.

4 - Os ribeirenses usufruem dos serviços institucionais, por orgulho no que eles mesmos criaram e desenvolveram, e sempre que são bem tratados, considerados e humanizados. Rejeitam o materialismo, o desleixo, o autismo, a incompreensão, a descapitalização dos valores institucionais, a ameaça banal e barata, o egocentrsimo idiota e irresponsável, a tirania e o desconhecimento.
5 - Os ribeirenses põem as suas crianças e idosos onde  são bem tratados e considerados. Onde bem entende, Só os põem noutras instituições de terras vizinhas, ou quaisquer outras, quando têm razões para isso. E é isso que algumas instituições teimosamente não querem entender.
6 - Os ribeirenses pensam positivo, quando sentem que o seu barco tem um bom almirante, excelentes imediatos e melhores marinheiros.

O Contra, julga-se, pensa positivo.

02 setembro 2011

||| O QUE É QUE VAI SOBRAR?


Os ribeirenses, por muito que isto nos custe dizer, sofrem de atávico conformismo, tão convencional quanto a (alguma) (in)competência que grassa pela chamada elite - aquela que toma decisões, que tem o poder na mão, quer saiba ou não saiba exercê-lo.
Os ribeirenses são gente boa e crédula, que acredita na boa fé do que lhe dizem, que faz santo o pior diabo, que se deixa deslumbrar com os títulos académicos e as afirmações bombásticas, que se deixa enfeitiçar pelas palavras fáceis que os iludem.
Os ribeirenses tem o dom, que é uma virtude, de serem gente de boa fé.
Óis da Ribeira, porém, não tem, por muito que esta realidade magoe, uma personalidade de referência, um conterrâneo influente, um homem (ou uma mulher) que resolva algumas coisas com a facilidade de quem realmente é figura pública. Gente que se distinga da proverbial mediocridade e inveja - sentimento a que, pelos vistos, é especialmente atreita.
Ou tem?
Vagamente, ocorre-me quem, vão lá alguns tempos, aparecia nos areópagos municipais e televisões nacionais a tagarelar sobre tudo e todos, mas não em nome de Óis. Antes de interesses partidários.
Agora, que se levanta(ra)m as questões do pólo educativo e da extinção das freguesias, também não ouvi ninguém a levantar a voz contra os novos colonialismos. Nem políticos (como seria seu dever), nem dirigentes associativos (como seria de bom tom ribeirinho), nem sequer os jornalistas locais.
Assim sendo, o que sobrará de Óis, dentro de poucos anos?

01 setembro 2011

||| TER FÉ NO FUTURO DE ÓIS...

Um habitual comentador deste blogue, analisando o sentido e a crítica deste modesto espaço da causa ribeirense, afirma que «é esta a mentalidade que não deixa que Óis avance».
O putativo ribeirense não diz para onde será o avanço (pode ser para um precípício), maa afirma que «para a maldicência temos uma tribo inteira, para colaborar com quem se disponibiliza para algo fazer em prol das gentes, temos pouco mais que meia dúzia de pessoas».
O que não deixa de ser verdade.
A gente olha para as associações locais e vê quantos por lá andam a dar o litro, a sabedoria, a competência e o seu rico tempo.
O singular opinador, sofrdo de axes de lá sabe-se o quê, faz futuro e diz também que «os tempos que se avizinham fazem-nos crer que sociedades em que as pessoas não se organizem, não sejam solidárias e voluntárias para a causa dos outros definharão inexoravelmente».
Tal e qual.
O Contra concorda, mas também acha que por alguma razão as pessoas se envolvem nas coisas e se responsabiizam pelo que devem dirigir.
E dirigir bem!
E devem ser solidárias e voluntárias!
Diz ele, o comentador, a terminar: «Ainda tenho fé no futuro de Óis».
Também o Contra.
Falta(rá) saber o quer cada um já fez por isso. Olhe, faça a sua parte, se for capaz!