O que verdadeiramente importa ao Contra d´Óis, nesta sua viagem pelo mundo blogal ribeirinho, não é que alguém nos mordisque as canelas, ou se faça mosca de verão a morder-nos a pele - de nós dizendo o que achar mais justo. O que veramente nos importa é a discussão sóbria das coisas, da terra, da região e do país; observar os problemas do tecido social e questionar, se for oportuno, o modo como a política, a governação e os vários poderes têm feito o seu papel e, se necessário, estimular-lhes alternativas para o futuro, sem sequelas de passados mais próximos ou distantes.
O futuro, no caso ribeirense, terá a ver com próximas eleições, as associativas e provavelmente as autárquicas, aquelas ainda em 2012, estas virtualmente em 2013. Vale a pena, por uma ou por ambas, aprofundar o debate que a seriedade e responsabilidade das instituições merecem.
Será relevante que, à volta dos caminhos do poder local e do movimento associativo, em tribunas livres, sem vícios ou sectarismos partidários, se discuta o que verdadeiramente interessa ao interesse comum.
Os vícios eleitorais, se não evitados, podem conduzir as instituições por trilhos perigosos, os trilhos da chamada política dos “cérebros iluminados”, que mandam (ou querem mandar) quando estão e não estão, instalando e desenvolvendo interesses, fazendo gestão caciqueira das relações e das instituições - quais baronetes feudais, sejam eles padrinhos ou afilhados.
Óis da Ribeira tem mais forças vivas que as que dão a cara nos diferentes actos eleitorais. Esses, os que não dão a cara (ou só aparecem quando lhes apetece) devem ser chamadas à coisa pública, ao debate sobre as condições do presente e às perspectivas que é crucial abrir nos dias de amanhã. Porque Óis da Ribeira tem um futuro e pode fazer-lhe o caminho. Tem espaço e campo abertos para isso e nem precisa de doutores, engenheiros ou de padrinhos. Precisa é de gente de trabalho e de competência, que não mostre currículos que valem o que valem, mas obra feita.