Uma das maiores vantagens de se ter péssima memória - ou fazer que se tem... - é a gente poder divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, sempre como se fosse a primeira vez.
Ou, se quisermos analisar a questão de outra maneira, quiçá pela componente estética e moral, é absolutamente indispensável não ter memória - quando convém. Isto vem a propósito de um molho de folhas digitalizadas que me mandaram, sobre campanhas eleitorais antigas, com uns sorrisinhos espelhados na mail, acho eu que para me apressar a leitura.
Confesso que ainda não vi, mas mordo-me de curiosidade para ver, se calhar este fim de semana. Certamente, calculo eu, já nem me lembro das coisas que para aí nos andaram a endrominar e que já estão no lugar dessas tais coisas esquecidas num canto da memória. É essa a vantagem de quem promete: as promessas ficam na gaveta e quando as despem parecem-se como coisas novas.
E divertimo-nos muito com o facto de apanharmos essa boleia da memória do que esquecemos!
2 comentários:
Papéis de propaganda com odor a bafio, podem ser transformados em documentos como arma. E para quem? Para a oposição, pois claro!
Mas só nas altas esferas! Aqui o pessoal é correcto e nunca usaria tais armas e ainda por cima a cheirar a bafio!...
O Cusco
Armas, ó cusco, então mas nós estamos em guerra, eu lembro-me de algumas coisas e não as quero lembrar pois alguns iam xatear-se pela vergonha do que disseram e não fizeram, penso eu de que...
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