12 janeiro 2014

||| A DEMOCRACIA TAMBÉM SE JOGA COM CARTAS E TRUNFOS





O caso do domicílio autárquico da União de Freguesias de Travassóis  enranhosou vária gente, que não contava com semelhante audácia: a de os ribeirenses porem a jogo o que eles mesmos (os colonizadores) davam por contado e indiscutido. E indiscutível! Mas a vida é assim: às vezes o vencedor antecipado perde o jogo. Cada um joga as suas cartas e alguém tem de perder, depende muitas vezes dos trunfos e de como se joga.

Uma curiosa epístola chegou, entretanto, às bandas do Contra, já com dias, mas só hoje a vimos. Teoriza, o(a) autoria da epístola, sobre  as diferenças entre Óis e Travassô, numa balança que pende toda para um lado, o de Travassô. Inteirinha.
O que lhe falta em generosidade, solidariedade, simpatia e decência, foge-lhe em lealdade, prática democrática e respeito pela arma do povo, que é o voto! E pelas minorias, sejam quais forem.
A versão democrática de algumas senhoras e alguns  senhores é vesga, recauchutada, não reconhece a existência da moral e das maiorias. Assim como das minorias que se agigantam.
 Óis da Ribeira e Travassô não são existências de direita ou de esquerda, do PS ou do PSD:  são territórios, comunidades, pessoas  que valem como ideias e como ideias apenas se podem analisar. 
O Contra não faz diferença alguma entre pessoas de esquerda e de direita, do PS ou do PSD, de Travassô ou de Óis.  Mas não é difícil, neste caso do domicílio autárquico, concluir como o velho adágio:  quanto mais conheço os homens, mais gosto dos cães.
O Contra conclui que quanto mais e melhor conhecemos algumas pessoas, mais se confirma como são complexas e contraditórias, irredutíveis nas suas convicções políticas, mesmo que sejam irracionais. Nem é que sejam más pessoas, maus amigos, maus vizinhos, maus colegas. Mas inequivocamente são maus políticos - enquanto entendermos política como serviço público e de causas.

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