07 agosto 2012

||| CONTRA ALGUNS HÁBITOS POLÍTICOS...


Afirmar que os ribeirenses podem estar a fazer uma inversão nos seus hábitos políticos é coisa bem mais séria que o que se possa pensar. A política tem ciclos, que se acabam, dando lugar a outros e é assim que se faz política, com sentido de estado.
A «revolução» popular de 28 de Julho pode ser o princípio de um. Ou nem tanto, também não nos podemos pôr para aqui a adivinhar.
É verdade que é muito difícil mexer na pesada máquina política instalada no país, na região e nas autarquias locais. Uma máquina cheia de vícios, de quintas e quintinhas, de caciques e pequenos caciques, de gente que se faz grande, sendo anã da política e das ideias.
Mas também é verdade que o projecto de reforma administrativa poderá ser apenas uma razão, um meio e um princípio da inversão que se exigirá dos hábitos políticos instalados. O abaixamento de interesse, ou distanciamento dos ribeirenses pela política, exemplarmente mostrada aos seus actuais actores locais na assembleia popular de 28 de Julho, poderia levar-nos a várias conclusões.
Uma delas, a de que os hábitos de consumo político estão mesmo a mudar.
Outra, a de que os ribeirenses, se não estão já a substituir os eleitos a que viraram costas nessa noite, pelo menos estão a manifestar o desejo de deixar de consumir os seus projectos. Se é que há projectos e sendo certo que foram prometidos.
Ouvir, como se ouve, que não se faz obra porque não há dinheiro ou porque não se é do partido do poder, é má e fraca desculpa. Assim fosse e Óis não teria obra feita, como a que tem - o que, indo por partes, significa que não é a economia (ou a finança) que precisa de mudança. O que é preciso é que o futuro permita sonhar e dar a volta por cima e voltar a ter hábitos políticos que respeitem o povo e não o clientelismo.
Como a fé é a última coisa a morrer, será relevante inverter hábitos. Pensa o Contra de que...

1 comentário:

Anónimo disse...

e pensa muito bem...