O Contra já há algum tempo que não ia a um restaurante e foi hoje. Tinha apenas um cliente. E não entrou mais nenhum, depois de nós.
Os restaurantes, vim depois a saber, atravessam uma fase difícil e estão a fechar. O pequeno comércio esse, coitado, vai fechando as portas e basta ir à net para ver que encerram aos milhares. Nos dois casos, porque a classe média deixou de ter poder de compra, não pode consumir e está a adoptar os hábitos da classe operária dos anos 60, indo de marmita para os empregos ou almoçando apenas um bolo e um copo de leite.
Os meus tios, hoje em Óis, deram-me conta que os aflige a probabilidade de um dos meus primos ir perder o emprego, porque a empresa onde trabalha já entrou em lay-off. E que há famílias em Óis com imensas dificuldades.
O país está envolto em medo e revolta, parece uma panela de pressão prestes a rebentar.
As tais agências de ratting atiraram o país para o lixo, seja lá isso o que for.
O governo mostra-se claramente incapaz de dobra o cabo das tormentas deixado por Sócrates - que hoje foi visto a almoçar em Lisboa com os amigos, no Solar dos Presuntos. À rica e à francesa.
Os portugueses nossos irmãos do Banco de Portugal já receberam o subsídio de férias - enquanto os funcionários públicos e os reformados vão ficar sem ele e sem o de Natal. Catroga vai ganhar o que vai e nos mercados, nas ruas, nas empresas, nas repartições, nos transportes públicos cada vez mais se ouve a voz doída de um povo revoltado, triste e teso que nem um carapau.
O governo mostra dar passos gigantescos da incompetência para a irresponsabilidade e não sei bem se alguma vez vai ser capaz de enfrentar a cada vez mais explosiva realidade a que reduziu este país.
Onde irá parar este país, esta terra e a nossa gente?
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