ESTAR CONTRA O D´OIS, O TRÊS OU O QUATRO, CONTRA OS QUE ESTÃO CONTRA E A FAVOR, CONTRA TUDO E TODOS E O QUE CALHAR, DESDE QUE NÃO NOS BATAM... * contradois@hotmail.com
31 janeiro 2011
||| OS IMPOSTOS SÃO LEVADOS A MEIO POR MEIO...
Alguém me disse, ou li algures, que cada português que passe um recibo verde de 1000 euros fica com apenas 548. A diferença, e não é nada pouca, vai para o Estado: 452 euros. Nem mais, é mais ou menos meio por meio. E depois admiram-se de o pessoal fugir ao fisco.
Isto é, fazendo contas: mais ou menos o ordenado mínimo nacional vai parar ao Estado, em cada 1000 euros. Sem pôr, mas a tirar!
É por estas e por outras que eu não entendo a pressa e o desespero dos portugueses que querem sair do Egipto, por causa do que por lá se passa. Faço um esforço, mas não percebo.
E porquê?, perguntarão. Pois, é que, lá, a revolta já anda nas ruas e por cá está fechada em casa.
Como o diabo não vem cá para escolher, digo eu que escolhia um novo Egipto à beira-mar plantado. E depois até via com os meus olhos como foi o 25 de Abril.
30 janeiro 2011
||| O POVO CADA VEZ MAIS LIGA MENOS ÀS ELEIÇÕES E AOS POLÍTICOS
O recenseamento eleitoral nacional tinha inscritos 9.621.146 eleitores. Mas só votaram 2 228 031. Quer isto dizer que o chamado «presidente de todos os portugueses» é, afinal, só destes 2.228.031. É esta uma leitura correcta dos números?
Talvez sim, talvez não!
O regime já preparou as “desculpas” habituais para a fortíssima abstenção que se registou. Quem se sabe se por causa do frio e de “problemas técnicos”. Claro...
O que os políticos não admitem é que o país lhes virou as costas e quer vê-los é longe, muito longe. Mas mesmo muito longe.
Que o povo não gosta deles e muito menos de ser iludido.
Que está farto de políticos incompetentes, de corruptos e daqueles que só gostam de mamar na teta do Estado.
Que por isso é que cada vez mais, menos gente vai votar.
29 janeiro 2011
||| O NOVO PORTUGUÊS ESCRITO...
Não sei se deram por ela, mas acaba de sair no Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros do sr. Sócrates que determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011/12. Mais: a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.
Alguns não gostarão. E eu não gosto da nova ortografia.
Na verdade, vai demorar a que me adapte ao facto (acontecimento) e ao fato (que se veste em cerimónia).
Não entenderei nunca como substiturei o substantivo pêlo pelo mesmo pelo sem acento, o que se confunda com a preposição «por» e o artigo «o».
Ou a acção se o «cê». Assim como o director e o exacto.
E o verbo parar sem o assento, ficando para (preposição...).
E como vou usar o meu Optimus sem o p?
Bem sei que o mesmo aconteceu aos nossos antepassados, quando deixaram de escrever "pharmácia" e "assumpto". Mas isso foi um problema deles. Eu vou continuar a escrever o Português de Portugal e não o português abrasileirado.
Alguns não gostarão. E eu não gosto da nova ortografia.
Na verdade, vai demorar a que me adapte ao facto (acontecimento) e ao fato (que se veste em cerimónia).
Não entenderei nunca como substiturei o substantivo pêlo pelo mesmo pelo sem acento, o que se confunda com a preposição «por» e o artigo «o».
Ou a acção se o «cê». Assim como o director e o exacto.
E o verbo parar sem o assento, ficando para (preposição...).
E como vou usar o meu Optimus sem o p?
Bem sei que o mesmo aconteceu aos nossos antepassados, quando deixaram de escrever "pharmácia" e "assumpto". Mas isso foi um problema deles. Eu vou continuar a escrever o Português de Portugal e não o português abrasileirado.
28 janeiro 2011
||| OS VOTOS, OS ELEITORES E OS POLÍTICOS...
Andei a fazer contas sobre as eleições em Óis e, com o rigor do portal da DGAI, ficámos a saber que votaram 431 ribeirenses - ou sejam, 65,9%. O que parece uma margem boa. Mas em 2006, para as mesmas eleições votaram 76,81% - ou seja, menos 10,91% em 2011. O que não me parece muito bom.
Abstiveram-se 223 (34,10%) dos 687 eleitores inscritos. Há cinco anos, abstiveram-se apenas 23,19%. Ou sejam menos 11,01%.
Somemos agora os 223 que se abstiveram aos 4 votos nulos e os 29 brancos. Conclui-se que 256 pessoas ostensivamente se manifestaram anti-eleições. Ou seja, 37,2% dos ribeirenses não passaram cavaco ao dito, entristeceram-se com alegre e até se marimbaram na nobreza de outro candidato, embora tenham achado piada à toca de um coelho. O pc lopes foi visto por três ribeirenses e o moura candidato teve... um voto!
Podem achar piada a isto e até atirarem foguetes. Mas eu acho é que a malta ribeirense continua a desencantar-se com a política e com os políticos.
Também com a classe política que por aí se vê.
Abstiveram-se 223 (34,10%) dos 687 eleitores inscritos. Há cinco anos, abstiveram-se apenas 23,19%. Ou sejam menos 11,01%.
Somemos agora os 223 que se abstiveram aos 4 votos nulos e os 29 brancos. Conclui-se que 256 pessoas ostensivamente se manifestaram anti-eleições. Ou seja, 37,2% dos ribeirenses não passaram cavaco ao dito, entristeceram-se com alegre e até se marimbaram na nobreza de outro candidato, embora tenham achado piada à toca de um coelho. O pc lopes foi visto por três ribeirenses e o moura candidato teve... um voto!
Podem achar piada a isto e até atirarem foguetes. Mas eu acho é que a malta ribeirense continua a desencantar-se com a política e com os políticos.
Também com a classe política que por aí se vê.
26 janeiro 2011
||| AS VERDADES E AS MENTIRAS DO SR. BIBI DA CASA PIA
O famigerado Bibi afirmou à revista Focus que andou a mentir em todo o Processo Casa Pia e que, afinal, os arguidos estão todos inocentes. Estava ontem na hora da janta e a ver a SIC, contra a minha vontade - pois não sou muito adepta do seu modelo de informação, mas a ditadura da maioria obrigou-me a ver o que nem quis acreditar: o homem a dizer o que disse.
Por uns momentos, até pensei que o televisor estava dar notícias de há uns anos. É que, há dias, um pico de corrente deu-me cabo do aparelho e até julguei que ainda estava avariado. Depois, belisquei-me e confirmei que estava viva e acordada e que o senhor dizia aquelas coisas todas da boca para fora.
Fiquei a pensar com as casas dos meus abotoados: mas então temos que levar este senhor a sério? O homem mentou antes ou está a mentir agora?
Querem ver que, afinal, foram as crianças que abusaram sexualmente do Bibi, coitado dele!... Dele e daqueles senhores todos que ele agora diz que não conhece de lado nenhum.
O Bibi, como é obvio, não merece crédito nenhum. Mas as televisões deram-lhe horas da antena, para ele dizer aquelas baboseiras todas. Ao que isto chegou.
25 janeiro 2011
||| O PESSOAL ESTEVE A MARIMBAR-SE NAS ELEIÇÕES
As eleições já lá vão e Cavaco lá ganhou, como se previa, embora perdendo mais de meio milhão de votos, exactamente 543 311, relativamente a 2006, embora aumentando a percentagem.
Não esteve melhor, Manuel Alegre - que nem em Águeda ganhou. Entre os que teve em 2006 e os do PS, do Bloco de Esquerda e MRPP, teve menos 611 132. E ficam de barato os de Fernando Nobre - equivalentes (14,1%) aos que teve Mário Soares há 5 anos.
Aí uns 60% dos eleitores não quis votar em nenhum deles e marimbaram-se nas eleições - os 52,4% que se abstiveram, pura e simplesmente. Mais 191 167 que «votaram» branco ou nulo.
Cavaco teve mais de duas vezes e meia os votos do PS, do BE e do MRPP. Que se ficaram pelos 19,7%.
José Manuel Coelho, o diz tudo-sem-papas-na-língua, foi segundo na Madeira, logo atrás de Cavaco, e o primeiro no Funchal.
Em Óis, Cavaco (60,51%) teve mais 144 votos que Alegre - que se ficou pelos 97 (24,37%). Nem os socialistas votaram nele.
Os comunistas pura e simplesmente desapareceram do mapa - zero votos.
Coelho, teve 12 (3.02%). Quem havia de dizer que 12 ribeirenses são militantes do candidato tiririca
O candidato Defensor viu-se mouro em terras de Óis e os votos por um canudo: nem um, ao menos para a amostra.
E mais de metade dos eleitores ribeirenses esteve a marimbar-se para os senhores que andaram a pedir votos. Não foram votar.
É o que se pode dizer das eleições.
Cartoon de Henrique Monteiro
24 janeiro 2011
III COM A SAÚDE NÃO SE BRINCA...
Um dos hábitos que estou a criar, nestas primeiras semanas do ano - e porque estive fora... - foi ler a imprensa local, através da net. Não tinha esse hábito, nem sequer essa curiosidade. E que descobri que a saúde local anda... doente.
Não que tenham surgido as manifestações à porta dos hospitais e dos centros de saúde que fecharam as urgências. Não soube que isso tivesse acontecido pelos lados de Águeda ou na Unidade de Saúde de Travassô. E já sou do tempo do encerramento das maternidade de Águeda, era Cavaco o 1º. Ministro, e nem por isso houve muito alarido e nem por isso o governo recuou.
O que mais me inquietou nestes dias foi saber que os meus familiares mais idosos e todos os nossos conterrâneos sem transporte terão de passar a ir a Recardães, quando quiserem ter uma consulta. Em Travassô, só á 3ª. feira e à 5ª. feira de tarde, 12 consultas por dia. Ora isto é assustador.
O povo há longos anos que colecciona desconforto, negligência, precariedade na assistência médica, ou judicial e agora vê-se nesta situação - pois o governo já não consegue responder às restrições que ele próprio cria.
Eu sei que não será legítimo pedir, como nos países desenvolvidos, onde tudo funciona bem, que os utentes prescindam de benefícios, quando aqueles de que gozam não são nem nunca foram razoáveis. Mas fechar, assim... nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
O que se passa, na realidade, é o efeito bola de neve e um destes dias o sistema de saúde para o qual descontamos pura e simplesmente fecha as portas.
E ainda dizem: “Com a saúde não se brinca”.
22 janeiro 2011
||| O CUSTO DA GASOLINA E A POLÍTICA PORTUGUESA
Hoje é dia de reflexão para as eleições de amanhã, mas o que me está a fazer reflectir é o preço da gasolina. Eu costumo pôr 10 ou 20 euros, é conforme a nota que tenho mais à mão, e praticamente nem sei o preço. Hoje assustei-me com o custo da gasolina 95: 1,533 euros. Ou seja, 307$00 o litro.
E o gasóleo vale 1,348 euros: 270$00.
Paguei e não bufei, mas não posso deixar de lavrar o meu protesto. É que estão a entrar-nos nos bolsos, estão a falir-nos.
Ao problema das falências dos países e da escalada das dívidas públicas como a portuguesa, que Sócrates diz que é um sucesso!!! - imagine- se... -, podemos acrescentar o pequeno detalhe da inflacção nos estar a esganar com estes aumentos dos combustíveis.
E andamos nós a dar atenção a estas políticas! Temos é de tomar conta da nossa vidinha e reflectir sobre o nosso dia-a-dia.
E o gasóleo vale 1,348 euros: 270$00.
Paguei e não bufei, mas não posso deixar de lavrar o meu protesto. É que estão a entrar-nos nos bolsos, estão a falir-nos.
Ao problema das falências dos países e da escalada das dívidas públicas como a portuguesa, que Sócrates diz que é um sucesso!!! - imagine- se... -, podemos acrescentar o pequeno detalhe da inflacção nos estar a esganar com estes aumentos dos combustíveis.
E andamos nós a dar atenção a estas políticas! Temos é de tomar conta da nossa vidinha e reflectir sobre o nosso dia-a-dia.
21 janeiro 2011
||| AS ELEIÇÕES E O FUTEBOL PORTUGUÊS...
Hoje, porém, fiz uma viagem de comboio e comprei o Público e a Bola, para comer as horas. Li muito depressa, chateei-me de tanta política e futebol e pousados os jornais dei comigo a pensar se os jogos de futebol deste fim de semana seriam amanhã ou no domingo. A minha dúvida era por saber que domingo há eleições e haver o problema dos jogadores terem, ou deverem ir votar.
Só que foi uma precupação infantil, já que, pensando bem, isso é absolutamente indiferente. É que,como todos sabemos, não há jogadores portugueses a jogar na Liga. E os estrangeiros não votam, a não ser os nacionalizados - que são nossos, mas á força.
20 janeiro 2011
||| A CAMPANHA PRESIDENCIAL EM ÓIS DA RIBEIRA
A política não é propriamente a especialidade do Contra, embora gostemos de mandar as nossas bicadas. Mas não nos atrai.
Andámos, porém, por aí a ver como vão as Presidenciais e, por exemplo, expectantes em ver como os socialistas vão tapar os olhos para votar no nosso conterrâneo Alegre - que há 5 anos concorreu contra o PS e o patriarca Mário Soares.
Já tenho orientação para o meu voto, não a vou dizer mas não resisto a mostrar aqui a a face mais folclórica e sul-americanizada destas eleições: o candidato José Manuel Coelho, que arranjou o PND como barriga de aluguer e anda por tudo quanto é televisão, rádio e jornais a mandar bitaites. Os mesmos bitaites que nos gostaríamos de mandar, mas não mandamos.
Cliquem AQUI , liguem o som e não ponham algodão nos ouvidos, enquanto puderem.
E agora imaginem a próxima campanha eleitoral de Óis com este nível etnográfico e popularucho. Seria um espectáculo.
Andámos, porém, por aí a ver como vão as Presidenciais e, por exemplo, expectantes em ver como os socialistas vão tapar os olhos para votar no nosso conterrâneo Alegre - que há 5 anos concorreu contra o PS e o patriarca Mário Soares.
Já tenho orientação para o meu voto, não a vou dizer mas não resisto a mostrar aqui a a face mais folclórica e sul-americanizada destas eleições: o candidato José Manuel Coelho, que arranjou o PND como barriga de aluguer e anda por tudo quanto é televisão, rádio e jornais a mandar bitaites. Os mesmos bitaites que nos gostaríamos de mandar, mas não mandamos.
Cliquem AQUI , liguem o som e não ponham algodão nos ouvidos, enquanto puderem.
E agora imaginem a próxima campanha eleitoral de Óis com este nível etnográfico e popularucho. Seria um espectáculo.
19 janeiro 2011
||| SER D´ÓIS E FICAR COM O RABINHO ENTRE AS PERNAS
Uma amiga minha faz anos em Janeiro mas tive a «coragem» de nem um SMS lhe mandar, pois ando chateada com ela. Era aquela amiga a quem a gente conta os maiores segredos e até os calores dos primeiros beijos, e ele assim fazia tambem comigo. E assim foi durante muito tempo, até ao verão passado, por causa de umas coisas.
Nao sei se ela me lê, mas era uma daquelas amigas com quem não era preciso falarm bastava olhar e logo sabíamos o que a outra queria dizer, para onde queria ir, parecíamos gémeas a pensar - desde os bancos da escola, da catequese, depois em Águeda e pela vida fora. Sou madrinha de um dos filhos dela.
A nossa zanga, se calhar acontecida por razões até meio infantis, é uma coisa esquisita. Não a vejo desde a conversa que nos azedou a relação e agora no dia dos anos dela estive várias evzes co os dedos para lhe teclar a mensagem de parabéns, mas não fui capaz.
A conversa que nos afastou teve algumas palavras feias pelo meio e desde aí até os pequenos cá de casa já estanharam que não se fale nela, nem nos miúdos. No sábado, encontrei a mãe, a quem perguntei por ela. Disse-me que ambas saímos bem aos nossos. Que somos mesmo d´Óis. E eu senti-me com o rabinho entre as pernas.
18 janeiro 2011
||| A INDEPENDÊNCIA DE ÓIS DA RIBEIRA E OS PODERES LOCAIS
A regionalização é um tema muito recorrente e muito querido dos políticos locais, que nos vão enchendo os ouvidos com promessas que não podem cumprir.
E não podem cumprir principalmente porque os políticos acima deles não lhes dão a guita que eles querem para andarem a fazer obras que depois ninguém sabe quem pagou - porque todos dizem que são obras deles.
No fundo, sejam dinheiros do poder local, do poder regional ou do poder central, é sempre dinheiro nosso - dos contribuintes. Nós é que pagamos.
Então, se assim é porque é que todos eles se fazem donos do dinheiro que andam a esbanjar e tão desejosos de anunciar decisões para mais obras, obrinhas e obrecas, mesmo quando o país já está sem dinheiro?! Está de tanga, como diria Durão Barroso.
Portugal é o país pequenino que é e já tem mais de 300 Câmaras Municipais e alguns milhares de Juntas de Freguesia. Já está mais que regionalizado.
Assim sendo, e é, não entendo esse transversal e recorrente problema que os políticos profissionais frequentemente agitam como bandeira. Para essa da regionalização, comigo não contam.
O tempo é de poupar e de racionalizar e não de aumentar a classe política, que já é demasiada e esbulha o dinheiro do Estado como quem compra pipocas. Mais depressa me punha na frente de uma manifestação que reivindicasse a independência de Óis. O que é que acham?
E não podem cumprir principalmente porque os políticos acima deles não lhes dão a guita que eles querem para andarem a fazer obras que depois ninguém sabe quem pagou - porque todos dizem que são obras deles.
No fundo, sejam dinheiros do poder local, do poder regional ou do poder central, é sempre dinheiro nosso - dos contribuintes. Nós é que pagamos.
Então, se assim é porque é que todos eles se fazem donos do dinheiro que andam a esbanjar e tão desejosos de anunciar decisões para mais obras, obrinhas e obrecas, mesmo quando o país já está sem dinheiro?! Está de tanga, como diria Durão Barroso.
Portugal é o país pequenino que é e já tem mais de 300 Câmaras Municipais e alguns milhares de Juntas de Freguesia. Já está mais que regionalizado.
Assim sendo, e é, não entendo esse transversal e recorrente problema que os políticos profissionais frequentemente agitam como bandeira. Para essa da regionalização, comigo não contam.
O tempo é de poupar e de racionalizar e não de aumentar a classe política, que já é demasiada e esbulha o dinheiro do Estado como quem compra pipocas. Mais depressa me punha na frente de uma manifestação que reivindicasse a independência de Óis. O que é que acham?
12 janeiro 2011
||| ASSASSÍNIOS EM ÓIS DA RIBEIRA E NOVA YORK...
O brutal assassinato de um cronista social português em Nova York deixou-nos todos de boca aberta e com o coração cheio de medo. Não por a vítima ser alguém conhecido, mas pelo modo como morreu, na sequência de um acto de violência extrema e quase indizível.
O agressor terá sido Renato Seabra, um jovem aqui quase vizinho, de Cantanhede, de quem dizem ser sereno, simpático, normal, uma jóia de pessoa. Sempre que o assassino assim é descrito, dou comigo a pensar até que ponto não somos, todos nós, uns potenciais homicidas?
E sobre qual é a fronteira entre a sanidade e a loucura? Na razão porque se mata alguém, quando isso não se faria, normalmente.
Penso também na mãe do suposto assassino e pergunto-me do que sentirá ela, por ter de admitir, ante as evidências que a televisão nos mostra pela casa adentro, que é mãe de um filho homicida?
Que lutos e dores sentirá, que culpas e que medos esconderá do nosso olhar, tapando-os no coração?
O que mais próximo me lembro, em Óis, foi a de um irmão que matou outro, por envenenamento. Apanhou não sei quantos anos de cadeia e já está solto.
Mas sempre que passo pela mãe, e vejo-a de vez em quando, nas idas de sábado ao cemitério - precisamente estando ela na campa do filho assassinado pelo próprio irmão - fico-me a pensar que vertigem sentirá ela ante as dores que lhe deram os filhos que pôs no mundo.
Vejo-me aquela mãe e estas dúvidas enchem-me de receios e nervos, pois nunca se sabe o que nos espera e o que nos sai na rifa da vida, se é bom ou se é mau. Se a porta que se abre (ou se fecha) é o fim ou o princípio de tudo. Se é uma porta para o abismo e para o fim de alguma linha. A de alguém.
O agressor terá sido Renato Seabra, um jovem aqui quase vizinho, de Cantanhede, de quem dizem ser sereno, simpático, normal, uma jóia de pessoa. Sempre que o assassino assim é descrito, dou comigo a pensar até que ponto não somos, todos nós, uns potenciais homicidas?
E sobre qual é a fronteira entre a sanidade e a loucura? Na razão porque se mata alguém, quando isso não se faria, normalmente.
Penso também na mãe do suposto assassino e pergunto-me do que sentirá ela, por ter de admitir, ante as evidências que a televisão nos mostra pela casa adentro, que é mãe de um filho homicida?
Que lutos e dores sentirá, que culpas e que medos esconderá do nosso olhar, tapando-os no coração?
O que mais próximo me lembro, em Óis, foi a de um irmão que matou outro, por envenenamento. Apanhou não sei quantos anos de cadeia e já está solto.
Mas sempre que passo pela mãe, e vejo-a de vez em quando, nas idas de sábado ao cemitério - precisamente estando ela na campa do filho assassinado pelo próprio irmão - fico-me a pensar que vertigem sentirá ela ante as dores que lhe deram os filhos que pôs no mundo.
Vejo-me aquela mãe e estas dúvidas enchem-me de receios e nervos, pois nunca se sabe o que nos espera e o que nos sai na rifa da vida, se é bom ou se é mau. Se a porta que se abre (ou se fecha) é o fim ou o princípio de tudo. Se é uma porta para o abismo e para o fim de alguma linha. A de alguém.
05 janeiro 2011
||| O PRINCÍPIO DO NOVO ANO NOVO EM ÓIS DA RIBEIRA
Se há coisas de que eu gosto, é dos inícios do ano - quando ainda temos o saco cheio de esperanças de que seja uma maravilha para todos. Um ano sem defeitos, com a agenda toda em branco e aberta a todas as melhores coisas do mundo, às todas coisas boas que nós gostamos que nos passam acontecer. Para o final do ano, a coisa já fia mais grosso. Ou mais fino, como queiram!
As agendas, em Janeiro, ainda estão vazias, só com os telefones que transitam da velha, pelo que o ano novo nos permite imaginar que tudo à nossa volta pode ser melhor, até quase perfeito, com toda a gente mais feliz que nunca.
O princípio do ano é assim uma coisa parecida como quando temos um filho e olhamos para ele, para aquele ser tão pequenino, e nele depositamos todas as nossas esperanças.
Por Óis, dou a minha volta pela blogosfera e encontro notícias assaz interessantes: as bodas de ouro de um casal (em dia de Natal), as obras da igreja, a Tuna que deu o concerto e canta os Reis - e tem nova direcção -, a Arcor que também elegeu novos órgãos sociais e, embora não tenha lido nada disso na net, sei que a comissão do gado tem novos dirigentes.
O ano novo, assim, parece-me como um disco rígido novinho em folha, com muito espaço em branco para gravar o que se sonhe. É preciso engenho e arte, é verdade, para escrever na agenda, no disco e na vida. E também é preciso alguma sorte. Mas, sobretudo, é preciso que os ribeirenses que assumiram responsabilidades associativas não se deixem desalentar com o passar dos dias e as desilusões que possam sofrer. É a isso que se chama a... vida!
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