22 dezembro 2011

||| A CRISE E OS INTERESSES INSTITUCIONAIS...




Andam por aí uns génios, uns sábios, a dizer imbecibilidades a torto a direito. E têm quem lhes bata palmas.
Há poucos dias, o 1º. ministro disse aquela palermice dos professores emigrarem e bateram-lhe que nem cegos. Mas também houve quem o defendesse. E quem viesse dizer que o que ele disse faz algum sentido. Há gente para tudo.
A governação institucional local, a braços com a crise que justifica todas as incompetências e asneiras, retirou regalias ao pessoal e, a outro, mandou-o embora. Cortou, e corta, a torto e a direito. Porque não sabe fazer o mais sábio: criar riqueza e aumentar receitas. Diminuindo despesas com equilíbrio e sem fragilizar  que herdaram.
É velha a história: as crises são alturas de oportunidade. E esta não está a ser.
Há meses, o governador geral proclamava aos ventos que ia potenciar a instituição. Conhecem-se os resultados da tonitroante afirmação aos jornais.
E sabe-se também como, jornalisticamente, o padrinho o promoveu e o tornou pessoa pública. Pois ninguém conhecia - e/ou conhece... - tão presidencial figura. 
O resultado é o que se vê e o que não se sabe, pelo medo de se dizer.
Óis tem um belo exemplo, e bem recente, de como a crise criou oportunidades: há 10 anos, em pleno «governo da tanga», o do actual presidente da União Europeu (Durão Barroso), olhou para a frente e construiu o centro social. 
A crise da «governo de tanga» deu-lhe coragem e competência para unir os não-unidos, angariar meios, criar riqueza, arranjar perto de milhão e meio de euros (julga o Contra, tendo em conta o que se disse na altura e depois), comprar terrenos e viaturas, concluir o hangar e construir os balneários do polidesportivo, deixar saldo de mais de uma centena de milhares de euros, aumentar o quadro de pessoal e sei lá o que mais.
Isto vem a propósito da crise e das imbecibilidades
Num momento da dita e das sobreditas, quando o país parece ir pelo cano abaixo e a governação se deixa atar de mãos, importante seria que todos tivéssemos a humildade de reconhecer limitações e, de outro lado, a capacidade de gerar união.
Talvez um primeiro-ministro possa dizer imbecibilidades como essa de os portugueses emigrarem. É lá com ele e com seu retrato. Mas quem governa de perto, quem o faz lado-a-lado com as pessoas e com elas (deve) partilha(r) as dificuldades e o desespero que leveda nas famílias, não se pode dar ao luxo cometer imbecibilidades e desleixar os interesses institucionais. 

1 comentário:

Margon disse...

tem lógica!...
retira a umas funcionárias, para poder pagar a indemnização a outras... nesta vida tudo é rotativo...