Incompreensível e lamentavelmente, optei pela segunda. Foi confrangedor.
Os excelentes valores de produção e a qualidade da caracterização (incluindo os rapazes a mostrarem os pelinhos das pernas fardados de Mocidade Portuguesa) não conseguiram ocultar a falta de ideias e a fraca qualidade do humor revelada. Ainda por cima com um material de base, Salazar e o Estado Novo, que dava não apenas pano para mangas, como tecido para vestir o País inteiro.Aqui sim – e depois de ter defendido o sketch dos Gatos a propósito do referendo – entendo que eles apostaram de forma clara num manifesto político desnecessário. E desnecessário pelos resultados alcançados.
Uma semana depois, só se justificava dedicar todo um programa à vitória de Salazar no «Grandes Portugueses» com um conjunto, se não genial, pelo menos muito, muito bom. O que houve, foi para aquém de fraquinho. E voltar a incluir Luís Pereira de Sousa nos «tesourinhos deprimentes» só reforçou o facilitismo. Um conselho à rapaziada: Não queiram dar lições de moral aos portugueses. Não é para isso que estão onde estão, nem foi assim que chegaram onde chegaram.
Sem comentários:
Enviar um comentário