A democracia tem as suas virtudes e os seus defeitos. Para mim, um destes é permitir todo o tipo de opinião e, por isso ou por aquilo, qualquer pessoa se sente no direito de opinar sobre tudo e sobre nada, sobre o que sabe e o que não sabe.
Do meu ponto de vista, há excesso de opinião e confesso o meu pecadilho: também eu, afinal, aqui debito todos os dias a minha opinião. Às vez até sem ter grande coisa para dizer. Portanto, podem atirar pedras ao telhado do blogue.
Hoje, em Óis, entre aquelas perguntas de algibeira que sempre se fazem quando não se vê alguém há algum tempo - como vais, como estás, como vai a vida?! e a família, blá-blá-blá... - também me perguntaram o que eu achava do progresso de Óis. Embaracei-me e respondi de fora estereotipada!
Agora aqui, a reflectir, dei-me de conta que a coisa mais aproximada com a opinião é a plasticina: tem imensas cores diferentes e é perfeitamente moldável. Isto para dizer quer a opinião tem, na verdade, um problema semelhante: quando misturamos as várias cores e moldamos excessivamente, fica acinzentada. A opinião às vezes também se se acinzenta! E acinzenta-nos!
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