27 novembro 2012

||| ORÇAMENTO APROVADO...


Orçamentar, orçamentou-se e... aprovou-se, pelo voto da maioria, menos um - um madeirense. Ontem, ao que se diz, dúzia e meia de deputados do PSD (!8!!!!!....) admitiu apresentar uma declaração de voto "lamentando" o aumento de impostos, mas, para garantir o tacho, desistiram à última da hora "corajosa e patrioticamente", como verdadeiros e leais eleitos da República!
O expectával, agora, e entre gente decente, era  que os tais senhores abandonassem o parlamento, onde ganham a vida sem fazer nenhum, e que os muitos milhares de portugueses que votaram neles, decidissem (também eles) apresentar declarações de voto a "lamentar" terem acreditado na miséria moral e política dessa dúzia e meia de deputados. Só que não será assim e, cada qual, continuará a vitoriar os seus deputados e a vaiar os outros.
O Contra é do tempo em que o Relvas não tinha condições para continuar no governo, a coligação já não existia, Manuela Ferreira Leite apelava aos deputados do PSD para votarem contra o OE, o Presidente da República estava preocupado com o empobrecimento a que o o país está sujeito.
O que sucedeu então? 
Nada de mais.
Portugal, para a maioria dos eleitos republicanos, está às mil maravilhas. O país parece ter entrado nos eixos e a coisa está a correr tão bem, tão bem, tão bem, que já nem se discutem as decisões do ministro das Finanças, as bordoadas policiais são elogiadas pela oposição, os jornalistas já nem receiam a intromissão policial, não há cada vez mais empresas e famílias falidas, fábricas a fechar e desemprego a aumentar exponencialmente.
A verdade parece ser outra, a do tempo de as especiarias da Índia voltarem a Lisboa, de os escravos africanos continuarem a ser vendidos pelo mundo, o ouro do Brasil encher o Banco de Portugal e os fundos comunitários continuarem a empanturrar a economia.
Mas a verdade, a verdadinha real, é que não é nada disso que acontece. Estamos todos fritos, com benção da maioria e a insegurança e palidez das várias oposições. Todos eles eleitos, para nos representarem. Disseram ele, mas não é bem verdade.

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