26 julho 2011

||| ALGUNS FUTUROS PERDIDOS...

A rádio, hoje logo pela manhã, deu notícia de um prémio internacional de um milhão de euros para uma dupla de investigadores portugueses que estudou a questão de fertilzação das mulheres. Infelizmente, não retive o nome mas sei que são da Faculdade de Medicina do Porto.
Isto veio provar que nós, os portugueses, temos capacidades e somos competentes. Temos valor! E muitos outros casos de reconcimento internacional há, felizmente.
O problema dos portugueses, portanto, não está na incapacidade de grandes feitos e dos enormes conhecimentos. Está principalmente na falta de feitos médios, por gente média. Falta-nos massa crítica na intervenção média, na cidadania média, na iniciativa empresarial média, nos gestores médios, no mundo empresarial, nas comunidades escolares, na gesta associativa, até na coisa mais próxima - que é o núcleo familiar.

Se a gente olhar para a coisa pública de Óis da Ribeira, e olhar com lhos de ver, lamentavelmente não deixa de encontrar retratos deste estado de coisas.
Os dias de férias deram para ver as coisas mais simples de Óis: as casas sem saneamento, as ruas com buracos, o lixo espalhado, as ervas que crescem nos espaços públicos, as casas que ameaçam ruir, a solidão de alguma gente. Ficamos por aqui.
A cidadania não é mais e maior só porque exercemos, ou não, cargos públicos - ao nível da administração pública e política, associativa ou o que quer que seja. Para sermos melhores cidadãos não precisamos de ser ministros, secretários de Estado, deputados, vereadores, presidentes da Câmara ou de Junta ou de associações. Nem sequer de estarmos envolvidos no mundo político.

O espaço intermédio é imenso e é nele que muita gente pode actuar. Principalmente quando quem deve se amarra de mãos e de actos, hipotecando futuros. E Óis da Ribeira alguns tem perdido.

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