A leitura da família digital de Óis traz-nos frequentes surpresas, a maior fatia delas tendo a ver com bicadas e remocadas a este e aquele, como se o mundo estivesse concentrado por essas bandas. Fala-se de tudo um pouco, mas pouco de coisas sérias. Por exemplo, a magna questão da reorganização administrativa.
Ou a razão porque a rede de saneamento está há tantos anos para ser concluída.
Ou porque as estradas estão com buracos e não se requalificam.
Ou as consequências que as medidas de austeridade decretadas pelo governo terão na vida dos ribeirenses.
Haverá ribeirenses a passar forme?
Desempregados?
A falirem?
A não conseguirem pagar os estudos dos filhos?
A não terem dinheiro para a farmácia?
O pior, para o país e portanto para Óis, ainda está a caminho. É o que se conclui da leitura de jornais e de ouvir rádios e ver televisões.
O que se ouve e lê e vê é que milhares de pequenas empresas vão falir, que o desemprego vai subir, que vai aumentar a entrega de casas aos bancos, que a pobreza vai deixar de se envergonhar, que as receitas do Estado vão minguar, que as metas do equilíbrio orçamental vão passar a ser uma miragem e as dívidas não se poderão pagar.
E os ribeirenses, o que farão, ou como estarão neste previsível quadro?