||| A POLÍTICA RIBEIRENSE PASSA POR ONDE E POR QUEM?
A política ribeirense nunca teve o mérito e o crédito de pensar por si: foi pensada por outros, pelos interesses de outros e só de alguns. E alguns, ao arrepio do interesse colectivo, amealharam-se de proveitos que nunca teriam em situação normal.
A política ribeirense tem anos, mas dezenas de anos, sem ser pensada, embora sempre se tenha julgado consensual e vitoriosa, sendo, todavia, autista e castrada, limitada e ineficaz, fugindo da crítica e da opinião diferente, como o diabo foge da cruz.
A política ribeirense, do que o Contra conhece, sempre se afirmou e vulgarizou na rotina autoritária e vesga, sem discussões abertas e fraternais, construtoras, para definir o caminho comum que cultiva e fomenta o futuro.
A política ribeirense, sabe-se lá porquê, nunca quis ouvir, para decidir, e entreteve-se, à esquerda e à direita, com fraticídios e jogatanas que não serviram muita coisa. Ou nenhuma.
A política ribeirense contaminou-se pela doença do sectarismo, com posições conservadoras de ambas as vanguardas - a do poder e a do contrapoder.
A política ribeirense castrou-se no “não fazer o jogo do inimigo” e silenciou-se em divergências, entendendo-se estas como actos de genuína traição. Quem não é por mim, está contra mim.
A política ribeirense perdeu eficácia na luta e no caminho para a autonomia da sua liberdade administrativa, territorial, social e como comunidade de identidade própria e centenária.
A política ribeirense, ao mudar de actores, embora rodeada de traidores, poderá mudar a sua face, em nome de todos. Não pode e não deve é admitir como solução a via de obediência aos sectários. O seu futuro, o futuro de Óis da Ribeira não passa por aí.
2 comentários:
O futuro dirá...
Agora o padrinho deu para estar atento à política. Já não tem por onde bater na associação lá da terra. Carrega Cavaleiro que não hás-de chegar a nenhures.
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