Vi hoje o cartaz das inaugurações do centro social e da Arcor. Fiquei contente, pelo até que enfim que isso significa. Para dizer verade , também dos que ensava que já tinha sido inaugurado. Portanto, a notícia é bem interessante para conmunidade. ÉR um acabar de ano bem interessante!

||| MINI-FÉRIAS!

Não se assustem! Isto é só porque estamos sem inspiração

e a fazer as malas para uns diazinhos de férias, aproveitando

o fim de semana prolongado!

Não estamos contra nada, nem

contra ninguém, até poque vamos entrar no mês de Natal!

|| A NOSSA VIDA E OS NOSSOS SONHOS!

Há momentos da nossa vida, que julgamos ser os melhores da nossa vida! Quantas vezes, a caminhar do e para o comboio, de Cabanões, sonhámos com a grande casa da praia, as grandes férias em Bora-Bora e não... saímos de Óis por todas as férias grandes!

Passaram-se, assim, muitos anos da nossa vida em que até os aniversários eram cobertos por mantos invisíveis como teias, tecelagens de aranhas que não vemos mas existem.

A vida é uma sucessão de factos que não funcionam como os torneios em que podemos evitar todos os obstáculos... Existem muitos contra os quais temos que ir, numa passada calma, e atravessá-los como se fossem paredes invisíveis mas que nos deixam marcas indeléveis... Não há detergentes para a alma a não ser o tempo. Esse tempo que nos ensina a pouco e pouco a palavras aceitação. E que nos ensina que a vida é para viver assim, desta maneira... momentos felizes e outros menos felizes...

A vida permite-nos apenas que nas alturas piores tenhamos evasões fugazes para o reino do desconhecido, buscando respostas, ou que nos passeemos nos jardins do passado, nas praias cobertas por conchas e gaivotas, sós, sempre sós. E é essa mesma vida que acredita que nas nossas deambulações iremos aprender a seguir em frente. É a vida!!!

||| TERRA DE OTÁRIOS E DE OLHOS ABERTOS!!!!

Não dou novidade nenhuma, citando um um amigo meu que diz que em Portugal não há medo de nada. Como se fossemos todos heróis, como os que aprendemos na história!

Toda a gente passa impune!!

Em boa verdade, tirando o desgraçado da esquina ou qualquer zé dos anzóis, ninguém é culpado de nada. A culpa cai sempre no colo de um otário qualquer, normalmente nunca nos vip´s que por aí pululam a sugar as tetas da coisa pública!. Ou da privada, para a pública pagar! Falta cultura de medo, justiça popular ou mafiosa, tanto faz. Somos um, bocado o país do cantando e rindo, diziam os outros e com razão. Portugal está entregue a uma máfia, sejam autarcas, pedófilos, polticos, construtores...etc etc...you name it. Somos mesmo portugueses! Vingam os de olhos mais abertos!!!

||| GENTE QUE ANDA A PÉ E COME DE BORLA!

O que está a dar, por estes dias, é a inauguração do percurso pedestre «da pateira ao Águeda», pelo que nem será cansativo voltar aqui para dele falar. Ou para sermos mais exactos, para retratar.
Vimos esta foto no site da Câmara Municipal de Águeda, com um texto de reportagem - pelo que quem queira saber mais, é lá ir ler. E também há no site de Luís Neves.
O que lemos, em resumo, é que a coisa foi um sucesso, o quem para falar verdade, até nem admira: havia tacho no fim. E de borla, ofereceu a Câmara, Assim se vão amanhando os pedestrianistas, que, ouvi eu dizer, vieram de todo o país, de Santarém para cima!!! E viva os d´Ois!!!

||| SE FOSSE DELES, NÃO FAZIAM ASSIM AO DINHEIRO...

A gente aprende a lidar com o dinheiro, a gastá-lo e a poupá-lo. O nosso! Brincar com o dinheiro alheio é fácil, mas desonesto. Quando o governo diz que vai fazer garantias no valor de 5 mil milhões de euros a tres ou quatro bancos que não estão em crise, é no mínimo inacreditável. Nem sequer é exigido a esses três bancos as condições de salvaguarda estipuladas: nomeação de administradores do governo, congelamento dos prémios de remuneração aos directores e administradores, e controlo apertado das operações financeiras.
O governo está a dar garantias sem qualquer segurança nem necessidade. Depois disto, é natural que a indústria e comércio automóvel comecem a exigir não pagar a segurança social dos seus empregados e pedir ajudas ao governo. Não admira ver as autarquias a pedirem também uma fatia do bolo para acudir aos seus problemas.
E quem é que paga tudo isto, quem é? O contribuinte, claro... Nós!! É o contribuinte quem paga as garantias que o governo oferece aos bancos, para estes emprestarem o dinheiro dos contribuintes, a eles próprios, acrescentando-lhes mais uma taxa para remunerar a comissão que o estado irá cobrar aos bancos ! Fonix... que grande negociata!

Cá para mim, se o dinheiro fosse deles, e não é!, não davam tais garantias, nãõ! E nós não «inchávamos» tanto!

||| ILICITUDES EVENTUAIS NAS JUNTAS PAROQUIAIS

Portugal é realmente é um país pequeno, de gente pequena que rouba no peso, foge aos impostos e se engana nos trocos, sempre a seu favor, sentindo-se feliz, pela sua esperteza.

Algumas das Juntas de Freguesia do concelho - não é a de Óis... - estão a braços com um problema de contas, que aparentemente não apresentam. Um acto que, mesmo não encerrando em si qualquer interesse privado ou especulativo, como é óbvio, deveria ter sido evitado.
A eventual ilicitude de ambos os casos, não se põe em causa. O que aqui se evoca, é a gente que somos, a pequenez moral e intelectual, o oportunismo presente neste nosso pequenino país, de interesses miudinhos, espertezas saloias, e ainda, as velhas cunhas.

Porque é que há-de ser assim?!

||| FOME!!!

Li, algures, que há fome em Óis, já falta comida, que anda gente a pedir ajuda! Não sei como acreditar!!! Se olharmos, principalmente, para o parque automóvel da terra! O que dá para pensar!

Os entendidos afirmam que os sinais da fome no mundo estavam presentes, que a crise se avistou. Não vimos nada e agora, ou fizemos que não vimos… agora não há dinheiro, não há perspectivas, não há esperança! Talvez… talvez seja isso que dizem.

Eu recuso-me a acreditar que não há esperança. Vai ser difícil? Vai. Vai custar? Vai. E o que podemos tirar de positivo? Aprender mais sobre nós próprios, ser humildes e tentar não deixar que isto aconteça de novo.

A fome pelo que não deve ser comido (dinheiro), acaba por nos deixar doentes. Não deixemos que o nosso mundo fique doente. Se todos fizermos o nosso bocadinho – ajudar o próximo, ter objectivos de vida nobres, ajudar a Terra, sermos humildes e respeitarmos o próximo, talvez o Mundo tenha (ainda) muita esperança.

||| FÉRIAS NA BARRA!

Não sei se estou a fazer uma interpretação errada da realidade, mas parece-me que Portugal - e obviamente Óis... - está obcecado com aspectos materiais.

Não é de espantar, a crise e a falta de tudo despoleta esses sentimentos em nós, mas sinto que é algo que já se arrasta há mais tempo e agora tomou o seu fulgor máximo.Queremos (ou querem?) tudo. Comer e beber do biom e do nmelhor, passear, curtir... como diz a malta mais nova!

Carro, casa, férias no Algarve (ou é Allgarve?), férias em Punta Cana e num resort de luxo no México (de preferência longe da população local, claro!). Queremos mesmo tudo e não sabemos escolher, tentar perceber o que é importante e o que nos faz realmente feliz. Tudo, mesmo tudo, tal qual crianças mimadas que não sabem que ter tudo é irreal.

Eu, fico-me por umas idas à Barra!!!

||| O PERCURSO PEDESTRE!...

Aqui falámos ontem do primeiro percurso pedestre de Águeda,

que é em Óis da Ribeira. Hoje aqui deixamos o percurso «da Pateira

ao Águeda», que caminha por terras da nossa terra!

O melhor é clicar na imagem, para a aumentar!

||| PERCURSO PEDESTRE DA PATEIRA E RIO ÁGUEDA

Não é habitual, de nossa parte, darmos notícias da actualidade ribeirense, mas achamos, agora, ser de toda a oportunidade falar da abertura oficial do primeiro percurso pedestre do concelho de Águeda, que é em Óis da Ribeira. Vai ser sábado, dia 22 de Novembro, pelas 9,30 horas.

O percurso começará no parque da pateira, junto ao restaurante, será acompanhado por uma guia da Câmara Municipal de Águeda e terá a presença de um ornitólogo. Decorre praticamente todo em REDE NATURA 2000, mas o melhor é ir ver ao site da Câmara Municipal de Águeda.

||| MONGOLISMO AO MEU LADO E UM MURRO NO ESTÔMAGO...

Estas coisas acontecem, de vez em quando e quando menos esperamos, são como um murro no estômago.

Hoje soube que uma pessoa das minhas relações, não é de Óis, tem um filho com Síndrome de Down. Conheço esta mãe vão já lá uns bons pares de anos e nunca suspeitei, sequer, deste caso - ia a dizer, deste drama!

Sempre a minha amiga se mostrou sem qualquer lamechice, nunca se lamentando ou invocando a situação do filho de 18 anos, mongolóide, como se dizia na altura em que nasceu. O relato que ouvi, foi um relato cru - mesmo cruel. Sem lagriminhas mas com um nó que se vai enrolando na garganta, no peito, no estômago. Que murro esse!... Custa até levantar. Que mãe extraordinária!!! E eu que lidei com ela, sem nunca desconfiar do seu drama!!!

||| AS MAÇÃS DA SENHORA PEQUENINA...

Se querem que vos diga, nunca entendi muito bem aquela lei tão estúpida de impedir os produtores e distribuidores de venderem fruta de boa qualidade e em boas condições, apenas porque não tem a forma que as alminhas danadas de Bruxelas entendem ser a certa.

Certa não sei para quem, ou como, só porque... tinha de ser assim, seja lá porque for, e ponha-se a fruta fora, desde que não chegue as medidas do parquímetro! Ora!!!

Isto faz-me lembrar aquela senhora pequenina, não me lembro do nome dela, que ia sempre para a praça de Águeda no comboio e levava um carro de mão carregado de sacos cheios de coisas, para o apeadeiro. Uma vez, mesmo a dar a curva da fonte de Cabanões, um sacou abriu-se despejou-se de maçãs que foram a rebolar-se pela ladeira abaixo. Não tinham a medida da CEE mas comêmo-las que nos fartámos. E como eram "roubadas", souberam tão bem!

E não apanhámos caganeira nenhuma. As maçãs estavam mesmo à nossa medida..., embora depois levássemos uma coça lá em casa!

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Lembro-me agora, era a sra. Maria do Aires.

||| OS VIOLINOS DA TUNA!

Coisas boas são as surpresas... boas! Como a de hoje, no Fórum, onde comecei de longe a ouvir o som de um violino e pensando que era um qualquer cd, era afinal um músico!E soube-me tão bem ouvi-lo na rua. Genial!!! Há dias em que estamos mais sensíveis e esta musicalidade de hoje caíu-me particularmente bem. Até abrandei o passo para o ir escutando um pouco mais! Tocava bem, o violino tinha um bom som e a ária era muito simpática. Não, não sei que trecho era, mas fez-me bem.

Ouço dizer que a tuna, antigamente, tinha violinos, como alguns se vêem nas fotos antigas! Seria genial que voltássemos a ter uma tuna com violinos!

||| IMAGINAÇÃO, IMAGINADA!!!...

Os caros ribeirenses já pensaram no que seria a vida se não houvesse imaginação?! Que sensaborona seria! Seria uma verdadeira chatice, um aborrecimento cheio de pulgas!!! E mais... teríamos certamente muito menos saúde.

É que a imaginação, como todos sabemos, funciona como uma válvula de segurança que nos permite um certo equilíbrio interior. Imaginem à vontade, que não faz mal nenhum... mesmo aquilo que tenham pudor de contar!

Imaginem, por exemplo, o que poderá estar por trás da taça que está nesta mesa. Ora imaginem!!! Vão ver que dará saúde e fará crescer!

||| HÁ FOME EM ÓIS DA RIBEIRA?!

Disseram-me hoje, com ar de caso, que há gente de Óis da Ribeira a passar fome. Disseram-me isso, aliás de forma um tanto ou muito prosaica: Que há gente em situação de penúria alimentar!

Não sei bem se me acredite, mas a ser assim, devemos ficar preocupados.

Mas admiro-me por outro lado que, num país onde se subsidia toda a gente, com não sei quantos tipos de comparticipações sociais, haja gente a passar fome! Se bem que também não possam frequentar os melhores resturantes!

Por outro lado, numa terra como Óis onde semear ou plantar para comer é fácil e só não o faz quem não quer, porque é que essa gente não planta ou semeia para colher e comer? Ou não tem meia dúzia de galinhas para dar uns ovos e carne fresca na cozinha?

Se passam fome,é porque querem! Penso eu de que!

||| DEDO PARA A COZINHA!!

Quem, como eu, não teve uma educação de cozinha para além do pouco mais que estrelar um ovo, não pode deixar de sentir uma certa vaidade, por nos gabarem os cozinhados. E logo a mim, que passei a meninice e adolescência a laurear o queijo e a pouco mais fazer que fazer e comer batatas fritas.
Vem isto a propósito da comida americana dos macdonalds, de que eu não gosto mas ontem tive de gramar. E gramar porque a colega de serviço fez anos e resolveu pagar o almoço no Fórum! Valha a verdade que até encarei a coisa com algum optimismo, mas depois de provar, pedi foi um prego no prato com ovo a cavalo nele! E lá matei a fome! Vai daí, convidei a malta para hoje virem cá a casa, para uns petiscos. E aqui é que eu queria chegar: então não é que me gabaram o dedo para a cozinha?! Se a minha mãe ler isto, vai fartar-se de rir!

||| ESTAMOS TODOS TESOS...

Não é novidade para ninguém que aprendemos na escola que a elevada taxa de inflacção era um imposto injusto, uma vez que a rápida depreciação da moeda fazia com que quem tinha dinheiro perdesse riqueza apenas por esse facto.
Agora, com taxas de inflação mais baixas, tal já não sucede, o que é supostamente bom.
Estranho é que surja uma nova injustiça financeira, que em vez de penalizar quem tem dinheiro, penaliza que não o tem. Ou seja, quem tem riqueza financeira negativa e por isso tem de pagar juros.

Como todos sabemos, passámos os últimos 20 anos a endividar as famílias, criámos a ilusão da propriedade de imóveis, hipotecando os próximos 30,40 ou 50 anos da vida indexados às euribor e aos spreads.
Agora que estão todos endividados e sem hipótese de fugir dos empréstimos, juros e spreads, é só aumentar a taxa (de imposto), e se a coisa correr mal com alguns endividados que não consigam pagar, distribui-se o prejuízo pelos restante, aqueles que ainda deixam de comer para honrar compromissos. O que vai rareando!

||| EM ÓIS, NADA DE NOVO!...

Ontem foi dia de estar em Óis, onde houve festa de casamento de ouro e se soube que a igreja foi de novo assaltada - ou quase assaltada.

É bonito ver um casal conviver e viver durante 50 anos! Ai o tempo que me falta para essa data!

Estive algum tempo à conversa com pessoa velha amiga e fiquei sem saber ao certo se o muito que fizermos, nunca é o suficiente, faremos o quê? Quando nos põem nas mãos um fardo pesado que as mãos dos outros não ajudam a carregar, o que fazemos? Se parecemos apenas paspalhos sentados de braços cruzados a toda a hora, meras marionetas e robots, fazemos o quê? E se o nosso máximo é o mínimo dos outros, o que fazemos? Filosofamos!
Oi ignoramos e levantamos a cabeça? Bem me parecia. Mas a cabeça está moída e pesada; desanimada e cansada. Às vezes, nada do que fazemos parece valer a pena. Porque, de fora, é sempre mais fácil deitar abaixo do que construir. De Óis, disto de filosofias, não trouxe nada! Nada de novo!

||| A VIDA TEM DESTAS COISAS!!!

A vida tem coisas diversas, umas melhores e outras piores, mas o pior, mesmo pior, para mim, não são as noites mal dormidas, as correrias para lá e para cá, os ir levar os miúdos a correr, sempre a correr!

O pior, mesmo péssimo, é os meus fins-de-semana não serem tão prazeirosos como era suposto e eu gostava. Isso é que é o pior. Hoje, por exemplo, queria ir ao cinema mas acabei por ter fita, foi em casa!

Só espero que no meio desta loucura que é a nossa espécie de vida eu tenha capacidade para evitar falhas realmente graves. Sou pessoa que se acha preparada para tudo e até para nem ir ao cinema. Mas achar o carro furado na garagem, como hoje me aconteceu, é que me deixa com os bofes todos pela boca fora...

||| DEIXAR DE TOMAR CAFÉ...

Tinha para aí 13/14 amos, fumei um cigarro atrás do ginásio da escola, dado por uma amiga minha que não queria ser sozinha a ter o vício. Não gostei e não fumei depois disso. E procuro sempre convencer toda a gente a não fumar. E detesto que fumem ao pé de mim.

Aplaudo a lei que proíbe fumar em cafés e restaurante e outros sítios públicos!

Mas não dispenso o meu cafézinho. Tenho vício!

Tomo três, quatro por dia, às vezes cinco!!! O que me custa bom dinheiro. O meu par chamou-me à atenção para isso e tem razão, Como diria António Guterres, seis cafés por dia, a 55 cêntimos, vezes seis, 300 e tal, façam as contas.

Resultado, vou dividir por dois ou três o número de cafés que tomo e vou poupar umas massas!!!

||| A CRISE É NOSSA!!!

A minha mãe disse-me hoje que uma família de Óis está falida. Assustei-me. De falências eu sempre ouvi falar mas das empresas, nunca das famílias. Mas olha que é verdade, diz qu deve não sei quantos mil contos!, disse ela, e notei-a aflita! E mais não era nada com ela!

Não sei quantos mil contos, não euros, reparem bem!

Isso levou-me a ocupar algum tempo a ver literatura sobre essas coisas e vi que as famílias portuguesas têm quase 130% dos seus rendimentos brutos comprometidos com dívidas. Eh, pá!!!

Eu também devo dinheiro, que procuro pagar todos os meses ao banco que mo emprestou para ir pagando ao longo de aindame faltam 16 anos. Chegarei lá?

Não faço ideia e confesso que ando em susto! E soube hoje que fechou mais uma empresa, onde sempre trabalhou uma amiga minha. Isto não está bom!!

||| A MODA NA MISSA...

A moda leva a que se avaliem as pessoas tendo em conta a roupa que usam, o cuidado que têm com a imagem, a preocupação com a moda ou o estilo de manicure que preferem.

Por mim, acho tudo isto muito superficial. A única coisa que estão a julgar é, em rigor, o gosto dos outros. Brinca-se, faz-se piada mas nunca se considera uma pessoa intelectualmente menos capaz só porque usa unhas de gel.

Por nós, bem nos lembramos de como se ia à missa mais para ver a roupa da vizinha que para rezar e prestar culto a Deus ou ouvir as palavras santas do padre Júlio. Ou ver as suas imagens da net.

A próxima vez que quiser causar impacto, já sei, não desperdiço tempo nas compras nem no cabeleiro. Fecho-me em casa a decorar o walt whitman, visto uma roupita troncha tipo meia opaca e vestido toalha de mesa, chego à missa e faço um figurão! Todos vão olhar para mim!

||| O NOSSO FUTURO....

Ando numa fase muito misantropa e tenho-me questionado, durante os percursos de 40 minutos que separam a minha casa do local de trabalho, sobre qual será o nosso futuro nesta república da bandalheira, que afasta do seu trajecto os factores chave de desenvolvimento e progresso como o diabo afasta a Cruz, em prol de ganhos pontuais particulares de clubes de amigos e familiares.

Sinceramente, o meu pensamento fica sempre dividido entre a classe política, os banqueiros e os gestores de activos.
Hoje existe um Sócrates como ontem houve um Salazar, personificando os interesses de meia dúzia (de parasitas) à custa do suor e lágrimas dos outros nove milhões… mas com uma agravante, noutros tempos (os de Salazar) só havia lugar para estes dois grupos, a meia dúzia e os outros, que trabalhavam vergados pela força. Hoje, a meia dúzia mantém-se, há os que trabalham na esperança de manterem alguma dignidade, e há também os parasitas sem eira nem beira (são em tudo semelhantes à meia dúzia mas cheiram mal e não aparecem em jornais e revistas), um grupo em expansão.
O colapso dar-se-à quando os únicos que trabalham já não o puderem fazer, porque os outros sugaram tudo, até o necessário para que fosse possível trabalhar.
A ver vamos quando é, mas sinto que não está longe.

E então veremos, se lá chegarmos!!!

||| OS COMBUSTÍVEIS E AS MINHAS DÚVIDAS...

Mal seria se nada tivesse a dizer sobre o preço dos combustíveis - e logo eu que faço bons pares de quilómetros todos os dias para fazer o que não aprecio muito, mas tenho de fazer: ir trabalhar. Sempre são umas dezenas de quilómetros por dia!
Penso que. pelo facto de existir uma real dependência desta matéria-prima tornando a procura pouco elástica, nomeadamente do lado do sector produtivo, abre-se a porta à especulação a nível internacional.
Quanto a isto pouco há a fazer, uma vez que não existe uma autoridade económica internacional que possa regulamentar esta situação. A própria CE tem pouca capacidade de travar esta tendência porque a sua produção é residual. Podemos apenas, a longo prazo, diminuir a dependência deste tipo de energia, passando a utilizar fontes alternativas.
Existe, depois, o problema que se sucede à subida do preço internacional do crude, que são as alcavalas que se lhe acrescem na refinação, distribuição, revenda e taxação.

E blá, blá, blá...

Só não entendo é como a gasolina sobe quando sobre o petróleo e não desce quando desce o petróleo!

||| OUTROS TEMPOS!!!

Tem estado um friozinho do caraças, com um sol de dias curtos e os casacos a sair dos armários, ainda ontem aqui falava disso!

Cá por mim, nas calmarias e porque trabalho em regime de habitáculo aconhegado, confesso que me atrapalha ver as pessoas que trabalham nas obras e ver as ruas desertas, com toda a gente a fechar-ase em caxsa, nos escritórios, nos cafés ou nas fábricas. Até os turistas já foram para casa coser as suas meias...

Hoje tive de ir a Coimbra e, na preparação, instintivamente abri a página da rede de expressos e das pousadas da juventude. E comecei a imaginar essa viagem de expresso com cartão jovem, a camarata da pousada da juventude, a mochila e o saco-cama, o farnel levado de casa, e a conferência sobre não sei o quê por acaso muito interessante.... Aquilo é que eram tempos!!! E a mochila carregada de sacos de dr. Bayard, dizia a minha santa mother dizia que faziam muito bem ao gargantil!!

Era disto que eu tinha saudades!!

Volta inverno, estás perdoado!... e és bem recebido!!!

||| O FISCO E OS NOSSOS MEDOS!!!

Recebi há dias um aviso das Finanças, para ir pagar um reajuste do IRS. Filhos da mãe... não deixam passar uma!

Veio-me à baila o permanente medo em que nós, os portugueses, vivemos em relação ao fisco, como se fosse um regresso à ditadura do passado - coisa que, de resto, eu não conheci mas da qual todos muito ouvimos falar. Nòs, aliás, temos medo de tido, desde o que se pode passar no futuro, do polícia, do juiz, do chefe, do ministro e do primeiro-ministro. Dos assaltos!

Vivemos numa sociedade em que o medo se instalou, em que o medo é o principal instrumento dos poderes instituídos, vivemos sob a permanente chantagem exercida pelo medo.
Veja-se o que sucedeu no fisco com a IGF a devassar os mails privados de milhares de funcionários do fisco.

A mensagem passou, todos os funcionários ficaram a saber que há uma entidade que lhes pode entrar pela vida dentro e se descobrir algo que viole o estatuto disciplinar persegue-os. A IGF não hesitou em violar a lei, sabe que não tendo cometido um crime público os funcionários terão de apresentar queixa e o medo impede-os de o fazer, eles sabem que serão perseguidos. Foi esta gestão do medo que permitiu ao Inspector-geral de Finanças actuar com a mesma impunidade com que actuava a PIDE, e para que não houvessem dúvidas o ministro sancionou a actuação da IGF. É o país que temos e somos!

||| 1 de NOVEMBRO!!!

Não sei se é da chuva, que nos obriga a carregar casacos e guarda-chuvas - que em Óis se chamam-se chapéus.. - e mesmo assim andamos todos molhados, os automóveis cheiram a mofo e nos passeios nos cruzamos de casacos molhados uns dos outros e quando saímos fica um poça de água no lugar onde assentava o guarda-chuva.

Não sei se é da casa mais que desarrumada, se é de ter trabalhado no fim-de-semana, se é de não poder folgar a seguir, se é da roupa que não enxuga, se é da barriga que me pesa, se é das hormonas aos saltos (esta desculpa é sempre boa), se é da diarreia do puto que não passa e começar o dia a recolher uma amostra de cocó para levar para análise nunca pode ser um bom prenúncio, não sei do que é, mas sei que há dias que não mereciam existir.

Saltava-se uma folha do calendário e aterrava-se num dia melhor.

Mas hoje é 1 de Novembro, que é muito especial.

Não podemos passar por cima dele!

Eu não passo!