A moda dos jantares de Natal das empresas, escolas, repartições, etc., passou para almoço. Assim aconteceu este ano e juntaram-se 20 e tal pessoas de diversas idades e feitios para a paparoca, que foi rematada com o tradicional bolo-rei e espumante. Nada de mais.
Acabado o almoço e com a dispensa de trabalho da parte da tarde (trabalhámos até à uma e meia), ficámos por ali, armados em meio-tolinhos e a fazer de conta que o almoço de Natal estava muito agradável.
A média de idades do grupo, sei lá, andava aí pelos 30 e poucos anos. Quase com nada para dizer uns aos outros. Assim, não surpreendeu que metade do grupo se pusesse a tirar fotografias entre si, tipo apanhados, para depois de botarem a gargalhar feitos tolinhos, e a outra metade agarrada aos telemóveis a jogar. Sobraram os mais vélhitos (o chefe saiu mais cedo) até que se chatearam e se puseram falar de futebol (eles) e das revistas do social (elas). «No meu tempo não havia almoços de Natal, só em casa à noite de consoar», disse uma das companheiras, já a compor a prega da saia e levantar o dito cujo para se pôr na alheta. Foi assim o Natal dos que durante um ano de trabalho quase não se vêem.
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