14 fevereiro 2012

||| OS FANTASMAS E OS MEDOS DO CONTRA...




O Contra veio a ler, na viagem de algumas horas comboio, e pelo que leu e releu, chegou a uma óbvia conclusão: a de que nunca poderia ser governante. 
Em primeiro lugar, porque não tinha como não convidar os amigos, filhos dos amigos, primos e vizinhos, namorados e namoradas das filhas e dos filhos, enteados e amigos da escola e da catequese. Desde logo, portanto, não tinha como não beneficiar todos os amigos. E isso seria governal mal.
Depois, teria de lixar bem lixadinho quem não alinhasse com as minhas decisões e teorias.
E ai de quem conspirasse.
O Contra percebeu, também, que é muito sensível às criticas, às opiniões e outras manifestações de carácter. Ao ver-se assim, no tráfego de opiniões que por aí labaredam, o Contra reagiria mal, muito mal. Escoicinharia em tudo o que bulisse à volta.
Ao ver-se no labirinto de decisões a tomar e nos caminhos cortados às soluções que são precisas, não tardaria a bater com a porta e pôr a parte de trás entre as pernas, para não ter que ceder em nada. O Contra não gosta de ceder.
Assim vendo o mundo que rodeia a vida, governar não seria com o Contra. Nem andar a aturar blogues e fantasmas.

Sem comentários: