Há vários mitos que os políticos, os mesmos que assinam o livro de ponto e se põem a andar...) lançam e logo são absorvidos pelo povinho português.
O chauvinismo bacoco de muito desse povinho acaba mesmo por compreender os baixos salários que neste país se praticam, dizendo que ganhamos mais que países americanos, africanos, asiáticos ou europeus fora da União Europeia.
Não se lembram é que os impostos e os preços em Portugal não são americanos, africanos nem asiáticos, nem sequer da Europa periférica. Por isso, as únicas comparações válidas são as feitas com os países da União Europeia (UE). Obviamente. E aí ficamos sempre a perder.
Quanto a salários, temos o salário mínimo mais baixo da UE, o único abaixo dos 400 euros. Não tendo por onde pegar nisto dos salários, o governo fala em falta de produtividade, falta de vontade de trabalhar, em demasiados feriados e noutras palermices em que quase toda a gente acredita (estúpidos que nem uma porta!).
Primeiro, todos sabemos (ou devíamos saber) que muitas vezes a culpa da baixa produtividade é das próprias empresas, que nunca investiram na formação nem em condições adequadas para os trabalhadores. Em segundo lugar, temos de novo o problema dos baixos salários. Sabendo um trabalhador, por exemplo o António, que o seu primo Zé trabalha no Luxemburgo a fazer a mesma coisa e ganha quatro ou cinco vezes mais, é óbvio que não vai pensar na porcaria da produtividade, pois primeiro tem que pensar é em fazer o dinheiro esticar para alimentar os filhos. E que eu saiba, nunca o governo luxemburguês - nem qualquer outro governo do mundo - se queixou da baixa produtividade dos portugueses que, quando se vêem recompensados monetariamente, se esfolam a trabalhar.
Quanto ao outro mito já institucional: em Portugal trabalha-se pouco e há muitos feriados. Olhando para um estudo de 2003 sobre as condições de emprego na Europa, espanhol, que português desconfio sempre, vejo que Portugal é um dos países europeus com mais feriados, isso é verdade. Mas também vejo o resto. Porque é que quem invoca os feriados não diz também que em muitos países europeus os trabalhadores têm mais dias de férias? E que se trabalha menos horas por semana? Porque raio é que temos que andar toda a vida a ouvir governo e patrões a queixarem-se do excesso de feriados, culpando-os de todos os males?
Feitas as contas, vemos que (para não variar) é precisamente nos países do centro e norte da Europa que se trabalha menos horas. No entanto, é nesses países que se ganha mais e ninguém se queixa da baixa produtividade, nem sequer no Luxemburgo, onde quase 20% da população é portuguesa.
Se os políticos e empresários portugueses tivessem um pingo de vergonha na cara, não arranjavam desculpas em que o bode expiatório é sempre o mesmo: o trabalhador.
Se um governo só é capaz de endireitar a economia à custa da penalização dos trabalhadores, então Salazar foi o melhor governante que Portugal já teve, pois ninguém o fez tão bem como ele. E não sou eu quem quer Salazar de volta. São todos aqueles que aprovam as medidas de Sócrates, todas a penalizar quem trabalha. Isto, repito, já Salazar fazia, não foi nenhum governo pseudo-democrático que o inventou. E com vantagem: como não precisava de campanhas eleitorais para ser eleito, também não precisava de mentir. Ao contrário do camarada 1º. Ministro Sócrates.
O chauvinismo bacoco de muito desse povinho acaba mesmo por compreender os baixos salários que neste país se praticam, dizendo que ganhamos mais que países americanos, africanos, asiáticos ou europeus fora da União Europeia.
Não se lembram é que os impostos e os preços em Portugal não são americanos, africanos nem asiáticos, nem sequer da Europa periférica. Por isso, as únicas comparações válidas são as feitas com os países da União Europeia (UE). Obviamente. E aí ficamos sempre a perder.
Quanto a salários, temos o salário mínimo mais baixo da UE, o único abaixo dos 400 euros. Não tendo por onde pegar nisto dos salários, o governo fala em falta de produtividade, falta de vontade de trabalhar, em demasiados feriados e noutras palermices em que quase toda a gente acredita (estúpidos que nem uma porta!).
Primeiro, todos sabemos (ou devíamos saber) que muitas vezes a culpa da baixa produtividade é das próprias empresas, que nunca investiram na formação nem em condições adequadas para os trabalhadores. Em segundo lugar, temos de novo o problema dos baixos salários. Sabendo um trabalhador, por exemplo o António, que o seu primo Zé trabalha no Luxemburgo a fazer a mesma coisa e ganha quatro ou cinco vezes mais, é óbvio que não vai pensar na porcaria da produtividade, pois primeiro tem que pensar é em fazer o dinheiro esticar para alimentar os filhos. E que eu saiba, nunca o governo luxemburguês - nem qualquer outro governo do mundo - se queixou da baixa produtividade dos portugueses que, quando se vêem recompensados monetariamente, se esfolam a trabalhar.
Quanto ao outro mito já institucional: em Portugal trabalha-se pouco e há muitos feriados. Olhando para um estudo de 2003 sobre as condições de emprego na Europa, espanhol, que português desconfio sempre, vejo que Portugal é um dos países europeus com mais feriados, isso é verdade. Mas também vejo o resto. Porque é que quem invoca os feriados não diz também que em muitos países europeus os trabalhadores têm mais dias de férias? E que se trabalha menos horas por semana? Porque raio é que temos que andar toda a vida a ouvir governo e patrões a queixarem-se do excesso de feriados, culpando-os de todos os males?
Feitas as contas, vemos que (para não variar) é precisamente nos países do centro e norte da Europa que se trabalha menos horas. No entanto, é nesses países que se ganha mais e ninguém se queixa da baixa produtividade, nem sequer no Luxemburgo, onde quase 20% da população é portuguesa.
Se os políticos e empresários portugueses tivessem um pingo de vergonha na cara, não arranjavam desculpas em que o bode expiatório é sempre o mesmo: o trabalhador.
Se um governo só é capaz de endireitar a economia à custa da penalização dos trabalhadores, então Salazar foi o melhor governante que Portugal já teve, pois ninguém o fez tão bem como ele. E não sou eu quem quer Salazar de volta. São todos aqueles que aprovam as medidas de Sócrates, todas a penalizar quem trabalha. Isto, repito, já Salazar fazia, não foi nenhum governo pseudo-democrático que o inventou. E com vantagem: como não precisava de campanhas eleitorais para ser eleito, também não precisava de mentir. Ao contrário do camarada 1º. Ministro Sócrates.
8 comentários:
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