28 julho 2012

||| O QUE FAZER EM ÓIS ANTE A CRISE?


A leitura da família digital de Óis traz-nos frequentes surpresas, a maior fatia delas tendo a ver com bicadas e remocadas a este e aquele, como se o mundo estivesse concentrado por essas bandas. Fala-se de tudo um pouco, mas pouco de coisas sérias. Por exemplo, a magna questão da reorganização administrativa. 
Ou a razão porque a rede de saneamento está há tantos anos para ser concluída. 
Ou porque as estradas estão com buracos e não se requalificam.
Ou as consequências que as medidas de austeridade decretadas pelo governo terão na vida dos ribeirenses. 
Haverá ribeirenses a passar forme?
 Desempregados? 
A falirem?
A não conseguirem pagar os estudos dos filhos?
A não terem dinheiro para a farmácia?
O pior, para o país e portanto para Óis, ainda está a caminho. É o que se conclui da leitura de jornais e de ouvir rádios e ver televisões.
O que se ouve e lê e vê é que milhares de pequenas empresas vão falir, que o desemprego vai subir, que vai aumentar a entrega de casas aos bancos, que a pobreza vai deixar de se envergonhar, que as receitas do Estado vão minguar, que as metas do equilíbrio orçamental vão passar a ser uma miragem e as dívidas não se poderão pagar. 
E os ribeirenses, o que farão, ou como estarão neste previsível quadro?

26 julho 2012

||| AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS É CULPA DOS TRABALHADORES...



As notícias sobre mais um aumento do preço dos combustíveis, uma das muitas que “compensam” as "colossais" descidas de há umas semanas eh!!!, eh!!!, eh!!!!...), não se compreendem, como não se explicam.
Todavia, mais uma vez e com toda a naturalidade, os preços vão executar a dança síncrona do costume e sobem.
O aumento, segundo nos dizem, deve-se uma vez mais às oscilações internacionais de preços das matérias primas – explicação que não seria necessária – calando as razões para pagarmos combustíveis dos mais caros do mundo – explicação que é, essa sim, urgente, muito urgente.
Com tudo isto, lembrei-me de uma outra notícia, de há uns dias, que nos contava a grande novidade, de a Autoridade da Concorrência ir fazer buscas domiciliárias aos funcionários das empresas putativamente prevaricadoras.
O assunto chegou a motivar-me para escrever sobe ele, mas desisti da ideia depois de ter uma espécie de epifania sobre a minha grande e ingénua parvoíce. É que concluí que, afinal, todos os movimentos de cartelização, associação mafiosa e «paralelismo na formação de preços» não são cozinhados nos conselhos de administração, grandes almoçaradas ou partidas de golfe, entre os donos e gestores das empresas... mas sim nas casas do seus trabalhadores. E, a estes, eu desejo todo o bem do mundo.

24 julho 2012

||| ÓIS DA RIBEIRA É PARA ANEXAR OU NÃO ANEXAR...

O Contra, antes de mais, faz uma declaração de interesses: não é a favor da agregação de freguesias. Seja lá Óis com Espinhel ou com Travassô, ou com as duas.
O Contra é adepto do «com nenhuma». Isto é: é contra lei que este governo que nos xula os bolsos quer impingir aos portugueses, contra a vontade destes.
Disto isto, declara também não entender bem o brrréu-béu-beu que por aí vai em Óis, sem se dizer cousa nenhuma.
O net de Óis está cheia de mensagens para uma muito importante reunião marcada para sábado à noite, para o povo debitar opinião. Mas debitar opinião sobre o quê?
A classe política de Óis seria o agente ideal para essa explicação. Até já levou a Óis uns senhores políticos de Lisboa para amandar bitaites sobre a cousa. E falaram, falaram... mas pouco se entendeu. Ou nada, para dar palavra ao que não se explicou.
Também não se notou, ou o Contra não sabe, que a imprensa local fale do assunto, para além das banalidades dos costume. Nem o sr. jornalista da terra, que passa por ser muito esclarecido mas de quem também não se conhece opinião, ou parecer. E tanto gosta ele de palavrear sobre tudo, como se soubesse de tudo.
E a classe política, moita carrasco. Ninguém de Óis diz o que pensa.
Será o eminente presidente Pires (PSD) favorável à comunidade ribeirinha de Óis e Espinhel juntos? Ou com Travassô? Ou com as duas? Ou com nenhuma.
E a senhora eleita Carla Tavares (PS) também não tem nada para dizer sobre isto? Não opina, não alega, não defende Óis e a sua histórica independência administrativa? Ou é a favor da colonização?
E os outros 8 eleitos?
Eu diria, parafraseando o nosso 1º. Passos Coelho, que se estão todos a lixar para isso! Ou não sabem o que dizer, porque a situação gira fora dos habitais sound bite´s da política bacoca em que a sociedade se deixou enredar. Se é que isto é política! Se é que há políticos em Óis.

19 julho 2012

||| TANTA CONFUSÃO EM TÃO POUCAS RUAS DE ÓIS...


O rei espanhol, Juan Carlos de Borboun, recebeu o Vladimir Putin (czar das Rúsias) e, segundo acabo de ver na Euronews, tratou-o por sr. Presidente. Dando pelo erro, titubeou, tremelicou, tibuteou... mas logo emendou o tratamento, chamando-lhe Primeiro Ministro.
Esta história não vale de nada mas ocorre-me o mesmo problema sempre que tenho sempre este problema nas ruas de Óis. A do Cabo é Manuel Tavares, mas começa aonde?
E onde começa e acaba a Benjamim Soares de Freitas, que toda a gente conhece por rua da Igreja?
E a do Viveiro, que é Adolfo Pires dos Reis, começa e acaba aonde?
E a da Ponte agora é quê? Rua Jacinto Bernardes Henriques.
Vejam lá, uma terra tão pequenina e com tão poucas ruas e tantas confusões, que a gente nunca sabe qual é.

11 julho 2012

||| MODOS DE VER AS COISAS...







O parlamento português é aquele sítio onde vãos uns senhores (e umas senhoras, também) dizer umas não sei quantas coisas, a atacar-se uns aos outros, culpando os outros de todo o mal que nos acontece e uns dos outros dizem coisas que não se dizem ao diabo. 
O sr. Relvas, aquele senhor que fez 4 das 36 cadeiras e é licenciado, foi lá ao parlamento, no dia de ontem e para falar sobre o caso das pressões ao Público. E disse ele, com uma arrogância que parece que vai bater em todos, que a ERC o ilibou em toda a linha. Se ouvi bem, antes de dizer "em toda a linha", já tinha dito "o relatório da ERC iliba-me".
Ilibou-o?  

Ora vejam lá como é curiosa esta forma de o sr. dr. Relvas ver o caso. Diz ele, senhor grande do seu nariz e sentindo-se intocável neste país que enlouquece, que o relatório "o iliba". Podia, por exemplo, ter dito que estava provada a sua inocência, que estava inocente, que nunca fez pressão nenhuma sobre a jornalista do Público, mas não. Diz que o iliba; isto é, que o reabilita, justifica, isenta, purifica. Não diz que é inocente.
É a falar assim que o ministro prova o que lhe vale o curso de 4 cadeiras tiradas e 36 - trinta e seis - justificadas apenas em papel.  

E o homem não se vai embora? 
E o primeiro ministro não o põe a andar?

10 julho 2012

||| BLOGS E SÍTIOS DO TEMPO QUE PASSA...

O Contra gosta de blogs e sítios (sites), onde gosta de ler e burilar a opinião dos outros, mesmo que com ela não concorde, mesmo quando não diz se concorda. O Contra entende ser importante saber o que pensam os outros, o que dizem, os que são mais para a esquerda ou mais para a direita, os assim-assim e os nem por isso. 
O Contra gosta de saber o que se passa em Óis. 
O Contra, por razões diversas, não tem sido assíduo, antes pelo contrário, mas pensa que é fundamental blogar e argumentar sobre o dia-a-dia da terra e das coisas do país, reflectir sobre as animações diárias que afligem ou descansam o pensar destes que somos nós, os portugueses cada vez mais de tanga.
Há blogs e sítios que o Contra especialmente se habituou a ler e há outros que lê quando imagina o que lá deve estar escrito. Estes, especialmente, fazem-me falta. É o que acontece quando frequentamos o espaço internético de Óis. Faz falta a irreverência de alguns. Faz falta que outros noticiem. Podia aqui pôr nomes, mas não vale a pena, até mesmo os mais fiéis se vão perdendo no tempo e no espaço. Não vamos perder tempo com isso, com pena nossa.

05 julho 2012

||| Ó RELVAS, Ó RELVAS, DOUTORES DA MULA RUÇA À VISTA...





O professor Marcelo disse há dias que o ministro Miguel Relvas devia sair do governo pelo seu próprio pé e o Contra só concordou na metade, mas não o disse. O Contra e o professor não estão de acordo porque, se fosse o Contra a mandar, o ministro Relvas já há muito tinha ido borda fora, com um pontapé naquele sítio que a gente sabe e não iríamos ficar à espera que decidisse ele.
O homem, entretanto, afinal não é licenciado. Melhor, tirou a licenciatura num ano. Tem um curso de mentira e é muito difícil perceber o que faz ele no Governo, além de se defender e sucessivamente se contradizer com desculpas bacocas. Há muito tempo que anda de escândalo em escândalo.
Hoje e a propósito, amiga cá de casa veio lembrar que precisou de cinco anos e mais uns trocos para acabar a licenciatura, cadeiras atrás de cadeiras - coisa que não foi necessária a tão relvada figura, que apenas precisou de um ano para ser diplomado em 36!!!!
A isto chama-se o quê?
Dizia a minha avó eram os senhores como estes os tais doutores da mula ruça!
Já agora, anedota do dia, que circula na net:
«Miguel Relvas chegou à Universidade Lusófona, bate à porta da sala de aulas e pergunta:
- «O senhor professor dá licença?
Responde o professor:
- Está licenciado!».

Isto é tudo ridículo e daria para rir se este senhor não fosse o homem de mão do 1º. ministro de Portugal.

03 julho 2012

!!! OS BOLOS DA PÁSCOA E O DÉFICE ORÇAMENTAL...


O défice orçamental do primeiro trimestre é 7,9%. Sabiam? Então, mas não era para ser de 4,5%, ou coisa que o valha?
Um pessoa olha para estas contas destes senhores ministros que nos andaram por aí a vender banha da cobra e, terra a terra, facilmente conclui da licitude, ou do direito em dizer que este esfolamento do contribuinte, assumido com total descaramento por quem nos (des)governa, é totalmente imerecido.
O zé povinho não merece levar esta tareia de austeridade, este esfolamento das carteiras, este estrafegamento da economia, este esvaziar de bolsos que, afinal, não está a dar em nada.
Mas que bestas quadradas somos nós, que não nos sabemos defender desta austeridade e destes governantes?
Mais felizes são outros governantes que, em vez de aumentaram o que já é austero e deficitário, distribuem mas é bolos de páscoa pelo seu povo.