27 agosto 2012

||| A SILLY SEASON E AS (NOVAS) GOVERNAÇÕES...



O Contra é do tempo em que o Verão era uma época de calmaria institucional e a governação ia a banhos sem que nada a incomodasse e dela nada se dissesse. A isso se tornou moda chamar-se a silly season. E porquê? Porque, segundo quem sabe, deveríamos todos aproveitar o verão e andarmos entretidos com coisas ligeiras e suaves, umas boas mariscadas e muita praia - que é como quem diz areia nos pés (ou para os olhos).
Agora já não é nada assim.
A comunicação social, que devia sugerir-nos leituras tranquilas, entrevistar as donas de casa sobre as ementas de verão e coisa mais aligeiradas e peuris, enche-nos de notícias hardcore. Lembremo-nos de D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas que se lembrou de fazer umas críticas mais agressivas ao governo do intocáveis. E de José Roquete a queixar-se dos critérios de concessão do crédito da CGD, embora tenha recebido fundos comunitários e ainda se queixa!
Há também aquela história do ar condicionado da FNAC de Alexandre Alves, o Barão Vermelho, e, mais recentemente, a RTP, que o brilhante dr. (Serás) Relvas quer privatizar não se sabe bem como. Falou-se e logo se ficaram a conhecer pormenores íntimos da dita RTP, o último dos quais o de os srs. administradores terem comprado mais de 50 carros de luxo.
A governação, a isso, disse nada.
Não de sabe dela, por onde anda e o que faz.
Em outras bandas e outras governações, sabe-se que há clientes a ir embora, por se sentirem  explorados; que há desemprego para uns e tachos para outros; que há demissões (de responsabilidade) atrás de demissões; que ninguém sabem quem manda, embora exista um mandador. Ditaduras, só a de Salazar e nem nos lembramos dela.

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