O ridículo é política?
São dez da noite, sábado passado. Estou a olhar para a televisão. Corro os vários canais. De repente, paro. Odete Santos dança na RTP 1 ao som de uma música celebrizada por Frank Sinatra.
Acaba a exibição. Um elemento do júri diz que era bom ver mais políticos fazerem aquela figura. Odete, meia tonta e meia louca, diz que a dança também é política.
É? Claro. Eu pelo menos gostei de ver a alegre coligação Sinatra/Odete. É óbvio que já mudei de canal. Mesmo a tempo, já agora, de apanhar no princípio o "Birth", com Nicole Kidman, no Premium.
Atenção: não se trata de defender aqui qualquer tipo de fundamentalismo político ou cultural. Não estou a criticar a participação de políticos, ou políticas, em programas de entretenimento. Não é disso que se trata, mesmo. É que o programa é ridículo. É isso que está em causa. Esperava mais de Odete Santos. Apesar de ela já nos ter habituado a estas exibições. Neste momento, na RTP1, está aquele vaidosolas que quis ser presidente da Câmara de Lisboa, o Carrilho. Que não tem grande noção do ridículo.
Agora imaginem, em Óis da Ribeira, um dueto no palco entre o sr. presidente da Junta de Freguesia e aquele rapaz do Bloco de Esquerda. Era de urinar a rir...
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