O sr. governador tem feito o que pode, e o que não pode e porventura não deve, para descredibilizar a obra de anteriores
governos, palavreando em geniais relatórios que não fosse ele e já acabado o mundo. Não é bem assim.
O sr. governador pensa e, como se sabe, age de maneira feudal e muito embora use modernas tecnologias de engana-tolos, não explicou nunca como está a potenciar a governação e/ou é a salvação do mundo. Desligou a corrente da realidade e criou o seu auto-brilho, mas enfatuado e acinzentado e demasiado enfático para o que vale.
É que qualquer governação, qualquer que ela seja, não começou hoje, nem ontem, foi antigamente e não vai acabar quando qualquer governador bater com a porta - como batem os menos audaciosos.
As pessoas passam e, como se sabe, as obras e as governações continuam. Ficam para outros governadores. Dá-se mais por umas que por outras, é verdade, mas isso é a lei natural da vida.
Uma boa grande parte, aliás, faz-se notar pela simples razão de que anda com campaínhas atadas aos cotovelos e pisca-piscas pendurados das orelhas, para se fazerem ouvir e ver. Outros escrevem para alguém ler, mas preferiam pegar em megafones e andar a proclamar virtudes - que só eles vem e só os outros lhes podem reconhecer. E muitas vezes não reconhecem.
Uma boa grande parte, aliás, faz-se notar pela simples razão de que anda com campaínhas atadas aos cotovelos e pisca-piscas pendurados das orelhas, para se fazerem ouvir e ver. Outros escrevem para alguém ler, mas preferiam pegar em megafones e andar a proclamar virtudes - que só eles vem e só os outros lhes podem reconhecer. E muitas vezes não reconhecem.
Há gente que, para fazer prova de vida, passa-a a mostrar-se, mesmo quando não tem nada para mostrar, ou já é personagem do passado.
Há gente que, para governar, tem de matar fantasmas, sejam eles Sócrates, ou simplesmente coabitantes do nosso meio social! Fogem desses fantasmas como o diabo da cruz, embora todos saibamos que o diabo não existe e cruz todos a tenhamos. Isto aplica-se a actuais e antigos governadores, por menos disléxicos que pareçam e mais padrinhos sejam, ou tenham.