A palhaçada em que se transformou a fusão, extinção ou seja lá o que for das freguesias não passa, salvo melhor opinião, de uma habilidade para distrair os mais... distraídos. As questões de fundo são esquecidas. Por exemplo, o que pode acontecer a uma pequena freguesia como Óis? Essa, é a questão.
Questão elementar!
Outro dia, a assembleia de freguesia, meritoriamente, organizou um colóquio na Junta, pouco frequentado e menos esclarecedor, do que sabe pelo que dele transpirou. Falaram uns senhores e ficou tudo caladinho. Saiu disso alguma moção, alguma posição? Não se sabe e, a existir, certamente a imprensa daria notícia.
Os senhores autarcas de Óis - e nem, todos os eleitos estiveram na tal sessão de esclarecimento - deram o seu trabalho como feito, arrumaram a sua responsabilidades num cantinho e foram tratar da vida deles.
O Contra não conhece suficientemente a lei, mas interroga-se sobre o que pode acontecer quando, derretida a freguesia, fique ela sem a Junta. E sem escola - quando, já por razões de saúde, tem de ir a Travassô, a Águeda ou a Recardães. Isto é, vai gradualmente perdendo o que tem. Como não vai ter o famoso pólo educativo, que tão prometido foi. Como a própria paróquia já é um «anexo» de Travassô. Como a escola já é do agrupamento de... Fermentelos.
O que é que vai sobrar?
A ideia que ressalta apatia é de que, todos juntos, não passamos de uns panhonhas, para quem está tudo bem.
O passado histórico da freguesia que já foi sede de concelho e teve foral manuelino, isso não existe. Fomos terra de referência! Mas já não somos e sorrimos a olhar para a identidade que se perde!