14 janeiro 2009

||| FICÇÔES DA POLÍTICA LOCAL !!!! - I


Agora que é passado o festivo período do Natal e ano novo, lembrei-me ficcionar um pouco, promovendo a ressurreição de Don Camaleão sob a forma de... Don Camaleão.
Tratando-se de uma ficção, todas as personagens são fruto da imaginação e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Como o romance é longo, irá sendo apresentado sob a forma de episódios. Até quando calhar.~
*Don Camaleão mexe-se, ou faz por parecer que se mexe nos corredores do poder, e teceu as teias da sua virtual influência fabricando supostas cumplicidades - que faz passar como verdades. E não são, na maior parte das vezes. Ao longo do seu tempo de poder, soube sempre ter a arte de fazer crer que é pessoa de bem, influente e poderosa. É mentira.Tem a singular esperteza de se insinuar próximo do poder e ter afinidades muito particulares com os holofotes da política. Como os políticos e muita gente faz, é capaz de vender a alma ao diabo, embora conviva com Cristo e os seus apóstolos de agora. A alma, tanto está à venda, como á troca, desde que convenha.Don Camaleão preferiu perder o poder do dinheiro ao poder dos votos, embora saiba que é aquele que compra o segundo. É o dinheiro que compra e decide para quem são os votos.
O Don Camaleão é, por definição, o padrinho da família política e protege os interesses da família política, humilha-se aos padrinhos de outras famílias - embora faça crer o contrário. Don Camaleão teceu o seu insinuado poder ao longo de anos, mas é invisível e ineficaz. Faz crer mas não é verdade que nada se faça sem que ele saiba, que ninguém é nomeado sem que ele acene com a cabeça. Os governantes de Lisboa não o conhecem mas ele diz que são seus amigos e estão ao alcance do seu telelé. Os primeiros-ministros ignoram a boçal figura, os ministros são demitidos, os secretários de estado vão caindo, os directores-gerais são derrubados, os presidentes de Câmara mudam, mudam os governadores civis, mas o Don Camaleão, o padrinho, limita-se a esperar que partam, ou a ajudá-los na partida. Para que ele continue no seu "poder" .
Ninguém acusa Don Camaleão e por isso ele continua a conspirar e a mentir.

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