17 outubro 2011

||| O FUTURO ESTÁ DE UNHAS CORTADAS MUITO RENTE...


O sr. ministro das Finanças veio hoje à tv explicar (?) mais um aperto no nó que nos aperta a garganta e não deixa medrar a carteira, anunciando mais impostos, mais alta de preços e combustíveis, alimentação, transportes, nem é bom desfiar o resto.
A gente ouve aquele homem de Deus, com aquele falar irritante, e pergunta-se sobre o que fazer? Pôr uma corda na garganta? Atirar pedras ao ministro? Chamar nomes às ministeriáveis figuras que nos tratam abaixo de cão?  
O país, esse (o nosso), caminha a passos largos para a implosão social e os riscos são imensos. E não falo dos indignados de sábado, ou dos passeantes de ontem!

Falo do povo sofrido, que não tem quem o represente - e que não tem armas para a sua revolução. Aliás, as revoluções morreram de vez, o país está interligado por uma teia de interesses que junta partidos do poder e partidos da oposição, empresários ineptos, administradores e gestores nomeados pela cor do voto e não pela aptidão e competência, boys e girls atreladas à gamela estatal. E a eles, obviamente, interessa o status quo. Mesmo que o país esteja a arder, a eles pouco importará. Que arda!
Até se pode dar de barato que o Governo estará a tentar fazer o melhor que pode e sabe, mas o caminho para o abismo é inexorável. Está instalado o desânimo e a desconfiança. O Governo pede, corta, aplica impostos atrás de impostos e os sinais que dá para o futuro são muito fracos. Ou mesmo, invisíveis!

O país, de verdade, parece não ter grandes alternativas. Não tem recursos e não se modernizou, não produz, não é  competitivo e vive de esmolas e de empréstimos. 
Cá em casa, já decidimos: o contrato com a ZON vai de vela, o acesso à net vai ser limitado, o jantarinho de fim de semana no restaurante passa para apenas os dias de anos. A crianças vão começar a ponderar as suas pequenas despesas. Menos idas ao cinema, férias mais perto de casa. Há contas a pagar e o orçamento está de unhas cortadas muito rentes. Assim está o futuro.

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