16 janeiro 2009

||| FICÇÕES DA POLÍTICA LOCAL !!!! - III


No segundo episódio explicámos como se tinha operado a metamorfose do Camaleão em D. Camaleão, Neste vamos explicar como é que o D. Camaleão consegue sobreviver ao longo do tempo, pois com os sucessivos governos mudam os governantes e, em consequência, os dirigentes o que poderia pôr em risco a influência dos seus afilhados.
Aqui reside o sucesso de D. Corleone. O homem de várias caras.
Antes de mais o nosso padrinho teve a arte de se manter resguardado de lutas partidários não perguntando o partido daqueles que lhe pedem favores, nem aparentemente distinguir os seus afilhados em função das suas opções partidária. O nosso D. Camaleão, como um bom padrinho que se preza, é supostamente apartidário embora dê a cara por um partido, é um verdadeiro exemplo para a nossa moderna gestão pública.O nosso D. Camaleão não conta apenas com posições sólidas ao nível dos dirigentes do partido onde empreita as suas notáveis obras públicas, cuida também de um viveiro de futuros dirigentes e é ver o ver-se-avias de candidatos que ele muda de umas listas para as outras. Quem não lhe é fiel, paga caro.
Quando um qualquer é substituído a probabilidade de ser substituído por outro afilhado é muito grande - pois D. Camaleão quer manter intocável a sua influência. É por isso que o seu poder se mantém e até se poderá ter reforçado ao longo de 20 anos.Os únicos que o D. Camaleão não pode nomear são poucos, mas isso não é problema para o nosso padrinho. Mas se o D. Camaleão não pode nomear este ou aquele, pode derrubá-los, que é bem mais fácil. Quando o começam a incomodar, ou aos seus os afilhados, D. Camaleão activa-lhe logo a contagem decrescente.Como consegue D. Camaleão isto tudo? Esse vai ser o tema do próximo episódio.
(Continua amanhã)

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