31 janeiro 2013

||| MUDARÁ O MOLEIRO, MAS NÃO MUDARÁ O ALQUEIRE...



O camarada Seguro deu ontem uma entrevista à SIC Notícias e fosse lá pelo aperto que anda a levar no partido, fosse porque não tinha jantado, ou fosse lá pelo que fosse, a verdade é que esteve muito cordato, diria até que simpático, sem aquele ar de franganote que mete o nariz em tudo onde não é chamado e não se cansa de dizer disparates e ser pretensioso até dizer baste.
O Contra ouviu Seguro a dizer que foi ele quem disse que a União Europeia e o Banco Central Europeu deviam ter um papel mais activo na resolução da crise. Foi ele? 
Seguro disse que a dívida pública continua a crescer, mas recusa sequer falar sobre cortes, porque, diz ele, «cortar não resolve nada», e que não se pode reduzir as prestações sociais, nem admitir «o empobrecimento». 
O problema está aqui: e então como há-de ser? Pode Seguro garantir que, sendo governo, o país cresce? Não, Seguro diz que não pode fazer promessas dessas. Então, esteja calado, não será melhor?
Seguro que para chegar aos 2,5% de défice em 2014 não se pode ir por aquilo a que ele chama «a austeridade custe o que custar» mas antes pela «defesa de políticas públicas que protejam os cidadãos» (o que quer que isso seja). E isto quer dizer o quê? Que temos de aturar um 1º. ministro destes? Ora bolas... Mudará o moleiro, mas não mudará o alqueire.

28 janeiro 2013

||| OS QUE ESTÃO E NÃO MAIS QUEREM ESTAR...



Óis da Ribeira anda inflamada com a crise directiva da Arcor. E já lá vão duas assembleias. Ontem, o Contra surpreendeu-se com a preocupação de um conterrâneo já de boa idade, sobre «o fala-se e desfala-se da associação» - a  frase é mesmo dele. 
O Contra ouviu várias opiniões, sobre este e aquele, que devia e não devia ser director e, como o nosso conterrâneo, admira-se de não aparecerem candidatos. Como se falou em vários nomes, o Contra ficou com curiosidade em lembrar quem são, afinal, os ribeirenses que formam os actuais corpos sociais. Afinal, os que não querem renovar o mandato. Entre eles, e são 21, não há quem assuma a direcção?

Quem são eles, quem são?


Assembleia Geral

  
Presidente: Diamantino Alves Correia – Sócio nº 3

1º Secretário: João Bernardino Dias Figueiro Viegas – Sócio nº 8
2º Secretário: Vital Oliveira Almeida Santos – Sócio nº 10
1º Suplente: Liliane Duarte Figueiredo Framegas – Sócio nº 584
2º Suplente: Carlos André dos Reis Ferreira – Sócio nº 601
3º Suplente: Eugénio Reis Pinheiro – Sócio nº 47



Direcção


Presidente: João Paulo Resende Gomes – Sócio nº 582

Vice-Presidente: Sérgio Miguel Ferreira Almeida – Sócio nº 583
Secretário: Vítor Manuel Almeida Melo – Sócio nº 41
Tesoureiro: Rui José Pereira Cardoso – Sócio nº 354
Vogal: José Martins Alves – Sócio nº 231
1º Suplente: Vítor Manuel Almeida Melo – Sócio nº 41
2º Suplente: Cristina Maria Carvalho da Silva – Sócio nº 38
3º Suplente: António Carlos Santos Almeida – Sócio nº 81
4º Suplente: José Martins Alves – Sócio nº 231
5º Suplente: Arsénio Melo Lameiro – Sócio nº 186

- NOTA: A composição inicial incluía o secretário Hercílio Almeida, que se demitiu, substituído pro Victor Melo. O mesmo aconteceu com Ondina Gomes Soares, vogal, substituída por José Martins Alves. os suplentes Cristina Silva e António Carlos Almeida não assumiram os lugares de substituição.


Conselho Fiscal


Presidente: José Carlos Santos Pinheiro – Sócio nº 600

1º Vogal: Mariana Marques de Almeida – Sócio nº 599
2º Vogal: Paulo Jorge Carvalho da Silva – Sócio nº 35
1º Suplente: José Melo Ferreira – Sócio nº 19
2º Suplente: Marcos André Ferreira dos Santos – Sócio nº 519
3º Suplente: António Alberto Pires da Costa – Sócio nº 371
Dados recolhido do site oficial da Arcor 

26 janeiro 2013

||| ORA FALEMOS DA CRISE DIRECTIVA DA ARCOR...



O Contra não é de azedumes, é mais para as coisas adocicadas, mas começa a desentender a parcimónia com que se desenvolve o processo eleitoral da Arcor e a remocada que se ouve por aí, em puxes de orelha a este e aquele, a cada qual se apontando aquiles no calcanhar.
Aquiles, se bem se lembram, tinha o dito como ponto fraco e por ele perdeu pérolas e oportunidades. E, se bem m´entendem, o que a Arcor está a perder são oportunidades e pérolas.
A leitura da imprensa local, sobre a festa d´anos, deixa claramente a entender os méritos dos actuais órgãos sociais e o jornal do padrinho titula até que são 34 anos de equilíbrio, rigor e futuro. Nem mais! Ora sendo assim, e não é o Contra que vai dizer outra cousa, parece líquido que outra saída não há para a dita «crise», que continuarem tais méritos a enobrecer a campanha. De outro modo dito, continuar tal equilíbrio, aumentar o rigor (se possível) e sustentar o futuro (o desejável). É o que, dito de outra maneira, aconselha o bom-senso. De outra maneira, ainda: desaproveitar tais competências, seria desperdício condenável. E desperdiçar, não é cousa que se deva fazer, em tempos tão madraços como os que correm.
O Contra, que, repita-se, não é de azedumes, não entende também a indiferença de antigos dirigentes.  Antigos dirigentes, mas distantes, despreocupados, insensíveis e ausentes. O que se sabe  é que do ciclo de 17 mandatos da história da Arcor há pelo menos 10 presidentes, incluindo o actual, alguns deles com dois e mais mandatos.
Ora 17 mandatos, só a nível de direcção, envolveram 75 pessoas - embora algumas reincidentes. E já nem falamos em outras tantas, pelo menos, entre assembleia geral e conselho fiscal. Então, desta centena e meia não há um candidato a presidente, começando pelo actual e até todos os outros? Que arrepio afasta tanta gente, ou a gente mais nova, d´assumir uma associação que é de Óis e foi feita por gente de Óis?! Que azedume anda no espírito da gente arcoriana e ribeirense? 

24 janeiro 2013

||| O GOVERNO SOMBRA E A SOMBRA DA GOVERNAÇÃO





O Contra tinha a mensurada expectativa de que a governação, em momento tão eufórico como o que atravessa, com tantas e tão expressas loas públicas e tantos e tão bons resultados gestionários, aprouvesse de continuar a sua assumpção de responsabilidades públicas. As que tem para com os eleitores.
Não é isso que está a acontecer, todavia.
A notável governação apressa-se ao bota-fora e não tardará que se respalde na cadeira do deixa para lá e quem quiser que se desenrasque, ficando a assistir ao que o futuro parir, tal como Seguro ficará, em futuro não muito distante, a assistir na televisão às sessões plenárias na Assembleia da República. 
A muito boa gente se faz já a folha e, em três tempos, lhe descobrirão as fraquezas da insegurança, as verdades da sobranceria, a retórica populista e a demagogia da liderança.
Dito isto, quem sobrará para a governação? Que passos serão dados? Que governo sombra por aí se agita nos escondidos do tempo? 
Bonda por aí gente inteligente, perspicaz e faladora. É verdade. Mas gente dessa será uma boa alternativa à governação? Sairá da sombra? 
Não se sabe (o Contra não sabe, mas quis saber) é quem quererá ser o novo 1º.-primeiro-ministro de tal terra, se o actual não continuar. Dele(s), seja quem fôr, será necessário conhecer as prestações, que passado têm de governação e militância e se esse passado dele(s) fará boa(s) alternativa(s), ou não. É que não será bastante apenas a imagem, o posicionamento e a popularidade, ou a boa vontade.

22 janeiro 2013

||| A POLÍTICA, O GOVERNO E INTIFADA SOCIALISTA


A propaganda oficial anuncia para amanhã o regresso de Portugal aos mercados financeiros, querendo isso dizer que poderemos ter crédito mais baixo para pagar os balúrdios da nossa dívida pública.
A concretizar-se tal coisa (vamos esperar e desejar que sim) esta semana poderá ser a melhor do Governo de Passos Coelho, que tanto malhanço tem levado nas costas.
O regresso aos mercados, acontecendo em tempo antecipado ao previsto e se tiver êxito (amanhã se verá), deixa boa marca para os interesses nacionais. Quererá isto dizer que a Europa apoia o reajustamento do programa de reequilíbrio das contas públicas. Vamos lá a ver!
A acontecer a tal melhor semana de Passos Coelho e com o PS a tratar de fazer a cama a Seguro, o panorama político muda de repente. Assim faça o 1º. Ministro uns pequenos ajustes no governo e a intifada socialista fará o resto.
A política, como se vê, é mesmo uma coisa estranha. E os portugueses a ver onde páram as modas

20 janeiro 2013

||| A CANDIDATURA E AS ALTERNATIVAS DE SEGURO


O socialista António José Seguro veio pedir maioria absoluta aos portugueses e, ao mesmo tempo, dizer que, caso seja Primeiro-Ministro, não estará em condições de baixar os impostos.
O Contra acha isto espantoso!
O que Seguro nos está a dizer, com toda a ligeireza com que fala de tudo e mais alguma coisa, é que  não vale a pena votar nele porque não tem solução alguma para problema algum. Afinal, fará exactamente a mesma coisa que Passos Coelho ou manteria as coisas como estão. Como aliás se sabe, pois não lhe é conhecida nenhuma alternativa à coligação. 
Ora, António José, mais valeria estar calado. Se não corta na despesa do Estado e não aumenta os impostos, faz como?

17 janeiro 2013

||| AS REFORMAS ANTECIPADAS...


O pedido de reforma antecipada de gente da governação está a abalar o país e já ninguém se sente seguro e com passos para andar em frente. E reforma antecipada, porquê? Porque já não se pode, ou porque não se é capaz, ou porque o melhor e ir embora antes que chova?
As passagens à reforma, em idades tão jovens e muito boas para trabalhar, poderão ter a ver com o stress, a saúde, um fim de linha ou o receio de barraca. Se for em política, é sempre fácil a desculpa: a culpa é da oposição e ponto final.
Um pedido de reforma precoce é sempre de lamentar. Qualquer idade é sempre idade para se ser útil à sociedade, independentemente da competência de cada um. Sempre que estamos perante um pedido de reforma antecipada devemos tentar perceber se se trata mesmo de uma necessidade, de uma  grande vergonha ou de um enorme alívio. Vá lá saber-se

15 janeiro 2013

||| AS LIDERANÇAS E AS COMUNICAÇÕES GOVERNAMENTAIS



As lideranças, quaisquer que sejam e por mais fracas que sejam, deixam sempre as suas marcas. Nos tempos modernos, usam a comunicação para se fazerem mais sólidaS e humanas.

O Contra não dá, porém, novidade nenhuma se recordar que a gestão comunicacional da actual governação é fraquinha e a pingar para o anedótico. Tenta comunicar sempre tarde e fá-lo mal, quando tenta. É uma espécie de roleta russa, nunca se sabe os efeitos que terá. E normalmente, a coisa sai pró torto.
Não cremos que seja isto uma boa forma de comunicar e de governar.

12 janeiro 2013

||| O MORTE LENTA DA "ADSE"..., SEGUNDO O PS!



A ADSE é a Administração dos Serviços de Saúde dos Civis do Estado. Por outras palavras, é a Segurança Social (a Caixa) dos funcionários públicos, que dela recebem regalias que não têm a maioria dos funcionários que não são do Estado. Os privados.
Pois bem, o ex-ministro da Saúde do camarada Sócrates,  Correia de Campos, agora deputado europeu, entende que se deve acabar com a ADSE.
Foi aos arames  seu camarada Carlos Zorrinho, que faz o lugar de líder da bancada parlamentar do PS. Pois, diz ele, que não senhor, nem pensar nisso, que o PS não tem a menor intenção de acabar com a ADSE.
Outro dirigente socialistas, veio a terreiro (muito gostam os politicos de falar) dizer que sim, que afinal «vamos acabar com a ADSE para acabar com a injustiça».
O Contra está a ver o telejornal e ainda não apareceu o enfático António José Seguro a elevar a voz e falar de forma muito clara, para esclarecer o que o PS pensa do assunto, se é que tem opinião. Imagino-o, tonitroante, a dirigir-se a Passos Coelho e a ameaçá-lo, de pescoço levantado e dedo em riste, caso o nosso Primeiro se atrever a extinguir a ADSE.
Vamos lá ver se aparece e esperar para saber o que desta desventura socialista pensam os camaradas funcionários públicos.

11 janeiro 2013

||| OS LUXOS DA GOVERNAÇÃO E AS CHORUDAS REFORMAS


O Estado está falido, ou para lá caminha, e devia portanto ser o Estado a pagar as suas dívidas, a emagrecer os seus custos, a acabar com as suas mordomias. Mas não, os impostos calham na rifa de todos os portugueses, os funcionários públicos e os privados.
Sobre os públicos, podiam começar pelas chorudas reformas que os seus dirigentes (auto)atribuem e não teríamos de ouvir as bacoradas de Pedro Passos Coelho, por exemplo quando diz que os reformados são uns privilegiados!”. Onde é que já se viu... não trabalhar e ainda por cima receber dinheiro todos os meses.
Havemos de concordar, é verdade, que há reformados e reformados e que, para todas a grandes regras, há excepções. É por essa razão que, contra o que me é habitual, dou o "benefício da dúvida" ao nosso "estimado" primeiro-ministro, quando ele diz que «os pensionistas não descontaram para terem pensões tão elevadas». Quero crer que Passos Coelho não está a tentar virar os trabalhadores contra aqueles que já trabalharam, mas que se está a referir apenas às excepções. Como, por exemplo, a sra. Presidente da Assembleia da República que, por retribuição de dez anos no Tribunal Constitucional, desde os 42 aninhos de idade que todos os meses abocanha uma reforma tal, que a fez prescindir do ordenado de vários milhares de euros por mês a que teria direito enquanto Presidente da Assembleia da República. Nada mais nada menos que 7 255 euros. 
Aposto que é isso. Passos Coelho está a apenas a “amandar” uma indirecta à dona Assunção Esteves! Até parece que os tem no sítio.

09 janeiro 2013

||| A OUSADA GENTE DA GOVERNAÇÃO...



O Tribunal de Contas fez contas e deu conta de que os gabinetes da governação, incluindo o pessoal que vai de ministros e ministras a secretários e secretárias, passando pelo exército de assessores - boys e girls da jotas a dar com um pau... -, não estão a ligar cavaco à crise e à austeridade e que continuam a gastar à tripa forra,  como sempre, como se não houvesse amanhã e fossemos um país de barriga farta e riqueza a sair pela borda do prato. O Contra ousa dizer que não entende certas coisas e, por isso mesmo, não concorda com os senhores juízes! Então não é natural que a governação, essa boa gente que, abnegadamente e com grande sacrifício pessoal, se dedica à coisa pública, tenha esses direitos?
Essa ousada gente que abnegadamente tenta remediar o caos em que estamos (ou iríamos estar) teria de estar, como o povo, sujeita a essa coisa mesquinha da austeridade e da prestação de contas?! Não, não e não!
O natural (destas coisas) é que se prestigiem suas excelências e, quando tiverem de ir embora, que se dê graças a Deus por terem dado o seu tempo à governação.

05 janeiro 2013

||| JOVENS TURCOS E MÃOS INVISÍVEIS E MANIPULADORAS



O jogada era aparentemente um verdadeiro golpe de génio: reuniam-se uns senadores, bebiam-se uns copos com uns lombinhos no prato e de uma penada resolver-se-ia o problema governamental. Eleger-se-ia um jovem turco da coligação e dava-se uma professoral aula a alguns proto-desistentes. Os senadores ajudariam.
O golpe era genial, sem dúvida: o jovem turco da nova coligação teria uma mão invisível a protegê-lo, empenhar-se-ia e faria esquecer algumas desilusões.
Nem o Pedro faria melhor, nos seus passos de governação. Genial estratégia. Nem Relvas, nem Gaspar, nem Ângelo...
Porém, nasceram críticas da esquerda e à esquerda, discutindo a escolha, por mais isto e mais aquilo, que podia ser e não podia, blá-blá-blá. Por via disso, nem o jovem turco quis ser boneco manipulado pela mão invisível, nem algum senador se dispôs a pegar na pasta. Foi um fiasco, com a situação governamental a deteriorar-se e a oposição a manifestar-se pouco segura.
Como resultado, lá tem os gerais senadores de reatar negociações para a nova coligação e ir o presidente e o seu gabinete, quais Egas, pedir desculpa ao primeiro da governação e pedir-lhe, por Deus Nosso Senhor, que não abandone o Governo neste momento decisivo da nação. Lá terá de ser e, com muito sacrifício, lá terão os governadores de governar, que foi para isso que foram eleitos, dêem lá os passos que derem.

03 janeiro 2013

||| SONHAR É UM DIREITO DE TODOS...


O ano novo já começou e as novidades não são boas, pois anda por aí uma espécie de quadrilha que parece encarregada de roubar ainda mais qualidade de vida aos portugueses, sacar-lhe direitos, furtar-lhe justiça e cercear-lhe a liberdade que ainda lhe sobra.
Nada disso, porém, nos pode tirar o direito de sonhar e de acreditar!
O ano vai ser de eleições e não vão faltar candidatos e promessas, planos e orçamentos, crescimentos e endividamentos de palavras e de actos. É preciso não perder o direito e o gozo de sonhar, nem que tenhamos de pôr as unhas de fora para não perder o sonho de vista mas, antes, acordar com ele todos os dias. O 2013, nesse sentido, não é um ano diferente dos outros anos.