29 outubro 2009

||| O ÓLEO DE FIGADO DE BACALHAU E AS PROMESSAS ELEITORAIS...


Outros tempos, para se sararem algumas doenças de pequenitos, havia o óleo de fígado de bacalhau - que era era tomado à colherada no início do jantar. Destinava-se a evitar o raquitismo e diziam-nos que fazia os olhos bonitos. O que nós sofríamos e vomitávamos para não o tomar...

O óleo de fígado de bacalhau, em colher, tomava-se (lembro-me disso e ainda tremo de medo...) de mão no nariz a suster a respiração e com imediata ingestão de três ou quatro colheradas de sopa. Puxa!...
Tantos anos depois e já com a recordação do odor apagada, o que vem à memória, pensando no óleo de fígado de bacalhau, são as promessas dos políticos em alturas eleitorais, tão dispensáveis e incumpridas como tão odioso era o tão detestável remédio que nos diziam que nos evitava males maiores.
Agora, o que se evoca para justificar outros raquitismos que se preparam são as mãos-cheias de promessas eleitorais que se repetiram e vão repetir de quando em vez e que vão ficar no tinteiro! E quem lhes enfiasse óleo de figado de bacalhau por aquele sítio acima! Ficavam de olhos bonitos e nós a rir-nos das caretas deles. Assim rimo-nos das caras!

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