15 janeiro 2009

||| FICÇÕES DA VIDA POLÍTICA... LOCAL!!!!! - II


Como foi dito no primeiro episódio, o D. Camaleão é pura ficção e as muitas coincidências que possam existir são isso mesmo, puras coincidências.
Ao retomar a história do D. Camaleão, vamos voltar um pouco atrás e traçar o seu perfil, explicar como se passa de figura desconhecida ao estatuto de padrinho. No caso do nossos D. Camaleão, a história começa há para aí vinte anos na figura de um jovem "assessor" todo-poderoso de um poderoso governante. Nessa altura era conhecido só por Camaleão e era o braço direito do governante que nele queria delegar o imenso poder, o que lhe permitia já - a Camaleão - nomear ou influenciar algumas coisas. Isto é, ainda não era padrinho e já não lhe faltavam afilhados.
Embora conotado com o partido nunca lhe foram conhecidas grandes fidelidades partidárias, para isso contava com o apoio de um grupo de outros camaleões bem colocados no partido.Ao fim de anos de trabalhar na governação o nosso Camaleão já tinha uma vasto número de afilhados, um verdadeiro viveiro de futuros dirigentes, dos quais haveriam de sair chefes de divisão, subdirectores-gerais, directores-gerais e mesmo directores-gerais.
Apoiantes incondicionais do Camaleão seriam o seu futuro exército particular.A ideia era, a do nosso Camaleão, era que quando abandonasse os gabinetes do poder ter ás suas ordens uma vasta rede de afilhados disponíveis para fazerem todos os favores que lhe fosse solicitados. E que ele mandasse. Portanto, com o nosso Camaleão, a regra do “rei morto, rei posto« não se aplicaria, quando abandonasse as lides governamentais, pois facilmente encontraria gente disposta a pôr-se de joelhos ao seu virtual poder e interessada nos serviços dos seus afilhados. Ele queria mesmo ser o Padrinho".Estava concluída a metamorfose do Camaleão em D. Camaleão!!! A vida é assim...

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