A moção de censura do PCP ao governo equivale-se, muito, ao que se passa em outras governações, muito mais próximas de nós.
Quando alguns socialistas, como Manuel Alegre, dizem que a moção é mais contra o PS que contra o governo, isso faz-nos lembrar o diz-que-diz-que, regularmente de amonta contra quem governa, seja onde for.
Se olharmos bem, o Seguro secretário geral do PS também já tinha feito queixinhas da
moção, porque vem na “pior altura”, disse ele; porque é muito importante a “estabilidade
política”, frisou; porque o “sentido de estado”..., trrréu-téu-téu, pardais ao sol e mais algumas das “violentas”
nulidades que costuma produzir, nitidamente para encher pneus. É um líder de oposição no vácuo, como no vácuo andam opositores à governação local
Estas coisas deixam-nos preocupado. Se o facto de o
PCP censurar o PSD/CDS é, afinal, censurar o PS isso quererá dizer que, muito provavelmente, sempre que apresentou
moções de censura a governos do PS, acertou, sem querer, no PSD ou no CDS.
Tal falta de “pontaria pode acabar, sabemos lá, numa enorme e injusta
tragédia para muito boa gente, gente de boas intenções, preocupada em fazer o mundo melhor e que quer, no dia-a-dia, governar com justiça, tolerância e sabedoria.
Pensar que quem censura, ou critica, quer destruir é, por exclusão de partes, um desregrado pensar e uma temerária conclusão. Quem assim desabafa faz lembrar a tendência que alguns actores da vida pública têm para a comédia. Que nem sempre é tragédia, mas às vezes é trágica.
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