29 fevereiro 2012

||| NÃO HÁ ESTADO SEM CIDADÃOS E CIDADANIA


O Contra, em bicha de repartição pública, deu hoje conta do que já se sabia e sentimos na pele: está lançada uma verdadeira caça à multa e aos impostos. Seja como for e a quem, não importa como; importa é cobrar, cobrar, multar, multar... 
Mais ou menos, já todos ouvimos isso nos cafés, no trabalho, entre amigos, em casa, até se ter medo de procurar o correio, não vá aparecer mais um aviso de multa.
Hoje o Contra, chegado a casa, sofreu outro susto e desgosto, embora já isso esperasse: o IMI quase triplica! 
Naturalmente, qualquer cidadão deve pagar contribuições ao Estado. E ao Estado compete a fiscalização e a penalização das situações irregulares.
E devemos pagar impostos pelo nosso património imobiliário, ou financeiro. O Contra aceita e concorda com isso. E concorda com as necessárias acções de inspecção, tributação, fiscalização, prevenção e punição. Tudo muito natural. O que já não é natural é que as pessoas se sintam roubadas, digo eu. Tenham de pagar o que não podem, porque é exagerado ou injusto. O Estado não existe para isso, apenas para arrecadar receitas e multiplicador um espírito esbulhador que está a lançar as famílias na falência, na miséria e na fome.
Assim, é o próprio Estado de Direito que fica em perigo, pois mata a cidadania. E não há Estado sem cidadãos livres e dignos, com obrigações, é verdade, mas também com os direitos que lhe está a ser sonegados ou diminuídos

28 fevereiro 2012

||| MARCELO REBELO DE SOUSA FALOU DA ARCOR NA «TVI»

.Chove, ou não chove? Saímos ou não saímos do euro? Estamos, ou não estamos falidos e mal pagos? Relativamente ao tempo de chuva, qualquer pessoa minimamente atenta já reparou  que o governo está preocupadíssimo com o problema e anda a fazer novenas para que as nuvens chorem.
Sair ou não sair do euro e estar ou não estar falido é coisa perversa e não interessa falar de tal. Ouve-se Marcelo Rebelo do Sousa ao domingo e já se sabe tudo e de tudo. Que o homem sabe mesmo tudo, é um homem inteligente e mestre da manipulação das palavras e das opiniões.
Mas a que vem Marcelo, ao Contra? O homem quer lá saber de nós, ou sequer nos lê? Quem sabe?! Mas falou de Óis da Ribeira e da Arcor, na noite do último domingo. 
Felicitemo-nos por isso, pois, por coisa de bem, a associação e Óis apareceram no mapa televisivo. Valeu a pena a instituição ter já 33 anos e ser a obra social que é!
Clicar AQUI, para ver, é logo ao princípio do que vão ouvir.

24 fevereiro 2012

||| ÁGUA QUE OS LEVE...

Os senhores deputados andam com um preocupante problema para resolver: o de beber água da torneira ou engarrafada. Vejam lá a questão e a problemática que envolve uma e outra escolhas, de tal modo difícil que as dívidas do Estado e a tróika são coisas de menor importância para os 230 senhores deputados, chefes de gabinetes, administradores e respectivas assessorias, que por lá andam a  limpar o pó das cadeiras com as parlamentares  calças, saias e vestidos.
O país real deveria preocupar com isto.
Deveria envolver-se na questão e ajudar os senhores deputados. Telefonar, pedir preços, consultar fornecedores e exigir descontos, fazer simulações e informar os srs. deputados de qual a melhor solução. Não é justo que os srs. deputados tenha de sofrer e de se constrangir com este dramático problema.
O conselho de administração da Assembleia da República já fez um longo estudo e concluiu que a água da torneira é 30 vezes mais cara. Não se sabe como chegou a estas contas, mas de certeza que deram muito trabalhinho àquelas cabecinhas pensadoras e sofredoras. E, ainda por cima, envolvendo trabalho intelectual e cálculo comercial, coisas bem lixadas para os cansados neurónios da malta da republicana assembleia.
O Contra, que por dever de ofício e sobrevivência da economia familiar, frequentemente twm fazer contas à vida, deu-se a pensar de como chegaram eles a tal valor. Será que também contabilizaram o desgaste das solas dos sapatos dos funcionários que teriam de ir à torneira buscar a água? E o guardanapo para limpar os beiços? E contabilizaram as tampas das garrafas que depois irão para uma campanha solidária?
Triste país, aquele que tem deputados com este tipo de preocupações, num momento em que o povo começa a ter fome!!!

21 fevereiro 2012

||| TOMA LÁ, PASSOS!!!, QUE É CARNAVAL!



O país, quase inteiro, marimbou-se na ministerial decisão de Passos Coelho e está a gozar os prazeres do carnaval. As Câmaras deram tolerância de ponto, os privados deram a habitual folga (nalguns casos trocada com férias ou outros feriados) e sobraram os desgraçados dos funcionários públicos para levar a tareia governamental.
Humilhados, os funcionários públicos tem de cumprir o ponto de hoje mas não creio que façam grande coisa, quem rendam algo, desembaracem processos, diligenciem o que quer que sejam, ou acelerem cobranças fiscais. Empresas públicas há que deram «férias» ao pessoal, as escolas estão encerradas e os hospitais e serviços de saúde funcionam a meio gás - pois nem consultas tinham marcadas para este dia.
As transportadoras marcaram greves para estes dias! Toma lá, Passos!
Isto é: o país marimbou-se e desautorizou o 1º. ministro. Toma lá, Coelho!
O país, hoje, está animado pelos figurantes de serviço: os funcionários públicos  "forçados"  a andar mascarados de funcionários, fazendo de conta que trabalham, sem renderem nada. E o governo não vê isto! O prejuízo que isto dá.
O mesmo governo que faz carnaval todo o ano, transformando o país num misto de palhaçada e de baile de máscaras, em que cada ministro disputa o prémio da melhor representação carnavalesca.
O Contra, à hora que escreve, deu conta de uma conhecida repartição pública não ter mais de meia dúzia de utentes. O saldo não deu para a luz e para a sola dos sapatos. Mas deu para a visível indisposição dos funcionários, que hoje, como «vingança» se mascararam de trabalhadores e não fizeram nenhum. Toma lá, Passos!


18 fevereiro 2012

||| VIAGEM DESCONTRAÍDA PELA NET D´ÓIS




O Contra, por afazeres que não vem ao caso, tem andado algo afastado da realidade quotidiana ribeirense. Mas hoje, sentou-se na banca onde vai vendendo o seu peixinho escrito e deliciou-se com os suspiros prazerosos que viajam pela net d´Óis
O irmão mais velho, ultimamente mais ousado que o costume, chamou a si a pena crítica e a catalinária satírica da realidade ribeirense. Quem quer que sejam os três (e desconfiamos), é gente de talento, atenta e segura.
O Contra, por outro lado, gostou de saber que o padre Júlio tem um canal de TV.
E que há carnaval na agremiação
Andou pelos facebooks da terra e deu conta de como cada pessoa é um potencial criador de um grupo facebookiano. Aberto ou fechado, com mais ou menos fotos mais ousadas, ele há faces para todos os gostos e falta de actualidade. Registou, prazerosamente, a beleza de algumas filhas d´Óis, tão generosamente espalhadas pelos facebooks. E algumas delas belissimamente desnudadas.
O que mais deu gosto e espantou foi a evidente propensão para a génese de grupos, pressupondo amizades (não virtuais), ou mesmo a proximidade regional, por muito que as redes virtuais esbatam as distâncias quilométricas e reúnam muitos amigos que nem sequer se conhecem.
Vale a pena dar uma volta pelos faces d´Óis. Vão ver, que vale mesmo a pena!!! Muito mais que a (não) actualização dos sites e blogues associativos.


14 fevereiro 2012

||| OS FANTASMAS E OS MEDOS DO CONTRA...




O Contra veio a ler, na viagem de algumas horas comboio, e pelo que leu e releu, chegou a uma óbvia conclusão: a de que nunca poderia ser governante. 
Em primeiro lugar, porque não tinha como não convidar os amigos, filhos dos amigos, primos e vizinhos, namorados e namoradas das filhas e dos filhos, enteados e amigos da escola e da catequese. Desde logo, portanto, não tinha como não beneficiar todos os amigos. E isso seria governal mal.
Depois, teria de lixar bem lixadinho quem não alinhasse com as minhas decisões e teorias.
E ai de quem conspirasse.
O Contra percebeu, também, que é muito sensível às criticas, às opiniões e outras manifestações de carácter. Ao ver-se assim, no tráfego de opiniões que por aí labaredam, o Contra reagiria mal, muito mal. Escoicinharia em tudo o que bulisse à volta.
Ao ver-se no labirinto de decisões a tomar e nos caminhos cortados às soluções que são precisas, não tardaria a bater com a porta e pôr a parte de trás entre as pernas, para não ter que ceder em nada. O Contra não gosta de ceder.
Assim vendo o mundo que rodeia a vida, governar não seria com o Contra. Nem andar a aturar blogues e fantasmas.

11 fevereiro 2012

||| NÃO SEJAS PIEGAS, Ó... COISO!





A debochada que se tem feito sobre a epitáfica proferência de Passos Coelho, quando convidou os portugueses a não serem piegas, inspirou o Contra para um trocadilho que envolveria uma figura ribeirense. Porém, para não nos acusarem de o perseguir e/ou, por uma razão mais suavezinha, de não termos tema para a blogada de hoje, não dizemos o que nos apeteceria: «Não sejas piegas, ó.... coiso?». Fiquemo-nos pelo coiso, sem fazer rima com o apelido.
Ainda assim, deixem o Contra recordar o que seria de algumas coisas de Óis se alguns de Óis fossem piegas, no seu tempo.
Teríamos a nossa ponte? A electricidade? O telefone e o relógio público oferecido por um benemérito? As estradas alcatroadas? A rede de águas? As sedes da Junta de Freguesia? Os paredões dos campos? O centro social? Mais recentemente, teríamos a quase metade da rede de saneamento?
Porventura, se fossem piegas os ribeirenses, não teríamos. Ou teríamos mais tarde. Ou nunca, como parece acontecer com o que falta da rede de saneamento (e falta muito) e o malogrado lar de idosos, de que se deixou de falar.
O Contra falar assim, de palavras lavadas, até pode parecer um mistério para quem lê! Ou, mais maldosamente, uma espécie de pornografia moral. E podíamos aqui ficar mais uns posts a lubrificar ideias e memórias, para que alguma gente piegas se lembrasse das suas fragilidades. Podíamos até recordar algumas promessas inéditas, sobretudo da área política, e para isso bastaria pegar nos cadernos de intenções pregados nas últimas eleições locais, por quem ganhou e por quem perdeu.
Mas, por amor e com amor, vamos ficar por aqui, apenas chamando a atenção dos mais entusiastas do deboche para a cena muito recente, de um filme português muito visto e já gasto, no qual dez milhões de figurantes têm de gramar com um governo, cujo primeiro-ministo  diz para não sermos piegas. E volto a deixar cair a rima do apelido, ó... coiso! 

09 fevereiro 2012

||| OS BEATOS, OS RAPAZOLAS E O FUTURO...


O Contra, por estes dias, sentiu-se o 1º.  Ministro da freguesia, tão alvo foi de assanhados comentários, lamentavelmente impublicáveis. 
O menos que nos chamaram foi cobarde - porque nos escondemos no anonimato. Como se os comentadores que por aqui aparecem a destilar veneno e a vomitar ódios,  fossem os mais assumidos e afirmados opinadores, que dão a cara e a assinatura pelos elementares direitos dos cidadãos e das instituições da nossa terra ribeirinha.
Dando de barato que, em Óis, quem assine por baixo e dê a cara, há bem poucos (muito poucos!!...),  o Contra rouba a palavra de Passos Coelho, que aos portugueses recomendou pouca pieguice. Então, meninos da vida pública d´Óis, não sejam piegas! A terrível injúria primo-ministerial, como todos sabemos, suscitou incalculados comentários, até nefastos, de alguns beatos da política portuguesa - que o Contra se escusa de citar.
Alguns comentadores da sociedade ribeirense são também uns falsos beatos. Apontam pecados aos vizinhos, que são os deles próprios. Atiram pedradas ao vidro dos telhados alheios, mas esquecem-se dos seus. Vociferam com a audácia de rapazolas e não passam disso, Deus me (e lhes) perdõe.
O que é que se pode fazer de Óis, com certa gente à solta?
O Contra não tem a resposta, mas desconfia!

07 fevereiro 2012

||| UM ANO DE GOVERNAÇÃO....



A governação tomou posse há um ano, que hoje precisamente se completa, com indicações solenes e públicas de potenciar a associação. Potenciou?
Governar a "fugir" e esconder-se do povo e da sua sábia experiência, não é o melhor e o mais adequado. 
Governar com preocupações de imagem, sem dar ar da sua graça e reagir com o que mais parece um arrufo de namorado em fugaz tentativa de se demarcar da história e dos homens que fizeram a associação, é pecado mortal.
A instituição fez-se com o molhar dos suores de muita gente. De avanços e recuos. Com a baba e ranho de ribeirenses que não calçaram pantufas para sorrir em salões sociais, antes sujaram as unhas dos pés a caminhar para o futuro. E gretaram os dedos das mãos para que a comunidade tenha o património que tem. O desbravou, alicerçou e construiu.
A obra pública de Óis da Ribeira é coisa de respeito.
Deve merecer respeito.
A governação tomou posse há um ano, fazendo (por si) parangonas da sua potenciação. Potenciou?
Que se saiba, não é conhecida qualquer medida de futuro e galvanização associativa. Tudo, até agora, foi coisa corrente! 
E cortes desbragados, a torto e direito.
A governação tem gerido com o argumento da pesada herança, da necessidade de correcções internas e escondendo-se na contemporizadora razão da crise e da austeridade que ferem o país e a Europa, para justificar a sua abulia empreendedora. Isto, quando se esperava (e exigia) muito mais de gente se fez nas faculdades e que gere o património colectivo.
As lideranças, quando condicionadas, fragilizam-se.
Quando condicionadas pelos ciúmes de gestões  do passado, agem e reagem de forma redutora e não vão longe.
Mal vai qualquer governação que se auto-manipula e constrange pelo que não faz. É porque não quis fazer. Ou não foi capaz. Ou não se lembrou. Ou é menos competente.
Tudo isto, afinal e ironicamente, vem sublinhar as razões do padrinho do governador: quem lá está é quem manda e ponto final. Assim faz a governação, mas não se livra da opinião que lhe corre na frente e naufraga intenções e não-realizações. Não se livra disso.

04 fevereiro 2012

||| A HORTÍCOLA QUE SE VENDA NA PRAÇA

Vasco Graça Moura é presidente do conselho de administração do Centro Cultural de Belém e um velho teimoso que, por ser integral defensor da não aplicação do acordo ortográfico, resolveu, pura e simplesmente, declarar o CCB como território estrangeiro e mandou a lei para as calendas.
Um qualquer cidadão que aceite ocupar funções de governação - sejam do Estado, do município, da Junta de Freguesia ou de qualquer associação com deveres públicos - não pode deixar de cumprir as leis da República, que são as de todos nós.
Imagine-se que o ministério das Finanças resolvia não cobrar impostos? Que o da Saúde decidia não aplicar as garantias medicamentais? Ou que, localmente, ao presidente da Junta apetecia violar as regras do PDM ou uma das duas associações ferir os respectivos estatutos? Não deveriam ser todos destituído? 
Dever, deviam..., mas, no caso de Vasco Graça Moura, Passos Coelho não teve no sítio aquela hortícola que se venda na praça.

01 fevereiro 2012

||| O PALHAÇO E O ZÉ POVINHO...



Os portugueses habituaram-se demasiada e perigosamente a deixarem-se depenar pelo Estado, que nos leva a guita, a gere mal e porcamente e, depois, nos nega o elementar direito a garantias sociais e benfeitorias de interesse público. A que mais não é que obrigado.
Obrigação de que se desobriga, com a maior das facilidades e numa imensa impunidade, como todos sabemos. Sem cumprir o que promete e dessas contas se dispensando com grande tranquilidade, como se nada fosse com ele - o Estado.
O fim de semana foi razão para, em Óis, se falar da rede de saneamento que começou há para aí uns dez anos e nunca  mais foi reatada. Portanto, está por concluir, faltando servir mais de 2/3 da população.
Disse-me amiga minha de escola e de infância que já nem vale a pena insistir, pois a Junta diz que é a Câmara e a Câmara diz que é a ADRA e anda-se assim de Herodes para Caifaz. 
A verdade, porém, é que quanto à rede de saneamento, viste-la por um canudo. Foi pelo cano abaixo. E nestes 10 anos políticos há que se candidataram e recandidataram, sem cumprir o que prometeram. No fundo, o palhaço é o Zé povinho!!!