18 novembro 2012

||| AS PALAVRAS, PALAVRAS, PALAVRAS E MODAS...





Uma das modas vocabuláricas de alguns mestres das palavras é dizer, por isto ou por aquilo (na maior das vezes por nada) que tal coisa é o paradigma de outra qualquer. É um vírus, que resiste a qualquer antibiótico e se propaga de boca em boca e de texto em texto, até dos mais refinados intelectuais da praça lusitana.
Outro exemplo (paradigmático) é o uso (atravessado) da palavra transversal - boa parte das vezes fora de contexto, portanto uma pura asneira, por ser mal usada e, consequentemente, mal entendida. Paradigmático, porque dá à palavra uma profundidade que não seria expectável.
Expectável? Ora aí está outro palavrão em moda, transversal e paradigmática, diria um dos modernos sabidolas da Língua Portuguesa. Com tanta (falta de) sabedoria por aí espalhada, não admira que ouçamos um polícia, ou um bombeiro, a dizer que o cadáver da vítima do acidente já estava morto quando chegaram ao local. Afinal, é tudo transversal e paradigmático. Como inexpectável, surreal e leviano é dar razão a quem, transversalmente, cita o adágio popular: «cada burro tem as suas manias». Ou, mais prosaicamente, cada burro, sua sentença.
Por Óis, podemos lembrar algumas palavras muito actuais: agregação, afirmação, refundação, política, repotenciação, perda, prejuízo. Ou, bem melhores: festa da Tuna, limpeza da pateira, esperança!!!! Nem tudo é mau!

1 comentário:

R A A C disse...

A vantagem de se viver em Democracia, é que todos tem direito a opinião, mesmo que seja um autentico disparate, Provavelmente sou o gajo mais fixe da minha rua, onde felizmente não mora mais ninguém,tb nem todos podemos ser doutorados como o Relvas. Melhores cumprimentos P.S. - Este texto foi escrito com total desdém pelo "acordo ortográfico"