29 fevereiro 2012

||| NÃO HÁ ESTADO SEM CIDADÃOS E CIDADANIA


O Contra, em bicha de repartição pública, deu hoje conta do que já se sabia e sentimos na pele: está lançada uma verdadeira caça à multa e aos impostos. Seja como for e a quem, não importa como; importa é cobrar, cobrar, multar, multar... 
Mais ou menos, já todos ouvimos isso nos cafés, no trabalho, entre amigos, em casa, até se ter medo de procurar o correio, não vá aparecer mais um aviso de multa.
Hoje o Contra, chegado a casa, sofreu outro susto e desgosto, embora já isso esperasse: o IMI quase triplica! 
Naturalmente, qualquer cidadão deve pagar contribuições ao Estado. E ao Estado compete a fiscalização e a penalização das situações irregulares.
E devemos pagar impostos pelo nosso património imobiliário, ou financeiro. O Contra aceita e concorda com isso. E concorda com as necessárias acções de inspecção, tributação, fiscalização, prevenção e punição. Tudo muito natural. O que já não é natural é que as pessoas se sintam roubadas, digo eu. Tenham de pagar o que não podem, porque é exagerado ou injusto. O Estado não existe para isso, apenas para arrecadar receitas e multiplicador um espírito esbulhador que está a lançar as famílias na falência, na miséria e na fome.
Assim, é o próprio Estado de Direito que fica em perigo, pois mata a cidadania. E não há Estado sem cidadãos livres e dignos, com obrigações, é verdade, mas também com os direitos que lhe está a ser sonegados ou diminuídos

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