29 novembro 2012

||| A UNIDADE NAS ELEIÇÕES...



O Contra é defensor da unidade, enquanto fomentadora do desenvolvimento e de dinâmicas de progresso. A unidade (não confundir com unicidade) é virtude comum dos movimentos sociais de hoje e de sempre. 
É virtude, é verdade, e das boas virtudes, mas pode ser defeito, quando, por exemplo, por tudo e por nada se apela à unidade, mas não se pratica a mesma unidade na sua expressão total. Mais a divisão, como consequência.
Os movimentos sociais não sabem fazer, ou não querem fazer, o somatório das partes, funcionalizando o todo que seria a tal unidade, somando vontades e esforços. Dividem, para reinar, como no velho ditado popular! 
O Contra soube (sem conseguir confirmar e por isso disto se fala com reserva) que se desenha uma divisão eleitoral em Óis a propósito de eleições próximas. Podem ser só bocas, podem. E é capaz de ser o mais certo! Mas, a ser verdade, não deixa de ser perigoso que, numa comunidade de tão poucos valores como a ribeirense, estes se dividam e raramente, muito raramente se unam.
O Contra conhece relativamente bem alguns dos ribeirenses envolvidos (???) e, a confirmar-se o que se proclama, não teria dúvidas na sua opção eleitoral, no momento do voto. Mas teme-se que tal desenho de listas não seja, por agora, mais que um desejo de alguns, porém não assumidos pelas pessoas de quem de se fala. Se é que alguma vez os assumirão.
O Contra está algo surpreendido com uma putativa candidatura, mas desconfia que, tal como há dois anos, tal anúncio não passe de um mero bluff, uma intenção, um desejo de alguns!! O melhor é esperar para ver!

27 novembro 2012

||| ORÇAMENTO APROVADO...


Orçamentar, orçamentou-se e... aprovou-se, pelo voto da maioria, menos um - um madeirense. Ontem, ao que se diz, dúzia e meia de deputados do PSD (!8!!!!!....) admitiu apresentar uma declaração de voto "lamentando" o aumento de impostos, mas, para garantir o tacho, desistiram à última da hora "corajosa e patrioticamente", como verdadeiros e leais eleitos da República!
O expectával, agora, e entre gente decente, era  que os tais senhores abandonassem o parlamento, onde ganham a vida sem fazer nenhum, e que os muitos milhares de portugueses que votaram neles, decidissem (também eles) apresentar declarações de voto a "lamentar" terem acreditado na miséria moral e política dessa dúzia e meia de deputados. Só que não será assim e, cada qual, continuará a vitoriar os seus deputados e a vaiar os outros.
O Contra é do tempo em que o Relvas não tinha condições para continuar no governo, a coligação já não existia, Manuela Ferreira Leite apelava aos deputados do PSD para votarem contra o OE, o Presidente da República estava preocupado com o empobrecimento a que o o país está sujeito.
O que sucedeu então? 
Nada de mais.
Portugal, para a maioria dos eleitos republicanos, está às mil maravilhas. O país parece ter entrado nos eixos e a coisa está a correr tão bem, tão bem, tão bem, que já nem se discutem as decisões do ministro das Finanças, as bordoadas policiais são elogiadas pela oposição, os jornalistas já nem receiam a intromissão policial, não há cada vez mais empresas e famílias falidas, fábricas a fechar e desemprego a aumentar exponencialmente.
A verdade parece ser outra, a do tempo de as especiarias da Índia voltarem a Lisboa, de os escravos africanos continuarem a ser vendidos pelo mundo, o ouro do Brasil encher o Banco de Portugal e os fundos comunitários continuarem a empanturrar a economia.
Mas a verdade, a verdadinha real, é que não é nada disso que acontece. Estamos todos fritos, com benção da maioria e a insegurança e palidez das várias oposições. Todos eles eleitos, para nos representarem. Disseram ele, mas não é bem verdade.

22 novembro 2012

||| ORÇAMENTAR E PROGRAMAR, SEI NÃO...


Orçamentar, seja onde for e por quem for, não é para todos. Todos nos lembramos das previsões feitas, por exemplo, para as idas aos Feiras Novas, Modelos e Continentes, que são claramente ultrapassadas quando passamos pela menina do caixa. São os chamados erros de previsão.
O Contra, confessa, está longe de ser perito em política orçamental, mas todos sabemos que campeiam por aí erros em tal área e tão colossais que já nem podem ser considerados como meros erros do modelo ou dos parâmetros nele considerados. São, efectivamente, erros que se afastam da realidade muito mais do que qualquer palpite. São erros de palmatória, nem sequer aceitáveis  a um qualquer comerciante de aldeia, ou de algum lugar sertanejo - daqueles que fazem contas com o lápis pendurado na orelha. Quanto mais a gente que passou pelas universidades, mesmo com cursos à Relvas.
Os erros, por vezes, ganham tal forma e dimensão que é legítimo questionar se a governação erra por incompetência grosseira, ou se o faz de forma premeditada.
O mais grave é ver como uma instituição democrática, que na democracia do voto se assenta e justifica, se torna uma governação fraca e autoritária, caprichosa, deslumbrada e leviana. Como se faz uma governação que usa um programa e uma orçamentação para fazer experiências e sustentar as suas debilidades.
Assim, para onde há-de correr este país. Sei não, dizem os brasileiros. 

21 novembro 2012

||| MEU DEUS, MEU DEUS, PORQUE NOS ABANDONASTE?




Diz a voz do povo que se tem realizado reuniões, muitas reuniões, como se fosse um gabinete de crise, para resolver a crise. Que há muito pernialtas e ofendidas figuras manifestamente empenhadas em a resolver, em sucessivos plenários e concílios pelos campos e pateiras fora, como se agricultassem soluções mágicas ou horticultassem planos para salvar e vitalizar a colheita. 
A verdade, e em verdade, verdade  vos digo, é que a quem abandona campos de batalha (por falta de formação de combatente ou inépcia operacional) deve suceder gente de coragem para ganhar a guerra, contra o dilúvio tsumânico que se anuncia. Mas, para tal, são precisos mais combatentes, mais soldados que oficiais, mais gente de trabalho que de secretaria.
Um dia, quando se der a guerra por meio-perdida, todos erguerão as mãos ao céu: «Meu Deus, meu Deus, porque nos abandonaste?».

18 novembro 2012

||| AS PALAVRAS, PALAVRAS, PALAVRAS E MODAS...





Uma das modas vocabuláricas de alguns mestres das palavras é dizer, por isto ou por aquilo (na maior das vezes por nada) que tal coisa é o paradigma de outra qualquer. É um vírus, que resiste a qualquer antibiótico e se propaga de boca em boca e de texto em texto, até dos mais refinados intelectuais da praça lusitana.
Outro exemplo (paradigmático) é o uso (atravessado) da palavra transversal - boa parte das vezes fora de contexto, portanto uma pura asneira, por ser mal usada e, consequentemente, mal entendida. Paradigmático, porque dá à palavra uma profundidade que não seria expectável.
Expectável? Ora aí está outro palavrão em moda, transversal e paradigmática, diria um dos modernos sabidolas da Língua Portuguesa. Com tanta (falta de) sabedoria por aí espalhada, não admira que ouçamos um polícia, ou um bombeiro, a dizer que o cadáver da vítima do acidente já estava morto quando chegaram ao local. Afinal, é tudo transversal e paradigmático. Como inexpectável, surreal e leviano é dar razão a quem, transversalmente, cita o adágio popular: «cada burro tem as suas manias». Ou, mais prosaicamente, cada burro, sua sentença.
Por Óis, podemos lembrar algumas palavras muito actuais: agregação, afirmação, refundação, política, repotenciação, perda, prejuízo. Ou, bem melhores: festa da Tuna, limpeza da pateira, esperança!!!! Nem tudo é mau!

15 novembro 2012

||| AUSTERIDADE, DIZ SEGURO, SERIA UMA NECESSIDADE....



O Contra não deixa de se pasmar com o que ouve de quem se afirma ter responsabilidades no país e até quer ser 1º. ministro, como é o cada vez mais inenarrável Tozé Seguro. 
O Contra acaba de o ouvir dizer que, com ela na governação, a austeridade seria uma necessidade, não uma prioridade. O quê, ouvi bem? ! Uma necessidade» Mas para que raio necessitamos nós de austeridade?
O Contra não sabe, obviamente, se Tozé Seguro se olha ao espelho com olhos de ver e se, olhando-se, se levará mesmo a sério. Sabe, e sabe a maioria dos portugueses, é que para o putativo 1º. Ministro, a austeridade seria uma necessidade, nunca uma prioridade. Mas que opção! 
O seguro Tozé, provavelmente, deve pensar que a austeridade é uma opção festiva de qualquer governo! Como quem, entediado em casa, resolvesse pegar nas trouxas e ir passar férias às Maldivas.

13 novembro 2012

O MELHOR É PAGAR E EVITAR MAIS CALOTES...



O Contra não faz ideia de quantos e quem são os culpados da situação política e financeira do país: se foi este governo ou o outro, se foi este ministro ou aquele, se foi (é) a crise externa ou os bancos americanos e os BPN´s aí do sítio, os especuladores, os capitalistas, os patrões exploradores e os empregados malandros, ou a troika, essa filha da mãe!
Se ouvirmos a casta elitosa dos políticos portugueses, nenhum deles é (ou foi) culpado. Foi (é)  sempre o outro e o próprio  governo (o actual ou qualquer outro), que até tem a responsabilidade de mandar, também não tem nenhuma culpa. A culpa é do outro, quiçá de ninguém.
O problema é que Portugal, por via da acção deste governo e de outros governos e outras oposições, está teso que nem um carapau, mas continua a comportar-se como o desempregado que constrói uma piscina nova e vai pedir um quilinho de arroz ao vizinho para matar a fome, argumentando-lhe que a vida não está fácil e o desemprego abunda e o patrão não paga.
A senhora Merkel esteve ontem por aí e do que o Contra soube, prometeu continuar a ajudar Portugal. Tem ajudado, como sabemos, apesar dos disparates que enxameiam a política portuguesa. 
O que, em segredo de orelha, disse ela a Passos Coelho, não sabemos, mas, em todo o caso, caros compatriotas portugueses, melhor será trabalhar para pagar o que se deve e evitar novos e mais humilhantes calotes.

09 novembro 2012

||| A PROPAGANDA E AS PATRANHAS DOS DIAS DE HOJE...


O Contra acaba de saber que as autoridades alemãs proibiram a passagem de um vídeo de promoção de Portugal. Por outras palavras, proibiram a propaganda... O Contra não conhece o vídeo, mas sabe-se que foi  promovido pelo inimitável sabichão Marcelo Rebelo de Sousa. 
O Contra também não conhece os motivos, mas desconfia que os alemães, com  as suas inimitáveis capacidades premonitórias e de trabalho a sério, certamente quiseram poupar os portugueses a mais uma vergonha.
O Contra já não nasceu ontem e do que investigou ficou a saber (?) que o vídeo será uma atrevida forma de mostrar aos bávaros que os portugueses trabalham mais horas que eles (os alemães), que têm menos férias e feriados e, ainda por cima, pagam mais impostos. Uma barbaridade tal, para condoer os patrícios de Merkel a mandarem mais massa dos seus impostos para os portugueses esturrarem.
O Contra, neste ponto, interroga-se: então se trabalhamos mais que os alemães (o que não nos parece) e até pagamos mais impostos, porque carga de água é que estamos como estamos? Somos tolos, ou quê?
Esta coisa faz lembrar um governador muito conhecido, que não se cansa de anunciar que vai fazer isto e aquilo, mas depois, nem sequer o quadrimensário da sua propaganda oficial põe na rua. Se calhar é tal quadrimensário, tal vídeo. Duas  patranhas!

06 novembro 2012

||| O SEGURO QUE PODE MORRER DE VELHO...


O mais irónico do actual momento político é perceber que o grande defensor do chamado estado social, de nome António José Seguro, se prepara para, com unhas e dentes, chefiar o Governo que, se não for o de Passos Coelho, iniciará e concluirá o seu desmantelamento.
O PS, muito provavelmente, ganhará as próximas eleições, sejam lá elas quando forem - e, para mal dos nossos pecados, será António José a ganhar, caso consiga manter-se na liderança do PS.
Assistiremos então, se tal então já não tiver acontecido, ao fim das “funções sociais do Estado” tal como hoje existem e que Seguro promete hoje galhardamente defender até ao transe e coma trupe na procissão. Só não diz com que dinheiro e onde o irá buscar.
Ora, não havendo a massa com que se compran os tomates, a realidade será inexorável e imposta ao país,com a maior das naturalidades. Não lhe valerá o dr. Seguro nem a Constituição, nem o paleio barato d todos os comentadores que enxameiam as televisões, as rádios e os jornais.
O caso é bem mais grave que o que parece, peloque, citabdo o velho ditado popular, maos vale prevenir que remediar, até porque o seguro pode morrer de velho.

03 novembro 2012

||| REFUNDAÇÕES E OUTRAS QUESTÕES...


A malfadada governação só funciona com tutores, desde o primeiro governador, aos simples adjunto: tutores de carreira, de negócios, de comunicação, tutores para coisas que ninguém sabe .

A governação lida mal com os governados e o povo expectante. O primeiro governador deixou de falar ao país, de comunicar o que quer que seja. As assessorias não se vêem e não conhecem, não há boletim da república governamental que venha à luz do dia e nos diga o que se passa; o nosso 1º. governador  parece cansado de dar o corpo às balas e aparenta despotenciamento crescente. 
A governação sobrevive mas dela não se conhece o grau de entusiasmo actual, desconfiando-se, porém, que anda desinteressada, constrangida,  espartilhada, não reunível, dispersa por várias capitais e parecendo ter mais que fazer que governar, como seria mister.
A governação, aparentemente, já não governa, apenas gere o tempo finito e com o chefe a chamar a si os pelouros em que falha(ra)m outros tutorados, por ausência ou inépcia. A governação refunda, com decisões pessoais e solitárias, o que deveria fazer em colectivo. 
Isto, como se diz na nossa terra, não é governar, é uma brincadeira que desrespeita o povo e os contribuintes. O problema até podia ser só deles. e que se lixassem (para usar uma expressão do nosso 1º. Coelho), mas a questão é que o refundamento afecta muita gente. E estamos a falar de pessoas, não é de números e engenharias financeiras.