O Contra não tem ideia formada sobre se o Rei de Espanha fez bem ou fez mal em aceitar o
convite do empresário árabe para ir caçar elefantes para o Botswana, precisamente numa altura em que
o seu país está à beira de ser intervencionado pelo FMI. O melhor é dizer que à beira da bancarrota, seguindo o real exemplo do vizinho ibérico.
O real senhor não nasceu ontem e lá saberá o que melhor fazer. Ponto final.
Supostamente, porém, um
Chefe de Estado não pode comportar-se como se a crise do país nada tivesse a ver com ele e, pura e simplesmente, ir caçar elefantes.
Por cá, supostamente, não há elefantes, mas há quem se porte como eles, em loja de cristais e louça fina. A partir tudo e a cortar a torto e a direito, sem olhar a quê e a quem! Há governantes que, de olhos cegos e coração duro e empedernido, insensível e deslumbradamente letal, só sabem contar números e fazer contas de sumir, destruindo o aparelho social que herdaram. Não ficam na história, ou, se ficarem, ficarão por motivos menores.
O rei de Espanha, sábio e humilde, já admitiu que errou:
"Sinto muito. Enganei-me e não voltará a acontecer,", disse ele aos seus compatriotas.
Por cá, os elefantes partem a louça toda, esfrangalham a «selva» onde pavoneiam autoridade mas, quando lhes chegar a hora da veneta, pura e simplesmente, vão-se embora. São elefantes de outra estirpe. Sem a humildade do rei. Quem ficar, que junte os cacos!
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