O camarada Seguro deu ontem uma entrevista à SIC Notícias e fosse lá pelo aperto que anda a levar no partido, fosse porque não tinha jantado, ou fosse lá pelo que fosse, a verdade é que esteve muito cordato, diria até que simpático, sem aquele ar de franganote que mete o nariz em tudo onde não é chamado e não se cansa de dizer disparates e ser pretensioso até dizer baste.
O Contra ouviu Seguro a dizer que foi ele quem disse que a União Europeia e o Banco Central Europeu deviam ter um papel mais activo na resolução da crise. Foi ele?
Seguro disse que a dívida pública continua a crescer, mas recusa sequer falar sobre cortes, porque, diz ele, «cortar não resolve nada», e que não se pode reduzir as prestações sociais, nem admitir «o empobrecimento».
O problema está aqui: e então como há-de ser? Pode Seguro garantir que, sendo governo, o país cresce? Não, Seguro diz que não pode fazer promessas dessas. Então, esteja calado, não será melhor?
Seguro que para chegar aos 2,5% de défice em 2014 não se pode ir por aquilo a que ele chama «a austeridade custe o que custar» mas antes pela «defesa de políticas públicas que protejam os cidadãos» (o que quer que isso seja). E isto quer dizer o quê? Que temos de aturar um 1º. ministro destes? Ora bolas... Mudará o moleiro, mas não mudará o alqueire.
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