A política está na ordem do dos, boa parte dos portugueses quer correr com o engº. Sócrates mas começa também a sentir-se tramada com a alternativa, o dr. Passos Coelho, que se farta de dar tiros nos pés. Ontem e hoje chateei-me de o ouvir dizer que a mudança tem de ser liderada não “por quem nos trouxe até aqui”, mas “por quem ainda tem algum crédito para gastar daqui para a frente”. Supostamente, será ele.
mas ó dr. Passso Coelho, "ter crédito para gastar"?
Ora, gaita... então o homem-alternativa, no meio da maior crise financeira de sempre do país, crise que resulta do gravíssimo endividamento público e privado, quer sobressair por, supostamente, ainda ter “algum crédito para gastar”?
Provavelmente, Passos Coelho quis fazer uma alegoria, uma metáfora, um trocadilho, mas saiu-se de mau passo - manifestado que, do meu ponto de vista, não tem jeito para tal retórica, sendo certo que esta, mesmo ben usada (e não foi o caso), nem sempre representa um espírito tão bom quanto as palavras que se escolhem para fazer piada.
Passos Coelho, que o país lhe perdõe, precisa de ir para a escola do sr. Sócrates e dar menos tiros nos pés.
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