24 janeiro 2011

III COM A SAÚDE NÃO SE BRINCA...





  Um dos hábitos que estou a criar, nestas primeiras     semanas do ano - e porque estive fora... - foi ler a imprensa local, através da net. Não tinha esse hábito, nem sequer essa curiosidade.  E que descobri que a saúde local anda... doente.
Não que tenham surgido as manifestações à porta dos hospitais e dos centros de saúde que fecharam as urgências. Não soube que isso tivesse acontecido pelos lados de Águeda ou na Unidade de Saúde de Travassô. E já sou do tempo do encerramento das maternidade de Águeda, era Cavaco o 1º. Ministro, e nem por isso houve muito alarido e nem por isso o governo recuou. 
O que mais me inquietou nestes dias foi saber que os meus familiares mais idosos e todos os nossos conterrâneos sem transporte terão de passar a ir a Recardães, quando quiserem ter uma consulta. Em Travassô, só á 3ª. feira e à 5ª. feira de tarde, 12 consultas por  dia. Ora isto é assustador.
O povo há longos anos que colecciona desconforto, negligência, precariedade na assistência médica, ou judicial e agora vê-se nesta situação - pois o governo já não consegue responder às restrições que ele próprio cria.
Eu sei que não será legítimo pedir, como nos países desenvolvidos, onde tudo funciona bem, que os utentes prescindam de benefícios, quando aqueles de que gozam não são nem nunca foram razoáveis. Mas  fechar, assim... nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
O que se passa, na realidade, é o efeito bola de neve  e um destes dias o sistema de saúde para o qual descontamos pura e simplesmente fecha as portas.
E ainda dizem: “Com a saúde não se brinca”.

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